As primícias do Espírito Santo

De Raniero Cantalamenssa

Esta obra é uma meditação sobre o capítulo oitavo da Carta aos Romanos, e aponta um caminho que trata de três estágios essenciais à vida: a Criação, o objetivo final do Céu e da vida cristã. Reúne em uma síntese maravilhosa um texto que nos faz entender o quão verdadeiramente o Espírito Santo é aquele que mantém a Igreja inclinada para frente, em direção ao retorno do Senhor. O autor nos dá uma reflexão profunda e concreta sobre a natureza e a ação do Espírito Santo no indivíduo, na Igreja e no mundo, com a ajuda do apóstolo Paulo, o grande cantor do Espírito Santo e da vida "no Espírito".

• Idioma: Português
• Editora: Editora Ave-Maria
• Data de lançamento: 4 de nov. de 2020
• ISBN: 9786557070079

Pré-visualização do livro

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ISBN: 978-85-276-xxxx-x

Tradução: Isaias Silva Pinto

Capa: Agência Arcanjo

1ª Edição Digital – Abril de 2020

Diretor-presidente: Luís Erlin Gomes Gordo, cmf

Diretor Administrativo: Rodrigo Godoi Fiorini, cmf

Gerente Editorial: Áliston Henrique Monte

Editor Assistente: Isaias Silva Pinto

Revisão: Édson Nakashima e Mônica da Costa

Produção Digital: Equipe Editorial Ave-Maria

Sumário

Premissa

I

A criação geme e sofre como quedores de parto até o presente dia

O Espírito Santo na criação e natransformação do cosmos

Um mundo em estado de espera

A tese do Design inteligente: ciência ou fé?

Evolução e Trindade

Páscoa, transição da velhice à juventude

II

A lei do Espírito que dá a vida

O Espírito Santo, a nova lei do cristão

A lei do Espírito e Pentecostes

O que é e como age a lei do Espírito?

O amor guarda a lei…

…a lei guarda o amor

Já não há nenhuma condenação

III

Todos aqueles guiados pelo Espírito são filhos de Deus

Uma era do Espírito Santo?

O Espírito como guia na Escritura

O Espírito guia por meio da consciência

O Espírito guia por meio do magistério da Igreja

Discernimento na vida pessoal

IV

Também nós, que temos as primícias do Espírito, gememos, aguardando

O Espírito Santo, alma da escatologia cristã

O espírito da promessa

O Espírito como primícias e garantia

O Espírito Santo como alma da Tradição

O Espírito Santo nos faz abundar na esperança

Premissa

As reflexões reunidas neste pequeno livro são resultado de meditações realizadas na Casa Pontifícia, na presença do Papa Bento XVI, durante a Quaresma de 2009, por ocasião do Ano Paulino, proclamado pelo próprio Sumo Pontífice para comemorar o segundo milênio do nascimento do apóstolo.

Elas abordam alguns pontos-chave do oitavo capítulo da Carta aos Romanos, que, como sabemos, é o texto mais completo e inspirador sobre o Espírito Santo, não apenas no corpo dos escritos paulinos, mas talvez em todo o Novo Testamento. Algumas reflexões realizadas nesta ocasião estão presentes também nos meus livros anteriores sobre o Espírito Santo, em especial no intitulado A canção do Espírito¹, publicado pela editora Ancora. Aqui, no entanto, elas foram revisitadas à luz de questões e problemas que surgiram nesse meio-tempo, tais como o papel do Espírito Santo no contexto da discussão sobre a teoria evolucionista, que se reacendeu por ocasião do bicentenário do nascimento de Darwin em 2009.

A principal novidade deste trabalho, no entanto, é que, pela primeira vez, tenho a oportunidade de me concentrar na temática do Espírito Santo em um único autor, por assim dizer, monograficamente e, além disso, no autor, sem dúvida, mais significativo nesse sentido: o apóstolo Paulo, o grande cantor do Espírito Santo e da vida no Espírito.

Para os leitores, é também uma maneira simples de entrar em comunhão com o Santo Padre Bento XVI, que primeiro teve a bondade (e a humildade!) de ouvir estas reflexões.

I

"A criação geme e sofre como que

dores de parto até o presente dia"

O Espírito Santo na criação e na

transformação do cosmos

Um mundo em estado de espera

Escolhi o capítulo oito da Carta aos Romanos porque constitui, no corpus paulino e em todo o Novo Testamento, o tratado mais completo a respeito do Espírito Santo. O apóstolo se revela nele como o guia mais experiente para nos apresentar um conhecimento cada vez mais profundo e um amor cada vez mais entusiasmado pelo Espírito Santo. A passagem sobre a qual queremos refletir neste primeiro capítulo é a seguinte:

Tenho para mim que os sofrimentos da presente vida não têm proporção alguma com a glória futura que nos deve ser manifestada. Por isso, a criação aguarda ansiosamente a manifestação dos filhos de Deus. Pois a criação foi sujeita à vaidade (não voluntariamente, mas por vontade daquele que a sujeitou), todavia, com a esperança de ser também ela libertada do cativeiro da corrupção, para participar da gloriosa liberdade dos filhos de Deus. Pois sabemos que toda a criação geme e sofre como que dores de parto até o