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Liderança acima da média: Uma vida de influência extraordiária está ao seu alcance
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Liderança acima da média: Uma vida de influência extraordiária está ao seu alcance
E-book190 páginas3 horas

Liderança acima da média: Uma vida de influência extraordiária está ao seu alcance

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Sobre este e-book

Esta obra verdadeira, prática, rica em base e princípios bíblicos, edificante do início ao fim. Você será muito enriquecido com a leitura deste livro, à medida em que entender que o chamado da vida cristã envolve liderar a partir da sua própria realidade, seja ela qual for.

Independentemente se o faz através do ministério pastoral ou como empreendedor, professor, pregador, discipulador, mentor ou pai, todo seguidor de Cristo deve amar a Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a si mesmo – e esse amor sacrificial envolve servir, influenciar e desenvolver potenciais. Em outras palavras, envolve liderança.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento2 de jul. de 2020
ISBN9786599105500
Liderança acima da média: Uma vida de influência extraordiária está ao seu alcance

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    Liderança acima da média - Danilo Figueira

    média."

    Capítulo I

    Senso de Continuidade

    José é ramo...

    Quando Jacó abriu a boca para abençoar seu filho José, na verdade fez um resumo da história e das virtudes que o levaram a ser o grande líder que foi, destacado entre seus irmãos. Cada palavra do ancião estava carregada de conteúdo, inspirada por uma sabedoria que não era humana. Com afirmações impressionantemente objetivas e de significado profundo, ele nos brinda não somente com um testemunho a respeito do filho, mas com um verdadeiro guia para que nos tornemos também pessoas extraordinárias.

    Ao descrever seu filho, o ancião começou usando uma figura bastante inteligente. Ele disse: José é um ramo... Apropriando-se de uma sugestiva imagem da Botânica, ilustrou uma das virtudes mais essenciais na vida de alguém que quer se destacar pelas vias corretas: o senso de continuidade.

    Como todos sabemos, uma planta é composta por várias partes: raízes, caule, folhas, frutos... Entre elas, estão os ramos ou galhos, que são derivações. Um ramo não nasce diretamente da terra e tampouco pode ser tratado como a planta inteira. Ele sempre brota de uma parte que se desenvolveu antes e que lhe fornece identidade, sustentação e nutrientes para seu crescimento.

    É fascinante o detalhe de que o vocábulo traduzido por ramo nessa passagem bíblica é a palavra hebraica "ben, que também significa filho. Aliás, ela aparece como prefixo no nome de vários personagens citados na Bíblia. Como exemplo, Ben-Hadade é, literalmente, filho de Hadade; Ben-Hur, filho de Hur; Ben-Hanã, filho de Hanã e assim por diante. Segundo o Léxico de Strong, ben procede de banah, um verbo do Hebraico cujo sentido é construir, fazer continuar, ou ainda edificar uma casa, estabelecer uma família".

    Todas essas informações juntas nos remetem a uma ideia central: um dos segredos de José foi se assumir como um ramo, alguém cujo propósito não era começar nada, mas dar curso ao legado que vinha dos seus antepassados. Não havia cogitação em seu coração de se descolar das raízes espirituais que construíam sua identidade. O pertencimento a uma família e o propósito de abrir caminho para que aquela linhagem não apenas sobrevivesse, mas prosperasse, cumprindo o propósito de Deus, foi uma grande âncora para sua alma. Mesmo tendo sido arrancado do convívio com seus pais e irmãos por longos anos, ele nunca perdeu ou negociou o DNA espiritual que vinha desde seu bisavô, Abraão, passando por seu avô, Isaque e por seu pai, Jacó.

    Quem despreza o passado encurta o alcance do seu futuro e apequena a própria história. Todo cristão, nascido de novo, deveria se enxergar como depositário do crédito das gerações que o antecederam. Parece ser essa a ideia que o escritor da carta aos Hebreus quis nos passar, apontando a carreira que nos está proposta a partir do background de uma imensa nuvem de testemunhas, gente que nos precedeu na fé.

    Portanto, também nós, visto que temos a rodear-nos tão grande nuvem de testemunhas, desembaraçando-nos de todo peso e do pecado que tenazmente nos assedia, corramos, com perseverança, a carreira que nos está proposta, olhando firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus, o qual, em troca da alegria que lhe estava proposta, suportou a cruz, não fazendo caso da ignomínia, e está assentado à destra do trono de Deus. (Hebreus 12:1-2)

    A nuvem de testemunhas mencionada no texto é uma grande lista de pessoas que venceram pela fé, gerações passadas sobre as quais se ocupa todo o capítulo anterior e que devemos considerar no cumprimento do nosso próprio chamado. Se o nosso alvo é Cristo e para Ele devemos olhar firmemente enquanto corremos, a fim de não nos desviarmos e nem desanimarmos, é necessário que uma lembrança nos acompanhe: outros se esforçaram antes de nós, cumprindo o seu papel na mesma corrida, deixando-nos numa posição avançada para superarmos a etapa que nos cabe.

    A vida cristã nunca é uma jornada solo. Nosso papel é levar adiante um bastão que recebemos de quem nos antecedeu.

    Infelizmente, vivemos numa época em que, talvez mais do que em qualquer outra, cultua-se o personalismo. Todo mundo é formatado para viver a sua própria vida, quebrando paradigmas e desconsiderando o que foi construído pelas gerações passadas. A necessidade de protagonismo pessoal é tão presente hoje que prestar reverência, mantendo fidelidade aos valores de quem atuou antes, é tido como sinal de fraqueza, retrocesso, subserviência.

    A proposta do Reino de Deus vai na contramão de tudo isso! Senso de continuidade é um conceito essencial porque tem a ver com honra e honra é um valor central na cultura do Céu. Quando eu honro aqueles que me antecederam na vida - e, especialmente, na fé - colocando-me como sucessor de seu legado, desato um fluxo sobrenatural de experiências, autoridade e conquistas, acumulado na história para abastecer o meu sucesso. Jogar essa riqueza fora pelo desejo soberbo de ter a própria marca é uma estupidez que tem seduzido muitos líderes, precipitando-os na aventura tola do eu me basto.

    Para contrapor esse modelo, olhe para o que fez Jesus. Ele será um exemplo mais contundente que qualquer outro! Se por essa Terra passou alguém que poderia se arvorar em sua própria suficiência, esse alguém foi Ele, o Unigênito do Pai! Entretanto, você já notou qual foi o primeiro gesto do Nazareno, ao se apresentar publicamente para cumprir o ministério? Ele desceu ao Jordão, onde João Batista ministrava, com o propósito de ser batizado por aquele profeta.

    Por esse tempo, dirigiu-se Jesus da Galileia para o Jordão, a fim de que João o batizasse. Ele, porém, o dissuadia, dizendo: Eu é que preciso ser batizado por ti, e tu vens a mim? Mas Jesus lhe respondeu: Deixa por enquanto, porque, assim, nos convém cumprir toda a justiça. Então, ele o admitiu. Batizado Jesus, saiu logo da água, e eis que se lhe abriram os céus, e viu o Espírito de Deus descendo como pomba, vindo sobre ele. E eis uma voz dos céus, que dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo. (Mateus 3:13-17)

    Entenda o que aconteceu nesta cena! João era o precursor de Jesus, aquele que viera para lhe preparar o caminho, profeta reconhecido, manifestado imediatamente antes da revelação do Filho de Deus. Seu ministério foi, obviamente, muito menor do que seria o de seu primo nazareno. No entanto, antes de se apresentar ao mundo como enviado do Pai, Jesus desceu ao Jordão e se curvou diante de João, pedindo que este o batizasse. Aquilo fazia parte do cumprimento de toda a justiça, conforme suas próprias palavras.

    Estou convencido de que esse protocolo espiritual não se referia apenas ao fato de o Cristo se submeter ao batismo de arrependimento, identificando-se assim com o pecado da humanidade. O gesto também abrangia reconhecer, honrar e obter respaldo de uma autoridade espiritual precursora. Em outras palavras, Jesus desceu ao Jordão para receber o bastão de João e, então, seguir sua própria carreira pelo caminho que aquele profeta lhe abrira. Antes que os homens ouvissem a voz de Deus a seu respeito, dizendo: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo (conf. Mateus 3:17), foi a voz de João que o apresentou ao mundo:

    No dia seguinte, viu João a Jesus, que vinha para ele, e disse: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo! É este a favor de quem eu disse: após mim vem um varão que tem a primazia, porque já existia antes de mim. Eu mesmo não o conhecia, mas, a fim de que ele fosse manifestado a Israel, vim, por isso, batizando com água. (João 1:29-31)

    A ÂNCORA DE UMA VISÃO GERACIONAL

    Paternidade e legado são conceitos fundamentais no Reino. A mente do Senhor nos concebeu a partir da perspectiva de gerações. Quando Ele, o Eterno, se apresenta como o Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó (como fez diante de Moisés, por exemplo, em Êxodo 3:6), está demonstrando o caráter geracional do seu plano. Não é à toa que a Bíblia dá tanta importância às genealogias. Não se trata apenas de registro histórico, mas da identificação de linhagens espirituais e, portanto, legados espirituais.

    Voltando ao personagem central do nosso livro, José era ramo, filho e nunca admitiu deixar de ser. Esse foi um dos segredos que fizeram dele um líder acima da média. Mesmo longe da casa do seu pai, submetido por longos anos a uma cultura antagônica às suas origens, ele nunca perdeu a âncora da sua linhagem espiritual. Os sonhos que Deus lhe dera na adolescência abrangiam sua família, nasciam dela e apontavam para o dia em que seus pais e irmãos se curvariam diante dele, para serem abençoados. Esse era o verdadeiro sentido, embora a princípio fosse mal compreendido pelos de sua casa.

    Teve José um sonho e o relatou a seus irmãos; por isso, o odiaram ainda mais. Pois lhes disse: Rogo-vos, ouvi este sonho que tive: Atávamos feixes no campo, e eis que o meu feixe se levantou e ficou em pé; e os vossos feixes o rodeavam e se inclinavam perante o meu… Teve ainda outro sonho e o referiu a seus irmãos, dizendo: Sonhei também que o sol, a lua e onze estrelas se inclinavam perante mim. (Gênesis 37:5-7,9)

    Foi essa visão que manteve José na rota, durante o longo tempo de incoerências que precisou enfrentar no Egito. Ele tinha uma família e deveria viver na perspectiva de abençoá-la. Mesmo quando isso pareceu tão fora do seu horizonte, devido aos anos de completa separação, sua identidade não foi afetada. José continuava a se portar como herdeiro de uma linhagem, o filho de Jacó, ainda que nem mesmo pudesse ter certeza se o pai continuava vivo.

    Este homem poderia inaugurar o seu próprio script de vida. Depois de ser traído, vendido pelos irmãos e viver tanto tempo sem ao menos ter notícia de casa, ele deve ter sido tentado a desistir do legado e conceber um plano de voo particular, enterrando os vínculos com sua origem. Se o fizesse, talvez até conseguisse algum êxito humano, embora eu duvide, por entender que os milagres que Deus fez para alçá-lo da condição de escravo e prisioneiro à de governador do grande império da época, só aconteceram porque ele se manteve fiel ao propósito. Mas, ainda que tivesse algum sucesso pessoal, descolando-se da raiz, esse sucesso nada teria a ver com o plano de Deus e, portanto, seria efêmero.

    José escolheu manter-se como parte de um projeto maior do que ele mesmo, sendo elo entre uma geração e outra. Não somente quando sofreu, mas também quando foi coroado com honra e poder, manteve-se na missão de dar sequência a uma história que havia começado muito antes de seu nascimento. Essa perspectiva o ajudou a ver a vida de uma forma mais ampla e cheia de propósito. Tanto é verdade que, quando finalmente se reencontrou com os irmãos que o haviam traído, estando em condição de se vingar, ele não o fez. Ao invés disso, não apenas os perdoou, como se assumiu como um missionário que apenas havia chegado na frente, para lhes preparar

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