Mãe, em cada endereço, uma diferente
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Mãe, em cada endereço, uma diferente - Alexandre da Silva Carvalho
Intuição
Roc-Amarelo2.jpg– Mãe, posso lhe fazer uma pergunta?
– Claro, filha, o que é?
– Por que a senhora resolveu me adotar? Quero dizer… no meio de tantas crianças, por que a senhora e o papai me escolheram?
– Na verdade, não sei se fomos nós que escolhemos você! Eu sinto que Deus já tinha preparado você para nós. Mas por que essa pergunta agora? Algum problema?
– Sabe o que é? Hoje, na escola, surgiu um debate sobre adoção e foram faladas muitas coisas, mas o que um colega disse me marcou muito. Ele disse que a ligação entre os pais adotivos e uma criança adotada nunca será verdadeira.
– Ora! Ora! Filha... Que loucura é essa? Antes que você chegasse à minha vida, eu sabia sim o que era o amor. Eu estava casada com seu pai havia cinco anos e queríamos muito ter um bebê. Eu queria uma menina; já seu pai, um menino. Apesar do nosso desejo e do amor que tínhamos, eu não engravidava. No começo, achamos que era algo que se resolveria com o tempo, mas o tempo ficou longo demais e resolvemos buscar ajuda. Sabe, filha, fui aos médicos que pude, fiz os exames indicados e nada foi detectado. Como eu estava bem, foi a vez do seu pai procurar o médico. Ele ficou receoso e com medo, mas foi. Com os resultados na mão, pudemos ver que ele estava bem e que não tínhamos nenhum problema. Era esperar e tentar.
– E, pelo que sei, a gravidez que a senhora tanto queria não aconteceu.
– Não! Não da forma que eu imaginei e esperava. Aconteceu de outra maneira.
– Como assim?
– De alguma forma, o que vou lhe contar não é novidade, mas...
– Por favor...
– Depois de tantas tentativas, eu já não sabia se o que mais me fazia mal era o desespero ou a sensação de fracasso. O amor que eu e seu pai guardávamos para o nosso filho estava desaparecendo e o nosso casamento se tornara um peso. Um dia, eu estava vendo TV e vi uma reportagem que falava sobre o drama das crianças que sofrem em diversas instituições à espera de adoção. Em geral, os menores, os bebês, são os preferidos, enquanto os maiores quase não têm nenhuma chance de serem adotados. Falei com o seu pai a respeito de adoção e ele não se animou muito com a ideia. Confesso que o meu coração se sentiu atraído por aquela possibilidade e passei a me informar sobre o assunto e deixar seu pai também informado. Lembro bem: era março... Em dezembro, eu já sabia muita coisa sobre adoção, mas, até então, nada de concreto. As chuvas de verão foram terríveis naquele ano e muitas famílias sofreram perdas irreparáveis. De repente, eu vi você na TV: chorando, toda molhada e suja de lama, agarrada a uma boneca. Infelizmente, sua mãe e irmãos não se salvaram do deslizamento de terra que levou parte da casa onde vocês moravam. Seu pai biológico nunca foi localizado e nenhum parente se manifestou. Seus olhos na TV se encontraram com os meus e eu soube que você era minha. Chamei desesperada seu pai e ele, meio sem entender, me levou aonde você pudesse estar. A partir daquele encontro, você nunca mais saiu das nossas vidas.
– Você não se arrepende de ter feito o que fez?
– Não, querida! Foi por amor e eu sempre agradeço a Deus pela sua presença na minha vida. Mesmo que você não tenha saído das