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A origem do mal
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E-book171 páginas5 horas

A origem do mal

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Sobre este e-book

Quem criou o mal? Qual o propósito da existência do mal? Que o mal "existe" isto é inegável, mas como ele passou a fazer parte da natureza do homem? Qual é a fonte de sua manifestação? Foi Deus quem criou o mal? Mas Deus criaria algo que é totalmente oposto a Ele? Então foi o "diabo" quem criou o mal? Mas o "diabo" tem poder de criar? O que é o mal exatamente? E, em uma perspectiva espiritual, como Deus tratou (sentenciou) o mal? A partir de uma única semente, que está dentro do homem, é que nascem os frutos do mal, que são: as contendas, as mentiras, o engano, as inimizades, a inveja, a falta de perdão, o ódio, as disputas, a corrupção, a exclusão, o preconceito, as traições, a violência, o furto, o roubo, o homicídio... Ou seja, todo mal que existe, tem sua origem em uma única semente que, constantemente, é nutrida pelo próprio homem. Mas a pergunta é: podemos nós impedir que essa semente continue a produzir os seus frutos em nós. Digo que sim, é possível, basta você conhecer a origem do mal em você e deixar de nutrir essa semente e passar a cuidar da outra semente que há em você. Há duas sementes em nós, àquela que nutrirmos, produzirá os seus frutos. Todo mal que praticamos tem uma única origem e, esta origem, está dentro de nós. Busque conhecer, sem o conhecimento do seu inimigo, você nunca o vencerá. Você acredita naquilo que você mesmo construiu por meio de pensamentos que foram estruturados a partir de um conhecimento. Desta forma, se você recebeu um conhecimento ou informação errada, você pode está acreditando no errado pensando está certo. Confronte aquilo que você conhece.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento1 de dez. de 2020
ISBN9786587401966
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    A origem do mal - William Vitor Fernandes Leal

    QUEM CRIOU O MAL?

    Há tantas pessoas que perguntam: quem criou o mal? Por vezes há outros tantos que tentam respondem dizendo que o mal foi criado pelo diabo. Os mais céticos dizem que o mal é a expressão prática do extinto que se apodera do homem para defender suas necessidades e ambições, ainda que tais ambições venham a prejudicar alguém; outros se atrevem a dizer que Deus foi quem criou o mal, sob o argumento de que Deus é o único Criador. Chegam a utilizar versos bíblicos para defender tal argumento.

    Digo que na questão de somente ser Deus o Criador, não está incorreto e não há o que argumenta em torno desta assertiva, no entanto, ficará bastante difícil assimilar a ideia de que Deus tenha criado o mal se passarmos a considerar os atributos de Deus e começarmos a meditar na pessoa de Deus. Sabendo nós que Deus é amor, Ele não poder ser somente um ser que possui amor, sendo Ele o próprio amor. E se ainda formos considerar a sua misericórdia, a qual tem por finalidade não retribui ao homem aquilo que ele de fato merece por causa dos pecados que cometera, e se concebermos o aspecto da sua graça, a qual tem por objetivo conceder ao homem exatamente aquilo que ele não é merecedor, isto é, a salvação; se em tudo isso refletirmos de maneira bastante profunda, tornará muito difícil de ainda permanecermos acreditando que Deus possa ter criado algo que se opõem totalmente a Ele.

    Qualquer um que, de maneira livre, sem medo de pensar, começar a repensar paradigmas, chegará à conclusão que ninguém em sã consciência faria um investimento em algo, sabendo que esse algo lhe causaria profundo prejuízo; agora pensem bem! Se o homem nas suas limitações não faria isso, porque então Deus que é onisciente, conhecedor do ontem infinito, do hoje e do amanhã eterno, criaria o mal, sabendo ele de todo o sofrimento que iria ocorrer por causa da existência desse mal? Deus tendo plena ciência de que o próprio Filho teria que ser sacrificado para corrigir aquilo que ele mesmo criaria, será que ainda assim Deus criaria o mal? Seria Deus adepto a teoria do caos? Teoria esta que tem por premissa, o provocar o caos para que então o provocador possa intervir na história, como o bonzinho, a fim de resolver o caos causado por ele mesmo? A resposta é: com certeza não! Deus é amor.

    Gosto sempre de fazer a seguinte reflexão: você daria uma bicicleta para o seu próprio filho, tendo a plena ciência de que essa bicicleta em algum momento seria a causa da sua morte? Claro que não! Ninguém, que possuísse o verdadeiro amor e que também conhecesse o tempo futuro, faria tal absurdo.

    Mas talvez, neste momento surgisse a seguinte pergunta: Então porque Deus criou o homem, se ele sabia que o homem iria pecar, e para resolver o problema do pecado, o seu Filho seria sacrificado? Adianto-vos que o sacrifício do Filho de Deus não é só o sacrifício da cruz, logo mais a frente isso ficará bem claro. Se refletirmos profundamente, chegaremos à conclusão que a existência do homem em nada acrescenta a Deus e em nada Ele é prejudicado, sendo o homem santo ou perverso, Deus continua sendo o mesmo. Então qual o objetivo da existência humana? Discorrerei sobre este assunto em uma obra: O supremo propósito de Deus. Porque existo. Aguarde.

    Creio que até aqui temos nós, alguns poucos argumentos para começarmos a pensar de forma diferente e, ao mesmo tempo, motivo para podermos buscar a possibilidade de uma ideia de como esse mal veio a existir, se é que ele existe e como ele existe, e entender também, como ocorre à manifestação desse mal na natureza humana.

    Negar o mal é impossível, negar que o homem é mal por natureza, também é impossível, então devemos entender esse mal, para que possamos saber onde estar sua força e buscar neutralizar sua influencia em nós mesmos e nas nossas atitudes para com o próximo.

    Se o mal é totalmente oposto a Deus, concluímos então que todo aquele que ainda vive do mal e para o mal, está afastado de Deus (mais a frente iremos entender como se dar esse afastamento) e, consequentemente, um dia será destruído, então nada melhor que conhecer o quê é o mal, para que possamos ter capacidade de discernir o bem e o mal, e, com isso, podermos fazer escolha consciente entre, viver nos alimentando do bem que gera vida ou do mal que gera morte.

    A EXISTÊNCIA DO MAL

    Se Deus não criou o mal, quem então criou o mal? Pois o mal está aí, dominando a humanidade, causando muito sofrimento, e com certeza Deus não é o autor deste mal. Será que foi o diabo?

    Para que possamos nos debruçar sobre esta questão, devemos primeiro nos perguntar como é essa existência do mal, e como essa existência se manifesta; talvez a partir daí então possamos encontrar possíveis respostas para entender a existência do mal.

    Se pensarmos de uma forma filosófica acerca da palavra existir, veremos que na verdade o mal não existe, pois ele nunca foi criado por ninguém, ele não existe no sentido exato da palavra existir; ele não possui uma substância, o mal não é uma criação ativa, ele é uma existência passiva, pois ele depende totalmente de uma outra coisa para se manifestar, ele não pode se materializar, ele não tem instinto, ele não tem vontade própria; Deus ou que seja o diabo, nenhum deles disse: haja o mal!.

    Isso é uma questão muito simples de assimilar porque o mal não é algo ou um objeto que fora criado por alguém; o mal não é uma pessoa, o mal não pode ser apalpado, não pode ser inquirido, o mal, na verdade, é uma manifestação que primeiro ocorre no campo do abstrato. Quero dizer que o mal em si não pode ser visto ou tocado; seria como que se o mal precisasse de um hospedeiro para se manifestar, porque ele não existe por si mesmo ou para si mesmo. Mas quando digo que ele precisa de um hospedeiro, digo não no sentido de que ele esteja pairando, buscando um local para habitar, porque ele não pode manifestar sem que haja um ser consciente que o escolha. Poderíamos usar como exemplo uma simples fenda (buraco), qualquer tipo de fenda, seja uma fenda na parede, uma fenda na madeira ou em qualquer outro lugar, fendas não existem, elas dependem totalmente de algo que possibilita sua manifestação, ninguém vai ver fendas se não houver um local onde ela possa se instalar, mas também você não ver fendas por ai, buscando locais para se alocar; assim como as fendas estão para uma substância concreta, o mal está para seres conscientes. O mal só existe porque há seres conscientes que decidem viver dele e para ele.

    Um leão que come um filhotinho de antílope não está praticando um mal, porque o mal, primeiramente, se manifesta no campo das ideias, no terreno dos pensamentos, dos sentimentos e dos desejos, para que aí então o mal possa se tornar uma questão de ordem prática, e somente o ser humano que é um ser pensante e racional, pode praticar o mal, tratando aqui é claro na esteira terrena, e não no campo espiritual, porque os anjos também são seres pensantes e racionais, tanto é que muitos deles escolheram o mal.

    O matar alguém é uma expressão prática do mal que, antes de se tornar uma ação ativa, foi uma manifestação passiva que ocupou a mente humana; toda a ideia do matar, primeiro percorre o terreno dos pensamentos, e é na medida em que o homem vai nutrindo esses pensamentos, simultaneamente se originam as raízes geradoras de sentimentos, culminando com o florescer do desejo de matar, para que aí então o fruto seja produzido. O fruto aqui interpretado como a ação de matar alguém.

    Usei o exemplo do matar alguém, considerando ser este a maior expressão prática do mal que ocorre entre os homens, no entanto, toda prática ou omissão que prejudica alguém ou que não promova justiça e, até mesmo, o simples fato de deixar de fazer o bem a alguém, podendo-o fazer, tudo isso torna se uma manifestação do mal, até mesmo simples fato de alegrar-se com o sofrimento do outro, é uma expressão do mal. Se elencarmos todo o tipo mal que ocorre entre os homens, gastaríamos páginas e mais páginas para descrever e explicar cada um deles, mas o foco nosso aqui é saber onde está sustentado esse mal e qual a sua fonte, não a fonte de sua existência, mas a fonte em que o mal está apoiado para se manifestar.

    Outra coisa que devemos refletir é sobre a interpretação do que é o mal em termos práticos, porque o mal em si mesmo não muda, o mal é mal, mas as práticas dos homens, estas sim devem passar por um crivo para serem julgadas se são ou não uma expressão prática do mal; poderia eu citar como exemplo um policial que, para defender outras pessoas, mata um indivíduo; a intenção dele nesse caso não foi matar, mas sim defender ele e outras pessoas, nessa situação aqui, o matar não seria uma expressão prática do mal. Para contrastar, pensemos na situação de que alguém entra dento de uma residência e mata uma criança, o pai chega é vê o filho morto, depois descobre quem matou o filho e então vai atrás e mata a pessoa que matou o filho. Nesse caso há uma intenção de matar, há um sentimento de vingança, e com isso, o matar aqui é uma expressão prática do mal.

    Percebe que existe um fator muito importante e que faz muita diferença na hora em que formos julgar se uma atitude de uma pessoa é má ou não, claro que nós como meros mortais, não conhecemos os pensamentos e intenções do coração do homem, mas Deus é que de fato detém o verdadeiro julgamento.

    A ORIGEM DO MAL NO HOMEM

    Ao observamos o momento em que o mal foi concebido pela humanidade, tratando dentro de uma perspectiva bíblica e, neste momento, fazendo uma leitura literal do texto bíblico, veremos que a humanidade, ali representada por Adão e Eva, recebeu uma sugestão, passando a partir daí a pensar na possibilidade da obtenção do resultado que outrora fora indicado pela serpente e também, passaram a imaginar como seria viver na condição apresentada como possível.

    Vamos ver a humanidade analisando racionalmente à proposta: E viu a mulher que aquela árvore era boa para se comer, e agradável aos olhos, e árvore desejável para dar entendimento; tomou do seu fruto, e comeu, e deu também a seu marido, e ele comeu com ela (Gn 3:6).

    A humanidade, após ouvir a sugestão dada pela serpente que disse que se ela se alimentasse do fruto, ela seria como Deus sabendo o bem e o mal, ela passou a observar o fruto, e então a construir pensamentos relacionados ao resultado proveniente do simples fato do alimentar-se daquele fruto, dando inicio a um processo de raciocínio lógico que culminou em uma escolha voluntária, ou seja, ainda não havia uma natureza pecaminosa, portanto, não havia essa influencia interna, apenas uma questão de escolha de se alimentar da ideia proposta, foi então que o homem ali concluiu que a consequência do comer do fruto, o qual lhe daria a condição de ser igual a Deus, conhecendo o bem e o mal, era boa, agradável e desejável, e se não bastasse, o homem ruminou toda essa ideia construída, de tal modo que esses pensamentos foram nutrindo os desejos a ponto de o homem tomar a atitude baseada naquilo que ele desejou, para que desta forma pudesse obter o que outrora fora proposto pela serpente, ou seja, o ser semelhante a Deus, dando assim, luz ao

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