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A oração do Nome de Jesus: Orar no coração
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A oração do Nome de Jesus: Orar no coração
E-book116 páginas2 horas

A oração do Nome de Jesus: Orar no coração

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Sobre este e-book

O encontro com Deus inunda a alma e a enche de amor e paz. É natural, portanto, que cresça o nosso desejo de fazer essa graça perdurar. A rotina pode às vezes nos atrapalhar em nossa comunhão com o Senhor. Nossas obrigações e deveres para com nossa família e para com o mundo, acabam tornando-se ruídos que perturbam a comunicação com Jesus. A oração do Nome de Jesus tem o propósito de nos guiar para a oração constante, mesmo durante as tarefas do cotidiano. É uma prática, um treino persistente de concentração e fé que nos traz para mais perto de nosso Senhor e de seu coração misericordioso.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento24 de set. de 2014
ISBN9788527615389
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    A oração do Nome de Jesus - Estevão de Emaús

    Nome

    A mente errante

    1ª carta

    Estimados amigos e amigas da oração de Jesus,

    Começo minha relação epistolar com vocês tratando de uma situação que se caracteriza por um movimento incessante, um diálogo constante, uma oscilação permanente. É nossa mente errante que se move como pluma levada pelo vento.

    É preciso ter consciência do estado de nossa mente, do modo como ela nos manipula, e perceber quão escravos somos de seus vaivéns.

    O fato é que nela se reflete o movimento dos humores do corpo. Cada processo digestivo, cada ritmo respiratório, cada movimento dos órgãos, cada tensão muscular, é reflexo imediato, sem que percebamos, de uma agitação mental. É o que costumamos chamar de divagação, porque o pensamento é algo ordenado e fruto de uma intenção.

    Se observarmos atentamente, perceberemos que são escassos os pensamentos criteriosos e que, geralmente, eles se formam baseados na ansiedade que nos aprisiona a diversos desejos.

    A oração é um caminho amplo e profundo que sem dúvida não tarda em mostrar seus efeitos. No entanto, para isso é preciso ter claro o primeiro objetivo: substituir a divagação pelo ato de rezar.

    Ainda que não pareça, esse permanente rumor profundo que constitui os diálogos internos pode ser silenciado em pouco tempo, mediante a repetição do Santo Nome de Jesus Cristo. Assim que a oração tornar-se um hábito mental, será o momento de novas etapas de aprofundamento, adoração, silêncio e contemplação.

    Entretanto, para adquirir esse santo costume, é preciso realizar uma ação interior de renúncia à divagação mental. O silêncio dos lábios sempre é útil quando resulta do silêncio mental. Por outro lado, quem cala por fora pode estar gritando por dentro.

    Há quem acredite que a oração de Jesus, também chamada de oração do coração, é um método concebido como caminho; e não é errado pensar assim. No entanto, aqueles que a praticam com assiduidade e por muito tempo estão convencidos de que é muito mais. É uma forma de viver na presença do Senhor e chega a mudar radicalmente a vida do praticante.

    Quem se aprofunda nessa oração não volta mais atrás. É necessário refletir antes de adotá-la. Ela aumenta a própria consciência de tal maneira que a pessoa se sente pequena, necessitada ao extremo da ajuda divina, e a presença de inúmeras debilidades fica evidente.

    Do ponto de vista da psique, quem abraça esta oração tem de ir se despedindo dos pensamentos. A principal dificuldade não está em acostumar-se com a oração, mas em renegar os pensamentos. Isso acontece porque costumamos nos identificar com o discurso da mente.

    Mas não é bem assim. Não somos aquilo que falamos a cada instante, não sou a pessoa que pensa isso ou aquilo; não sou essa opinião nem o juízo ou crença sobre isso ou outras coisas mais. Demoramos, porém, a descobrir isso.

    Por experiência própria, não pelo que demoramos, porém, o descobrir isso foi dito ou lido, chega-se a descobrir que Cristo habita no coração como luz contínua. A luz desse formoso fulgor vai revelar o rosto daquele que busca sinceramente e que escolheu o Nome do Senhor como ferramenta, bandeira e objeto de devoção.

    Quem é muito apegado aos próprios pensamentos não deveria iniciar este caminho. Nem quem está conformado com sua vida espiritual. Este caminho é para aqueles que ainda não encontraram Deus, para os que não se sentem satisfeitos com seus progressos, para os que, às vezes, sentem que fracassam continuamente em seus empreendimentos. E é útil para estes não necessariamente porque as coisas vão mal, mas porque não se sentem realizados em nenhuma atividade.

    O Senhor nos chama por diversos caminhos, e todos são adequados para cada pessoa. Para essa via, também há um chamado. Frequentemente manifesta-se como uma inclinação do coração para a simplicidade. Como um desejo de silêncio e de evitar complicações. E também como um crescente amor a Cristo Jesus e uma admiração profunda por Ele. Por isso, como primeiro passo, é preciso acostumar a mente à oração.

    Há os que pegam papel e lápis e anotam os passos, como se costumava fazer antigamente nos colégios repetindo a escrita de uma frase. Há os que saem caminhando, e seus passos seguem como se estivessem acompanhando o ritmo. Outros pronunciam a oração com os lábios sempre que podem ou a cantam. Também tenho visto os que, sentados e quietos, buscam a lenta inspiração do Nome.

    O iniciante deve encontrar a própria porta de ingresso. O Pai do Céu nos fez diferentes.

    Em geral, há algo comum que pode servir a todos:

    Ao se despertar, no momento em que tomar consciência de um novo dia, pronuncie a oração de Jesus uma ou várias vezes com tranquilidade, com os lábios ou mentalmente, quando se veste e se prepara para a jornada.

    Repita-a em cada momento de solidão ou de pausa no agito cotidiano, em um elevador, enquanto espera a condução ou vai ao banheiro.

    Recorra a ela cada vez que se encontrar inquieto, angustiado ou disperso. Então, diga com sentimento profundo a frase escolhida para fazer seu pedido.

    Ao se deitar, ao se trocar, ao se cobrir, ao entrar num sono reparador, pronuncie o Nome confiando na misericórdia daquele que invoca.

    Seguem alguns pontos referentes às frases ditas quando fazemos a oração de Jesus:

    A jaculatória, Senhor Jesus Cristo, Filho de Deus, tem piedade de mim, pecador!, além de ser uma forma tradicional, oferece vantagens que serão abordadas em outro momento. Há quem substitua a palavra piedade por misericórdia, acreditando que, assim, ao invocar o Senhor, aproxima-o mais do próprio coração.

    A oração escolhida pode ser encurtada sem problemas, de acordo com a sensação do suplicante no momento. Em adoração contínua, muitos chegam até a pronunciar somente Jesus Cristo!… Jesus Cristo!

    Estejamos atentos em pronunciar a oração com sentimento, enfatizando com emoção as palavras, mental ou oralmente. No entanto, não devemos desanimar se porventura a rezarmos sem perceber e, em algumas vezes, inconscientemente.

    O importante é que, por si só, ela esteja sendo esculpida em nosso templo interior, ainda que não nos demos conta. É melhor repetir seu Nome mesmo sem perceber do que divagar inconscientemente ao vento.

    Em outro momento, trataremos do mistério que se revela quando o mesmo Nome torna presente aquele que se invoca.

    Invocando a Jesus Cristo, fonte de toda a misericórdia, eu vos saúdo.

    Leituras bíblicas recomendadas:

    Rm 7,12-25; 8,5-17.

    A tirania do corpo

    2ª carta

    Estimadas amigas e amigos da oração de Jesus,

    Continuando a nossa correspondência, comento hoje com vocês sobre o poder que o corpo mal-acostumado pode chegar a exercer sobre o nosso ser.

    As leituras bíblicas recomendadas na carta anterior apontaram a necessidade de nos prepararmos para o tema da tirania, algo difícil de aceitar em razão da forte influência da cultura atual, que caminha em sentido contrário.

    Nosso corpo é templo do Espírito Santo. Seu funcionamento não pode explicar-se pelo movimento de suas partes, tampouco pela relação dele com os órgãos, mas por uma força que anima, sustenta e transforma a carne em um ser humano vivo.

    Também podemos dizer que nosso corpo é um caminho para a experiência terrena. Através dele e de seus sentimentos chegam até nós as várias informações que, depois de organizadas, constituem o que chamamos de

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