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Um Anjo Em Minha Vida
Um Anjo Em Minha Vida
Um Anjo Em Minha Vida
E-book107 páginas1 hora

Um Anjo Em Minha Vida

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Sobre este e-book

Um acidente.. Um sobrevivente. Uma missão. A humanidade precisa parar de ser refém da história e aprender a reconstruir um novo tempo. Enquanto não fizerem isso vão vivendo apenas na superficialidade da existência. A humanidade precisa passar por um processo de reumanização, e entender o grande conflito que está inserida, onde os anjos são agentes auxiliadores dessa tarefa. Um magnata ateu fica em coma após um acidente. Durante seu estado de inconsciência, um arroubamento lhe leva a ter um encontro com uma figura mais que humana, fazendo-lhe refletir sobre a vida, e trazendo as mais complexas respostas dos questionamentos humanos: Um diálogo que envolve a discussão de todos os propósitos da vida. Uma discussão filosófica sobre a existência, onde os grandes questionamentos da vida são respondidos. Um passeio pelo conceito de religiosidade e de responsabilidade social e familiar que acaba com um surpreendente final.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento1 de nov. de 2016
Um Anjo Em Minha Vida

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    Um Anjo Em Minha Vida - Pedro Oliveira

    UM ANJO EM MINHA VIDA

    uma história sobre a essência da vida

    Pedro Oliveira

    Capitulo 1

    Para quem vive uma vida em cinza e sem flores, ali era o melhor lugar para viver uma vida em cores.

    Numa linda e iluminada tarde, convencionado na calmaria daquele bosque, senti-me presenteado pela própria natureza: O sol da primavera, com seus raios multicores, banhava as lindas árvores floridas. As folhas embalavam suas belezas sobre a regência do frio e calmo vento. As flores, com suas essências me faziam transportar do meu tenebroso estado de doente solitário, para um percussor da existência, que embora mortal, deliciava-se com o aroma da vida. Todo aquele clima favorecia uma floração primaveril nos meus sentidos e nos meus sentimentos. Contudo, um grito ecoante e insistente me perturbava. Eram os estridentes apelos do meu âmago, na tentativa de me despertar do meu mórbido sono existencial. Era um verdadeiro conflito, pois meu instinto para julgar as coisas ainda via tudo pela janela do pessimismo e negativismo. Sentindo que todos os meus horizontes eram limitados - uma traidora limitação da consciência- minha franca indagação era: - Para onde caminha a humanidade? Qual é o sentido da vida? Onde encontrar propósito satisfatório nessa existência? De onde vem meu potencial para realização daquilo que considero significativo e duradouro? Será que tudo é realmente significativo e duradouro? Para onde devemos dirigir nossas esperanças, uma vez que só vemos nos homens, camuflados pela religião, um tipo de aspiração às honras e à consideração, tentando ser superior a humanidade pela força? Por que um sonho se torna um fardo sempre que sonhamos com o melhor para nós, para nossa satisfação? Seria porque é com veemente desejo que queremos a realização deles? Por que, geralmente, quando fazemos algo prescrito a esse fim, se faz necessário que o desejo do outro seja sucumbido? Isso acaba gerando antipatia e enchendo o mundo de ódio. Por isso que o ódio que se tem de alguém, nada mais é que o amor pelo que ele tem de melhor.  E isso se deve ao fato de vivermos em um labirinto de desejos. E porque nossos desejos são tão diferentes? Talvez se considerarmos o universo de forma totalmente diversa, concluiremos que essa seja a origem que nos torna diferentes: nossos interesses. Isso é efetivamente real, mas a única realidade que se percebe, nessa circunstância, é a realidade dos instintos egoístas e interesseiros.

    Embora se saiba que a igualdade do gênero humano é uma exigência da própria natureza, infelizmente, nessa atividade existencial, podemos ver o estremo contraste, onde a alegria de uns se torna embaraço e descontentamento para outros; Porque enquanto uns morrem de fome, outros morrem por comer demais!

    Embora, conciso de mim, não me detenho a entrar nesse jogo.  Jogo! Será esse o nome que se dá para essa competição predatória em que a humanidade se enreda? Será que seja pelo fato de a vida ser um jogo, que existe tanta competitividade? Pois num jogo o interesse é sempre singular. Mas, se a vida é um jogo, quem dita as regras? Deus? Qual o propósito desse jogo? Qual seu prêmio?  Os haveres? Quem sabe as fortunas! As pessoas anseiam por fortunas porque sabem que são elas que governam o mundo. E se este é o poder que governa o mundo, devemos lutar contra este poder. E a única forma, acredito, é renunciando quase tudo que tem valor para os homens, caso contrário, estaremos sempre vencidos e presos pelas correntes habituais deste decadente existencialismo. Por isso me reduzo a pensar se seria possível se negar a jogar sem sofrer a morte. 

    Após minhas intrínsecas considerações, senti que minhas conjecturas nada mais eram que pobres súditas do império do meu preconceito. Porque embora meus pensamentos conscientes incluíssem atividades instintivas, que projetavam perspectivas momentâneas, sentia que meus instintos seguiam uma rota traçada e definida.

    Nisso percebi que, não existe nada mais tolo e insano que carregar um fardo quando se quer se livrar dele.

    Nossa! Sei que nenhuma convicção é critério para verdade, mas porque se credita tanta confiança na religião? Pois o que se chama de religião – a esperança do mundo -  para mim, não passa de um véu para esconder a corrupção do homem. Empregaram erroneamente noções moralistas, criando essa ficção dualista de um Deus bom e um deus mau, o princípio do bem e do mal. Acredito ser esse o único planeta que vive sob o julgo da religião. A inteligência humana se limitou definição do certo e o errado.

    O certo e o errado, castigo e salvação: este é o caminho que mapeia o segmento da vida na terra. Talvez seja por isso que pessoas tentam entrar na linha: o medo do castigo eterno.  Considero isso uma fraqueza humana! Quanta inocência! O mundo está intoxicado pelas noções corrompidas de Deus! Fincaram a bandeira da ordem moral do mundo como a vontade de Deus, onde o valor de um indivíduo é medido pelo grau de obediência a essa vontade, como se isso determinasse a direção e o porquê do homem. Quanta discrepância! Será que ninguém consegue ver que algo assim é uma conduta contrária ao ideal da humanidade? Essa soberba agressiva apenas nos prova com clareza, esse egoísmo impetuoso: os homens vivem cheios de sentimentos de posse. E quando olham para um ser humano, vêem em cada um, uma oportunidade de nova posse.

    Portanto, quando sondo minha consciência, percebo a mesma dificuldade e a mesma incapacidade: não consigo ter nenhum sentimento de devoção. E porque deveria sentir? Não posso aceitar esse conceito, onde a maioria das pessoas vive uma mediocridade. Acredito que estou, conscientemente, projetando meu destino. Acredito que meus pensamentos são quem afetam diretamente minha realidade, e não a interferência de Deus. Já que o Soberano exige obediência, porque não interpõe sua autoridade para inibir toda essa degradação, onde os valores humanos estão se dissolvendo como neve?

    Eivado com minhas conjecturas, ocorreu instintivamente uma incitação alheia a minha razão e confrontei-me:

    Portanto, se Deus está de fato vendo, agora, o que estou fazendo, o que estou pensando, e se há um aspecto espiritual em mim, porque então não me dá um sinal hoje de que está prestando atenção em minha vida? E que faça de uma forma inesperada para que me surpreenda com a minha capacidade de poder vivenciar esse momento. Contudo, que  faça de forma que eu não duvide que elas vieram  dEle.

    Capitulo 2

    Ali estava eu, nessa dura e melancólica discussão existencial, quando percebi uma aproximação. Com passos cadenciados e compassados, um homem, de porte majestoso se aproxima, e educadamente me cumprimenta:

    -Boa tarde!

    - Boa tarde!  Respondi.

    E ele amavelmente prossegue: - A vida sempre nos ordena a seguir em frente, não é verdade? E sempre, a cada passo, novas fronteiras são abertas, dando lugar aos sonhos, você não acha?

    Suas eloquentes palavras conseguiram me impressionar, porém respondi desdenhosamente:

    - Numa ou outra ocasião, acredito!

    Imediatamente ele retrucou:

    - Porque zombas da vida?

    - Não estou zombando, só não quero confrontar seu pensamento! E porque zombaria da vida?

    - Oh! meu jovem devaneador! Porque não pensas de forma positiva, já que muitas vezes uma forte crença se torna uma verdade?

    - Porque deveria pensar assim?  Ironizei.

    - Porque o mundo precisa ser encarado assim.

    - Para mim só consigo encarar o mundo como tempo e espaço, forma e movimento... E que inclusive, nem me parece estar em harmonia.

    - Acho que você esqueceu algo!

    – o que?  Perguntei Imediatamente.

    -O brilho e a cor!  Respondeu serenamente e continuou:

    - Pois se existe alguma cor nele somos nós que o colorimos, e se existe algum brilho é porque somos a luz.

    Não sei se estaria disposto a me submeter àquela fria dialética, mas um íntimo desejo me motivou a envolver-me no diálogo, e resolvi conferir alguma importância às suas palavras.

    Então, já com as minhas perspectivas invertidas, todavia ainda irônico, indaguei:

    - Acredito que seja necessário ter uma visão universal da vida, você não acha?.

    - Não se pode julgar uma coisa ou algo, simplesmente apenas com um sim ou com um não, concorda?

    -Mas por quê? Perguntei ainda em tom de ironia.

    - Uma simplória afirmação ou negação, em uma apreciação, sempre produz a vagueza, e a

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