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Quem é você? Além do que pensa que é!
Quem é você? Além do que pensa que é!
Quem é você? Além do que pensa que é!
E-book456 páginas6 horas

Quem é você? Além do que pensa que é!

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Sobre este e-book

Há muito Conhecimento para lembrar. O que a autora Norma Teixeira Vicente apresenta neste livro é apenas um pouco do que foi lembrando através da meditação diária, e o que alguns Seres Superiores a ajudaram a lembrar: a nossa origem cósmica e as leis que a sustentam, os 19 Universos e como nos projetamos neles, nossas habilidades além da matéria, a importância do Amor no nosso viver diário e a presença dos Sons Cósmicos no nosso corpo. Norma convida-lhe a abrir um espaço na sua mente concreta para refletir sobre essas possibilidades e informações que relata e que já estão em você. É sempre enriquecedor quando nos abrimos para ouvir sobre outras experiências, novos paradigmas e sobre a retirada de véus entre o mental concreto, o mental abstrato e o mental superior.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento15 de dez. de 2020
ISBN9786586539127
Quem é você? Além do que pensa que é!

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    Quem é você? Além do que pensa que é! - Norma Teixeira Vicente

    Quem é você? Além do que pensa que é!

    copyright textos e desenhos © 2016 Norma Teixeira Vicente

    Edição

    Enéas Guerra

    Valéria Pergentino

    Projeto gráfico e design

    Valéria Pergentino

    Elaine Quirelli

    Capa

    Enéas Guerra

    Ilustrações

    Norma Teixeira Vicente

    Revisão de Texto

    Maria José Navarro de Oliveira

    Maria José Bacelar Guimarães

    E-ISBN

    978-65-86539-12-7

    Todos os direitos desta edição reservados à Solisluna Design Editora Ltda.

    editora@solisluna.com.br

    www.solisluna.com.br

    Aos meus Queridos Mestres e a meu Querido e Velho Amigo, que me abriram a porta da eternidade.

    À minha mãe Meiga Teixeira Vicente e a meu pai José Vicente da Silva Filho, um sereno guardião que me autorizava a ultrapassar essa porta da eternidade e a segurava aberta, para que eu não sentisse medo enquanto transitava daqui para lá e de lá para cá. Com sua capacidade de ação amorosa, fortaleceu a minha estrutura psicológica e me legou condições para uma vida cotidiana confortável, respaldada na ética, no caráter, na firmeza de intenções e na vibração do Amor.

    Agradecimentos

    Primeiramente, agradeço ao meu Grande Amor, nesta existência. Ele, sem saber que sabia, juntou sua alma à minha e despertou meu corpo para compreender a qualidade de Amor transcendente, Incondicional, que está além desse Amor que conhecemos na matéria.

    Por contingência desse AMOR despertado, agradeço ao Bem e ao Mal, ao Certo e ao Errado, aos que Buscam e aos que Negam, aos Tristes e aos Alegres, aos Generosos e aos Egoístas, aos Orgulhosos, aos Raivosos, aos meus amigos Plantas, Pedras e Animais, Vírus, Bactérias, Células e Moléculas, ao Vento, à Água, à Terra e ao Fogo. A tudo enfim que me cerca, que me compõe.

    Convivendo com tudo isso em mim pude compreender o que sou e pude compreender que tudo isso sou eu.

    Agradeço aos meus dois irmãos queridos, Ruy e Ney, e aos meus filhos amados Ricardo, Tatiana, Renata e André, que aceitaram se expor junto comigo tão respeitosamente e honrar esse projeto do livro.

    Agradeço aos filhos dos meus filhos, Camila, Aninha, Ruan, João Pedro, Marina que aceitam e brincam com os meus ensinamentos e asseguram a ousadia, a alegria e a jovialidade da minha criança buscadora de tantas aventuras preciosas, e a Clarinha que nos trouxe a experiência do Amor Incondicional.

    Às minhas primas Aline, Angélica, Graça e Vera Marcia (in memorian) que me ajudaram muito. Nos gostamos tanto, de forma tão cúmplice e profunda, que parecemos galhos de uma mesma árvore frondosa e de beleza inconfundível.

    Aos amigos e parceiros de Amor Incondicional e gratidão profunda que colaboraram de diferentes formas, ajudaram, ensinaram, pesquisaram, discutiram e revisaram o livro comigo: Ary Faria Bastos, Ney Blazzio, Valmir José Trentadue, Leda Regis, Sergio Emmanoel Teixeira, José Arnaldo Laguna, Maria Alice Queiroz, Celia e Carlos Marques, Luis Guilherme Pontes Tavares, Bernadete do Amor Divino, Luciano Simas, Maria Madalena F. Vieira, Ashima L. de Lima, Ricardo Newton de Lemos, Ieda Freitas, Wilkson Resende, Jussara e Marcio Rego, Aldelice Almeida Araújo, Mosa Bandeira, Cristina Curto, Ruth Brasil Mesquita, Larissa Seixas, Marta Burity Vicente. Tenho certeza de que nos encontramos sempre nos jardins da eternidade para trocar ideias sobre nossas experiências comuns, tão atuais quanto eternas.

    A tantos amigos mais, que minha mente não pontuou, mas meu coração elegeu para amar, e a você que está lendo o livro, agradeço com este poema de meu querido João Pedro, escrito aos 8 anos de idade.

    Sumário

    Primeira parte

    Há coisas que você quer saber... Tenho coisas a lhe contar...

    O inesperado é assim... Adora fazer surpresas

    Eu busco, tu buscas, ele busca

    Como comecei a lembrar o que sou, além do que me disseram

    Introdução aos Mestres

    Encontro com os Mestres

    Água: Amor Absoluto

    Despertar

    O livro de Lembrar

    Propósito Maior

    Segunda parte

    Há mais coisas que você quer saber... Tenho coisas a lhe revelar...

    Você?

    A grande pergunta

    Introdução à Terceira Parte

    Terceira parte

    Há coisas que você precisa receber... Tenho coisas a lhe entregar...

    Os Sons Cósmicos: Resgate da harmonia física, da serenidade e do Amor Original

    Conclusão? Não. Nada está concluído

    O fim é sempre o início de um novo começo

    Fechando com a chave da eternidade

    Referências

    Apêndice em cores

    Mestres da Hierarquia Cósmica

    Mestres da Hierarquia Terrestre ou Mestres da Hierarquia do Universo

    Há coisas que você quer saber... Tenho coisas a lhe contar...

    Mas antes de contá-las, devo citar umas sábias palavras do professor e filósofo brasileiro Huberto Rodhen (2007, p. 106):

    Quem se torna receptivo, recebe. O recebido está no recipiente segundo o modo do recipiente [...] A realidade cósmica é infinita – mas a facticidade humana recebe algo dessa Realidade de acordo e proporcionalmente à capacidade e ao modo peculiar do recipiente [...] Quem vai colher água no oceano colhe dessa água o volume correspondente à capacidade do recipiente [...]

    A ele sou grata por essa brilhante e providencial declaração. Com muito respeito, estou me respaldando confortavelmente em suas palavras para proteger as limitações da minha condição de recipiente, porque as reconheço todas.

    E por que eu e você? Porque chegou a hora. O dia amanheceu. É hora de acordar.

    Acordar a sua consciência, para que você possa lembrar do Conhecimento trazido da sua origem cósmica e registrado no seu DNA.

    Com a consciência desperta, o acesso ao Conhecimento se dará na proporção do seu empenho de busca.

    Aos poucos ele lhe trará autoridade sobre si mesmo. A autoridade da essência sobre sua consciência.

    A autoridade da essência gera a autoria.

    A autoria se expressa quando a razão se entrega ao coração e com ele estabelece uma parceria de Amor.

    Na companhia desse Conhecimento amoroso, a vida se torna uma aventura de Amor; uma odisseia de infinita beleza; de serena compreensão de si, do outro, do significado da vida e do viver.

    O inesperado é assim... Adora fazer surpresas

    Nenhuma mente que se abre para uma nova ideia voltará a ter o tamanho original

    Albert Einstein¹

    Surpreendentemente, encontrei com meu amigo Luis Oliveira em uma livraria. É um amigo daqueles que, com um jeito lúdico, sabe sintetizar aquilo que queremos transmitir.

    Atualizamos nossas vidas rapidamente e lhe contei sobre o livro que estava escrevendo. Ouvi essa poética e simples definição:

    – Minha amiga, este é um livro de Lembrar!

    Sorri feliz em retribuição. Mesmo sem ter lido uma única linha do livro, ele captara o foco da minha intenção – Lembrar. Em um verdadeiro encontro é assim; eu te acrescento, tu me acrescentas; já não somos mais os mesmos.

    Então, eu digo a você com uma intimidade carinhosa: este livro precisa ser lido com o coração de sua criança interior, livre de conceitos e de críticas; aquela criança que, como todas as outras do mundo, buscou aprender a linguagem da comunicação, o B+A = BA.

    Mas a linguagem que vai resgatar agora é a do seu coração, e com essa linguagem você se conecta ao Self, consciente e inconsciente integrados, e todos os portais e portas do Conhecimento se abrirão. Sendo assim, não há nada para aprender aqui... porque tudo o que veio buscar, você já sabe.

    Há muito Conhecimento para Lembrar. O que lhe apresento neste livro é apenas um pouco do que fui lembrando através da meditação diária, e o que alguns Seres Superiores me ajudaram a lembrar.

    Portanto, isso não significa absoluto, nem definitivo, porque há muito mais... e mais, numa quantidade infinita. Convido-lhe a abrir um espaço na sua mente concreta para refletir sobre essas possibilidades que eu aqui relato e que já estão em você. É sempre enriquecedor quando nos abrimos para ouvir sobre outras experiências, novos paradigmas e sobre a derrubada de muros de separação entre o mental concreto e o mental abstrato, e a retirada das camadas de véus entre o mental abstrato e o mental superior.²

    Há umas palavras de Frei Betto (1995, p. 252) que são muito coerentes com o pedido que lhe fiz quanto a abrir um espaço na sua mente e agregar novas informações:

    Não se obtém abacate de vaca nem leite de abacateiro. Mas obtém-se saúde bebendo o suco que resulta da mistura entre leite e abacate. (Pode-se acrescentar uma pitada de açúcar e umas gotas de limão. Um é doce, o outro, azedo. Juntos realçam o sabor do suco). Sinto que resultaria em algo muito rico, para todos, juntar cientistas com meditação.

    A meditação é um dos caminhos que considero mais valiosos para o encontro com O Conhecimento Maior que já trazemos em nós.

    Esse Conhecimento é muito generoso e cheio de aquietante compaixão. Ele nos acalma em pequenos sussurros, dizendo que a crença que orienta cada momento nosso é a nossa verdade então e essa verdade está de acordo com o nível de consciência que conseguimos desenvolver até ali, bem como com a frequência de energia em que estamos inseridos no mundo da matéria, em cada período da nossa vivência como seres humanos.

    Portanto, não há erro, há experiência sempre. Tudo é perfeito como está acontecendo, porque tudo está incluído no Todo para ser experimentado, e acontece de acordo com o nosso nível de consciência e com as nossas escolhas. É uma questão, apenas, de escolher o que se vai experimentar a cada instante. Para isso temos o livre arbítrio. Cada um é responsável pelo que escolhe vivenciar dentro do leque de experiências disponíveis na frequência de energia a que pertence.

    Também não há perdas. Não há perda de tempo, de liberdade, de consciência, nem de bens. Há oportunidade de compreender cada acontecimento, cada coisa na qual se escolhe acreditar, cada situação que se escolhe vivenciar, cada comportamento e atitude que se escolhe ter e, a partir dos resultados e consequências deles, permanecer como está ou mudar... ou transformar... ou transmutar.

    É simples. É sem exigências... É no tempo de cada um. É de acordo com o nível de consciência que se vai conquistando a cada experiência nas existências, porque a experimentação é infinita. Se a mudança não acontecer agora, fica para a próxima. Quero dizer... a próxima existência, a próxima dimensão, a próxima frequência de energia, a próxima vida paralela ou a vida paralela próxima, quem sabe?! Tudo é possível! No mundo da energia tudo é surpreendentemente possível.

    As civilizações sempre estiveram ávidas por se comunicar com mais e mais pessoas para obter e trocar conhecimento. Isto acontece desde os tempos mais remotos e culmina, agora, com a comunicação rápida e desenfreada por meio da internet. Toda essa tecnologia materializada e toda essa infinidade de informação disponível nos meios de comunicação levantam e reforçam, para mim, uma hipótese:

    Se temos a capacidade de projetar e produzir aparelhos para milhares de funções é porque temos dentro de nós a capacidade desses mesmos aparelhos.

    Desde adolescente eu pensava:

    Se o homem projetou o avião para voar e mudar de espaço geográfico rapidamente, é porque ele mesmo sabe fazer isto: estar no lugar que quiser, à hora que quiser, com o seu próprio corpo, mesmo que seja um corpo não físico.

    Se inventou o aparelho de televisão que projeta imagens em milhares de lares é porque ele sabe projetar-se: projetar a sua própria imagem onde quiser, simultaneamente.

    Se teve a capacidade de inventar o telefone tradicional e depois, o celular, é porque ele sabe se conectar por sinais vibratórios. E assim, há uma infinidade de outros exemplos de aparelhos e tecnologias criadas pelo ser humano que revelam as nossas próprias possibilidades internas.

    Temos essas capacidades e habilidades porque as trazemos inscritas na nossa alma, nesse núcleo atemporal de consciência que guarda consigo toda a nossa história, todo o Conhecimento que trouxemos do nosso Ser Cósmico e que amealhamos ao longo dos tempos em que fazemos experiências de vida nos Universos de matéria-energia. Isso tudo faz parte do nosso DNA, que não é só biológico; ele é Cósmico também. Uma única célula humana teria condições de armazenar informações contidas em vários volumes das páginas amarelas da lista telefônica. Imagine o tamanho da nossa potencialidade total!

    Então, o meu papel é muito simples. Simplório, até. Apenas despertar você. Despertar as suas memórias... as das suas páginas amarelas, das páginas brancas e das páginas em branco. Estas, tão aparentemente vazias quanto a vacuidade existente entre um átomo e outro. Nesse espaço de aparência vazia, não quer dizer que não haja letrinhas de mãos dadas formando palavras e frases contendo informações das profundezas mais abissais e geladas do nosso oceano quântico pessoal.

    Diante da grandiosidade do Todo, sou como um grão de areia. Mesmo assim, na minha pequenez, sinto que não há vazio; há um espaço grávido de possibilidades. As informações estão apenas invisíveis aos nossos olhos físicos, mas as temos, todas. É só uma questão de silêncio interior, para lembrar à mente consciente o alfabeto com que elas se comunicam.

    Aqui, você não vai aprender. Você vai LEMBRAR.

    1 Albert Einstein apud Santos (2008, p. 2).

    2 Nas filosofias orientais, fala-se dos vários corpos que temos além do corpo físico, a saber: corpo físico, corpo etérico, corpo astral ou emocional, corpo mental concreto (a mente do ego), corpo mental abstrato, aquele com o qual acessamos os três corpos superiores a seguir: corpo mental superior (Consciência superior ampliada), corpo búdico (vida consciência) e corpo átmico (vida energia).

    Eu busco, tu buscas, ele busca

    A experiência numinosa frequentemente produz sensações de graça, reverência e êxtase. Podemos perceber a unidade que serve de base para toda a existência e sentir uma presença divina que transmite o amor incondicional. Quando percebemos o mundo a partir desse nível de consciência, estamos compreendendo através do conhecimento parassensorial do nosso Self Divino.

    Susan Bello (2014, p. 121)

    Quando eu tinha seis anos perguntei, pela primeira vez, a meu pai:

    – Pai, o que é que eu vim fazer aqui? Eu sei que não foi só comer, dormir, estudar e brincar.

    E ele respondia a mesma coisa, sempre que eu perguntava:

    – Eu não sei, minha filha, mas um dia, você vai descobrir.

    Meu pai me contou isso várias vezes ao longo da minha vida adulta, como se fosse uma tarefa que ele tinha comigo. Como se fosse algo importante que não poderia ser esquecido e, por isso, ele precisava me relembrar sempre daquela pergunta tão madura para uma criança fazer.

    Com o saber da consciência da matéria, ele não sabia o que eu viera fazer aqui. Mas com o saber da consciência atemporal, ele sabia.

    E sabia tanto, que nunca me negou apoio e suporte emocional em todas as vezes que eu, desde os cinco anos de idade, comecei a ver e a ouvir as coisas do mundo invisível, como costumo, de forma brincalhona, dizer.

    Nunca desacreditou de nada que eu via. Nunca disse que não existia, nem que era invenção. Jamais disse que eu não estava vendo ou ouvindo. Pelo contrário, sentava ao meu lado e confirmava que era tudo verdade, que aquilo existia, mas que não me faria nenhum mal. Parece-me que ele sabia que [...] não precisamos temer o inconsciente, pois é lá que encontramos nossos dons (Bello, 2014, p. 120).

    Essa validação simples, mas sábia, protegeu-me da insanidade; protegeu-me da sensação de viver na contramão da lógica e da razão; protegeu-me do diagnóstico de loucura.

    Claro que enfrentei piadas, críticas jocosas e rotulações de desligada, não tem os pés no chão, maluquete e irresponsável. Apesar desses rótulos, fui sempre muito responsável, estudiosa e centrada. Confesso, contudo, que sempre foi desagradável circular nessa fronteira entre o que eu percebia, via e ouvia e a opinião que as pessoas expressavam sobre mim.

    Aos 9 anos comecei a pintar e, ao longo do tempo, desenvolvi uma carreira de arte com um certo sucesso, o que me legou algumas premiações até no exterior. Através da arte tomei consciência de mim mesma: defeitos, virtudes e dores. Arte, consciência do ego e Consciência Maior andam de mãos dadas e conspiram juntas para um movimento transformador interno e externo.

    Busquei na Índia, no Egito, no Tibet, na psicologia Junguiana, na Transpessoal, na Pintura Espontânea, na Dinâmica Energética do Psiquismo (DEP), na Linguagem Vibratória de Base Molecular, na Arteterapia, na Meditação, ali e acolá, tudo que pudesse responder, na justa medida de aceitação do meu coração, aos questionamentos sobre os estados de consciência que eu acessava. Desde criança, eu tinha uma intimidade ilimitada com a linguagem do meu coração; precisava ouvi-lo dizer: isto sim, pode fazer; isto não é para você, não vá. E sempre o obedeci.

    Não me arrependo de ter obedecido à sua voz. Desafiei meu pai algumas vezes em que ele tentou me levar a pessoas e a lugares que supostamente poderiam me ajudar a compreender o mundo invisível. Eu lhe respondia que não iria porque sabia que lá não era o meu lugar. Sorrio ao lembrar que meu pai me contestava dizendo:

    – Menina, danada, quem é você para saber das coisas!

    Mas eu empacava como um burro velho, e continuava dizendo que não ia.

    Ao longo da minha vida, sobrevivi à pressão de textos e contextos científicos sem deixar que me convencessem de que eu era lunática, amalucada ou esquizofrênica. A diferença essencial entre experiências místicas, numinosas e alucinações esquizofrênicas [...] consiste no fato de que o místico volta para a realidade do mundo dos cinco sentidos, enquanto o esquizofrênico não volta (Weil, 1976, p. 64). Fiz a minha própria construção estruturada. Estudei, me profissionalizei, produzi, casei e tenho filhos centrados e produtivos.

    E, finalmente, encontrei aqui em minha terra, em Salvador, Brasil, na prática da meditação com um grupo especial orientado por um homem amoroso e simples, mas de extrema profundidade emocional e espiritual, engenheiro, geofísico, inteligente e cheio de sabedoria, a ordenação de todas as respostas que eu precisava e que fora buscar ali e acolá.

    Devo acrescentar que, por causa dele e com a sua ajuda, hoje convivo harmoniosamente com Mestres da Hierarquia Cósmica e da Hierarquia Terrestre, com Homens do espaço, com Sons Cósmicos, com dimensões, frequências e níveis de realidade diferentes, com minerais e vegetais, respeitando-os nas suas sabedorias e propósitos, e me comunicando com eles como se fossem seres humanos, como eu e você.

    Faço minhas as palavras de C. G. Jung (2010, p. 210): Nossa época está buscando uma nova fonte de vida. Eu encontrei uma e bebi dela e a água tinha gosto bom. Jung disse essas palavras há pelo menos 50 anos, mas elas continuam cada vez mais jovens e atuais.

    De vez em quando, escorrego na minha ignorância e cometo atos incompatíveis com as coisas que acessei e com algumas coisas que lembrei. Sinto medo algumas vezes, em situações muito desconhecidas, se estou sozinha ou se a situação foge demais à minha capacidade de compreensão. Nesses momentos, perdoo-me porque reconheço as fragilidades da minha humanidade aqui nos Universos de matéria-energia.

    Isto me leva a perceber a vasta extensão de tantas coisas que ainda não lembro, e do quanto ainda não compreendo; torno a me reavaliar, objetivando perseverança, para que eu possa resgatar-me novamente das minhas inconsequências, inconsciências e ignorâncias.

    Acessar o mundo invisível e a totalidade do que somos capazes de nos tornar não é garantia nem carimbo de perfeição, tampouco de que sou mais evoluída ou mais inteligente do que alguém. É um documento vibratório imutável e intransferível que trazemos, TODOS, da própria Origem Primeva, atestando o compromisso irreversível com o aprofundamento da alma na matéria, em busca do reencontro com a nossa parte sutil e sagrada que nos autorizou a vir, projetando-nos até aqui.

    Nisto, para a maioria das pessoas, pode estar a minha loucura. Contudo, parafraseando Platão, eu a considero, na verdade, Loucura Divina.

    Dentro da visão filosófica dos Mestres da Hierarquia Cósmica sobre a unidade espírito-matéria, com a qual me identifiquei, lembrei quem eu sou além do meu corpo físico. Lembrei do meu propósito maior e compreendi o que estou fazendo aqui. Portanto, o que eu queria saber desde criança, consegui lembrar.

    Entretanto, seria arrogância e mesmo imaturidade da minha parte dizer que aquilo que consegui lembrar é a verdade total, definitiva e imutável. Diante da grandiosidade e da vastidão de tudo o que existe, não é possível fazer uma declaração tão fechada. O mundo da energia e das vibrações é um sistema aberto de interações, ressonâncias e intercomunicações, e oferece sempre novas conexões que nos levam a muitas outras, o tempo todo.

    Vamos compreendendo sempre mais a respeito de um determinado tema, porque a cada momento que nos deparamos com ele, temos uma condição vibratória diferente e ampliada, o que nos possibilitará alcançar mais informação.

    Desde que nascemos, fomos aprisionados em conceitos que nos limitaram no corpo físico, nos dados da carteira de identidade, no poder do cartão de crédito, nas regras sociais e nas informações escolares e acadêmicas.

    Como se sente diante dessas limitações? Você é só isso?

    Quem é você, além do que pensa que é e do que lhe disseram que é?

    Como comecei a lembrar o que sou, além do que me disseram

    Deus é o maior companheiro dos forasteiros, pois é, por definição, o grande Forasteiro. Símbolo monolítico da alma humana, D’us perambula e nunca está em nenhuma moral de forma definitiva. Transgressor constante das convenções e dos padrões, D’us é companheiro constante do estrangeiro e daquele que segue seu caminho por mais que este divirja do consenso moral de uma sociedade.

    Rabino Nilton Bonder (1998, p. 68)

    Em 1999, tive um sonho simples e conciso. Não o esqueci. Guardei no meu coração como um tesouro a ser aberto na hora certa.

    Era, apenas, uma voz masculina que falava. Sem rosto, sem forma:

    – Norma, você só tem duas opções. Assistir ao filme Ar Viciado ou ao filme Odisseia 2100 no Espaço.³ Respondi, sem a menor dúvida:

    – Odisseia 2100 no Espaço.

    Em maio de 2001 (observe a dinâmica simbólica do inconsciente: 2001 traz embutido 2100, ao contrário), conheci as pessoas do grupo com o qual comecei a meditar e a me reunir para estudos sobre a Cosmogênese, a Microgênese, sobre a formação dos Universos, sobre outros seres e sobre dimensões.

    Trata-se de um grupo multidisciplinar, composto por profissionais de diversas áreas, cujo objetivo é o contato com o Eu Maior, a nossa essência sábia, e dele receber orientação para aprimorar o desenvolvimento do Amor Incondicional, trazendo-o para a consciência do ego nesta existência, a fim de colocá-lo em prática. Para conseguir isso, o que não é pouco, o meio utilizado é a meditação. Uma meditação simples, desvinculada de qualquer formatação padronizada e de institucionalização.

    Nosso orientador foi um dos membros do grupo, o engenheiro do qual falei, a quem doravante chamarei de meu querido e velho amigo, homem de profundo e abrangente conhecimento cósmico-universal e de extrema sabedoria. Com sua capacidade extrassensorial, sua visão ampliada dos campos de energia e das dimensões extrafísicas, seu conhecimento das verdades universais bem como das verdades cósmicas, nos ensinou tudo o que sabia, por meio de palestras, de conversas particulares e dos escritos pessoais que nos repassava. A ele, toda a gratidão e Amor que meu coração é capaz de sentir.

    Nesse grupo não há dogmas, nem rituais, nem regras rígidas a serem seguidas. Apenas a meditação diária em um local específico ou em nossa própria casa, individualmente.

    Considero a meditação um dos caminhos mais poderosos para o encontro com a essência do que somos. O silêncio na meditação nos reduz a uma pequena partícula, mas nos insere na vastidão do Todo de onde viemos. Inseridos nessa vastidão, perdemos a individualidade, mas ganhamos a consciência de sermos Totalidade.

    Se pensarmos como individualidade, temos de concordar com Luis Oliveira, quando diz, em seu Livro das Experiências de Ampliação da Consciência, página 25: A gente fica tão pobrezinho quando ouve o silêncio na meditação! Se pensarmos como Totalidade, ficamos tão ricos [...] como se fossemos filhos do dono de todos os trigais do mundo (Câmara, 1987, p. 98).

    Desde os primeiros encontros pessoais com meu querido e velho amigo, as respostas que obtinha aquietavam minhas dúvidas com relação à minha origem além do corpo, e com relação às percepções auditivas e visuais que muitas vezes me geraram conflitos, afligiram meu coração e assustaram minha mente. Por muito tempo estive despreparada para compreendê-las. Ao encontrá-lo, suas palavras ressoavam em mim como se eu já as conhecesse. Despertavam lembranças de vidas anteriores e paralelas, acordavam em mim conhecimentos que eu não sabia que os aprendera antes e traziam, à minha mente, novos temas que eu jamais pensara compreender. Invadia-me, sempre, uma certeza cálida de que chegara ao local certo para mim. Ali, era onde eu deveria estar há muito tempo.

    Penso que todos já sentiram algo semelhante! Uma sensação de bem-estar, de confiança em algumas pessoas, mesmo que elas tenham sido estranhas a você até então; uma certeza de que o local em que está é conhecido, embora nunca tenha estado ali; uma conclusão descabida de que caiu de paraquedas num ambiente onde todos parecem falar e agir de forma muito diferente da sua, mas você não quer sair de perto deles, porque lhe trazem uma alegria de pertencimento, um acolhimento generoso e certezas que não sabe quais; uma sensação inesgotável de felicidade porque a conversa gira em torno de assuntos que a vida inteira ansiou ouvir, mas não sabia aonde ir buscar; um sentimento de ter um pouco de medo daqueles assuntos, de não querer se afastar dali, de precisar ouvi-los infatigavelmente, porque dentro de você há uma sensação conhecida de que já sabe tudo aquilo – uma ressonância molecular, eu diria.

    Depois de iniciadas as meditações com o grupo, fui tendo acesso a algumas informações que me interessavam, as quais eu conseguia trazer para a consciência do ego de forma completa, dentro do meu limite de compreensão delas, é claro, assim que a meditação terminava.

    Meu querido e velho amigo dissera-me que eu poderia perguntar ao meu Mestre pessoal, antes de iniciar a meditação,aquilo que me interessasse saber. Até então eu não sabia que dispunha de um Mestre. Portanto, embora não o conhecesse, tão logo entrava no local e sentava no meu lugar, tornava clara mentalmente a minha pergunta do dia.

    As respostas chegavam à minha mente, sempre. Finalizada a meditação, registrava, datava e guardava. Algumas coisas eu compreendia de imediato, outras, precisava da ajuda do meu velho amigo para me explicar as palavras e colocações cuja compreensão eu ainda não alcançava.

    Com a continuidade de anos meditando, mais e mais abertura de consciência foi acontecendo.

    Comecei a acessar desenhos, geometrias e as explicações sobre eles; ao me aproximar de plantas, leguminosas, árvores frutíferas e pedras já podia me comunicar com eles e captar as informações sobre seus papéis e propósitos nesta existência. Recebia orientação de toques corporais para acalmar o sistema nervoso; contatava e acessava desenhos de cerimônias e de processos de inserção na matéria; recebia informações e escritos de Mestres Cósmicos e de Mestres orientadores nos Universos. Através Deles⁴ aprendi sobre a energia de Neutralidade, sua importância e suas funções no corpo, aprendi sobre a água, e recebi as orientações sobre os Sons Cósmicos.

    Manoel de Barros (2013, p.

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