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A viagem de Pedrinho à Lua
A viagem de Pedrinho à Lua
A viagem de Pedrinho à Lua
E-book178 páginas1 hora

A viagem de Pedrinho à Lua

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Sobre este e-book

O clássico da literatura infantil alemã conta a encantadora história do besouro-de-maio, Zumzum, que tem apenas cinco perninhas. Ele descobre que a sexta perninha está na lua, mas não pode viajar sozinho para lá. Para recuperar a sua perninha, ele contará com a ajuda dos irmãos Pedrinho e Anneliese, passando por incrívei

IdiomaPortuguês
Data de lançamento16 de mar. de 2022
ISBN9783982442037
A viagem de Pedrinho à Lua
Autor

Gerdt von Bassewitz

Gerdt Bernhard von Bassewitz-Hohenluckow nasceu em 4 de janeiro de 1878, em Allewind. Filho de um alto funcionário público prussiano da nobreza de Mecklenburg, ele foi tenente no serviço prussiano, um escritor e ator alemão, que ficou conhecido pelo seu conto de fadas "A viagem de Pedrinho à Lua". Bassewitz também escreveu dramas no estilo expressionista, mas não obtiveram muito sucesso. O autor faleceu em 6 de fevereiro de 1923, em Berlim.

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    A viagem de Pedrinho à Lua - Gerdt von Bassewitz

    1

    A história da família Zumzum

    Zumzum era o nome do rechonchudo besouro-de-maio que, durante a primavera, vivia em um castanheiro no jardim dos pais de Pedrinho, perto de um grande campo repleto de flores-estrela.

    Ele havia sido casado, mas sua esposa não vivia mais. Uma galinha a comeu enquanto ela andava pelo quintal à tarde, procurando algo para petiscar à luz do sol.

    É muito perigoso para os besouros passearem durante o dia. Assim como as pessoas dormem à noite, os besouros devem dormir de dia.

    No entanto, a pequena senhora Zumzum era muito curiosa e voou durante o dia. Ela acabara de se sentar sobre uma folha de alface e pensou: Vamos ver que gosto tem! — Nhac! A galinha a comeu.

    Foi um grande sofrimento para o senhor Zumzum, o besouro-de-maio. Ele regou muitas folhas com suas lágrimas e envernizou suas perninhas de preto. Elas eram vermelhas antes; mas era costume dentre os besouros-de-maio, que os viúvos tenham as pernas pretas durante o luto. O Sr. Zumzum seguia os bons costumes, pois ele era o último filho de uma família muito famosa.

    Há séculos, quando o ancestral da família Zumzum havia acabado de se casar, aconteceu uma grande fatalidade.

    Em uma agradável noite de domingo, ele passeava na floresta com sua esposa. Eles haviam comido muito e descansavam um pouco no galho de uma árvore de bétula.

    Por estarem recém-casados, estavam muito distraídos e não perceberam um homem mau atravessando a floresta. Era um ladrão de lenha, que queria roubar no domingo. De repente, ele bateu o machado e derrubou a bétula onde o casal estava sentado. Ele bateu com tanta força, que o bisavô Zumzum perdeu uma perninha.

    Foi terrível!

    Ambos caíram de costas e desmaiaram de medo. Um tempo depois, eles acordaram com um brilho ao seu redor.

    Na frente deles estava uma bela mulher, que disse: O homem perverso foi punido pelo seu desrespeito contra a floresta e justamente no domingo. Eu, a Fada da Noite, vi o que ele fez lá da Lua. Como punição, ele foi banido com a madeira que derrubou para a montanha mais alta da Lua. Lá ele permanecerá por toda a eternidade, derrubando árvores e arrastando galhos.

    O bisavô Zumzum gritou e disse: Onde está minha perninha, onde está minha perninha, onde está minha sexta perninha?

    A história da família Zumzum

    Então, a Fada, espantada, disse:

    Oh! Sinto muito, provavelmente ela ficou presa na bétula, que foi para a lua.

    Oh! Oh! Minha perninha, minha sexta perninha!, gritou o pobre bisavô Zumzum, enquanto sua pequena esposa chorava amargamente. Ela sabia que todos os seus filhos teriam cinco perninhas ao invés de seis, pois seria hereditário e isso era triste.

    Ao ver o grande lamento, a Fada teve pena dos besourinhos e disse: Um ser humano é maior que um besouro-de-maio e não posso desfazer o castigo do homem mau, todavia permitirei que pessoas boas, se você as encontrar, possam recuperar a sua perninha. Se você encontrar duas crianças, que nunca fizeram mal a um animal, você poderá ir com elas até a lua buscar a sua perninha.

    Os dois ficaram um pouco reconfortados, secaram suas lágrimas e voaram para casa.

    *        *

    *

    Esta história logo se espalhou entre todos os besouros. Todos os mosquitos, grilos e formigas sabiam disso. Até as libélulas e as borboletas ouviram falar disso. A família Zumzum tornou-se famosa e era considerada muito nobre em todos os campos e árvores.

    No entanto, os machos e as fêmeas da família Zumzum sofriam muito com a sua fama, pois ao voarem para os quartos à noite, na esperança de suplicar às crianças, eram constantemente atacados por adultos cruéis e insensatos, mas muitas vezes pelas próprias crianças.

    Essa era a grande maldição, que assombrava a família.

    No final, restava apenas um Zumzum no mundo, o viúvo, cuja esposa fora comida pela galinha, porque, sendo muito curiosa, voou durante o dia ao invés de dormir.

    *        *

    *

    Ele, um besouro muito cuidadoso, sempre se afastava um pouco dos outros besouros e, especialmente desde que sua esposa se foi, ele amava a solidão.

    Ao anoitecer, após ter comido até ficar satisfeito, sentava-se num pequeno ramo de árvore, tocando no seu violino, músicas saudosas para a lua e a grande balada da sexta perninha, que ainda estava lá em cima.

    Ocasionalmente, tocava também uma música alegre para si mesmo e dançava nas grandes folhas do castanheiro, o que parecia muito esquisito.

    Todas as noites, os outros besouros-de-maio organizavam debaixo da árvore um concerto de contrabaixo e tambor. No entanto, quando o convidavam para se juntar a eles, o Sr. Zumzum sempre recusava, e isso os incomodava muito.

    Ele é arrogante, diziam eles, pois toca violino em vez de contrabaixo.

    Contudo, isso era apenas inveja deles, porque tinham apenas os seus tambores e contrabaixos, enquanto ele tinha um pequeno violino prateado, que brilhava como a luz da lua e tinha um tom tão fino como os mosquitinhos cantantes, que dançavam à luz do sol.

    *        *

    *

    Este violino era uma antiga herança de família.

    Certa vez, o Sr. Zumzum salvou a vida do grilo Cricri, que vivia no campo de flores-estrela, quando ele subiu tão alto em uma árvore, que ficou tonto.

    Em agradecimento por esse ato corajoso, o grilo deu ao seu herói o violino de prata.

    Desde então, o filho mais velho dos Zumzums sempre herdava o violino, que era muito honrado. Logo, o último Zumzum foi o último herdeiro.

    Tudo isso o deixava muito orgulhoso, é compreensível. Ele levava uma vida confortável, era rechonchudo e cuidadoso e pensava sempre que não deveria se meter em perigo.

    Por vezes, quando a noite era particularmente bonita, ele se tornava corajoso.

    Em seguida, bebia sem parar um drinque da flor Não-me-esqueças para lembrar de sua esposa, embora ela tivesse discordado dele, e de bom humor zumbia em zigue-zague pelos jardins.

    Ele perturbava os mosquitos, que dançavam à noite e os vaga-lumes, que brincavam de esconde-esconde. Esbarrava nas flores de maçã e derrubava as joaninhas, que estavam prestes a adormecer. Rasgava as teias da aranha vesga e corria — Tum! — Contra todas as janelas, porque ele não conseguia mais distinguir se uma janela estava aberta ou fechada. Ainda assim, não acontecia nada a ele, porque ele tinha uma cabeça muito dura. Opa!, ele dizia quase sempre e continuava voando, impulsionado pelo seu gosto por aventura. Sou um cavaleiro, pensou ele, e o último Zumzum!

    2

    No quarto das crianças

    Numa bela noite o último Zumzum entrou no quarto de Pedrinho e de sua irmã Anneliese bem na hora em que a gorducha Minna colocou as crianças na cama.

    Pedrinho ouviu o seu zumbido e quis pegá-lo. Ainda bem que Minna não permitiu a perseguição, senão o Zumzum estaria em apuros. Provavelmente Minna não ouviu direito, porque ela não percebeu nada. Ela

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