O psicanalista de robôs
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Sobre este e-book
Philip K. Dick, Nietzsche, Detroit: Become Human, Sigmund Freud, Isaac Asimov… essas e outras referências passeiam pela obra Psicanalista de Robôs, de Gabriel Billy. Neste cyberpunk somos apresentados a uma realidade incomodamente próxima a nós marcada por intolerância, extremismo político e religioso e a influência de grandes corporações sobre uma sociedade dividida e em ebulição. É dentro deste cenário que vemos deslizar personagens que nublam os limites do ser humano, tanto na aparência quanto na relação com o outro, envolvidos em um ritmo crescente de tensão até o final inesperado proporcionado por Gabriel Billy. É uma história para se ler em uma pegada só.
Alexander Meireles da Silva é Professor Associado da UFG, Pesquisador de Literatura Fantástica
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Avaliações de O psicanalista de robôs
1 avaliação1 avaliação
- Nota: 5 de 5 estrelas5/5Que livro sensacional, as referências são muito bem utilizadas, muito inteligentes, tornando uma leitura leve, divertida, dinâmica e super cativante... Li de uma vez só, sem parar, super envolvido com a história e encantado com as referências, parabéns ao autor e agora quero ver a outra obra... Ganhou mais um fã!
Pré-visualização do livro
O psicanalista de robôs - Gabriel Billy
Copyright © Gabriel Billy
Editor:Cláudio Alvarez
Desenho de Capa: Vitor Wiedergrün
Fechamento de Capa:Henrique Peçanha
Revisão:L. Araújo
Diagramação: Verônica Paranhos
Todos os direitos reservados
Editora Caligari é uma marca da CJT Comunicação e Tecnologia
CNPJ: 22.061.126/0001-09
Rua Mário Portela, 106 – Laranjeiras
Rio de Janeiro – RJ
CEP: 22241-000
Contato e envio de originais: contato@grupocjt.com.br
É proibida a reprodução deste livro sem a prévia autorização do autor
SOBRE O AUTOR:
Gabriel Billy é escritor, músico, ilustrador e editor. É autor dos livros Na Fronteira da realidade (Ed. Torre), Madame Cosmópolis (Ed. Cutia) e Vera Cruz (AVEC).
Foi editor na Editora Devaneio e Orago. É músico, tocando em bandas como Gaiatos em Gaia, Projeto Isopor e The Morrigan’s Experiences.
Seu mais recente trabalho é um projeto de quadrinhos chamado Ignotos.
Philip K. Dick, Nietzsche, Detroit: Become Human, Sigmund Freud, Isaac Asimov… essas e outras referências passeiam pela obra Psicanalista de Robôs, de Gabriel Billy. Neste cyberpunk somos apresentados a uma realidade incomodamente próxima a nós marcada por intolerância, extremismo político e religioso e a influência de grandes corporações sobre uma sociedade dividida e em ebulição. É dentro deste cenário que vemos deslizar personagens que nublam os limites do ser humano, tanto na aparência quanto na relação com o outro, envolvidos em um ritmo crescente de tensão até o final inesperado proporcionado por Gabriel Billy. É uma história para se ler em uma pegada só.
Alexander Meireles da Silva é Professor Associado da UFG, Pesquisador de Literatura Fantástica e Produtor de conteúdo do canal do youtube Fantasticursos, onde ajuda quem cria, pesquisa e leciona a usar a Fantasia, o Gótico e a Ficção Científica em sua atividades.
ATENÇÃO:
Este livro é uma novela CyberPunk.
CyberPunk é um subgênero da ficção científica atrelado especialmente a um futuro distópico, onde problemas sociais atuais não foram resolvidos e muitos deles se agravaram. Portanto, esta história contém cenas com violência, sexismo, preconceitos em geral, doenças psicológicas e etc. A ideia aqui não é reforçar esses valores negativos para que eles sejam replicados na vida real, mas sim criar um espaço de clivagem onde coisas ruins possam acontecer dentro de um universo ficcional apenas, e a partir disso, refletir sobre tais questões.
Caso você possua algum gatilho emocional em relação à violências psicológicas e físicas, talvez este livro não seja aconselhável.
Esta é uma obra de ficção, uma peça artística literária e A arte é uma mentira que nos faz perceber a verdade
(frase atribuída a Pablo Picasso).
O autor.
Prólogo
Apresentadora: Estamos aqui para mais um Quebrando as barreiras
! Olha, se você ainda não é inscrito no nosso canal, por favor, dê o comando de voz para se inscrever e curtir o vídeo. Como vocês sabem, essa nossa playlist é para colocar frente a frente pessoas de grupos opostos, e estamos hoje aqui com, de um lado, Lúcio Fercilu, líder de um grupo Naturalista
, aqueles que se opõem ao uso exagerado da tecnologia na vida dos seres humanos, e de outro, Gabriela, nossa famosa atriz transexual que já esteve aqui semana passada ficando de frente para líderes religiosos que a olham como um pecado, e fez uma super participação, e hoje, mais uma vez está aqui, mas dessa vez como representante dos Techis, o grupo de adoradores de tecnologia que luta pelos direitos dos Robôs e suas inteligências artificiais. Boa noite, Gabriela. Boa noite, Fercilu. Obrigado por estarem aqui!
Gabriela: Boa noite. Eu que agradeço.
Fercilu: Boa noite. Agradecido.
Apresentadora: Vamos começar por você, Gabriela. Você já tinha uma carreira muito bem sucedida como atriz e na sua militância LGBTQ+, o que despertou em você essa militância Techi? Por que esse amor pelos robôs, e todo esse empenho que tem tido para propagar as ideias Techis? É como se você fosse agora uma heroína do mundo robótico.
Gabriela: Eu não era assim. Eu tratava os robôs como escravos, sem me importar em nada com eles. Até que um dia um robô fez algo muito especial para mim, e eu pude reparar quanto eu fui indiferente com as máquinas, tal qual eram as pessoas comigo por ser transexual. Eu percebi que tinha que pagar por todo esse tempo de indiferença e cuidar dos robôs. Eles são existências sencientes como nós! Então, eu te digo que minha militância talvez seja uma penitência que me dei. Isso me fez ser essa heroína dos robôs (risos)
Fercilu: Os verdadeiros heróis não agem por penitência, agem por vocação! O que você busca é uma redenção para essa sua mente doente! É algo muito primário, como se você estivesse agradecida pelo seu carro te levar a todos os lugares e por conta disso, passasse a louvar seu veículo como um Deus. Você devia ser grata ao engenheiro que o produziu e não ao amontoado de latas que usa.
Gabriela: Você fala isso porque é um peso ancorado no tempo, tem medo de se isolar porque não se adapta à nova era, e quer que todos sigam você. Os robôs são uma realidade impossível de recuar. Eles estão em todas as partes e alguns deles ajudam mais os humanos do que pessoas como você! No último terremoto japonês, ocorrido mês passado, o robô Musashi sozinho resgatou e salvou a vida de aproximadamente duzentas pessoas. Não precisamos ir muito longe, na última tempestade de chuva aqui do Rio de Janeiro, um robô amigo meu, o Tupi, resgatou dez pessoas, dois gatos e um cão. E você? O que fez além de ficar na sua casa protegido da chuva destilando ódio às máquinas?
Fercilu: Robô amigo seu?! Que distúrbio! É como se eu chamasse minha cafeteira de amiga. Não precisaríamos nos preocupar tanto com as enchentes se não tivéssemos pavimentado e concretado toda a cidade, retirando seus espaços de terra e vegetação para que escoassem as águas, ou se as grandes corporações estivessem mais interessadas em criar sistemas de controle pluvial, pensando na qualidade de vida das pessoas, ao invés de investir milhões na criação de máquinas que nos viciam e substituem nossas relações interpessoais, nos tornando ocos e dependentes de