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Eis-me aqui, Senhor!: Os critérios de DEUS na escolha dos SEUS SERVOS
Eis-me aqui, Senhor!: Os critérios de DEUS na escolha dos SEUS SERVOS
Eis-me aqui, Senhor!: Os critérios de DEUS na escolha dos SEUS SERVOS
E-book171 páginas3 horas

Eis-me aqui, Senhor!: Os critérios de DEUS na escolha dos SEUS SERVOS

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Sobre este e-book

O livro "Eis-me aqui, Senhor!", de Edir Macedo, aborda com clareza de detalhes os diversos aspectos da vida de um servo. Você tem dúvidas sobre qual conduta precisa ter uma pessoa que se dispõe a servir a Deus? Quais são os critérios de Deus na escolha dos Seus servos? Essas e outras respostas valiosas você encontra nesta obra que vai ensinar o que, de fato, é ser um servo escolhido de Deus.
IdiomaPortuguês
EditoraUnipro
Data de lançamento19 de ago. de 2021
ISBN9786589769118
Eis-me aqui, Senhor!: Os critérios de DEUS na escolha dos SEUS SERVOS

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Eis-me aqui, Senhor! - Edir Macedo

Capítulo 1

Eis-me aqui!

Hinení Shlachêni foi a resposta que o profeta Isaías deu ao Senhor ao ouvi-Lo dizer: A quem enviarei, e quem há de ir por Nós? (Isaías 6.8). A tradução dessa expressão para o português é: Eu aqui; me envie.

Hinení é a junção de duas palavras: híne (olhe, veja, observe ou repare neste local, exatamente aqui) e ani (eu). Podemos dizer que, em outras palavras, Isaías disse: Ei, Senhor, eu estou aqui pronto e rendido às Suas ordens! Olhe para mim! Conte comigo para o que der e vier! Estou disposto a Lhe servir com toda a minha vida!

Eis-me aqui é uma das expressões mais profundas da Bíblia. Num sentido bastante amplo, exprime a seriedade de um compromisso assumido — ou um voto — com Deus. Portanto, envolve um sacrifício total de vida, uma autoentrega a Ele sem volta.

Podemos ver hinení também na resposta de Abraão a Deus:

[...] provou Deus a Abraão, e disse-lhe: Abraão! E ele disse: Eis-me aqui.

Gênesis 22.1

Na resposta de Jacó ao anjo:

E disse-me o anjo de Deus em sonhos: Jacó! E eu disse: Eis-me aqui.

Gênesis 31.11

E também na resposta do pequeno Samuel a Eli quando estava no templo:

Então chamou Eli a Samuel, e disse: Samuel, meu filho. E disse ele: Eis-me aqui.

1Samuel 3.16

Então, entendendo o conceito hinení, não é fácil encontrar alguém que o confesse — e confesse além dos lábios, ou seja, com um comprometimento íntimo, considerando o que essa expressão realmente significa.

Deus não deseja servos em Sua Obra que Lhe sirvam apenas fisicamente, aumentando números e preenchendo lacunas. O Altíssimo busca pessoas sérias e de caráter, que empenhem a sua palavra a Ele e não voltem mais atrás.

O Todo-Poderoso é Deus de Palavra e busca pessoas que também sejam de palavra para Lhe servir.

[...] homens capazes, tementes a Deus, homens de verdade, que odeiem a avareza [...]

Êxodo 18.21

Temos visto escassear servos desse quilate, pois o conceito hinení é radical demais num mundo cada vez mais superficial, leviano e irresponsável. A cultura dos nossos dias é extremamente tóxica; hoje é comum encontrar quem desonre a sua palavra, quem não guarde valores e quem mude de posição de acordo com o que for mais conveniente. Essa é a razão de os casamentos atuais serem descartáveis e de muitos obreiros e pastores terem passagem temporária na seara divina.

Tem sido comum servir a Deus quando é cômodo e vantajoso. Contudo, quando as circunstâncias se tornam desfavoráveis, dão as costas ao Seu chamado.

Vivemos o momento mais crucial da história da humanidade. Nunca houve tanta necessidade de homens e mulheres que não se desviem da sua responsabilidade e que respondam ao apelo de Deus com hinení.

Dizer eis-me aqui implica em lutar todos os dias contra si mesmo, contra as inclinações carnais e contra a instabilidade das emoções. Não dá para assumir um compromisso com Deus de Lhe servir e, depois, ser covarde e fugir, como fez o profeta Jonas.

Eu estou aqui pelo Senhor, e estarei por toda a minha vida significa ter uma maneira de viver completamente comprometida com a vontade dEle.

Se você já deu esse passo, sustente esse compromisso com fé, fidelidade e amor; mas, se você ainda não se definiu, saiba que servir ao Altíssimo é a única forma de fazer esta vida valer a pena.

Não apresente desculpas ou álibis para justificar a sua recusa, pois o mesmo Deus que chama é suficientemente capaz de capacitar o Seu escolhido.

A grande pergunta de Deus

O plural expresso no NósA quem enviarei, e quem há de ir por Nós? (Isaías 6.8) — denota a Santíssima Trindade em uma espécie de conselho celestial.

Embora Deus seja o Todo-Poderoso, Ele não obriga o ser humano a nada, tampouco o empurra a Lhe servir. Repare que Abraão não deixou sua terra coagido por Deus nem viveu contrariado e de forma nômade em terras distantes durante toda a sua vida; mas voluntariamente disse sim ao Seu chamado e, assim, ele se tornou o patriarca de Israel.

Do mesmo modo aconteceu com Moisés quando ouviu a voz do Altíssimo no Sinai. Deus não o forçou a ir para o Egito libertar os hebreus. Pelo contrário, Moisés entendeu que o Senhor estava lhe presenteando com uma oportunidade sem igual de ser o Seu porta-voz. Assim, ele espontaneamente atendeu ao chamado, mesmo se sentindo incapaz para tão importante missão.

Deus procura e deseja encontrar servos que atendam aos Seus propósitos e anseios de forma prazerosa e voluntária. E veja que não se trata de encontrar pessoas, pois, em um planeta densamente povoado por quase 8 bilhões de habitantes, gente é o que não falta. Porém, achar homens e mulheres que tenham perfil para cumprir a mais importante de todas as tarefas deste mundo é raríssimo. Isso acontece porque a maioria das pessoas está em busca da realização dos seus próprios sonhos ou interessada em aproveitar a vida e resolver os seus problemas, e não motivada a colocar suas vidas à disposição de Deus para cooperar com os Seus planos.

É preciso considerar que, ao mesmo tempo em que o ser humano tem o privilégio de ser chamado, também tem a liberdade de não atender ao apelo divino. Contudo, eu ressalto que aqueles que um dia tiveram um encontro com Deus receberam o Seu convite para Lhe servir. Tal chamado ecoa em seu íntimo de forma tão extraordinária que soa como uma ordem irrecusável, pois a voz do seu Senhor passou a ser irresistível.

São esses que dão um passo à frente e se apresentam às fileiras do exército do Deus Vivo. Eles são conscientes de que precisam de coragem, pois, a partir do momento em que se alistam, suas vidas estão na completa dependência do Alto, ou seja, têm de viver inteiramente pela sua própria fé.

As implicações do chamado de Deus

Tomaremos o chamado do profeta Isaías como exemplo para ilustrar a grandiosidade do que é servir ao Senhor. A forma como o profeta se ofereceu ao responder à pergunta de Deus na visão que teve mostra que ele estava pronto para o que desse e viesse. Mesmo na tenra idade e inexperiente, o jovem estava disposto ao sacrifício que a missão exigia.

Diz assim:

No ano em que morreu o rei Uzias, eu vi também ao Senhor assentado sobre um alto e sublime trono; e a cauda do Seu manto enchia o templo. Serafins estavam por cima dele; cada um tinha seis asas; com duas cobriam os seus rostos, e com duas cobriam os seus pés, e com duas voavam. E clamavam uns aos outros, dizendo: Santo, Santo, Santo é o SENHOR dos Exércitos; toda a terra está cheia da Sua glória. E os umbrais das portas se moveram à voz do que clamava, e a casa se encheu de fumaça.

Então disse eu: Ai de mim! Pois estou perdido; porque sou um homem de lábios impuros, e habito no meio de um povo de impuros lábios; os meus olhos viram o Rei, o SENHOR dos Exércitos. Porém um dos serafins voou para mim, trazendo na sua mão uma brasa viva, que tirara do altar com uma tenaz; e com a brasa tocou a minha boca, e disse: Eis que isto tocou os teus lábios; e a tua iniquidade foi tirada, e expiado o teu pecado.

Depois disto ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei, e quem há de ir por Nós? Então disse eu: Eis-me aqui, envia-me a mim. Então disse Ele: Vai, e dize a este povo: Ouvis, de fato, e não entendeis, e vedes, em verdade, mas não percebeis.

Isaías 6.1-9

Como vemos, o Senhor procurava um servo para enviar ao povo de Israel. A nação havia se desviado da fé e estava mergulhada na apostasia. O reinado de 52 anos de Uzias (cf. 2Crônicas 26.3) tinha sido marcado tanto pela prosperidade quanto pela estabilidade. Porém, nos últimos dez anos, o rei havia contraído lepra, que era uma doença mortal naquela altura. Essa enfermidade era fruto de sua insolência e rebeldia às instruções mosaicas com relação ao serviço sagrado no templo.

Tomado de prepotência, certo dia, Uzias adentrou o santuário para queimar incenso, algo permitido somente aos sacerdotes (cf. 2Crônicas 26.16-18). Ele usou de sua autoridade real para o seu bel-prazer, não para honrar a sua nação, muito menos para glorificar a Deus. Desde então, Uzias precisou se afastar das funções e, em seu lugar, reinou o seu filho Jotão. Uzias deixou de servir a Deus para servir a si mesmo e fazer as coisas do seu jeito e, por isso, morreu leproso (cf. 2Crônicas 26.21-23).

Nessa época, Israel começou a viver um período crítico. A nação havia submergido no caos espiritual e, por isso, o Reino do Norte seria tomado pela Assíria (722 a.C.). Sua capital, Samaria, ficaria completamente arrasada e seus cidadãos seriam levados ao cativeiro assírio.

Alguns anos depois, Judá também sofreria as consequências de se manter em declínio moral e espiritual. A desobediência de seus reis, Acaz e Zedequias, ao se aliarem às nações estrangeiras para subsistir aos impérios assírios e babilônicos, levaria Jerusalém a ser invadida e destruída (586 a.C.).

Diante desta assolação que estava por vir, o Senhor buscava um servo para transmitir a Sua mensagem ao povo. Isto é, Deus tinha uma missão e desejava entregá-la a alguém, mas a questão era: quem teria fé e disposição para deixar tudo e colocar a vontade divina em primeiro lugar?

Vale dizer que, naquela época, havia milhares de sacerdotes e levitas, mas eram servos apenas de nome; na verdade, a maioria deles era hipócrita e servia ao seu próprio ventre, correndo atrás de seus próprios interesses. Por causa disso, Deus não tinha prazer em que eles sequer pisassem no templo.

Quando vindes para comparecer perante Mim, quem requereu isto de vossas mãos, que viésseis a pisar os Meus átrios? Não continueis a trazer ofertas vãs; o incenso é para Mim abominação, e as luas novas, e os sábados, e a convocação das assembleias; não posso suportar iniquidade, nem mesmo a reunião solene.

As vossas luas novas, e as vossas solenidades, a Minha alma as odeia; já Me são pesadas; já estou cansado de as sofrer. Por isso, quando estendeis as vossas mãos, escondo de vós os Meus olhos; e ainda que multipliqueis as vossas orações, não as ouvirei, porque as vossas mãos estão cheias de sangue.

Isaías 1.12-15

Em meio a tantos homens, Isaías era diferente. Segundo estudiosos da Bíblia, ele era um jovem com cerca de 25 anos quando foi chamado por Deus. Ele pertencia à mais alta aristocracia da época e, como possível sobrinho do rei Uzias, tal linhagem nobre lhe atribuía uma boa educação e excelente perspectiva de futuro. Porém, ele foi capaz de deixar tudo isso para ter uma única pretensão: atender de boa vontade ao chamado de Deus. E ele fez isso sem questionar ao Altíssimo sobre as condições que teria e sem impor limites para desempenhar a sua missão. Além disso, não buscou saber as implicações desfavoráveis a que estaria sujeito ao assumir a função de profeta para um povo rebelde.

A atitude de Isaías foi bem diferente do que vemos em alguns servos da atualidade, que querem ditar as regras do seu serviço ao Senhor. Eles dizem coisas do tipo: A tal pessoa eu me submeto, mas àquela não... Não me envie para tal lugar, pois é distante e difícil de se trabalhar... Não me mande fazer isso ou aquilo, porque eu não gosto desse tipo de tarefa ou função! Com tais afirmações, esses ditos servos mostram que eles mesmos estão no comando de suas vidas e que a vontade de Deus pouco importa para eles. Por isso, se sentem no direito de determinar como servirão ao Senhor.

Deus tem miríades de anjos à Sua inteira disposição (inclusive, os brilhantes e tementes serafins ao redor do Seu Trono). Se o Senhor quiser, tem poder para executar qualquer obra sozinho e com perfeição, mas Ele prefere escolher seres humanos imperfeitos para que possam cooperar com o Seu Reino. Não deveriam esses homens e essas mulheres se sentirem honrados com tamanho privilégio? Não teriam motivos suficientes para se submeterem com alegria ao precioso serviço ao Senhor, ainda que

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