Tu és o Mestre do teu Destino
De James Allen
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Sobre este e-book
O homem esforça-se para a realização de certos fins e, gradualmente, vai tomando consciência de um poder que parece não ser dele e que frustra os seus débeis esforços, rindo, por assim dizer, do seu empenho e dos seus combates infrutíferos.
Porém, contrariamente ao que possa parecer, o homem tem a liberdade de escolher o seu caminho e de moldar o seu destino: e os esforços pacientes e incansáveis que promove para a realização dos seus fins são declarações de consciência da liberdade e do poder.
O homem é o criador das suas próprias ações; como tal, é o criador do seu caráter; é ele quem molda o seu destino e lhe dá forma. Tem o poder de modificar os seus atos, e altera o seu caráter de cada vez que age; e, com a modificação do seu caráter para o bem ou para o mal, predetermina para si novas realidades.
Ele é o mestre do seu destino!
Críticas
«Um pequeno livro repleto de sabedoria. É tão poderoso quanto as restantes obras de James Allen. Altamente recomendado!»
Leitor Amazon, 5 Estrelas
James Allen
Born in 1864 in England, James Allen took his first job at fifteen to support his family. Allen worked as a factory knitter and later a private secretary before writing his first book, From Poverty to Power, in 1901. In 1903 he completed his best-known work: As a Man Thinketh. Allen wrote nineteen books, including his spiritual journal, The Light of Reason, before he died at age forty-seven in 1912. While not widely known during his lifetime, Allen later came to be seen as a pioneer of contemporary inspirational literature.
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Tu és o Mestre do teu Destino - James Allen
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para Alma dos Livros
Título: Tu És o Mestre do Teu Destino
Título original: The Mastery of Destiny
Autor: James Allen
Tradução: Carla Ribeiro
Revisão: Sérgio Fernandes
Paginação: Miguel Antunes
Capa: Catarina Cardoso / Alma dos Livros
Imagens de capa: Shutterstock
Impressão e acabamento: Multitipo – Artes Gráficas, Lda.
ISBN: 978-989-8999-47-4
1.ª edição em papel: agosto de 2020
Todos os direitos reservados.
Nenhuma parte deste livro pode ser utilizada
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devidamente previstas na Lei.
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Escreve o Dedo Que se Move,
e, tendo escrito, Segue em frente:
e nem toda a Astúcia e Piedade
O aliciarão a anular meia linha
Ou as tuas Lágrimas
a apagar o que foi dito.
Primeira Parte
Atos, caráter e destino
EXISTE, e sempre existiu, uma crença generalizada na Sorte, ou no Destino, ou seja, num Poder eterno e insondável que atribui fins definidos a indivíduos e nações. Esta crença nasceu de uma longa observação dos factos da vida.
Os homens têm consciência de que existem certos acontecimentos que não podem controlar e não conseguem evitar. O nascimento e a morte, por exemplo, são inevitáveis, e muitas das ocorrências da vida parecem sê-lo igualmente.
Os homens esforçam cada um dos seus nervos para a realização de certos fins e, gradualmente, vão tomando consciência de um Poder que parece não ser deles e que frustra os seus débeis esforços, rindo, por assim dizer, do seu empenho e dos seus combates infrutíferos.
À medida que vão avançando na vida, os homens aprendem a submeter-se, mais ou menos, a este Poder dominante que não compreendem, percecionando apenas os seus efeitos em si mesmos e no mundo que os rodeia, e dão-lhe vários nomes, como Deus, Providência, Sorte, Destino, etc.
Os homens de contemplação, como os poetas e filósofos, afastam-se, por assim dizer, para observar os movimentos deste misterioso Poder à medida que este, por um lado, parece elevar os seus favoritos e, por outro, derrubar as suas vítimas, sem qualquer referência a méritos ou deméritos.
Os grandes poetas, sobretudo os dramáticos, representam este Poder nas suas obras, tal como o observaram na Natureza. Os dramaturgos gregos e romanos representam geralmente os seus heróis como tendo um conhecimento prévio do seu destino e tomando medidas para lhe escapar; mas, ao fazê-lo, envolvem-se cegamente numa série de consequências que provocam a ruína que tentavam evitar. As personagens de Shakespeare, por outro lado, são representadas, tal como na Natureza, sem qualquer conhecimento prévio (exceto na forma de pressentimentos) do seu destino específico. Assim, segundo os poetas, o homem, conheça ou não o seu destino, não pode evitá-lo, e cada ato seu, consciente ou inconsciente, é um passo na direção dele.
O Dedo Que se Move, de Omar Khayyam, é uma nítida expressão desta ideia de Destino:
«Escreve o Dedo Que se Move, e, tendo escrito,
Segue em frente: e nem toda a Astúcia e Piedade
O aliciarão a anular meia linha
Ou as tuas Lágrimas a apagar o que foi dito.»
Assim, homens de todas as épocas e nações sentiram nas suas vidas a ação deste Poder ou Lei invencível, e hoje, na nossa nação, esta experiência foi cristalizada no conciso provérbio «O homem põe e Deus dispõe».
Mas, contrariamente ao que possa parecer, existe uma crença igualmente generalizada na responsabilidade do homem enquanto agente livre.
Todos os ensinamentos morais são uma afirmação da liberdade do homem de escolher o seu caminho e moldar o seu destino: e os esforços pacientes e incansáveis que promove para a realização dos seus fins são declarações de consciência da liberdade e do poder.
Esta experiência dual, com o destino de um lado e a liberdade do outro, deu origem à infinita controvérsia entre os crentes no Fatalismo e os defensores do livre-arbítrio – uma controvérsia que foi recentemente ressuscitada sob a questão «Determinismo versus Livre-Arbítrio».
Entre extremos aparentemente divergentes, existe sempre um «caminho intermédio» de equilíbrio, justiça e compensação, que, embora inclua ambos os extremos, não se pode dizer que seja um ou outro, e que os harmoniza a ambos; e este caminho intermédio é o ponto de contacto entre dois extremos.
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