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Desenvolvendo a Intimidade no Casamento: Reacenda a chama do romance com afeto, motivação e encorajamento
Desenvolvendo a Intimidade no Casamento: Reacenda a chama do romance com afeto, motivação e encorajamento
Desenvolvendo a Intimidade no Casamento: Reacenda a chama do romance com afeto, motivação e encorajamento
E-book230 páginas3 horas

Desenvolvendo a Intimidade no Casamento: Reacenda a chama do romance com afeto, motivação e encorajamento

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Sobre este e-book

Não se contente com a mediocridade quando o assunto é seu casamento - remova tudo o que o impede de alcançar a satisfação conjugal e descubra a alegria da verdadeira intimidade! Este livro vai ajudá-lo a ter a relação que sempre desejou, experimentando as três palavrinhas mágicas para o casamento:
Afeto Motivação Encorajamento


O autor Jim Burns, juntando seu estilo sincero e aberto a conselhos práticos sábios, vai inspirá-lo a reaquecer seu relacionamento com a pessoa mais importante de sua vida na terra: seu cônjuge.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento20 de jun. de 2021
ISBN9786599482823
Desenvolvendo a Intimidade no Casamento: Reacenda a chama do romance com afeto, motivação e encorajamento

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    Desenvolvendo a Intimidade no Casamento - Jim Burns

    CAPÍTULO 1

    FAÇA DE SEU CASAMENTO A PRIORIDADE NÚMERO UM

    Cathy e eu estamos casados há mais de 30 anos. Sou realmente um homem de sorte. Deus sabia o que estava fazendo; eu, não. Descrevemos nosso relacionamento como casamento de alta manutenção. Isso significa que precisamos trabalhar constantemente para mantê-lo saudável. Casamento não é um assunto fácil para nós. Às vezes, sentimo-nos como hipócritas falando e escrevendo sobre o assunto. Em outras ocasiões, questionamos se a mensagem e a estratégia que propomos funcionariam tão bem para os outros quanto funcionou para nós. Para ser bastante honesto, nunca planejei escrever sobre relação conjugal ou dar palestras sobre o assunto.

    Há muitos anos, alguns amigos do ministério Youth Specialties [*] pediram-me para fazer uma palestra sobre Casamento e Ministério, com oito horas de duração, em uma convenção nacional voltada a líderes de igreja e suas esposas. No início, recusei. Disse-lhes que nunca havia falado sobre o tema por mais de 20 minutos; que diria durante oito horas! Definitivamente eu não era perito no assunto. Eles tinham acesso a qualquer especialista em casamento que havia no país para falar nesse seminário. Então, incentivei-os a procurar outra pessoa.

    Eles vieram até mim e disseram: Nós ainda queremos você. E, num momento de fraqueza, respondi que sim. Então, naquelas oito horas, falei basicamente sobre as lutas que Cathy e eu havíamos enfrentado em nosso casamento e apresentei ideias simples e práticas para revitalizar a relação. Não foi o seminário mais eloquente já ministrado e, para ser sincero, também não foi tão bem preparado assim. Ninguém neste planeta ficou tão surpreso quanto eu com a reação incrivelmente positiva dos participantes. Após aquela conferência, dois pensamentos me ocorreram: primeiro, Cathy e eu não éramos os únicos a ter um casamento que demandava alta manutenção; segundo, as pessoas estavam lutando para descobrir uma estratégia prática para fazer o relacionamento funcionar.

    Desde aquela primeira conferência no fim dos anos 1980, Cathy e eu já compartilhamos esses princípios com muitas pessoas. O resultado é sempre o mesmo: os casais que de fato desejam melhorar a relação conjugal ficam entusiasmados com a possibilidade de mudança. Eles estão dispostos a tomar decisões corajosas para aperfeiçoar um casamento que está longe de ser perfeito (casamentos perfeitos não existem!), mas que tem mais intimidade do que possam imaginar.

    Gostaria de oferecer uma solução simples que fosse capaz de melhorar seu relacionamento em um passe de mágica, mas não consigo fazer isso. Posso apenas dizer que, se você quiser fazer de seu casamento a prioridade número um e colocar em prática alguns princípios deste livro, terá um matrimônio muito gratificante. E ainda receberá um bônus: as melhorias em sua relação também deixarão seus filhos mais seguros. Na verdade, ouso dizer (humildemente, é claro!) que, a menos que seu casamento esteja enfrentando alguma situação extremamente traumática, como adultério, abuso, vícios ou coisa pior, esses princípios poderão mudar seu relacionamento para melhor de forma radical e imediata. (Em casos de trauma intenso, recomendo que você procure um conselheiro matrimonial qualificado que possa ajudá-lo a prosseguir até que esteja pronto para receber as orientações deste livro.)

    O MOMENTO DECISIVO

    Cathy e eu chegamos a um momento decisivo em nosso casamento no Salt and Pepper Diner, no Condado de Orange, Califórnia. Era um restaurante barato, do tipo que ficava aberto 24 horas, servia café da manhã o dia todo, e o cliente limpava a própria mesa ao sair. Aquele lugar havia-se tornado um ponto de encontro para nós, um local onde podíamos relaxar um pouco depois da reunião do grupo de jovens nas noites de quarta-feira. Acho que o escolhemos por ser barato e ficar bem próximo ao apartamento onde morávamos.

    Cathy havia-se formado na faculdade quatro anos antes e, uma semana depois de sua formatura, ela estava entrando na igreja para se casar comigo. Após uma maravilhosa lua de mel de dez dias, comecei a trabalhar com jovens numa grande igreja no Condado de Orange, na Califórnia. Para algumas pessoas, os primeiros anos de casamento costumam ser fáceis, mas isso não aconteceu conosco. Ainda me lembro da discussão que tivemos a caminho da reunião com o grupo de jovens, na qual eu falaria sobre a beleza de um lar cristão. Enquanto falava para eles, ficava pensando se não havia cometido o maior erro da minha vida! Tenho certeza de que Cathy pensava o mesmo.

    Conseguimos atravessar aquele deprimente primeiro ano de casados e em seguida nos mudamos para Princeton, Nova Jersey, para concluir minha faculdade. Prosseguimos cuidando de nosso casamento – em alguns dias, tínhamos sucesso; em outros, questionávamos nossa sanidade. Após a minha formatura, voltamos para a Califórnia; eu trabalhava como pastor de jovens e Cathy era professora de educação infantil. Por fora, tudo parecia perfeito, mas, lá no fundo, enfrentávamos muitas lutas em nosso relacionamento.

    Nosso grupo de jovens cresceu e passou de quatro para mais de cem integrantes em apenas alguns meses. Os jovens gostavam de nós. Os pais gostavam de nós. A igreja nos amava e até dobrou nosso salário no primeiro ano. (Algumas pessoas consideram que a duplicação do salário no primeiro ano é um milagre comparável à abertura do Mar Vermelho! Entretanto, não fique impressionado: o salário era baixíssimo.) Cathy e eu estávamos bastante ocupados com o sucesso do grupo de jovens, com o trabalho dela e com os nossos relacionamentos com familiares e amigos. Assim, eu nem percebi, sendo o homem insensível que era, que estávamos investindo pouquíssima energia em nossa relação conjugal.

    Cathy era a melhor ajudante que eu poderia ter no grupo de jovens; eu estava feliz com o meu trabalho; nós nos divertíamos com os amigos e fazíamos sexo regularmente. Casamento não é isso? Minha ideia de passeio romântico era irmos a um jogo de futebol americano de algum colégio de ensino médio. Ali, eu passava a maior parte do tempo conversando com os alunos do grupo de jovens enquanto Cathy assistia sozinha à partida.

    Voltemos ao restaurante Salt and Pepper. Depois de uma reunião especialmente agradável naquela noite de quarta-feira, Cathy e eu nos sentamos para jantar. Depois de pedirmos a comida, ela lançou-me aquele olhar. Seus lábios começaram a tremer e eu sabia que não seria um jantar agradável. Esse negócio de lábios que tremem ainda hoje me abalam; e agora minhas filhas também fazem isso. Acho que é hereditário! Então, de repente, Cathy falou:

    — Eu não sei se quero ter filhos.

    Olhei para ela sem acreditar no que ouvia. Aquilo me pegou totalmente de surpresa. Foi o que os garotos de hoje chamam de nada a ver. Eu só consegui murmurar:

    — Do que você está falando, Cathy?

    — Eu não sei se quero ter filhos.

    — Cathy, nós falamos sobre isso em nosso primeiro encontro! Você dá aulas para crianças, é formada em educação infantil! Você é a pessoa mais jeitosa para lidar com crianças que eu já vi! O que você quer dizer com não quero ter filhos?

    — É que somos tão ocupados, e a gente acabou se distanciando tanto! — E prosseguiu — Já faz algum tempo que ando magoada com você, por ver o quanto seu trabalho tem sugado a sua atenção. E agora estou ficando magoada com Deus. Por que nosso relacionamento vai mal mesmo com tantas coisas boas acontecendo em seu trabalho?

    Então, continuou:

    — Não me entenda mal. Eu também vejo a mão de Deus em nosso ministério. Hoje à noite mesmo, eu percebi como todos aqueles garotos estão recebendo ajuda e sendo alcançados. No entanto, toda essa ocupação e a falta de foco em nosso casamento estão me levando a questionar se deveríamos ter filhos. Eles nunca o veriam… E a tensão em seu trabalho está trazendo tensão ao nosso casamento.

    Anteriormente, mencionei que essa conversa seria um momento decisivo em nosso casamento. O que Cathy me disse foi um soco no estômago que me deixou sem ar. E, para piorar as coisas, eu sabia que ela estava certa. Eu não tinha respostas e, francamente, havia poucos exemplos para nos ajudar a descobrir o que deveríamos fazer.

    Em resposta, simplesmente murmurei:

    Cathy, estou tendo um caso.

    Mas logo esclareci que não era um caso com uma mulher (e, a propósito, nem com um homem). Meu caso era com o trabalho. Minha amante era o grupo de jovens da igreja que demandava toda a minha energia e atenção. Esse caso amoroso fazia com que eu desse apenas migalhas emocionais à minha esposa. Minhas necessidades, geradas por uma autoestima muito baixa, eram satisfeitas por meu trabalho. Então, eu corria para ele, gerando tensão em nosso relacionamento.

    Redefinindo Nossas Prioridades

    Naquela noite, sentados à mesa de um restaurante, estabelecemos três prioridades. Elas eram simples, mas poderosas. Na verdade, eu não seria capaz de escrever este livro se não fossem aquelas três providências práticas escritas num guardanapo de papel; prioridades que começamos a utilizar imediatamente. Aqui estão elas:

    sair para namorar uma noite por semana (inegociável);

    compromissos fora de casa apenas três noites por semana;

    Cathy tem poder de veto sobre minha agenda.

    Naquela noite, firmamos o compromisso de sair juntos para passear toda semana. Não precisava ser num lugar caro. Quando tínhamos crianças pequenas, outros casais cuidavam de nossos filhos quando saíamos; e fazíamos o mesmo por eles quando precisavam. Assim, não comprometíamos o orçamento. Às vezes, o passeio consistia em tomar uma xícara de café e dar uma volta pelo cais perto de onde morávamos.

    Durante o passeio, tentávamos não falar de trabalho. Determinamos que nos concentraríamos apenas em nós dois (e até hoje é assim). É um tempo para renovar nosso amor e namorar. Isso significa que não podemos marcar nosso encontro se estivermos consumidos pelos problemas de outra pessoa a ponto de não ter nada para dar ao outro. É claro que deixamos de marcá-los uma ou duas vezes por ano, mas isso é raro. A maioria dos casais gostaria de ter encontros especiais, mas não faz disso uma prioridade. Dentre aqueles que adotam esse hábito, nunca ouvi alguém dizer que sair para namorar regularmente não seja saudável para o relacionamento.

    Nós também decidimos que não poderíamos manter um casamento saudável se estivéssemos fora de casa por muitas noites. Em uma pesquisa recente, li que um pastor americano, em média, fica fora de casa cinco noites por semana. E antes de firmarmos o nosso compromisso, eu também ficava fora, no mínimo, esse mesmo número de noites. Decidimos, então, que seria uma prioridade limitar as obrigações fora de casa a três noites por semana. Ficaríamos firmes neste propósito mesmo se isso significasse deixar meu emprego.

    Nosso relacionamento mudou quase imediatamente porque passamos a ficar bastante tempo juntos e não vivíamos mais num ritmo tão frenético. Não há segredo algum nas três noites – podem ser duas ou quatro. Como nosso casamento exige alta manutenção, achamos que três noites funcionariam bem. E ficamos impressionados ao descobrir que, na verdade, poderíamos realizar muito mais do que estávamos realizando.

    Muitos casais aceitam responsabilidades além das que o casamento pode suportar. Eles se esquecem de que relação conjugal e vida familiar precisam de tempo ao redor da mesa. A razão pela qual Deus fez o dia (luz) e a noite (escuridão) foi para lembrar-nos de que não temos de trabalhar sem parar. Atividades demais fora de casa podem prejudicar os relacionamentos familiares.

    O poder de veto foi a decisão mais importante que tomamos. As brigas mais intensas que Cathy e eu tivemos aconteceram por causa da minha rotina frenética. No jantar daquela noite, quase como um alcoólatra que finalmente admite não ter controle sobre o próprio vício, eu disse: Cathy, você terá poder de veto sobre nossa agenda.

    Isso não significa que ela foi colocada na posição de fiscal o tempo todo. Antes de decidir o que fazer, eu simplesmente passei a submeter, à apreciação da minha esposa, todos os meus compromissos agendados para as noites, os finais de semana e as viagens.

    Ao dar-lhe o poder de veto, comecei a incluí-la de maneira diferente em minha vida. Hoje, podemos lamentar a agenda apertada ou a decisão que tomamos em relação aos compromissos, mas já não culpamos mais um ao outro, porque decidimos em conjunto o que fazer. Naquela noite, nosso casamento mudou para melhor, porque fizemos uma cirurgia radical em nossa relação. Além disso, hoje eu percebo que aquelas decisões trouxeram segurança emocional a Cathy.

    O Mais Importante Primeiro

    Pode ser que essas decisões não pareçam suficientes para causar uma reviravolta, mas elas nos ajudaram a tomar consciência de que nosso casamento deveria ser a prioridade número um. Vivíamos com muitas distrações atrativas e prioridades confusas. O mais importante para mim era meu trabalho; minha vocação vinha antes do meu relacionamento com Cathy.

    Hoje em dia é extremamente fácil estabelecer prioridades bem-intencionadas, mas confusas. Algumas pessoas colocam o dinheiro, a atividade física, o futebol, as crianças, os sogros, as compras e quase tudo o mais antes do relacionamento matrimonial. Não há nenhuma passagem na Bíblia que nos exorte a ter um casamento centrado nos filhos. Mesmo assim, vários relacionamentos se transformam na ocasião em que o primeiro filho nasce. Obviamente, não devemos negligenciar nossos filhos, mas quando buscamos o que honra a Deus, o que faz sentido é esta ordem:

    primeiro: Deus;

    segundo: casamento;

    terceiro: filhos e família;

    depois: vocação e outros assuntos.

    Quando as pessoas colocam Deus em primeiro lugar na vida, tendem a estabelecer as outras prioridades na ordem certa também. Jesus explicou isso apropriadamente no Sermão do Monte: Busquem, pois, em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça, e todas essas coisas lhes serão acrescentadas (Mateus 6.33 – NVI). À medida que buscarmos colocar Deus no trono de nossa vida, ele nos ajudará a manter em ordem as nossas prioridades.

    Como já mencionei, um dos maiores problemas nos casamentos de hoje é a tendência de se colocar as necessidades dos filhos antes das necessidades do cônjuge. O que as pessoas não percebem facilmente é que esses casamentos costumam ser fracos, e em longo prazo, prejudicam os filhos em vez de ajudá-los. Se você não estiver satisfazendo as necessidades emocionais de seu cônjuge, muitas vezes ele direcionará toda a energia que tiver para os filhos. O resultado final será uma relação conjugal

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