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O Despertar da Liderança: Princípios fundamentais para o líder que permanece
O Despertar da Liderança: Princípios fundamentais para o líder que permanece
O Despertar da Liderança: Princípios fundamentais para o líder que permanece
E-book291 páginas5 horas

O Despertar da Liderança: Princípios fundamentais para o líder que permanece

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Sobre este e-book

Todo líder deseja alcançar o sucesso em sua trajetória de liderança, mas muitos acabam esmorecendo e se acomodando diante dos desafios da vida; desse modo, deixam de alcançar o melhor que Deus tem planejado para sua vida.
Quer seja você um líder novo, quer seja um veterano experiente tomado pelo cansaço e pela dúvida em suas capacidades, prestes a desistir... você precisa deste Despertar da Liderança!
Neste livro, você conhecerá princípios fundamentais para:

- avaliar o sucesso da sua liderança (à maneira de Deus)
- superar as dificuldades que os líderes enfrentam
- transformar sua família, seu trabalho, sua igreja e a sociedade
- equipar a si e seus liderados para completar os planos de Deus
- e muito mais!
IdiomaPortuguês
Data de lançamento11 de jun. de 2021
ISBN9786599482830
O Despertar da Liderança: Princípios fundamentais para o líder que permanece

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    O Despertar da Liderança - Doug Stringer

    1. POR QUE HÁ TANTOS FINAIS TRÁGICOS?

    Se o dr. J. Robert Clinton de fato tem razão ao afirmar que uma enorme porcentagem de líderes cristãos não termina bem a corrida, então é essencial que aprendamos com aqueles que conseguiram escapar das armadilhas do inimigo. Clinton identificou seis áreas fundamentais nas quais muitos líderes tropeçam:

    Finanças

    Poder

    Soberba

    Tentação sexual

    Problemas familiares

    Perda do fôlego espiritual

    Estou convencido de que o desânimo está por trás de muitas dessas armadilhas específicas; elas são uma das armas favoritas de Satanás contra os líderes. O líder cristão tem o encargo de conduzir o povo de Deus a um lugar de promessa e destino. No entanto, se ele estiver desiludido, desapontado ou distraído ao longo do caminho, será impossível que cumpra essa missão.

    O líder eficaz é alguém que consegue conservar sua visão, manter viva a sua esperança e continuamente avivar a chama do seu amor por Deus e da sua compaixão pelos que sofrem. Todavia, fazer tudo isso esporadicamente não basta; é preciso agir de maneira consistente e intencional.

    DE VOLTA AOS FUNDAMENTOS

    Raramente vi um líder cair por não ter sido capaz de compreender algum tratado teológico profundo. Os tropeços ao longo da caminhada não acontecem por ele não entender o hebraico ou o grego. Tampouco ele sai dos trilhos por interpretar erroneamente o livro do Apocalipse ou algum outro trecho profético das Escrituras. Em muitos casos, o líder se depara com problemas porque passa a negligenciar verdades fundamentais e disciplinas espirituais elementares. Para explicar, vou utilizar como exemplo um dos técnicos de futebol americano mais bem-sucedido da história.

    Vince Lombardi tinha 45 anos quando fez sua estreia como técnico principal de um time da Liga Nacional de Futebol Americano (NFL). O ano era 1959, e o seu desafio era comandar o Green Bay Packers – time que, na temporada anterior, vencera apenas duas partidas. Sem dúvida alguma seria uma tarefa árdua para ele. Contudo, Lombardi não queria que o histórico do ano anterior moldasse as suas expectativas, afinal, o time estava prestes a iniciar uma nova temporada.

    Aqueles desanimados jogadores da Liga Nacional devem ter se perguntando qual estratégia o novo técnico teria para virar a situação, quando se reuniram pela primeira vez antes do início da temporada. Lombardi entrou no vestiário e permaneceu em silêncio por vários segundos. Segurando uma bola diante do time, ele proferiu uma das mais célebres frases da história do futebol americano: Senhores, isto aqui é uma bola de futebol.

    Em apenas oito palavras, o novo treinador foi capaz de comunicar a filosofia que embasaria o futuro sucesso do time: eles partiriam do beabá e tratariam de executar os fundamentos. Percebe? O Packers vinha sofrendo derrotas não por falta de talento, mas, sim, por ter negligenciado os fundamentos do futebol americano.

    Por trás dessa simples história, há uma poderosa mensagem para nós, líderes. Podemos ler inúmeros livros sobre liderança e participar de todos os mais recentes seminários sobre como erguer uma empresa de sucesso; no entanto, em última análise, nosso êxito ou nosso fracasso será determinado pela nossa perícia em executar os fundamentos da vida cristã.

    Vince Lombardi trouxe ao Packers uma nova filosofia que, por sua vez, levou o time a um desempenho inacreditável nos anos seguintes. Foram diversas vitórias em campeonatos da Liga e no Super Bowl [1]. Um time que parecia sem esperança pôde experimentar um recomeço.

    Que grande lição para nós! Não importa como tenha sido a nossa atuação como líderes no passado, Deus pode reverter esse quadro rapidamente. Entretanto, a chave para a nossa virada é a mesma que levou o Packers à vitória – precisamos voltar aos fundamentos.

    ALÉM DO SUPERFICIAL

    Quando digo fundamentos, não estou me referindo a uma vida espiritual superficial ou rasa. Muitos cristãos, mesmo aqueles que estão em posição de liderança, levam uma vida espiritual condizente com o slogan de um antigo comercial de gel para cabelo: Basta um pouquinho, e pronto!. Essa certamente não é a mentalidade que devemos ter em relação às disciplinas espirituais como a oração, o jejum e o estudo da Palavra.

    Não pense que o seu ministério será influente, se a sua vida de oração se resume a preces corriqueiras na hora de dormir. Jamais me esquecerei do dia em que Leonard Ravenhill me disse: Irmão Doug, Deus não responde a orações. Ele responde a orações desesperadas. Em vez de se conformar com orações simbólicas e superficiais, o líder cristão deve aprender a contender com Deus e a buscar fervorosamente a bênção Dele sobre a sua vida (veja Gênesis 32.24-32).

    Do mesmo modo, jamais viveremos em constante vitória se apenas memorizarmos alguns de nossos versículos favoritos para citá-los eventualmente. O que devemos fazer é separar um tempo para nos saturarmos da presença e da Palavra de Deus, e isso com regularidade e constância. A Palavra precisa estar escrita em nosso coração, e deve haver da nossa parte o compromisso de aplicá-la em todas as áreas da vida (veja Salmos 40.6-8 e Esdras 7.10).

    Como o professor de Bíblia J. Vernon McGee costumava dizer, não adianta carregar uma enorme Bíblia de couro, se não tivermos ingerido os seus ensinamentos e passado a praticá-los. Ele dizia que o crente precisa colocar a Palavra de Deus no couro dos sapatos, andando nela em todas as áreas da vida. Essa é a única maneira de vivermos em constante vitória e de provocarmos uma revolução no mundo em prol de Cristo.

    A vida dos cristãos do primeiro século nos mostra o nível de impacto que os fundamentos são capazes de provocar. Esses irmãos, que eram conhecidos como "homens iletrados e incultos, chacoalharam o mundo! Como isso foi possível? Porque haviam eles estado com Jesus" (Atos 4.13).

    O dia de Pentecostes trouxe um novo começo àqueles discípulos. Em um instante, eles receberam poder do alto, e o fracasso e a frustração de outrora foram completamente transformados. Em vez de negarem o Senhor, duvidarem dele ou traí-lo, tornaram-se ousadas testemunhas (veja Atos 1.8; 2.1-4). Você também pode experimentar a mesma transformação, seja qual for o grau de desânimo que sinta hoje!

    CONSERVANDO A PAIXÃO

    Assim como acontece conosco, os primeiros cristãos também foram tentados a ocupar-se com outras atividades e a perder de vista os fundamentos que lhes tinham trazido tanta força e benevolência. Deus, no entanto, levou-os a renovar o seu compromisso, de modo que eles tomaram uma decisão: "e, quanto a nós, nos consagraremos à oração e ao ministério da palavra (Atos 6.4). Além disso, o retorno aos fundamentos levou a igreja em Jerusalém a experimentar um período de grandes avanços: Crescia a palavra de Deus e, em Jerusalém, se multiplicava o número dos discípulos" (Atos 6.7). Voltar às bases nos trará o mesmo resultado hoje.

    Infelizmente, lemos depois em Apocalipse que algumas das igrejas que haviam começado com grande poder e autoridade estavam correndo o risco de não terminar bem. Os crentes de Éfeso tinham muitas obras admiráveis, mas haviam perdido o "primeiro amor pelo Senhor (Apocalipse 2.4). A igreja em Sardes estava espiritualmente morta" (Apocalipse 3.1). Já os cristãos em Laodiceia eram tão mornos, que Jesus afirmou estar a ponto de vomitá-los de sua boca (veja Apocalipse 3.15,16).

    Que preocupante mensagem esses exemplos transmitem a nós que somos líderes no Reino! Assim como Paulo escreveu a seu filho espiritual Timóteo, Deus nos diria hoje: "… reavives o dom de Deus que há em ti…" (2 Timóteo 1.6). Em outras traduções, Paulo nos compara a brasas que estão se apagando e que precisam ser continuamente sopradas ou reacendidas, a fim de voltarem a queimar.

    Percebe? Não é uma religião morta ou uma teologia vazia que mudará o mundo, mas, sim, a influência de cristãos cujo coração esteja ardendo de paixão por Deus. A igreja será capaz de provocar uma nova revolução nesta terra quando retornar ao seu primeiro Amor e voltar a executar de maneira consistente os fundamentos da fé.

    Em palavras que agora soam proféticas, o fundador do Exército da Salvação, William Booth, advertiu:

    Creio que o maior perigo que enfrentaremos no próximo século será a existência de uma religião sem o Espírito Santo, um cristianismo sem Cristo, um perdão que não requer arrependimento, uma salvação que não implica regeneração, uma política vazia de Deus e uma noção de céu desvinculada do conceito de inferno.

    Hoje o corpo de Cristo tem a bênção de contar com oradores talentosos e comunicadores capacitados. Todavia, é necessário muito mais do que isso. Para que a igreja seja transformada, ela precisa de líderes que gastem tempo na presença de Deus, de homens e mulheres que ouçam a voz do Senhor e transmitam o que vai no coração dele a um mundo em desespero. Para isso, é necessário que amem o Senhor e o Seu povo mais do que a sua carreira, seu ministério ou mesmo a própria vida.

    Para pensar:

    Não podemos mudar o nosso passado; contudo, as escolhas que fazemos a cada dia determinam o nosso futuro.

    O JOGO SÓ ACABA QUANDO TERMINA

    Nos capítulos seguintes, compartilharei alguns princípios que são essenciais não só para se ter êxito no exercício da liderança, mas também para que esse êxito seja duradouro. A maneira como o jogo da vida termina é muito importante. Se você já jogou basquete ou futebol, sabe que é ótimo quando seu time lidera a partida durante a maior parte do tempo, mas que é trágico quando essa situação se inverte nos últimos 15 minutos de jogo.

    Nesta paráfrase de A Mensagem, o apóstolo Paulo apresenta uma descrição vívida do que é necessário para terminarmos bem e nos tornarmos medalhistas de ouro no Reino de Deus:

    Todos vocês já foram ao estádio e viram as corridas. Vários atletas correm, mas apenas um vence. Correr para vencer: é para isso que os bons atletas treinam duro. Eles fazem isso por uma medalha de ouro, que perde o brilho e o valor, mas vocês estão atrás da medalha que nunca envelhecerá. Não sei sobre vocês, mas eu estou correndo a toda velocidade rumo à linha de chegada. Estou dando tudo de mim. Nada de pegar leve. Estou alerta e preparado. Não vou ser apanhado dormindo no ponto. Depois de mostrar o caminho para os outros, nem posso pensar que eu poderia perder (1 Coríntios 9.24-27 – A Mensagem).

    Paulo nos adverte que o corredor precisa permanecer alerta e correr com afinco a fim de alcançar a linha de chegada. Ele afirma que seu desejo é fazer de tudo para não perder aquilo que de melhor o Senhor tem para ele.

    Alguns leitores talvez estejam pensando que é tarde demais para terminarem bem. Talvez tenham caído em algum pecado e já não acreditem que sua vida possa algum dia voltar a ser como antes. Talvez tenham se deparado com um muro no caminho. Quem sabe a carreira ou o ministério que escolheram lhes pareça difícil demais e sintam vontade de desistir.

    Gostaria de encorajá-lo com as palavras do grande filósofo americano e membro do Hall da Fama do beisebol, Yogi Berra: O jogo só acaba quando termina. Que boa notícia, não é mesmo? Enquanto houver fôlego em seus pulmões, a partida está valendo. Você ainda pode virar o jogo. A medalha de ouro ainda pode ser sua.

    O dr. Edwin Louis Cole, fundador da Rede de Homens Cristãos (CMN), expressou o mesmo conceito com as seguintes palavras: Os vencedores não são aqueles que nunca falham, mas sim os que nunca desistem. Ele costumava ressaltar que Jesus jamais desistiu, e seguiu firme no cumprimento de sua missão, mesmo que tenha lhe custado a vida. Apesar da agonia da cruz, nosso Senhor ressuscitou e pode, da mesma forma, ressuscitar os seus sonhos e as suas esperanças. Ainda que você tenha se desviado amargamente de sua soberana vocação em Cristo, a Bíblia diz que você "se levantará" (Provérbio 24.16). Você pode sair desse lugar de fracasso e frustração e exercer uma influência ainda maior do que antes.

    Hebreus 12.1 afirma que as arquibancadas espirituais estão repletas de heróis da fé que torcem pela nossa vitória. Pela fé, eles terminaram bem a corrida. Agora é a nossa vez. O exemplo e o legado que deixarmos podem determinar o passo em que correrá a nova geração de campeões, impactando o mundo para Jesus.

    Para pensar:

    O nosso verdadeiro legado não advém dos sermões que pregamos ou do número de seguidores que temos no Twitter ou em outras redes sociais. Ele não corresponde ao tamanho da nossa igreja ou ministério. a vida que levamos antes de entrarmos pelos portões da eternidade é que determinará a influência que temos e a que deixaremos para a geração vindoura.

    2. ALINHADOS AOS PROPÓSITOS DO REINO

    Quando meu corpo sai dos eixos, às vezes tenho de ir ao quiropraxista para que ele dê um jeito em mim. Quase sempre, ele faz alguns ajustes na minha coluna que, embora pequenos, provocam uma enorme diferença no meu bem-estar. Do mesmo modo, o alinhamento correto exerce um papel essencial no sucesso ou no fracasso do líder cristão. Já a falta dele pode incapacitá-lo e impedir que ele cumpra o seu chamado e termine bem a corrida.

    Ao longo dos anos, concluí que a influência e a autoridade de um líder derivam essencialmente de acordos, alianças, atitudes e alinhamentos adequados. Costumo até expressar esses fatores como se fossem elementos de uma expressão matemática.

    Alinhamentos Corretos

    + Acordos Corretos

    + Alianças Corretas

    + Atitudes Corretas

    = Autoridade no Reino

    Na falta de qualquer um desses ingredientes, a influência do líder diminuirá ou desaparecerá por completo. Isso nem sempre é evidente, uma vez que nenhum desses fatores é estático ou imutável. Todos nós conhecemos homens e mulheres de Deus que desperdiçaram sua unção espiritual e a autoridade no Reino quando fizeram escolhas que os tiraram do alinhamento correto.

    Felizmente, Deus pode nos restaurar e realinhar. Quando nossa vida se desequilibra, Ele pode nos ajudar a reordená-la. Porém, isso exige uma carga de intencionalidade da nossa parte. Precisamos voltar aos fundamentos, restaurando a nossa vida de oração, a prática da adoração e o nosso amor pela Palavra de Deus. E, caso haja desajustes no exercício da nossa mordomia, devemos dar alguns passos de fé e sermos generosos no tocante ao tempo, aos talentos e aos recursos que o Senhor nos concedeu.

    Não sei se as vias da sua cidade têm muitos buracos ou redutores de velocidade, mas o fato é que passar por eles pode, com efeito, afetar o alinhamento de um veículo, sendo necessário até mesmo levá-lo a uma oficina mecânica para realinhar. Do mesmo modo, a vida está cheia de estradas esburacadas, e às vezes elas podem causar desânimo, decepção e até desapontamento em nós.

    Quando a nossa vida sai do eixo, muitas vezes nos sentimos desorientados e perdidos. Nem sempre é fácil discernir o que está por trás disso – se nos desviamos do Senhor de alguma forma, se fomos atacados pelo inimigo ou se estamos apenas enfrentando o estresse normal da vida.

    Nesses momentos de confusão, costumo usar uma pequena prova dos nove a fim de esclarecer o que está havendo. Pergunto a mim mesmo se tenho permitido que elementos maléficos penetrem em meu espírito ou na minha mente pelos meus olhos ou ouvidos. Se esse for o caso, não devo ficar surpreso ao perceber que estou tendo pensamentos negativos ou sonhos estranhos.

    É por essa razão que considero de vital importância colocar a minha mente no Senhor logo antes de dormir, de modo que Ele seja o meu último pensamento à noite e o meu primeiro ao acordar. Se você não tem esse costume, recomendo que faça uma experiência. Estou convencido de que se você, conscientemente, fizer do Senhor o Alfa (no começo do seu dia) e o Ômega (no final do seu dia), todo o restante do seu dia também será transformado.

    Para pensar:

    Muitas vezes, nós criamos o nosso mundo pelo modo como escolhemos priorizar aquilo que é mais importante para nós.

    MEIO-DIA À LUZ DE DEUS

    Em Tiago 1.17, encontramos um interessante exemplo bíblico de alinhamento espiritual: "Toda boa dádiva e todo dom perfeito é lá do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não pode existir variação, ou sombra de mudança".

    A referência que Tiago faz a Deus, "em quem não pode existir variação ou sombra de mudança", é uma alusão aos relógios solares, muito utilizados em sua época para determinar as horas. Como não havia relógios de parede ou de pulso naquele tempo, o relógio solar era o melhor instrumento para esse fim. Exatamente ao meio-dia, não havia nenhuma sombra no relógio solar. Por que isso acontecia? Porque a terra estava perfeitamente alinhada com o Sol.

    Como essa ilustração se aplica a nós? Quando estamos na posição do meio-dia, ou seja, em perfeito alinhamento, não há sombras à nossa volta. Assim como o relógio solar precisa estar devidamente alinhado com o Sol para que nenhuma sombra se projete em sua superfície, nós também, na posição de líderes cristãos, precisamos estar alinhados ao Sol da justiça (Jesus Cristo), a fim de que nenhuma sombra surja ao nosso redor.

    Ademais, o Sol não gira ao redor da Terra, como muitos acreditavam séculos atrás. É a Terra que gira em torno do Sol. O mesmo se aplica à vida cristã: precisamos chegar ao claro entendimento de que somos nós que gravitamos em torno de Deus, e não o contrário.

    Se você, meu irmão, está esperando que Deus mude, ficará muito frustrado. Em termos claros e inequívocos, Ele declarou: … eu, o Senhor, não mudo (Malaquias 3.6). Assim também as Escrituras afirmam: Jesus Cristo ontem e hoje é o mesmo, e o será para sempre (Hebreus 13.8).

    Então, se nem o Pai nem o Filho mudarão, quem é que deve mudar? Nós! Deus jamais se deixará conformar à nossa imagem ou expectativa. O que Ele deseja é nos transformar à imagem dele e nos alinhar aos planos que Ele tem para nós.

    Mas sejamos honestos, todos nós já passamos por momentos em que pensamos saber mais do que Deus. Agimos à nossa maneira, e não à dele, e colhemos consequências negativas. Quantos problemas poderíamos evitar se tão somente nos lembrássemos da grandiosa máxima do escritor Winkie Pratney: Ele é Deus; eu, não. Quando alinhamos a nossa vida aos propósitos do Senhor, temos autoridade no Seu nome para repreender o diabo e as circunstâncias negativas que nos afligem.

    Por outro lado, se nos deixarmos afastar da posição do meio-dia, as sombras surgirão ao nosso redor. Se não tomarmos medidas corretivas, essas tênues e fracas sombras se transformarão em trevas. Lembremo-nos: quando as sombras ou a escuridão aparecem em nossa vida espiritual, não é porque Deus mudou. Ele permanece constante. Nós é que precisamos nos realinhar ao seu caráter e à sua vontade. Muitas vezes, o passo que temos de dar a fim de recuperar a bênção e o favor plenos do Senhor é relativamente simples e pequeno.

    ONDE ADÃO E EVA ERRARAM

    Quando pensamos nas incríveis bênçãos que Deus concedeu a Adão e Eva no Jardim do Éden, torna-se quase incompreensível que eles o tenham desobedecido e jogado tudo para o alto. Como isso pôde acontecer?

    Tudo teve início com um engano sutil. A serpente lançou uma pergunta, sugerindo que o Senhor estava tentando privar Adão e Eva de algo bom: … É assim que Deus disse: Não comereis de toda árvore do jardim? (Gênesis 3.1). Perceba que ela não começou contradizendo diretamente o Senhor, mas lançou uma semente de dúvida na mente de Eva, a fim de levá-la a questionar o amor e a honestidade de Deus. Uma vez plantadas a dúvida e a desconfiança na mente da mulher, a serpente viu-se pronta para questionar diretamente as palavras do Senhor. Eva conhecia a advertência de que ela e Adão morreriam, caso comessem da árvore do conhecimento do bem e do mal. Entretanto, a serpente afirmou a ela: … É certo que não morrereis. Porque Deus sabe que no dia em que dele comerdes se vos abrirão os olhos e, como Deus, sereis conhecedores do bem e do mal (Gênesis 3.4,5).

    Há diversas observações importantes que podemos fazer a partir desse pavoroso relato. A primeira delas: é muito importante cortar o engano em seus estágios iniciais. O diabo é mentiroso e pai da mentira (veja João 8.44). Quanto mais dermos ouvidos às suas mentiras, mais seremos enganados. É por isso que devemos amar a verdade da Palavra de Deus e usá-la como arma para expor e neutralizar as mentiras de Satanás.

    A segunda observação é: a serpente direcionou a atenção de Eva para o alvo errado. O relato afirma: "Do solo fez o Senhor Deus brotar toda sorte de árvores agradáveis à vista e boas para alimento; e também a árvore da vida no meio do jardim, e a árvore do conhecimento do bem e do mal" (Gênesis 2.9). Havia, portanto, mais de uma árvore no meio do jardim, sendo a principal a árvore da vida. No entanto, pelo fato de a serpente ter focado na árvore do conhecimento do bem e do mal, a atenção de Eva também se voltou para

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