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Novas aventuras de Pedro Malasartes
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Novas aventuras de Pedro Malasartes
E-book72 páginas1 hora

Novas aventuras de Pedro Malasartes

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Sobre este e-book

Pedro Malasartes é um personagem popular no mundo todo, embora apareça com nomes diferentes. Ele é filho da imaginação do povo, que cria heróis para resgatar a vitória dos fracos contra os fortes. Neste livro, Pedro fará uma viagem que levará meses de caminhada. Terá muitas oportunidades para salvar pessoas e usar seus métodos astuciosos e nem sempre bem-comportados.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento4 de abr. de 2019
ISBN9788506085592
Novas aventuras de Pedro Malasartes

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    Novas aventuras de Pedro Malasartes - Hernâni Donato

    Créditos

    Há quem diga ser um desmiolado, um moleque sempre disposto a pregar as piores peças às mais inocentes pessoas. Usaria da sua viva inteligência, da agilidade de espírito e, também, do físico que Deus lhe deu apenas para salvar-se dos apuros em que se envolve a cada passo.

    Outros, porém, pensam que, de certo modo, Pedro representa o que restou daqueles corajosos cavaleiros andantes da Idade Média, que saíam pelo mundo a corrigir injustiças e a socorrer os necessitados, não dispensando a força do braço, o fio da espada e os artifícios da inteligência.

    Como quer que seja, não há quem desconheça Pedro Malasartes. É popular em todo o mundo, embora com diferentes nomes, pois é filho da imaginação do povo, que cria heróis para significar a vitória dos fracos sobre os fortes, dos desprotegidos sobre os poderosos.

    Se Pedro Malasartes aparecesse nas histórias dos vários países com o mesmo nome, iriam dizer que se tratava de cópia, imitação. Mas ele vive, na narrativa dos meninos de toda parte, as mesmas aventuras e o mesmo espírito, com nomes e roupas diferentes, conforme o povo e a terra. No Camboja, Ásia, é conhecido pelo nome de Kuong-Alev. Entre os meninos bengalis, chama-se Paumohan Chattergi e, quase sempre, disfarça-se numa raposa que se finge de mestre-escola. Na África, entre as tribos gurmatié, passa a ser conhecido como Foumtinndouha. Na Europa do norte, do centro e do leste, as crianças o chamam Eulenspiegel. Na Itália, Bertoldinho. Na Espanha e na América espanhola, seu nome é Pedro Urdemales.

    Pedro é inteligente, vivo, sempre pronto a meter-se em aventuras extraordinárias. Por vezes pratica atos não recomendáveis, mas, nesses casos, é movido por boas intenções. Idealista, representa as coisas boas que o povo não pode alcançar. Quando Pedro não tem problema pessoal a resolver, põe-se a serviço dos fracos, dos pequenos, dos que não possuem nada, dos que necessitam justiça. No fundo, ele é bom. Pena é que, até agora, somente tenham procurado contar o que Pedro fez de menos elogiável. Estas aventuras mostram um Malasartes sob novo aspecto, em que ele erra por vezes, mas sempre procurando acertar.

    É preciso apreciar o que existe de bom em Pedro. Ele também pode ser apontado como exemplo a ser imitado. Corajoso e persistente, jamais desespera. Exemplo de como a perseverança pode vencer as dificuldades e de como não existe má sorte para os que confiam e insistem em alcançar seu ideal.

    De corpo e de rosto, Pedro não difere de qualquer menino. Podia até ser assim como... como você, leitor!

    As muitas aventuras em que Pedro Malasartes tomou parte desde o dia em que, depois de repartir a pequena economia deixada pelo pai, se separou de seu irmão, levaram-no longe, muito longe de casa. Tão longe que uma viagem de volta exigiria meses e meses de caminhada.

    Pois essa viagem é que Pedro estava fazendo quando esta narrativa começa. Foi assim: como acontece com toda gente, lá um dia acordou com saudades do lugar onde tinha nascido. Estava cansado de correr mundo.

    Acho que estou querendo voltar para casa, pensou.

    Uma vez resolvido, depressa se pôs a caminho, disposto não só a chegar quanto antes, como também a fazer o maior bem possível durante a viagem. Reconhecia que, muitas vezes, agira mal no passado. Recordava-se, por exemplo, com uma pontinha de remorso, de que vendera os porcos de um fazendeiro, enfiando depois o rabinho dos bichos num atoleiro, para fazer crer ao dono que eles se haviam enterrado ali, ao beber água no rio. E lembrava-se de outro caso, em que fizera certo

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