Encontre milhões de e-books, audiobooks e muito mais com um período de teste gratuito

Apenas $11.99/mês após o término do seu período de teste gratuito. Cancele a qualquer momento.

A prática da presença das pessoas: Aprenda a relacionar-se melhor com o próximo
A prática da presença das pessoas: Aprenda a relacionar-se melhor com o próximo
A prática da presença das pessoas: Aprenda a relacionar-se melhor com o próximo
E-book288 páginas7 horas

A prática da presença das pessoas: Aprenda a relacionar-se melhor com o próximo

Nota: 0 de 5 estrelas

()

Ler a amostra

Sobre este e-book

A prática da presença de pessoas é um livro de reflexão, inspirado na obra do irmão Lawrence, Praticando a presença de Deus. Uma série de pequenas meditações que devem ser lidas lentamente, de forma devocional. Nele, Mike Mason procura mostrar que o processo de conhecer melhor e amar pessoas é muito semelhante quando queremos fazer o mesmo com Deus, mostrando que, quando deixamos nosso egoísmo de lado, podemos experimentar novas dimensões em nossos relacionamentos com o próximo.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento18 de mar. de 2021
ISBN9786589767077
A prática da presença das pessoas: Aprenda a relacionar-se melhor com o próximo

Relacionado a A prática da presença das pessoas

Ebooks relacionados

Cristianismo para você

Visualizar mais

Artigos relacionados

Avaliações de A prática da presença das pessoas

Nota: 0 de 5 estrelas
0 notas

0 avaliação0 avaliação

O que você achou?

Toque para dar uma nota

A avaliação deve ter pelo menos 10 palavras

    Pré-visualização do livro

    A prática da presença das pessoas - Mike Mason

    abraço.

    PESSOAS

    Não é necessário apontar que o que manteve Gibbie puro e honesto foi o raramente desenvolvido amor, sempre ativo em seu gênero.

    A face humana era sua única atração no universo.

    Gibbie não conhecia música que não fosse a voz do homem e da mulher.

    GEORGE MACDONALD

    Na época em que me apaixonei por Deus, passear em shoppings era um dos meus passatempos favoritos. Eu não tinha muito dinheiro, portanto meu objetivo não era comprar. Estava desempregado e tinha que fazer alguma coisa. Como era solteiro, precisava sair de meu pequeno apartamento. Portanto comecei a sair para ver pessoas e estar com elas.

    Dentro de dois anos eu tinha uma esposa, trabalho, dinheiro e igreja. Mas minha primeira igreja, por mais estranho que pareça, era o shopping. Quero dizer, minha primeira igreja foram as pessoas. Poderia até afirmar que simplesmente estar com elas no shopping foi meu primeiro emprego, minha primeira esposa e minha primeira família.

    Era relaxante sentar e observar elas passarem. As pessoas eram diferentes umas das outras, tinham um brilho distinto com as luzes ao seu redor e o teto alto que as envolvia. Pareciam ser menores do que realmente eram e ao mesmo tempo mais dignas, como se pertencessem a um ambiente similar a um palácio. A atmosfera era festiva e envolvente. Obviamente os olhares daquelas pessoas nem sempre eram nobres e felizes, quando corriam de um lado para o outro, quando eram desafiadas por seus filhos ou quando faziam suas compras. Mas para mim, todas pareciam bonitas. Sentia que havia muito a aprender com elas apenas através da observação. Percebia que nunca as havia realmente enxergado na minha vida e que era hora de fazer isso. Sentia que era um trabalho importante para mim enquanto eu observava, refletia e me alimentava com o mistério delas. Havia algo de luxuoso em ser o único, talvez, nesta selva materialista, que não estava lá por um objetivo materialista, e sim por uma motivação interior de estar lá apenas pelas pessoas. Havia algo de grandioso por ter não apenas o tempo para fazer isso, mas também a inclinação do coração.

    Obviamente tenho consciência de que as pessoas, especialmente os jovens e idosos, frequentam os shoppings apenas para passar o tempo. Mas quantos sentiam o êxtase que eu sentia? Por causa da minha recente crença em Deus, algo acontecera aos meus olhos e ao meu coração, pois eu enxergava o mundo de uma nova maneira. Paisagens, sons e cores eram mais reais e vibrantes porque de repente eu estava enxergando, como disse Gerard Manley Hopkins, o frescor das coisas profundas.

    Isso foi especialmente verdade em relação às pessoas. Eu estava faminto por vê-las. Eu não me cansava delas. Sentar-me no banco e assistir às multidões, era, para mim mais adorável e tranquilo do que me sentar próximo a uma montanha. Olhar de perto todos os rostos era como enxergar minha própria face refletida na água. Sem esse olhar, sem essa nova visão profunda, como as pessoas podem começar a compreender umas as outras? Eu queria entender. Algo na forma do ser humano me dizia, sem palavras, tudo que precisava ser dito. Até mesmo os alucinados e compulsivos compradores diziam isso de forma tão eloquente, proclamando com infinita expressividade o grande mistério.

    Uma vez vi um pequeno robô ser usado para promover um produto. Ele tinha um metro de altura, movimentava-se no chão com rodinhas escondidas e era coberto de pequenas luzes coloridas como uma máquina de fliperama. Uma multidão estava a sua volta, encantada, nada poderia tirá-la de lá. O robô era guiado por um operador com um controle remoto, que ficava a distância apertando os botões. Ninguém estava interessado nesse ser humano. E ninguém se importava com o fato de que à volta dessa maravilha mecânica estivesse uma multidão de maravilhas em carne e osso, cada uma mais complexa e fascinante do que uma máquina. Era quase como se os humanos tivessem esquecido de como era estar vivo, portanto estávamos orando a um computador para que ele nos relembrasse. Ó doce homem de metal, nos ensine a também sermos animados. Mostre-nos como nos entusiasmar uns com os outros assim como nos entusiasmamos com você, diziam todos aqueles olhares compenetrados.

    Como amamos nossos brinquedos! E ao mesmo tempo as coisas reais nos entediam. Naquele dia, não estaríamos bem melhor se tivéssemos esquecido o robô e nos concentrado admirando uns aos outros? Não é isso o que secretamente todos nós queremos fazer? Essa não é a primeira razão pela qual vamos passear? Não só apenas para fazer compras como também para ver pessoas reais, para que sejamos realmente vistos por elas? Essa questão é tão sutil que mantemos nossa intensa curiosidade escondida até de nós mesmos. E, assim, não encontramos alegria nisso.

    Quando me apaixonei por Deus, também me apaixonei por pessoas, e acho isso fascinante. Apaixonei-me por seus rostos, seus olhos, suas mãos, a forma como caminham e como foram formadas. E pensava: estas pessoas foram criadas. Ainda não era cristão, então eu não tinha uma teologia elaborada para isso. Não sabia que elas eram feitas à imagem de Deus. Só sabia que eu gostava de passear para poder vê-las.

    A fase de viver passeando em shoppings já passou. Em seguida, minha vida tomou outro rumo. Até hoje, vinte anos depois, ainda retorno àqueles pensamentos e revelações que tive em meus primeiros dias de fé. Não passo tempo em shoppings atualmente. Mas quando vou lá, não vou apenas para comprar. Para mim, este lugar ou qualquer outro lugar público também é sagrado por isso. Não importa o quanto eu esteja ocupado, preocupado, algo dentro de mim se sensibiliza na presença das pessoas e coloco minha lista de lado, minha agenda, meus belos planos, passo tempo simplesmente maravilhado com elas.

    Não estou dizendo que isso é fácil de fazer. Em determinados dias minhas compras não aparentam ser tão belas quanto às pessoas que as vendem para mim. Mas geralmente preciso me esforçar para focar o que é realmente importante: a vivacidade dos rostos à minha frente, os olhares, os sorrisos radiantes e as mãos que servem. Isto é, em parte, o que chamo de prática da presença das pessoas.

    RELACIONAMENTOS

    Prestar atenção nas pessoas é parte do processo de praticar sua presença, mas não é tudo. Pode começar dessa forma, com um olhar atento e disposto, mas é necessário que isso seja aprofundado. Para realmente enxergar as pessoas, é preciso que se olhe de dentro para fora, e não o inverso. Ou seja, é indispensável entrar nos relacionamentos.

    Essa foi a parte que perdi durante vinte anos, antes do encontro com meus pais no aeroporto. Essa é a razão pela qual minha surpreendente percepção acerca de meus pais foi especial naquele momento, mas se tornou apenas uma experiência marcante. Não havia um relacionamento que acolhesse aquele sentimento. O amor é uma escolha, e eu não havia escolhido entrar em uma relação de amor com meus pais. Assim como acontece com muitos filhos, eu ainda tentava desonrá-los, ainda fugia de casa e de mim mesmo.

    A prática da presença das pessoas não é algo que pode ser praticado superficialmente. Não estamos falando sobre observar pessoas, estamos falando sobre o amor. O amor requer interação com pessoas. Passaremos a maior parte de nossas vidas misturados uns aos outros e interagindo. Por que não fazermos isso juntos?

    A visão de quem está dentro de relações saudáveis é diferente da de quem está fora. Nem Deus estava contente em assentar-se sozinho no céu. Tornou-se homem, veio ao mundo e participou da vida comum de seus filhos. Ele quis se misturar conosco. Antes de nos convidar para beber do sangue dele, teve sangue humano em suas próprias veias. Antes de pedir que nos alimentássemos do corpo dele, viveu entre nós e conheceu nosso alimento, além de saber o que é estar faminto.

    A profunda concepção física e humana de Jesus o diferencia de outros que foram chamados de messias. O Credo Apostólico relata estes detalhes físicos nas palavras concebido, nasceu, padeceu, crucificado, morto, sepultado, ressurgiu, subiu aos céus. A ressurreição e a ascensão de Cristo foram principalmente eventos físicos que não teriam significado se ele não tivesse participado de atividades normais como falar, trabalhar, lutar, esbarrar em pessoas reais.

    Deus expressou sua espiritualidade entrando em relações humanas, vivendo e morrendo como um de nós. Praticou a presença de pessoas tornando-se pessoa. Assim também precisamos encontrar maneiras de fazer parte da raça humana, deixando de lado a separação e entregando nossa parte aos outros.

    Ao adorar o Deus encarnado, aprendemos a nos humilhar perante os outros. Percebemos que a qualidade de nossa vida espiritual não é melhor que a de nossas relações humanas, e que a forma de nos conectarmos com outras pessoas é um retrato de nossa conexão com Deus. Jesus retornou ao céu, pois não precisamos de sua presença física para experimentar a humanidade de Deus. Ele vive em mim e em você. Especialmente, ele vive em nós, quando dois ou três estão reunidos.

    Numa noite de 1997, dirigi com minha família até a um lugar distante e escuro para ver o Hale-Bopp, o cometa mais importante da minha vida. Enquanto ele passava, houve um eclipse parcial da lua. Lá estávamos, em um lugar deserto, olhando para o céu, maravilhados! Que cena fenomenal! Ainda assim, meu olhar focava minha família e percebi que o verdadeiro fenômeno estava aqui na terra. Nós somos os cometas. Somos a lua e as estrelas. Somos os fogos de artifício em um universo escuro.

    Estar na presença das pessoas mais cruéis, baixas e repulsivas ainda é estar próximo da criação de Deus, assim como quando olhamos para o céu estrelado ou para o pôr do sol. Não podemos amar realmente o pôr do sol, mas podemos amar uma pessoa. Deus é amor e, ao nos aproximarmos dele, não podemos escapar do relacionamento com pessoas.

    Não existe separação entre o espiritual e o social. A forma como percebemos as pessoas é a mesma como percebemos Deus; e a maneira como as tratamos é a mesma como tratamos a Deus. Muitas parábolas de Jesus ilustram este ponto. Por exemplo, certa passagem bíblica fala sobre um proprietário de terras que saiu por um tempo, deixando sua propriedade sob o cuidado dos servos. Sempre que ele enviava os servos para receber sua renda, um deles era agredido e morto. Por fim, ele enviou seu filho, que também foi assassinado. Certamente fariam o mesmo com o proprietário se tivessem acesso a ele.

    Os servos nesta parábola são os profetas de Deus (Lc 20.9-16), mas não apenas os profetas que representam Deus aqui na terra e sim os pobres, enfermos, crianças, vizinhos e nossas próprias famílias. Todas as pessoas que conhecemos são representantes de Deus, tentando recolher a renda dele. Estamos pagando? Estamos devendo apenas amor uns aos outros (Rm 13.8)? Ou estamos tratando as pessoas de Deus com o equivalente à morte e agressão: ignorando-as, isolando-as, julgando-as silenciosamente, racionalizando nossa falta de amor? Jesus responderá: ‘Digo-lhes a verdade: O que vocês deixaram de fazer a alguns destes mais pequeninos, também a mim deixaram de fazê-lo’ (Mt 25.45).

    Se alimento a amargura, a inveja ou a raiva em relação a qualquer ser humano, não tenho os mesmos sentimentos latentes em relação a Deus? E não somente a Deus, mas às pessoas, inclusive a mim mesmo. Direcionar a ira a alguém é estar irado com o mundo. Se queremos uma resposta verdadeira para a pergunta: Como está minha vida espiritual?, precisamos voltar nossos pensamentos para a pessoa com quem temos mais dificuldades em manter um bom relacionamento. Ela representa o lugar em nosso coração que demonstra a falta de paz com Deus.

    Não há nada como outro ser humano para nos confrontar em relação à nossa fragilidade. De certa forma, essa é a função das pessoas. Não fomos criados para a independência, mas para a interdependência, para ajudarmos uns aos outros. Se não queremos pensar acerca de nossos verdadeiros sentimentos em relação a outras pessoas é porque isso mostra que somos inadequados. Que bom! Deus já sabe que somos inadequados. Será que nós sabemos?

    Se reconhecêssemos que dependemos dos outros — nossa necessidade básica de amor —, certamente encontraríamos o centro de todos os nossos problemas pessoais, e, aos poucos, eles seriam resolvidos. Não é verdade quando dizemos que todo problema tem como raiz um relacionamento disfuncional? O pecado pode ser definido como uma tentativa de resolver nossos problemas sozinhos, sem levar em consideração os relacionamentos.

    Agora observe a pessoa ao seu lado e pergunte-se: O quanto quero realmente este amor? Ninguém pode estar próximo de Deus sem estar próximo de pessoas. Um bom amigo de Deus não restringirá seu amor pelos seres humanos. Você ama Deus? Olhe para a pessoa ao seu lado e saberá.

    A GLÓRIA DE DEUS

    As pessoas refletem a presença de Deus no mundo. O Senhor tem muitas maneiras de demonstrar sua presença, ele está em todo lugar. Mas a presença dele se torna mais próxima e gloriosa através dos seres humanos.

    Lembro muito bem de quando isso se tornou verdade para mim. Eu participava de uma inusitada conferência de quatro dias voltada a cristãos do mundo todo. O grupo de líderes estava representado por pastores de diversas denominações. Milhares de preletores e músicos conhecidos estavam presentes, muitos compartilhavam seus dons. Havia música, dança, testemunhos informais, pregações e oração. No entanto, nada tinha sido planejado. Não havia programação ou planejamento, pois nosso único propósito era esperar em Deus. Era um encontro dirigido pelo Espírito Santo, e não por homens. (Não quero dizer que o Espírito Santo não trabalhe poderosamente através do formato do planejamento, mas este encontro era uma tentativa de algo diferente.) Os líderes sentiam que se esperássemos com a fé desnudada perante Deus, ele responderia e traria direcionamento claro. Então esperamos.

    Diariamente, a cada duas horas, dois mil cristãos esperavam pacientemente em silêncio. Ao terceiro dia, coisas significativas aconteceram e muitos estavam movidos e animados. Eu poderia ter aproveitado mais esse momento. Esperar em silêncio no Senhor é meu estilo preferido de oração e a ideia de fazer isso com um grande número de pessoas de diversas tradições era algo que poderia trazer ânimo. No entanto, não experimentei nada além de um desânimo paralisante, a sensação de estar no lugar errado, perdendo tempo.

    Permaneci apenas porque esperava uma mudança. A conferência havia sido exaustivamente sonhada. A maioria dos líderes e das pessoas esperava que a glória do Senhor fosse revelada naquele encontro. Como seria isso e o que seria essa manifestação, ninguém sabia. Mas todos acreditavam que Deus não falharia em responder as orações do coração de seu povo.

    No último dia da conferência, enquanto ouvia uma palestra, levantei para passear por aquele prédio enorme. Esperava encontrar alguém para compartilhar minha frustração. Vi um rosto familiar: minha vizinha Shirley Gemmell. Eu era amigo de Bob, o marido de Shirley, havia muitos anos, até dediquei a ele um de meus livros. Mas não conhecia bem sua esposa, e ela também não sabia quem eu era. Naquela época eu não conhecia quase ninguém, e ninguém me conhecia. Bob teve muito trabalho para ser meu amigo, já que eu era uma pessoa estranha, insegura, distante e tímida. A variedade de assuntos sobre os quais eu podia conversar confortavelmente era restrita.

    Portanto, apesar de Shirley ser doce e amigável, ela poderia morar na lua, pois para mim não faria diferença alguma. Mas quando a vi no corredor, sem pensar, disse-lhe: Shirley, eu amo você!

    O quê? Quase nunca havia dito estas palavras a alguém que não fosse de minha família. Dizê-las espontaneamente naquele momento foi algo surpreendentemente natural. Algo no rosto de Shirley era convidativo. Eu diria que seu rosto estava reluzente, relaxado, de maneira natural. Parecia a coisa mais normal do mundo dizer a ela: Eu amo você!

    Este fato marcou minha vida como um milagre. Pensei neste incidente por dias, semanas, meses. Foi o que levei de importante ao final da conferência. Agora penso que pode ser o aprendizado mais importante da minha vida.

    Após a conferência, conversei com um dos líderes, um homem a quem respeito muito. Perguntei-lhe se a grande expectativa da conferência havia sido correspondida. A glória do Senhor teria se manifestado? Entristecido, o homem balançou a cabeça dizendo que não. Muitas coisas especiais aconteceram, ele disse. Mas em sua percepção, a glória do Senhor não se manifestou.

    Então compartilhei com ele cuidadosamente acerca de minha experiência com Shirley Gemmell no último dia. Apesar de não ter usado a frase glória do Senhor, senti o mesmo ânimo e alegria, como se tivesse visto Jesus. Ao contar-lhe o que aconteceu, percebi que ela não tinha o mesmo significado para meu amigo. Senti que minhas palavras eram descartadas enquanto eu falava. Então concluí que, em nossos dias, a glória do Senhor pode ser um fenômeno mais subjetivo do que objetivo. Uma pessoa tem uma percepção, outra experimenta algo diferente. É realmente uma questão de perspectiva.

    Não creio mais nisso, em esperar manifestações apenas grandiosas da glória do Senhor. Agora sei que o que vi no rosto de Shirley foi a glória do Senhor. No Antigo Testamento, a glória de Deus se manifestava de formas extremas, como por meio de nuvens e fogo que dirigiram os israelitas através do deserto. Ainda hoje existem registros deste fenômeno. No Novo Testamento, no entanto, foi revelada a glória insuperável, glória maior do que a fumaça ou fogo, que inspirou Paulo a escrever: Pois o que outrora foi glorioso, agora não tem glória, em comparação com a glória insuperável (2Co 3.10).

    Que glória maior seria essa? Creio que é a luz de Deus brilhando na face de seu povo. É o que vemos uns nos outros quando amamos. Foi o que aconteceu comigo no dia em que Shirley foi para mim a revelação do amor de Deus. Naquele instante, Deus me mostrou algo sobre o significado da vida: ver a imagem de Deus nas pessoas e amá-las com amor puro.

    Esse mistério havia sido mostrado a mim tantas vezes, e a cada dia eu esquecia ou descartava a experiência anterior, como se não fosse suficiente. Agora sei que é o bastante. Essa revelação ficou marcada em meu coração de uma maneira que tornou minha escolha consciente. Depois disso, meu estilo de vida tornou-se deliberado, uma resposta gradativa à glória de Deus revelada na face humana.

    CRISTO EM VOCÊ

    Tornar-se cristão começa com o reconhecimento de Deus em

    Está gostando da amostra?
    Página 1 de 1