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As Maravilhas De Alberto O Grande
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E-book273 páginas2 horas

As Maravilhas De Alberto O Grande

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Sobre este e-book

Chamado de Os Admiráveis Segredos de Alberto, o Grande, oferece segredos e processos que, se colocados em prática, conferem enorme poder ao praticante! Há muito pouco dos seus exemplares no mundo e este livro raro é indispensável na biblioteca de qualquer ocultista sério.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento26 de mai. de 2016
As Maravilhas De Alberto O Grande

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    As Maravilhas De Alberto O Grande - Tetragrama

    LIVRO PRIMEIRO

    CAPÍTULO I

    Tendo suficientemente esclarecido o leitor sobre o assunto que deve ser tratado neste livro, julga-se oportuno e mesmo necessário passar aos fatos e começar esta matéria pelo embrião. Necessário é, contudo, notar e saber que todo o homem naturalmente gerado, segundo o sentir dos filósofos e dos médicos, é formado pela semente do pai e o puro sangue da mãe; com esta diferença, que Aristóteles defende, de que o feto se forma apenas com o sangue da mãe e que, a seguir, a semente do homem se evapora; pelo contrário, os médicos dizem que toda a semente, que se chama esperma no homem e sangue ou mênstruo na mulher, se junta para a formação do feto.

    Depois de ter examinado tanto a opinião de Aristóteles como a dos médicos, vamos ver de que maneira recebe a mulher essas sementes. A mulher, quando está em ação, ejacula a sua semente ao mesmo tempo em que o homem lança o seu esperma, e estas duas espécies de sementes, juntando-se na matriz da mulher, começam a misturar-se; e é neste momento que se faz a concepção. Diz-se conceber, quando as duas sementes são recebidas na matriz ou no lugar destinado pela natureza para a formação do feto. Após esta recepção das sementes, a matriz fecha-se de todos os lados, como uma bolsa, de tal maneira que nada pode sair dela; e, quando ela está assim fechada, as mulheres deixam de ter o seu período ou as suas regras.

    A este propósito convém notar que a menstruação na mulher não é outra coisa senão um alimento supérfluo, como o é o esperma no homem, o qual, todavia, não é inútil. Chama-se assim porque as mulheres têm este fluxo de sangue pelo menos uma vez todos os meses, desde que tenham chegado à idade dos doze, treze e, mais freqüentemente, dos quatorze anos; e este fluxo é regulado todos os meses para purgar a natureza; a algumas chega durante a Lua nova, a outras depois. Assim, nem todas as mulheres o têm ao mesmo tempo, nem sofrem a mesma dor, umas sofrem mais, outras menos, e algumas têm o fluxo durante mais tempo, conforme a sua compleição e o seu temperamento.

    Mas, sobre todas as coisas que acabamos de dizer, existem muitas dúvidas; a primeira é saber como e por que calor se faz este fluxo de sangue. Sobre isso há a notar que em todas as mulheres ele tem a cor do sangue, exceto naquelas que estão corrompidas e cheias de humores maus — nessas assemelha-se então à cor de chumbo.

    Quando falo daquelas que estão corrompidas, não falo daquelas que perderam a virgindade; porque, quer sejam virgens quer não, uma vez atingida à idade, todas estão indiferentemente sujeitas a isso. Há vários sinais para conhecer quando elas têm esse fluxo, mas falaremos disso depois. A segunda dúvida é se a menstruação flui pelo lugar por onde se purga habitualmente o ventre, ou se é ao urinar, pela matriz, ao que se responde, em poucas palavras, que a menstruação sai pela matriz, sob a forma de sangue cru e liquefeito.

    Em terceiro, pergunta-se porque é que o fluxo de sangue, que não é senão o supérfluo dos alimentos se dá nas mulheres e não nos homens, cujo esperma se forma da mesma maneira: a isso deve responder-se que é por a mulher ser, pela sua natureza, fria e úmida: e que o homem, pelo contrário, é quente e seco. E como o natural da água é o correr, segundo os filósofos, o úmido que está nas mulheres assemelha-se à água, e o dos homens ao ar, por causa do calor natural que o agita continuamente. E porque a natureza nada faz de inútil e em vão, como as mulheres têm muito menos calor do que os homens, e como nem todos os alimentos que tomam se podem transformar em carne, a natureza, que tudo faz pelo melhor, só retém o que lhes é necessário e remete o supérfluo para o local onde se conservam os mênstruos. Não convém alargarmo-nos mais sobre esta matéria para não dizermos mais do que o assunto requer.

    Pergunta-se, em quarto lugar, como é possível que uma mulher ejacule quando está em ação com um homem; depois de termos dito que, desde que ela concebeu, a semente está de tal modo encerrada na matriz que já não pode sair, sendo assim, como é possível que ela ejacule nesse momento? Responde-se, em primeiro lugar, que, quando uma mulher concebe, os mênstruos não estão tão retidos na matriz que o feto, que está no seu ventre, não tire dela o seu alimento; e, em segundo lugar, diz-se que a mulher participa nessa cópula amorosa pelo prazer que sente, porque o pênis do homem, que está na matriz, afagando os nervos e as veias que lá se encontram, faz com que a matriz se dilate e ejacule, e esta ação é natural em relação ao coito, que é também natural, embora seja contrário aos fluxos da menstruação. Além disso, forma-se todos os dias uma nova matéria dos alimentos ingeridos que só serve para o coito. É o que explica não haver qualquer dúvida de que as mulheres grávidas são mais amorosas que as outras; visto o desejo não provir senão de uma abundância de matéria supérflua dos alimentos, e como os mênstruos são retidos e todos os dias se formam novamente, estando a matriz aquecida por esta abundância de matéria, segue-se, por conseqüência, que as mulheres grávidas, por terem mais calor do que as outras desejam também o coito com mais ardor.

    CAPÍTULO II

    DE QUE MANEIRA SE FORMA O FETO

    Tendo acabado o capítulo precedente, vem a propósito mostrar como se forma o feto. A primeira matéria concebida pela matriz, durante seis dias, assemelha-se a leite; e o que contribui mais para lhe dar esta cor é o calor natural que sai do esperma do homem, junto com o da matriz da mulher; de tal maneira que esta matéria, por meio desse calor, se torna branca como o leite; depois, no espaço de nove dias, muda e adquire a cor de um sangue espesso e bem cozido; após o que, em doze dias, os membros do feto se consolidam e se juntam.

    Deve, contudo, notar-se, segundo os filósofos, que cada indivíduo se compõe de quatro elementos, de maneira que a matéria terrestre serve para a composição dos ossos. Do mesmo modo que a matéria aquosa contribui para a que lhe convém, e assim por diante. Depois a natureza, em dezoito dias, cuida de formar o rosto e dar ao feto o seu comprimento, a sua largura e a sua altura, e depois desse tempo o feto, até a saída do ventre da mãe, adquire cada vez mais novas forças. Saliente-se, contudo, que o feto de uma mulher se forma em quatorze dias. Tudo o que se acaba de dizer, com muitas palavras e um longo discurso, encerra-se nestes quatro versos: Por seis dias com o leite se parece à servente E após nove dias do sangue toma a cor; em doze os membros se unem todos juntamente em dezoito o homem se jaz e toma então vigor.

    Há quem imagine que um dos planetas domina todas as horas do tempo, e visto essa ciência servir muito à compreensão do que se trata neste livro e para que se não creia que o esqueci por ignorância, direi alguma coisa a esse respeito.

    Importa saber, como diz Avicena, que há três espécies de acidentes: uns seguem a distribuição da matéria e são-lhe atribuídos; outros estão na forma; outros, enfim, residem na forma e na matéria conjuntamente, e como este composto material e formal é natural, os acidentes que aí se encontram dividem-se em três categorias.

    Há também acidentes respeitantes à alma, como o poder de ir e de se mover; e, se seguirmos a opinião de alguns, que escreveram sabiamente sobre a natureza, temos de reconhecer que todas as potências da alma, estando encerradas no corpo, lhe vêm de corpos superiores e celestes. Com efeito, pela sua influência, o primeiro móbil, que encerra, pelo seu movimento diário, todas as esferas inferiores, comunica à matéria a virtude de existir e de se mover: o globo das estrelas fixas não só dá ao feto o poder de se distinguir consoante essas diferentes figuras e acidentes, mas comunica-lhe também o poder de se diferenciar, segundo as várias influências desse globo. A esfera de Saturno, a dar crédito aos astrônomos, está imediatamente depois do firmamento; e a alma recebe desse planeta o discernimento e a razão; a seguir está a de Júpiter, que dá à alma a generosidade e diversas outras paixões; Marte comunica-lhe o ódio, a cólera e muitas outras; o Sol comunica-lhe a ciência e a memória; Vênus, os movimentos da concupiscência; Mercúrio, a alegria e o prazer; a Lua, enfim, que é a origem de todas as virtudes naturais, fortifica-a. Embora todas as coisas provenham da alma e esta as tenha recebido de diversas partes dos corpos celestes, são-lhe, contudo atribuídas, e também a todo o corpo, visto um simples acidente não ser suficiente para as sustentar a todas.

    Agora, em relação ao corpo, que é criado e formado do embrião pelos efeitos e operações das estrelas a que chamam planetas, deve observar-se, em primeiro lugar, que a matriz do homem que deve ser engendrado, por estar tomada e dominada pela frialdade e secura de Saturno, recebe deste planeta uma virtude fortificante e vegetativa com um movimento natural; e é por isso que os médicos dizem que se atribui a Saturno a queda do esperma.

    Deste arrazoado nasce uma dúvida: saber se Saturno preside à concepção de todos os embriões; acerca disto observa-se que a matéria-prima depende dos corpos celestes e dos seus movimentos, e foi isso que levou os filósofos a dizer que tudo o que é inferior está sujeito ao que lhe é superior e regula-se pelo seu movimento. Suposto isto, é necessário que todos os seres inferiores cá de baixo dependam, universalmente e em particular, dos de todo o corpo celeste, visto nenhum elemento poder ser criado sem a participação e influência deles. É por esta razão que o comentador afirma que a natureza não age nem faz nada sem a direção das inteligências superiores. Todavia, são os astros que particularmente concorrem com os seres terrestres; por exemplo, este planeta tem a propriedade de produzir uma certa forma, determinada e especial, aquele outro planeta uma outra forma diferente; o que concorda com a opinião do comentador, que sustenta, no seu Primeiro Livro da Geração e da Corrupção, que todos os corpos inferiores são regulados e conservados pelo movimento alternado dos celestes e dos elementos que habitualmente entram na composição dos mistos. Acrescenta que os animais dependem inteiramente dos planetas que os determinam e lhes dão o ser que devem ter: de modo que todos os corpos inferiores, tanto particular como universalmente, recebem as influências daqueles que lhes são superiores. Se tudo o que é criado depende e está sujeito aos corpos celestes, necessário é que algum planeta lhe dê a forma de uma espécie determinada, porque, se recebesse uma forma genérica do conjunto do corpo celeste, não poderia ser senão esta ou aquela forma indiferentemente, porque o motivo que o obrigaria a dar certa forma constrangê-lo-ia, por outro lado, a dar-lhe outras (pois que todas as formas são indiferentes no primeiro motor, como assegura o comentador) e, por conseguinte, estando um corpo disposto pelo primeiro motor, é necessário que receba, pela influência de algum planeta particular, a disposição para certa forma ou espécie, visto uma causa física não bastar, mesmo com a influência comum dos corpos superiores. Isto é claro, indubitável, porque, se a semente que entrou na matriz conserva o mesmo poder que tinha antes de lá estar e se este poder é regulado indiferentemente pelos corpos celestes, aconteceria que essa matéria, em vez de receber a forma que deveria ter, teria uma outra, que lhe seria naturalmente contrária. É o raciocínio de Aristóteles no seu Segundo Livro da Geração e da Corrupção, onde diz que, ao levantar do Sol, os animais estão cheios de vida e que, quando se deitam, se tornam lânguidos. O que faz ver que todas as criaturas, depois de terem sido preparadas e dispostas pela primeira inteligência, têm ainda necessidade das influências especiais de algum signo celeste que lhes imprima uma forma particular.

    Desta maneira, vê-se que há em Saturno dois poderes: um, de preparar a matéria em geral, e outro de lhe dar certa forma particular. Mas porque se diz que Saturno domina sempre na concepção do embrião, isso se entende apenas no sentido de que comunica uma determinada disposição, que outra parte celeste não pode comunicar-lhe. Assim, se Saturno não reina em certas horas do dia ou da noite e cessam as suas influências durante esse tempo, é porque outro planeta ou estrela influi outra forma que é contrária a Saturno, ou porque os ativos só agem sobre um sujeito bem preparado. Se alguém perguntar donde vem que todas as coisas estejam assim dispostas, pode e deve responder-se que Deus o ordenou desta maneira, e que regula e governa tudo soberanamente e atribui a cada coisa uma virtude própria, na medida em que a sua natureza o requer.

    Depois de se ter dito que, durante o primeiro mês, Saturno domina na concepção do embrião, tem-se que Júpiter ocupa o seu lugar no segundo, e, por um favor especial e uma virtude que é singular, dispõe a matéria a tomar e a receber os membros que deve ter. Além disso, reforça, com o seu calor maravilhoso, a matéria do feto e umedece todas as partes que haviam sido dessecadas por Saturno, no primeiro mês. Durante o terceiro, Marte, com o seu calor, faz a cabeça, depois distingue todos os membros uns dos outros; por exemplo: separa o pescoço dos braços, os braços dos flancos e assim por diante.

    O Sol, que domina no quarto mês, imprime as diferentes formas do feto, cria o coração e imprime o movimento à alma sensitiva, a acreditarmos nos médicos e em alguns astrônomos; mas Aristóteles é doutra opinião, e defende que o coração é engendrado antes de todas as outras partes e que é dele que estas saem. Outros, querendo ir além, dizem que

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