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Mais perto de Deus: Aproximando você do Criador
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Mais perto de Deus: Aproximando você do Criador
E-book219 páginas3 horas

Mais perto de Deus: Aproximando você do Criador

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Sobre este e-book

Você acha que está longe de Deus? Talvez deseje proximidade, mas acaba enchendo a sua agenda de atividades em vez de buscar comunhão com o Salvador. Wayman Ming Jr. mostra em Mais perto de Deus que as interrupções diárias são, na verdade, oportunidades divinas para avaliar a sua vida e fechar a lacuna espiritual entre você e Deus. Se você está muito à vontade com a prática diária da sua fé ou está à procura de uma comunhão mais profunda, este livro vai ajudá-lo a se aproximar mais do Criador e a buscar o coração dele com paixão ao mesmo tempo em que você:
• identifica e remove os obstáculos para encontrar Deus;
• aprofunda as suas raízes de devoção e de oração diária;
• encontra paz e esperança na presença de Deus em meio às provações;
• desenvolve harmonia espiritual com o Espírito Santo;
• anseia por avivamento individual e despertamento espiritual na nossa
sociedade.

Deus está reformando o nosso modo de pensar e de agir como discípulos de seu Filho. O Espírito Santo capacitará você na busca plena do que é mais importante e o ajudará a alinhar a sua vida com os planos de Deus — para o seu próprio bem!
IdiomaPortuguês
Data de lançamento1 de mai. de 2022
ISBN9786555842746
Mais perto de Deus: Aproximando você do Criador

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    Mais perto de Deus - Wayman Ming Jr.

    1

    Interferências na vida comum

    "Escutem! A virgem conceberá uma criança! Ela dará à luz um Filho, que será chamado ‘Emanuel’ (‘Deus está conosco’)."

    Mateus 1.23, BV

    No início de 2020, as terríveis consequências da covid-19 causaram impacto em tudo ! Pouquíssimos entre nós previam um lockdown global. Sem dúvida, mesmo quando o comércio e os escritórios fecharam e foi dada ordem para as pessoas permanecerem em casa, ninguém da comunidade de fé esperava o fechamento das igrejas para os cultos. Mas foi o que ocorreu. Durante meses, ficamos isolados em casa sem nenhum meio de participar das atividades na igreja.

    Quando o mundo parou, os cristãos de todas as idades e de todos os estágios da vida espiritual se viram diante do quanto tinham compartimentado sua fé. Os crentes que aparecem de vez em quando mediram sua temperatura espiritual e descobriram que frequentar a igreja aos domingos e depois viver por si mesmo nas segundas-feiras não podia jamais sustentá-los em meio à crise. Abrir a Bíblia algumas vezes e deixá-la fechada no resto do tempo só aumentava a angústia espiritual deles. Mesmo os crentes que nunca faltam reconheceram que se envolver com atividades da igreja não é o mesmo que se dedicar diariamente a Deus. Na verdade, para muitos deles, a tentativa de ser fiel mantendo a agenda cheia de eventos da igreja só lhes havia impedido a busca plena de Deus.

    Visto que Deus se importa e tem compaixão pelos que sofrem, eu certamente não quero minimizar a tragédia das circunstâncias relativas à covid-19. Entretanto, não consigo deixar de me perguntar: e se Deus de vez em quando permitisse calamidades a fim de interferir na vida normal e começar uma reforma em seu povo? E se Deus usa a tribulação no mundo para nos lembrar de que a igreja não é um prédio ou um local, mas um povo que busca a pessoa e a presença de Deus? Dito de forma simples, e se Deus permite suas interferências para ajudar a acabar com a distância entre ele e seu povo?

    Meu propósito ao escrever este livro não é necessariamente oferecer um estudo abrangente do porquê por trás da tragédia — por que um Deus cheio de graça permitiria uma pandemia como a do coronavírus ou por que um Deus bondoso permitiria dor e sofrimento. De fato, este livro não tem nada que ver com calamidade. Ao contrário, brotado de uma paixão por chegar mais perto de Deus, o livro trata de como reagir em tempos de calamidade.

    Ao longo de toda a história, Deus interrompeu a vida normal com chamados de despertamento, começando com Adão e Eva, quando ele interferiu no jogo de esconde-esconde deles no meio da vegetação. No tempo de Noé, Deus observava tudo e viu que a situação era muito ruim, todos haviam afundado em corrupção — a própria vida havia se corrompido (Gênesis 6.12, A Mensagem); então, decidiu interferir com o dilúvio. Para Moisés, a interferência divina surgiu na sarça ardente. O trabalho de Abraão para sacrificar seu filho foi interrompido por um carneiro no mato. Durante toda a era dos reis e dos profetas, a cultura e as vitórias foram interrompidas por sinais sobrenaturais e maravilhas milagrosas. Em seguida, depois de quatrocentos anos de silêncio, nos anos intertestamentários, ocorreu a suprema interferência:

    Escutem! A virgem conceberá uma criança! Ela dará à luz um Filho, que será chamado ‘Emanuel’ (‘Deus está conosco’).

    Mateus 1.23, BV (veja também Gálatas 4.4,5)

    A humanidade testemunhou o exemplo mais extraordinário de como Deus encurta a distância — a vinda do Emanuel, que significa Deus conosco.

    Desse momento em diante, o convite para uma relação pessoal com Deus permanece no primeiro plano da missão de Deus na terra. Para alguns, como os discípulos, Jesus apenas aparece e os convida a deixar tudo e segui-lo. Outros, como Saulo, que depois passou a ser Paulo, ele abruptamente lança, de sua montaria, ao chão e convoca para uma mudança radical de propósito de vida. Apesar de Paulo ser um exemplo de alguém que reagiu positivamente ao chamado de Deus, muitos outros, como o jovem rico, preferiram se afastar dele. Seja como for, em todos os casos Deus tem um motivo para sua interferência divina na vida normal.

    Quando olho para o século XXI, acredito que Deus está usando as circunstâncias caóticas, quer causadas pelo ser humano (como o Onze de Setembro) quer as de fenômenos naturais (como o coronavírus ou o furacão Katrina), como oportunidades para todos se aproximarem dele. Para reduzir a distância entre nós e Deus, precisamos atravessar uma rua de mão dupla: a interferência inicial pertence a Deus; já a reação de toda a vida cabe a nós. Como as Escrituras afirmam, os que não conhecem Deus podem procurar e encontrá-lo, caso o fizerem de todo o coração (v. Jeremias 29.13).

    Mesmo os que já conhecem Deus devem se engajar na busca. Os pastores e líderes de igreja devem buscá-lo com persistência. As organizações e denominações cristãs devem ter a iniciativa de se lançarem na busca de Deus. Deus está disposto e desejoso de encerrar a distância entre ele e nós se estivermos dispostos a acabar com a distância entre nós e ele.

    Minha família certa vez fez um bazar de coisas de segunda mão. Um dos objetos que vendemos foi o Lego de nossos filhos. Quando estavam na pré-escola, eles faziam construções grandiosas cujas formas não se pareciam com nada. Só quando o pai se sentava e começava a separar as peças e as juntava de novo é que se tornavam uma obra de arquitetura com significado. Enquanto você lê as páginas de Mais perto de Deus: aproximando você do Criador, que nosso Pai celestial comece a separar as peças de sua vida e juntá-las novamente de tal modo que ajude você a entender por que a vida comum foi interrompida e como iniciar uma cooperação sagrada que vai acabar com a distância entre vocês dois.

    REFLEXÃO pessoal

    Ao longo da história, Deus interferiu na vida normal com chamados de despertamento para acabar com a distância da humanidade. Muitas vezes, o pior dos tempos pode servir de momentos inspirativos e se transformar no melhor dos tempos, principalmente quando nossa atenção se volta para Deus. Deixe que essa premissa o lance em uma jornada inédita de aproximar você do Criador. Reflita sobre as perguntas a seguir:

    1. Quando você olha para sua vida no passado, consegue se lembrar de alguns acontecimentos específicos que parecem ter sido interferências de Deus na sua vida comum concebidas para obter sua atenção?

    2. Como esses acontecimentos passados o atraíram para Deus — ou o distraíram afastando-o dele?

    3. Como os acontecimentos atuais estão atraindo ou distraindo você no que diz respeito a se aproximar de Deus?

    4. Reflita sobre a noção de que acabar com a distância de Deus é de fato uma via de mão dupla: a interferência inicial pertence a Deus, mas a resposta duradoura compete a você.

    5. Você está disposto a buscar Deus e a responder a ele?

    ORAÇÃO pessoal

    Pai celestial, hoje eu quero começar uma jornada para me aproximar do Senhor. Não quero mais me conformar com onde estive nem me acomodar a onde estou neste momento. Quero ir a um lugar onde jamais estive na minha relação com o Senhor. Quero que o Senhor interrompa minha vida normal e acabe com a distância entre nós. Desejo que as circunstâncias da vida me atraiam para o Senhor e não me distraiam para longe do Senhor. Obrigado por iniciar nosso relacionamento. Agora me ajude a me comprometer com uma resposta duradoura. Em nome do seu Filho, Jesus. Amém.

    DESAFIO do grupo

    Apesar de nossa caminhada até Deus ser extremamente pessoal, muitas vezes encontramos inspiração naqueles que estão percorrendo o mesmo caminho. Deixe que suas reflexões relativas à sua busca individual estimulem outros na busca deles. Eis alguns lembretes:

    1. Ao refletir sobre sua decisão de se aproximar de Deus, o que você diria a quem está pensando em tomar a mesma decisão?

    2. Em algum ponto, as pessoas decidem deixar que suas circunstâncias caóticas, quer causadas por seres humanos quer naturalmente causadas, as atraiam para Deus ou as distraiam do caminho dele. Discuta essa ideia com o grupo.

    3. Reflitam sobre a ideia de que acabar com a distância entre a pessoa e Deus é de fato uma via de mão dupla: a interferência inicial pertence a Deus, mas a resposta duradoura compete à própria pessoa.

    4. Falem sobre os acontecimentos específicos do passado que hoje cada um consegue perceber que indicavam Deus interrompendo a vida comum para chamar sua atenção.

    5. No fim deste capítulo, leiam a seguinte declaração: Só quando o pai se sentava e começava a separar as peças e as juntava de novo, é que se tornavam uma obra de arquitetura com significado. Discutam no grupo a importância disso.

    2

    Encontre o Deus Pai

    Quem sabe dos meus planos sobre vocês sou Eu mesmo! São planos de bem; não são planos de sofrimento. Eu lhes darei aquilo que mais desejam: um futuro de paz em sua própria terra.

    Jeremias 29.11, BV

    A franquia de filmes O poderoso chefão [The Godfather] continua sendo o clássico mais conhecido da história americana. No início, somos apresentados a dom Vito Corleone, que é o cabeça (capo) da família Corleone da máfia na cidade de Nova York. Ao longo das voltas e reviravoltas dos filmes, a infame função de dom e o controle total do império clandestino são transferidos para o filho mais novo, Michael Corleone. Em uma das tramas mais convincentes da trilogia O poderoso chefão, Michael pergunta a Kay, o amor de sua vida:

    — Você ainda tem medo de mim, Kay? Ela responde:

    — Não tenho medo de você, Michael. Só tenho temor.¹

    Apesar de homicídio e outras atividades criminosas serem apresentados como meio de vida, aparece um tema central — o capo assume a total direção e controla todo e qualquer acontecimento caótico que ocorre.

    No entanto, nenhum chefe de organização criminosa de Nova York se compara à majestade e à pureza moral do Deus Pai² celestial. Mas, quando as pessoas estão lutando com a ansiedade e com a dor, em meio ao caos e à devastação, alguns dão um salto e traçam paralelos entre os dois. Nessas circunstâncias que alteram a vida, não é raro o Deus Pai celestial ser acusado de agir como um vilão violento, culpado de todos os males do mundo, como se ele fosse o Dom da máfia.

    Os planos de Deus para o nosso bem

    Em tempos de crise, medo e temor muitas vezes são palavras infelizes associadas a Deus porque ele é culpado de todo e qualquer desastre que decepciona as pessoas no momento. Contudo, quando começamos a conhecer o Deus Pai, começamos a identificar sua verdadeira natureza e aprendemos a trocar nosso medo pelo seu amor, e nosso temor pela sua paz. Começamos a provar a realidade da passagem que diz: Assim conhecemos o amor que Deus tem por nós e confiamos nesse amor. Deus é amor. Todo aquele que permanece no amor permanece em Deus, e Deus nele (1João 4.16).

    De fato, quando nosso coração se parte com os cuidados desta vida, Deus decide se aproximar ainda mais. Como diz o salmista: O Senhor está sempre perto de quem tem o coração partido e o espírito humilde (Salmos 34.18, BV). Em essência, Deus usa os momentos de desolação e de coração partido na vida para nos ajudar a saber quem ele de fato é.

    Um desses momentos ocorreu no Antigo Testamento, quando o rei Nabucodonosor invadiu Jerusalém. Ele não lançou aviões no World Trade Center deles nem liberou um vírus mortal para destruir o povo, mas de fato invadiu casas, assassinou crianças e destruiu à força o meio de vida deles. Quando Jerusalém se reduziu a escombros, a população local presenciou o funeral de uma cidade. Sem dúvida, aquelas pessoas ficaram desanimadas e muito perturbadas. O livro de Lamentações inteiro foi escrito por causa dessa devastação. Contudo, em meio àquela confusão, Deus inseriu a voz profética de Jeremias: Quem sabe dos meus planos sobre vocês sou Eu mesmo!, diz o Senhor. São planos de bem; não são planos de sofrimento. Eu lhes darei [...] um futuro de paz em sua própria terra (Jeremias 29.11, BV).

    Com misericórdia, Deus edificou a fé de seu povo em meio às terríveis circunstâncias deles e continua fazendo o mesmo hoje em dia. Quer olhemos para o colapso das torres gêmeas no Onze de Setembro quer olhemos para o mundo na pandemia de covid-19, vemos que Deus decide se revelar a seu povo e inspirá-lo com seus planos e propósitos para a vida de cada um.

    Em 2011, um dos tornados mais mortais da história moderna, um tornado EF5 de vórtice múltiplo, devastou a cidade onde eu morava, Joplin, no Missouri. Inúmeras pessoas foram atingidas por essa catástrofe; 158 perderam a vida, mais de 1.000 ficaram feridas, e as perdas materiais excederam 2,8 bilhões de dólares.³ Houve histórias de tragédias humanas graves em toda parte: uma amiga me contou sobre uma vizinha, que se queimou do tronco para baixo com a queda do aquecedor de água sobre ela enquanto tentava se proteger na banheira. Em uma área de mais de 12 quilômetros quadrados, a cidade de Joplin parecia uma zona de guerra.

    Durante os meses seguintes, nossa comunidade de fé entregou alimentos e outros suprimentos para as famílias. Uma dessas famílias era a de uma mãe solo que perdera tudo, menos seus dois bebês. Um tinha apenas uma semana de vida; o outro, um 1 ano e meio. Mas como lidar com as necessidades espirituais e emocionais?

    Quando ocorrem terrorismo, pragas e desastres, perguntas de todo tipo inundam nossa mente, como, por exemplo: Como isso pôde ter acontecido?; Será que Deus se importa mesmo conosco?; Se Deus é esse Pai amoroso, onde ele está no meio disso tudo?. C. S. Lewis certa vez escreveu: Deus nos sussurra em nossos prazeres, fala em nossa consciência, mas brada em nosso sofrimento: o sofrimento é o megafone de Deus para despertar um mundo surdo.⁴ A verdade é que Deus decide nos abraçar em nossos sofrimentos e nos lembrar de que os planos dele ainda são bons.

    É mais fácil fazer uma defesa vigorosa da soberania do Deus Pai — a ideia de que ele está no controle absoluto — quando tudo ao redor está limpinho e organizado, mas e quando as coisas estão em completo caos? Como damos conta quando nosso mundo virou de cabeça para baixo?

    Teologia do alheamento

    A soberania de Deus soa bem em um sermão de domingo ou na aula da escola bíblica, mas o que acontece quando uma menina de 12 anos de idade vagueia por um abrigo com a mandíbula quebrada e o rosto inchado, depois de ver a mãe arrasada por um tornado? O que pensar quando se tem o pai, ou a mãe, levado por um vírus mortal? Claro que se pode dizer ou crer que Deus ainda está no controle, mas onde estão as evidências?

    Diante dessas circunstâncias, Deus pode parecer distante, até ausente, e não é difícil nossos pensamentos e convicções entrarem em uma espiral para concluir que ele deve estar distraído, alheio ou mesmo desinteressado.

    Alguns chegam a alegar que Deus criou o mundo e o pôs para funcionar, criando as leis morais, naturais e espirituais que o regem, mas, assim que terminou o trabalho inicial, decidiu assistir passivamente do lado de fora, sem se preocupar com os detalhes da vida humana. Para aqueles que adotam essa crença deísta, Deus permanece completamente transcendente e jamais imanente.

    Infelizmente, a teologia do alheamento não se harmoniza com o constante convite de Deus para construirmos um relacionamento com ele. Se Deus estivesse tão distante das lutas diárias da humanidade, por que se preocupar

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