Poesias
4.5/5
()
Sobre este e-book
Fernando Pessoa
Fernando Pessoa, one of the founders of modernism, was born in Lisbon in 1888. He grew up in Durban, South Africa, where his stepfather was Portuguese consul. He returned to Lisbon in 1905 and worked as a clerk in an import-export company until his death in 1935. Most of Pessoa's writing was not published during his lifetime; The Book of Disquiet first came out in Portugal in 1982. Since its first publication, it has been hailed as a classic.
Leia mais títulos de Fernando Pessoa
Poemas Completos de Alberto Caeiro Nota: 5 de 5 estrelas5/5Antologia Poética Nota: 5 de 5 estrelas5/5Poemas de Alberto Caeiro Nota: 4 de 5 estrelas4/5Poemas de Álvaro Campos Nota: 0 de 5 estrelas0 notasFernando Pessoa – Antologia poética Nota: 4 de 5 estrelas4/5Poesias inéditas e poemas dramáticos Nota: 5 de 5 estrelas5/5Livro do Desassossego Nota: 4 de 5 estrelas4/5Fernando Pessoa: Citações, Poemas e Afins Nota: 0 de 5 estrelas0 notasPoemas completos de Alberto Caeiro: Comentários, Glossário, Estudo Introdutório Nota: 0 de 5 estrelas0 notasEu, Fernando Pessoa em quadrinhos Nota: 0 de 5 estrelas0 notasCancioneiro Nota: 5 de 5 estrelas5/5Odes de Ricardo Reis Nota: 4 de 5 estrelas4/5Alberto Caeiro: Poemas Completos (Golden Deer Classics) Nota: 5 de 5 estrelas5/5Mensagem Nota: 4 de 5 estrelas4/5Vida e obras de Alberto Caeiro Nota: 0 de 5 estrelas0 notasToda poesia de Alberto Caeiro Nota: 0 de 5 estrelas0 notas
Relacionado a Poesias
Ebooks relacionados
pequenas palavras Grandes Sentimentos Nota: 5 de 5 estrelas5/5Poemas selecionados Nota: 5 de 5 estrelas5/5Poesia de Florbela Espanca Nota: 5 de 5 estrelas5/5A mensageira das violetas Nota: 0 de 5 estrelas0 notasLivro do desassossego Nota: 4 de 5 estrelas4/5Bukowski essencial: poesia Nota: 5 de 5 estrelas5/5Alguma poesia Nota: 4 de 5 estrelas4/5Mensagem Nota: 5 de 5 estrelas5/5Emily Dickinson: Poemas de Amor Nota: 5 de 5 estrelas5/5O coração estendido pela cidade Nota: 0 de 5 estrelas0 notasWALT WHITMAN - Poemas Escolhidos Nota: 3 de 5 estrelas3/5Antologia poética - Cecília Meireles Nota: 5 de 5 estrelas5/5Fernando Pessoa: Citações, Poemas e Afins Nota: 0 de 5 estrelas0 notasAs palavras voam Nota: 5 de 5 estrelas5/5Em todo fim há um recomeço Nota: 5 de 5 estrelas5/5A Odisseia Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO amor vem depois Nota: 4 de 5 estrelas4/5O Idiota Nota: 5 de 5 estrelas5/5Machado de Assis: obras completas Nota: 4 de 5 estrelas4/5Sonetos Nota: 0 de 5 estrelas0 notasA DIVINA COMÉDIA - inferno Nota: 0 de 5 estrelas0 notasFLORES DO MAL - Baudelaire Nota: 0 de 5 estrelas0 notasMEMÓRIAS DO SUBSOLO Nota: 5 de 5 estrelas5/5Poesias inéditas e poemas dramáticos Nota: 5 de 5 estrelas5/5A amplitude de um coração que bate pelo mundo Nota: 5 de 5 estrelas5/5Laços Nota: 5 de 5 estrelas5/5Quincas Borba Nota: 5 de 5 estrelas5/5Poeresia: Solidão Nota: 0 de 5 estrelas0 notasTextos Para Serem Lidos Com O Coração Nota: 5 de 5 estrelas5/5O Retrato de Dorian Gray Nota: 4 de 5 estrelas4/5
Ficção Geral para você
Para todas as pessoas intensas Nota: 4 de 5 estrelas4/5A Arte da Guerra Nota: 4 de 5 estrelas4/5Pra Você Que Sente Demais Nota: 4 de 5 estrelas4/5Gramática Escolar Da Língua Portuguesa Nota: 5 de 5 estrelas5/5O amor não é óbvio Nota: 5 de 5 estrelas5/5Declínio de um homem Nota: 4 de 5 estrelas4/5Mata-me De Prazer Nota: 5 de 5 estrelas5/5Novos contos eróticos Nota: 0 de 5 estrelas0 notasPara todas as pessoas apaixonantes Nota: 5 de 5 estrelas5/5Prazeres Insanos Nota: 0 de 5 estrelas0 notasVós sois Deuses Nota: 5 de 5 estrelas5/5A Sabedoria dos Estoicos: Escritos Selecionados de Sêneca Epiteto e Marco Aurélio Nota: 3 de 5 estrelas3/5Onde não existir reciprocidade, não se demore Nota: 4 de 5 estrelas4/5SOMBRA E OSSOS: VOLUME 1 DA TRILOGIA SOMBRA E OSSOS Nota: 4 de 5 estrelas4/5Invista como Warren Buffett: Regras de ouro para atingir suas metas financeiras Nota: 5 de 5 estrelas5/5A Morte de Ivan Ilitch Nota: 4 de 5 estrelas4/5MEMÓRIAS DO SUBSOLO Nota: 5 de 5 estrelas5/5Noites Brancas Nota: 4 de 5 estrelas4/5O Casamento do Céu e do Inferno Nota: 4 de 5 estrelas4/5A batalha do Apocalipse Nota: 5 de 5 estrelas5/5Palavras para desatar nós Nota: 4 de 5 estrelas4/5Tudo que já nadei: Ressaca, quebra-mar e marolinhas Nota: 5 de 5 estrelas5/5O Morro dos Ventos Uivantes Nota: 4 de 5 estrelas4/5Coroa de Sombras: Ela não é a típica mocinha. Ele não é o típico vilão. Nota: 5 de 5 estrelas5/5
Categorias relacionadas
Avaliações de Poesias
88 avaliações2 avaliações
- Nota: 5 de 5 estrelas5/5Fernando Pessoa is the greatest portuguese language poet after Camoes. But beyond this, he is the greatest poet of the XX century. He took Walt Whitman beyond and did in poetry what Borges did in prose, he became so many that he turned to be nobody and thus everything. With a genius unlike anyother he created to himself several alternative identidies, with their own stories and styles when writing and this book have his a share of this genial poet.
- Nota: 4 de 5 estrelas4/5Ah, this is what matters to me. I'd like to acquire the Book of Disquiet but it is hard to find in used bookstores around Oakland and Berkeley. Otherwise, I have his poems (which are written using the names,Alberto Caeiro, Ricardo Reis and Alvaro de Campo) to settle in with. Alberto Caeiro's section reminds me of Song of Myself. Likely to reach my top shelf, five stars, two thumbs up, the recommended list for poor writers everywhere.
Pré-visualização do livro
Poesias - Fernando Pessoa
Fernando Pessoa
Palavras do pórtico
[1]
Navegadores antigos tinham uma frase gloriosa: Navegar é preciso; viver não é preciso.
Quero para mim o espírito desta frase, transformada a forma para a casar com o que eu sou: Viver não é necessário; o que é necessário é criar.
Não conto gozar a minha vida; nem em gozá-la penso. Só quero torná-la grande, ainda que para isso tenha de ser o meu corpo e a minha alma a lenha desse fogo.
Só quero torná-la de toda a humanidade; ainda que para isso tenha de a perder como minha.
Cada vez mais assim penso. Cada vez mais ponho na essência anímica do meu sangue o propósito impessoal de engrandecer a pátria e contribuir para a evolução da humanidade.
É a forma que em mim tomou o misticismo da nossa Raça.
Poesias de Fernando Pessoa
Mensagem
Ulysses
O MITO é o nada que é tudo.
O mesmo sol que abre os céus
É um mito brilhante e mudo —
O corpo morto de Deus,
Vivo e desnudo.
Este, que aqui aportou,
Foi por não ser existindo.
Sem existir nos bastou.
Por não ter vindo foi vindo
E nos criou.
Assim a lenda se escorre
A entrar na realidade,
E a fecundá-la decorre.
Embaixo, a vida, metade
De nada, morre.
D. Sebastião, rei de Portugal
LOUCO, sim, louco, porque quis grandeza
Qual a Sorte a não dá.
Não coube em mim minha certeza;
Por isso onde o areal está
Ficou meu ser que houve, não o que há.
Minha loucura, outros que me a tomem
Com o que nela ia.
Sem a loucura que é o homem
Mais que a besta sadia,
Cadáver adiado que procria?
O Infante
DEUS QUER, o homem sonha, a obra nasce.
Deus quis que a terra fosse toda uma,
Que o mar unisse, já não separasse.
Sagrou-te, e foste desvendando a espuma,
E a orla branca foi de ilha em continente,
Clareou, correndo, até ao fim do mundo,
E viu-se a terra inteira, de repente,
Surgir, redonda, do azul profundo.
Quem te sagrou criou-te português.
Do mar e nós em ti nos deu sinal.
Cumpriu-se o Mar, e o Império se desfez.
Senhor, falta cumprir-se Portugal!
Mar Português
Ó MAR SALGADO, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!
Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosses nosso, ó mar!
Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.
Quem quer passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu.
Nevoeiro
NEM REI nem lei, nem paz nem guerra,
Define com perfil e ser
Este fulgor baço da terra
Que é Portugal a entristecer —
Brilho sem luz e sem arder,
Como o que o fogo-fátuo encerra.
Ninguém sabe que coisa quere.
Ninguém conhece que alma tem,
Nem o que é mal nem o que é bem.
(Que ânsia distante perto chora?)
Tudo é incerto e derradeiro.
Tudo é disperso, nada é inteiro.
Ó Portugal, hoje és nevoeiro...
É a Hora!
Valete, Fratres.
Cancioneiro
Ó NAUS FELIZES, que do mar vago
Volveis enfim ao silêncio do porto
Depois de tanto noturno mal —
Meu coração é um morto lago,
E à margem triste do lago morto
Sonha um castelo medieval...
E nesse, onde sonha, castelo triste,
Nem sabe saber a, de mãos formosas
Sem gesto ou cor, triste castelã
Que um porto além rumoroso existe,
Donde as naus negras e silenciosas
Se partem quando é no mar manhã...
Nem sequer sabe que há o, onde sonha,
Castelo triste... Seu spírito monge
Para nada externo é perto e real...
E enquanto ela assim se esquece, tristonha,
Regressam, velas no mar ao longe,
As naus ao porto medieval...
Hora Absurda
O TEU SILÊNCIO é uma nau com todas as velas
pandas...
Brandas, as brisas brincam nas flâmulas, teu
sorriso...
E o teu sorriso no teu silêncio é as escadas e as
andas
Com que me finjo mais alto e ao