A orfandade na psicanálise: conexões com o mito de Édipo
()
Sobre este e-book
Esta história específica de Édipo Rei e não de Édipo em Colono, serviu-me de via régia para a verdade, não toda, sobre a criança que um dia eu fui. Articulei também com o momento atual que estamos percorrendo da Covid-19. A pandemia trouxe de volta a questão do desamparo e do mito de Édipo com toda a mortandade das grávidas de Tebas na peste e o Corona-vírus invadindo nossos lares, tal qual a peste, causando muitas mortes. A peste volta e reatualiza questões do inconsciente. Nenhum outro período recente se presta melhor para exemplificar a tese de Lacan de que a Ciência foraclui o sujeito do inconsciente e com isso dificulta o avanço nas pesquisas.
Relacionado a A orfandade na psicanálise
Ebooks relacionados
O Inquietante Estranho e o Duplo nos Processos de Criação na Psicanálise e na Literatura Nota: 0 de 5 estrelas0 notasNarrar, ser mãe, ser pai & outros ensaios sobre a parentalidade Nota: 0 de 5 estrelas0 notasA erótica do sono: Ensaios psicanalíticos sobre a insônia e o gozo de dormir Nota: 5 de 5 estrelas5/5O complexo de Édipo Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO estranho no contemporâneo: Estranhar é preciso; Estranhar não é preciso Nota: 0 de 5 estrelas0 notasA Origem Do Sujeito Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO laço social próprio à psicose: abordagem freudiana - lacaniana Nota: 0 de 5 estrelas0 notasPor uma ética do cuidado, vol. 1: Ferenczi para educadores e psicanalistas Nota: 0 de 5 estrelas0 notasReavida e escrita: notas de uma psicanalista Nota: 0 de 5 estrelas0 notasPor que o divã?: Perspectivas de escuta e a poética da psicanálise Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO sintoma de Freud: uma leitura psicanalítica Nota: 0 de 5 estrelas0 notasInconsciente Nota: 0 de 5 estrelas0 notasA Clínica Do Absoluto E A Difusão Da Vida Psíquica Na Família Nota: 0 de 5 estrelas0 notasPerder a cabeça: Abjeção, conflito estético e crítica psicanalítica Nota: 0 de 5 estrelas0 notasLimites de Eros Nota: 0 de 5 estrelas0 notasPsicanálise e contradição: o conflito na ponta da língua Nota: 0 de 5 estrelas0 notasLacan e a vergonha: Da vergonha à vergontologia Nota: 0 de 5 estrelas0 notasFerenczi e a psicanálise: corpo, expressão e impressão Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO sintoma e o psicanalista: Topologia, clínica, política Nota: 0 de 5 estrelas0 notasAnálise, teimosia do sintoma e migração Nota: 0 de 5 estrelas0 notasAdventos do real Nota: 3 de 5 estrelas3/5De que se trata?: Uma resposta possível Nota: 0 de 5 estrelas0 notasElogio a Jacques Lacan Nota: 0 de 5 estrelas0 notasCaminhando pela psicanálise Nota: 0 de 5 estrelas0 notasA Identificação nos Estados-Limites: Um Estudo Psicanalítico Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO teatro do inconsciente: ou como Freud inventou a psicanálise oferecendo um palco para o desejo Nota: 0 de 5 estrelas0 notasCiência e ficção em Freud: Qual epistemologia para a psicanálise? Nota: 0 de 5 estrelas0 notasPsicanálise Da Cultura Pós-moderna Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO mal-estar na civilização digital Nota: 0 de 5 estrelas0 notas
Psicologia para você
15 Incríveis Truques Mentais: Facilite sua vida mudando sua mente Nota: 5 de 5 estrelas5/5Avaliação psicológica e desenvolvimento humano: Casos clínicos Nota: 0 de 5 estrelas0 notasS.O.S. Autismo: Guia completo para entender o transtorno do espectro autista Nota: 5 de 5 estrelas5/5Análise do Comportamento Aplicada ao Transtorno do Espectro Autista Nota: 4 de 5 estrelas4/5Terapia Cognitiva Comportamental Nota: 5 de 5 estrelas5/5Contos que curam: Oficinas de educação emocional por meio de contos Nota: 5 de 5 estrelas5/5Cartas de um terapeuta para seus momentos de crise Nota: 4 de 5 estrelas4/5A gente mira no amor e acerta na solidão Nota: 5 de 5 estrelas5/5A interpretação dos sonhos Nota: 4 de 5 estrelas4/535 Técnicas e Curiosidades Mentais: Porque a mente também deve evoluir Nota: 5 de 5 estrelas5/510 Maneiras de ser bom em conversar Nota: 5 de 5 estrelas5/5O poder da mente Nota: 5 de 5 estrelas5/5Manual das Microexpressões: Há informações que o rosto não esconde Nota: 5 de 5 estrelas5/5Autoestima como hábito Nota: 5 de 5 estrelas5/5O amor não dói: Não podemos nos acostumar com nada que machuca Nota: 4 de 5 estrelas4/5A Arte de Saber Se Relacionar: Aprenda a se relacionar de modo saudável Nota: 4 de 5 estrelas4/5Tipos de personalidade: O modelo tipológico de Carl G. Jung Nota: 4 de 5 estrelas4/5O mal-estar na cultura Nota: 4 de 5 estrelas4/5Temperamentos Nota: 5 de 5 estrelas5/5A Interpretação dos Sonhos - Volume I Nota: 3 de 5 estrelas3/5Minuto da gratidão: O desafio dos 90 dias que mudará a sua vida Nota: 5 de 5 estrelas5/5O funcionamento da mente: Uma jornada para o mais incrível dos universos Nota: 4 de 5 estrelas4/5Acelerados: Verdades e mitos sobre o TDAH - Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade Nota: 4 de 5 estrelas4/5Vencendo a Procrastinação: Aprendendo a fazer do dia de hoje o mais importante da sua vida Nota: 5 de 5 estrelas5/5Águia Voa Com Águia : Um Voo Para A Grandeza Nota: 5 de 5 estrelas5/5Em Busca Da Tranquilidade Interior Nota: 5 de 5 estrelas5/5Eu controlo como me sinto: Como a neurociência pode ajudar você a construir uma vida mais feliz Nota: 5 de 5 estrelas5/5
Categorias relacionadas
Avaliações de A orfandade na psicanálise
0 avaliação0 avaliação
Pré-visualização do livro
A orfandade na psicanálise - Gilda Pitombo
CAPÍTULO I - ÉDIPO: DE SÓFOCLES A FREUD
Édipo Rei talvez seja o texto clássico mais conhecido da tradição ocidental. Dois milênios antes de Freud publicar A Interpretação dos Sonhos, em 1900, Aristóteles, em sua Poética , já definia a obra de Sófocles como o modelo por excelência da tragédia (ARISTÓTELES, 1973). As razões de Aristóteles para estudar essa obra são, em muitos aspectos, evidentemente, diferentes das de Freud. Entretanto, ambos compartilham da convicção de que as tragédias mais dolorosas são aquelas contendo, nos envolvidos, membros de uma família, e, além disso, reconhecem a importância da tragédia de Sófocles para o pensamento ocidental. Assim, a era de Édipo
, tem início com a canonização
de Édipo Rei na Poética de Aristóteles . (RUDNYTSKY, 2002, p. 332).
Em A Interpretação dos Sonhos, Freud (1900), chama a atenção para a chave da tragédia de Édipo: o assassinato do pai. É nessa obra que, pela primeira vez, Freud evoca o mito grego Édipo Rei para explicar o nó dos impulsos psíquicos responsáveis pelo surgimento das neuroses. Segundo Freud, o mito trágico está ligado à natureza particular do material utilizado por Sófocles, ou seja, ao sonho de união com a mãe e ao assassinato do pai. A esse respeito, Freud relaciona a tragédia de Édipo à reação da nossa imaginação a esses dois sonhos típicos e como eles são: Nos adultos, acompanhados de sentimento de repulsa — é preciso que o mito traga o terror e a autopunição em seu próprio conteúdo. Enfoquei nesse trabalho não tanto os dois desejos inconscientes — incesto e parricídio — relatados por Freud, mas Édipo rejeitado e exposto à morte por seus pais