A Unidade Prevalece Sobre o Conflito: A Teologia do Papa Francisco Vol. 06

De Santiago Madrigal Terrazas

O volume 6 da coleção A Teologia do Papa Francisco, de autoria de Santiago Madrigal Terraraz, apresenta o compromisso do Papa em colocar em prática as iniciativas ecumênicas propostas pelo Concílio Vaticano II. A obra tem como ponto de partida o exame dos primeiros gestos e passos do pontificado de Francisco, assim como uma busca pelas raízes dessas atitudes em sua biografia para, posteriormente, indicar as contribuições atuais do Papa para o ecumenismo à luz da perspectiva de diálogo com as Igrejas ortodoxas e as Igrejas e comunidades eclesiais nascidas da Reforma iniciada por Lutero. Este volume destaca o programa ecumênico do Papa contido na Evangelii Gaudium, documento programático de seu pontificado.

• Idioma: Português
• Editora: Edições CNBB
• Data de lançamento: 18 de mai. de 2021
• ISBN: 9786586151244

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Coleção

A Teologia do Papa Francisco

VOL. 1 - A fraqueza de Deus pelo homem.

A visão do Papa Francisco sobre Deus - Jürgen Werbick

VOL. 2 - Rostos, gestos e lugares.

A cristologia do Papa Francisco - Lucio Casula

VOL. 3 - Homens segundo Cristo hoje.

A antropologia do Papa Francisco - Peter Hünermann

VOL. 4 - O sonho de uma Igreja evangélica.

A eclesiologia do Papa Francisco - Roberto Repole

VOL. 5 - Cristo, Maria, a Igreja e os povos.

A mariologia do Papa Francisco - Carlos Galli

VOL. 6 - A unidade prevalece sobre o conflito.

O ecumenismo do Papa Francisco - Santiago Madrigal Terrazas

Próximos Lançamentos

VOL. 7 - Caminhar no amor.

A teologia moral do Papa Francisco - Aristide Fumagalli

VOL. 8 - O Evangelho da Misericórdia no espírito do discernimento.

A ética social do Papa Francisco - Juan Carlos Scannone

VOL. 9 - Kerigma e profecia.

A hermenêutica bíblica do Papa Francisco - Marinella Perroni

VOL. 10 - A Igreja é o Evangelho.

Nas fontes da teologia do Papa Francisco - Piero Coda

VOL. 11 - Segundo o Espírito.

A teologia espiritual no caminho com a Igreja do Papa Francisco - Marko Ivan Rupnik

A unidade prevalece sobre o conflito

O ecumenismo do Papa Francisco

1ª Edição - 2019

Diretor-Geral:

Mons. Jamil Alves de Souza

Título Original:

La unidad prevale sobre el conflito, L’Ecumenismo di Papa Francesco

Tradução:

D. Hugo C. da S. Cavalcante, OSB

Revisão:

Agda Sá

Vinícius Pereira Sales

Capa:

Leonardo Cardoso

Projeto Gráfico:

Erick Braian

Diagramação:

Henrique Billygran Santos de Jesus

© dos textos originais, 2017:

Libreria Editrice Vaticana

00120 Città del Vaticano

ISBN 978-88-209-0053-6

© da tradução em português para o Brasil 2018:

Edições CNBB - SAAN QUADRA 03, LOTES 590/600

Zona Industrial – Brasília-DF – CEP: 70.632-350

ISBN: 978-85-7972-702-3 (impresso)

As citações bíblicas são retiradas da Bíblia Sagrada Tradução Oficial da CNBB, 1ª Edição – 2018.

ISBN: 978-65-86151-24-4

Nenhuma parte desta obra poderá ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma e/ou quaisquer meios (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada em qualquer sistema ou banco de dados sem permissão da CNBB. Todos os direitos reservados ©

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Sumário

Lista de Siglas

Prefácio à coleção

Prólogo

A HISTÓRIA QUE DEVO CONTEMPLAR

1. Vai para terra que eu te indicarei

2. Descrição dos capítulos

Capítulo I

PRIMEIROS GESTOS E PRIMEIRAS PALAVRAS DE FRANCISCO

1. Bispo de Roma

2. Comecemos este caminho: bispo e povo

3. Francisco, vai, restaura a minha casa

4. Guardião do criado e guardião da humanidade

5. Esboço e progressos de um programa ecumênico

Capítulo II

A CULTURA DO ENCONTRO: A VONTADE ECUMÊNICA DO ARCEBISPO DE BUENOS AIRES

1. Os encontros da Comunhão Renovada dos Evangélicos e Católicos no Espírito (CRECES)

2. Fragmentos biográficos

3. Um modo de proceder: a cultura do encontro e as prioridades bergoglianas

4. A lição de Deus em Aparecida: a fidelidade é sempre uma mudança

5. Diálogo ecumênico para que o mundo creia

6. Nos traços da Encíclica Ut Unum Sint: Quanta est nobis via?

Capítulo III

NO CAMINHO PARA A COMUNHÃO PLENA: FALAR, REZAR, TRABALHAR JUNTOS

1. O Papa do encontro e promotor do encontro ecumênico

2. O caminho ecumênico da Igreja Católica e do patriarcado ecumênico de Constantinopla

3. A peregrinação à Terra Santa: a Declaração comum de Jerusalém

4. O Papa Francisco e o mundo da reforma

5. Em vista do quinto centenário da Reforma Luterana: a viagem do Papa à Suécia

6. Resumo. Somos peregrinos e peregrinamos juntos: a paz é obra artesanal

Capítulo IV

O PROGRAMA ECUMÊNICO DE FRANCISCO: RELENDO EVANGELII GAUDIUM

1. Preâmbulo metodológico: chaves de leitura

2. O coração do Evangelho e a hierarquia das verdades

3. O modelo de unidade na diversidade reconciliada: a figura do poliedro

4. A troca de dons: ecumenismo receptivo

5. Resumo: o Espírito Santo harmoniza e reconcilia a diversidade no caminho para a unidade

Epílogo

O TEMPO É O MENSAGEIRO DE DEUS

1. Composição vendo o lugar

2. Salvar a afirmação do próximo, mais que condená-la

3. O caminho de discernimento como forma de governo

4. Transitar a paciência: o tempo é superior ao espaço

Lista de Siglas

AL Amoris Laetitia, Exortação Apostólica pós-sinodal sobre o amor na família, Papa Francisco

DAp Documento de Aparecida

DSD Documento de Santo Domingo

EG Evangelii Gaudium, Exortação Apostólica sobre o anúncio do Evangelho no mundo atual, Papa Francisco

ES Ecclesiam Suam, Carta Encíclica sobre os caminhos da Igreja, Paulo VI

EN Evangelii Nuntiandi, Exortação Apostólica sobre a Evangelização, Paulo VI

LF Lumen Fidei, Carta Encíclica sobre a fé, Papa Francisco

LG Lumen Gentium, Constituição Dogmática sobre a Igreja, Concílio Vaticano II

LS Laudato Si’, Carta Encíclica sobre o cuidado da Casa Comum, Papa Francisco

MV Misericordiae Vultus, Bula de proclamação do Jubileu Extraordinário da Misericórdia, Papa Francisco

UR Unitatis Redintegratio, Decreto sobre o ecumenismo, Concílio Vaticano II

UUS Ut Unum Sint, Carta Encíclica sobre o empenho ecumênico, João Paulo II

Prefácio à coleção

Desde a primeira aparição na Praça de São Pedro, na noite de sua eleição, ficou claro para a maioria das pessoas que no pontificado de Francisco se apresentava a bandeira de uma novidade de estilo. O vestir-se sobriamente, o chamar-se bispo de Roma, o pedir – no silêncio ensurdecedor de uma praça lotada – a oração do povo, o saudar com um simples boa noite os presentes (...) foram todos sinais eloquentes do fato de que estava em ato um amadurecimento no modo de pôr-se e, portanto, na linguagem.

Os gestos e palavras que, a partir de então se seguiram não fizeram mais que confirmar e consolidar a primeira impressão. Poder-se-ia dizer que, nestes anos, a imagem do papado tenha saído decididamente transformada, em uma mudança que envolve também as homilias realizadas, os discursos feitos e os documentos promulgados.

Isto – como era previsível – gerou pareceres muito discordantes entre eles, especialmente naquilo que concerne ao seu ensinamento. De fato, se muitos acolheram com grande entusiasmo e simpatia o seu magistério, sentindo nele o frescor do sopro do Evangelho, alguns, ao contrário, o abordaram com desinteresse e, às vezes, com suspeita. Não faltaram juízos também muito peremptórios, que chegaram a colocar em dúvida a existência de uma teologia no ensinamento de Francisco.

Tal juízo sumário poderia alavancar sobre a diferente proveniência entre Francisco e o seu predecessor Bento XVI. Este, sabe-se, foi um dos mais ilustres e relevantes teólogos do século XX e, indubitavelmente, fez tesouro da sua pessoal elaboração teológica no rico magistério papal, a qual não se termina nem se terminará de apreciar a profundidade. Bergoglio tem nas costas, sobretudo e, primariamente, a longa e radical experiência do religioso e do pastor.

Isto não significa, porém, que o seu magistério seja privado de teologia. O fato de que ele não tenha sido, principalmente ou somente, teólogo de profissão não quer dizer que o seu magistério não seja sustentado por uma teologia. Se fosse assim, se deveria com rigor deduzir disto que a maioria dos seus predecessores tenham sido privados de teologia, a partir do momento em que Ratzinger representa a exceção, mais do que a regra.

Em todo caso, o fato de que tenha se podido discutir o âmbito teológico do magistério de Francisco, assim como o fato de que, muitas vezes, algumas de suas experiências altamente evocativas e imediatas tenham sido tão abusadas – em ambiente jornalístico, tanto como naquele eclesiástico – a ponto de fazer desaparecer a sua profundidade, torna sensata uma operação como aquela à qual pretende responder a coleção que tenho a honra de apresentar.

Valendo-se da competência e do estudo rigoroso de teólogos provenientes de diversos contextos e da seriedade agora bem fundamentada, pretendeu-se pesquisar qual seja o pensamento teológico que sustenta o ensinamento do Papa, quais sejam as suas raízes, qual a novidade e qual a continuidade com o magistério precedente.

O resultado está contido nos 11 volumes que formam a presente coleção, de título simples e imediato: A teologia do Papa Francisco.

Eles podem ser lidos de modo autônomo um do outro, obviamente, assim como de modo autônomo foram redigidos por cada um dos autores. O desejo, todavia, é