Obsolescência Poética

De Thúlio Phelipe

Eu um dia me prometi algo. Disse que teria numa estante um livro meu, escrevia há anos, tinha medo, receio, vergonha de tudo que saia como palavra dos choros de minha alma. Além disto, prometi que a cada ano, em cinco anos, lançaria um livro. Esta obra chega para fechar este ciclo de promessas. Talvez não de maneira definitiva, mas, com satisfação. Muita coisa foi conseguida, muito foi conquistado. Agradeço a todos que fizeram parte destas promessas, destes desejos, destes sonhos.

• Idioma: Português
• Editora: Clube de Autores
• Data de lançamento: 7 de fev. de 2017

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THULIO PHELIPE

OBSOLESCÊNCIA

POÉTICA

1ª edição

João Pessoa

Thulio Phelipe Andrade do Nascimento

2017

[ 2 ]

Da completude..................................................................7

Assumindo a desistência.................................................9

Seletividade romântica..................................................12

Vê a semente que cresceu na sua mente....................16

Dos espíritos zombeteiros.............................................17

Menino Jesus................................................................18

Minha oração a Iansã/Oyá/Santa Bárbara....................20

Neofilia...........................................................................21

Sou trovador sem trova.................................................22

O amor que desmata.....................................................23

A beleza da intangibilidade...........................................24

Falta-me a bondade necessária....................................25

Amar o amor amado......................................................26

Em frente e ao escuro...................................................29

Queime enquanto lê (ler)...............................................30

Nenhum pra lá, nenhum pra cá.....................................32

Seu Talento...................................................................33

Something.....................................................................36

E a vela apaga...............................................................38

Constante Força Anacrônica.........................................41

Aokigahara....................................................................42

A diferença que um S faz...........................................43

Inconstância sensorial...................................................44

Ninfas............................................................................45

Prelúdio......................................................................45

I...................................................................................46

II..................................................................................47

III.................................................................................48

IV................................................................................49

V.................................................................................50

VI................................................................................51

[ 3 ]

VII...............................................................................52

VIII..............................................................................53

IX................................................................................54

X.................................................................................55

XI................................................................................56

XII...............................................................................57

Esqueça o que te aquece..............................................58

Livre do fim....................................................................60

Sobre coisa qualquer....................................................62

Hey, docinho!.................................................................63

Catetos românticos.......................................................65

Pulse..............................................................................67

Vi(ven)cia.......................................................................69

Necrofilia Reversa.........................................................70

Amor e engodo..............................................................71

Chore Anput..................................................................74

Estrito Estructo..............................................................77

Vestido sem vestir.........................................................78

Leia em algum futuro.....................................................79

Somente uma parte.......................................................81

Amor em fitoterapia.......................................................82

Pés descalços...............................................................83

Por ela...........................................................................84

Das quebras..................................................................86

Obsolescência Poética..................................................87

Amar é se doar..............................................................89

[ 4 ]

A vida pede que sonhemos tão forte que enganemos a própria realidade. Dedico este livro a todos os

sonhadores.

Obsolescência Poética, por Thulio Phelipe

[ 6 ]

Obsolescência Poética, por Thulio Phelipe Da completude

Eu um dia me prometi algo. Disse que teria numa estante um livro meu, escrevia há anos, tinha medo, receio, vergonha de tudo que saia como palavra dos choros de minha alma. Além disto, prometi que a cada ano, em cinco anos, lançaria um livro. Esta obra chega para fechar este ciclo de promessas. Talvez não de maneira definitiva, mas com satisfação. Muita coisa foi conseguida, muito foi conquistado. Agradeço a todos que fizeram parte destas promessas, destes desejos, destes sonhos.

[ 7 ]

Obsolescência Poética, por Thulio Phelipe

[ 8 ]

Obsolescência Poética, por Thulio Phelipe Assumindo a desistência

De tudo que queria te dizer

Vou dizer sem te falar

Não fui forte o bastante para o nós

Não sou forte o bastante para o eu

Viverei com o coração em insônia

Com a mente em metástase

Com o espírito em depreciação

E com a alma em frangalhos

Meu corpo sabe que não é bem-vindo

Ele não pode ser, não o pertence

A ti foram dadas as melhores lembranças

Única coisa boa que te resta

Preciso ficar sozinho agora

Preciso entender tudo que acontece

Preciso reconstruir a futura destruição

Preciso tentar acertar agora

A transformação nos atos se inicia

Em breve moldarás seus desejos

Modificarás o que era o seu sentir

E deturparás tudo que lhe deu esperança

É preciso aceitar o fracasso

Tocar fogo no lixo que sentisses

E inalar aquela bela fumaça preta

Que entra queimando dentro de ti

[ 9 ]

Obsolescência Poética, por Thulio Phelipe Pois por mais que faças bem a alguém

Nunca entenderão o seu mudar de peles

Atrasarão todas as suas expectativas

E exortarão algo que não é mais você

Preciso abraçar forte a solidão

Parar de ver olhos lacrimejantes

Ouvir vozes de murmúrio

Ouvir amores em forma de tragédia

Não nasci para este padrão de vida

Nasci para abrir olhos fechados

Fechar olhos que estavam abertos

E tirar remela dos dorminhocos

Nasci para remover peles antigas

Vestir peles recém-trocadas

Olhar as flores