A mãe tá off
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Sobre este e-book
É um exercício diário, feito de muitos sacrifícios e renúncias, para além das muitas alegrias. O dia a dia da maternidade é extenuante. Algum pratinho sempre cai no chão e se parte em mil pedacinhos. Para mim, quase sempre é o do humor. Como conseguir ser bem-humorada sempre, apesar de tudo? Como poucas, Sheila Trindade conhece a receita.
Ela tem o dobro de filhos do que eu: são quatro! O que, imagino, represente o dobro do trabalho que eu tenho todos os dias
com meus dois meninos.
Mas ela não deixa a peteca cair.
Em vez de ficar de cara amarrada por causa das agruras da rotina doméstica, ela consegue se divertir
e, o melhor, ser divertida para os outros.
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Pré-visualização do livro
A mãe tá off - Sheila Trindade
A Mãe Tá OFF
© 2021 by Sheila Trindade
DIREÇÃO GERAL: Eduardo Ferrari
COORDENAÇÃO EDITORIAL: Ivana Moreira
CAPA: Sheila Trindade
PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO: Estúdio EFe
DIAGRAMAÇÃO DO EPUB: Isabela Rodrigues
ILUSTRAÇÃO: Paulo Stocker
REVISÃO DE TEXTO: Gabriela Kimura
Esta obra é uma coedição EFeditores e Literare Books Internacional.
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Esta obra integra o selo Filhos Melhores parao Mundo
,
iniciativa conjunta das editoras EFeditores e da Literare Books Internacional
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O texto deste livro segue as normas do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa
Dedicatórias
Ao meu melhor amigo e marido Zeca,
que sempre me incentivou e ajudou revisando até os textos que falavam mal dele.
Obrigada por rir e chorar comigo!
Aos meus filhos Samuel, Bernardo, Luiza e João,
que são a inspiração da minha vida e fonte de todas essas (boas e loucas) histórias.
E à minha mãe Rosângela que, se
estivesse aqui, seria apaixonada por eles.
Tudo isso foi para te orgulhar, mãe!
Apresentação
Oi, meu nome é Sheila, sou casada, escritora e mãe não de uma ou duas, mas de quatro crianças. Sim, você leu direitinho. Eu sou aquela louca que parece uma hippie cheia de filhos que adoram brincar descalços e às vezes comem terra. Eu pago de descolada com meus filhos e nas redes sociais, mas de vez enquanto eles me colocam na prateleira das mães que precisam de ajuda para decifrar a impressora e me apresentam o novo app da moda que, inclusive, eles me ensinaram, não se fala a-p-p
, mas ééépi
, assim mesmo, exagerado.
Não sei quando você lerá este livro, mas eu escrevi durante a pandemia. Enquanto a galera estocava papel higiênico, eu estocava palavras e histórias loucas de um tempo em que abraçar e dividir a massinha não era perigoso. No tempo que era ok dar uma lambida no picolé do amigo, os bebês trocavam as chupetas e você só percebia quando chegava em casa, no tempo em que todo mundo não cheirava a álcool em gel e nossas mãos não eram tão ressecadas.
Escrever enquanto todos ficávamos confinados em casa foi uma terapia e uma loucura ao mesmo tempo, porque acumulei além do normal funções que definitivamente eu não gostei nem um pouco de acumular. Era escritora, gestora de conteúdo digital, professora, cozinheira, faxineira e de quebra ainda tinha que dar banho de álcool em pacotes de batatinhas fritas que eu trazia do supermercado. Nada disso era divertido, atrelado ainda ao medo de pegar Covid, é claro.
Parecia o fim do mundo e diante desta nova realidade, enquanto o povo corria para comprar álcool em gel para vender superfaturado, enquanto a gente analisava na rua quem tinha a máscara mais feia e morria de medo vendo o telejornal, eu percebi que escrever minhas histórias loucas, seria divertido.
Toda mãe tem boas histórias. É só sentar e puxar conversa. Algumas coisas a gente tem vergonha de contar, eu sei. Sempre existe aquele tipo de mãe mais caladona e a gente chega a fantasiar uma vida muito louca por trás da tanta discrição. Contrapondo a este tipo de pessoa, existem mães como eu, que não têm um pingo de pudor em contar que esquecem o nome dos filhos e que às vezes, até trocam pelo nome do cachorro. A última vez que comentei isso fui metralhada por olhares julgadores. Eu costumava me importar com esses olhares, mas a quarentena me desacostumou ao contato humano.
Contar assim, à distância, histórias loucas e não estar ali de frente observando a reação das pessoas é bem mais fácil. Claro, muito perigoso também. A gente esquece que um dia as aulas presenciais voltarão, um dia as pracinhas estarão cheias novamente e nas reuniões de colégio eu terei que encarar as outra mães rindo e me julgando. Só de pensar me deu dor de barriga, fobia social. Mas eu não consigo conter. Desde de que reparei que existem situações que só acontecem comigo. Como quando minha filha invadiu o campo de futebol americano no meio do jogo e foi atropelada por um Running Back, que inclusive, não conseguiu fazer o touchdown e perdeu o jogo. São coisas que só acontecem comigo. Me diz aqui: já aconteceu algo parecido na sua casa? Difícil foi explicar no jantar de Natal o ocorrido.
Minhas histórias são sempre muito difíceis de explicar, mas são boas, por isso me esforço um bocado para ignorar meu medo do quão louca irão achar que sou. Eu só espero que as mães entendam que apesar de pagar de descolada nas redes sociais e escrever um