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Cru
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E-book82 páginas20 minutos

Cru

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Sobre este e-book

Cru é o livro de estreia do autor Felipe Santiago, jovem catarinense que vê sua poesia como obra em desenvolvimento, aquela que nasce do impulso, do desejo, capaz de traçar parâmetros e trajetórias sem muita pressa, sem grandes pretensões. São poemas que brotam da crueza bruta e selvagem do olhar novo, onde suas observações do mundo, os sentimentos e as reflexões filosóficas convivem de forma espontânea e simples, mesmo quando os versos, vez ou outra, compõem um soneto. A paixão, a raiva, o amor e as indagações metafísicas do indivíduo emergem de um fazer poético que se questiona frequentemente, lançando mão da metalinguagem e do diálogo com o leitor. Trata-se de um rebento de juventude, fúria e inquietudes humanas.
  
SOBRE O AUTOR
Felipe Santiago, nascido em 2001, na cidade de Maravilha, interior de Santa Catarina, é músico, fotógrafo e estudante de Filosofia na Universidade de São Paulo (USP). Participou da antologia Poesia Libertadora, da Absurtos Editora, e agora publica seu primeiro livro.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento8 de dez. de 2020
ISBN9786586410075
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    Cru - Felipe Santiago

    A Claudete, Joscelia,

    Olise, Andrea e Alencar,

    que, através das palavras,

    mudaram a minha vida.

    Se tens um coração

    de ferro, bom proveito.

    O meu, fizeram-no de carne,

    e sangra todo dia

    José Saramago

    Dinamietzsche

    Sou poeta nato

    Sou do seio da mata donde vem o papel

    Já fui filho da dor e da angústia

    Hoje sou a alegria e o fel

    Sou o poema que não se lê

    Sou o deus que não está morto

    Não vim te dar prazer

    Eu vim causar desconforto

    Leia-me!, se tiver coragem

    Abra os olhos ao mundo e note!

    Que tudo é só uma miragem

    Pronto para qualquer injúria?

    Para ir em frente, seja forte

    Pois sou explosão e fúria

    Animal

    Anti-humano

    Não vejo, não vejo

    E por que tenho que tudo ver?

    Tudo saber

    Tudo poder

    Se fôssemos para sempre

    Ser menos não seria problema

    Não ser tanto também não

    Somos antigos

    arcaicos

    Vivemos na savana

    Somos finitos, limitados

    quem podemos ser

    O anti-humano que cá grita

    enciclopédia quer ser

    O olho que tudo vê

    Mas ele está em mim

    não pode ser mais que eu

    Ele quer não ter medo

    medo eu tenho 

    Ele quer tudo poder

    posso muito pouco

    E para sempre

    não sou eterno

    Sistemas, relógios

    Todos estão à frente

    Eternos, modernos

    Amanhã já fiquei para trás

    A não ser que eu seja

    A não ser que eu possa

    Ei, Anti-humano!

    Você me é?

    Ou eu sou você?

    Cessou o grito

    O Anti-humano

    O eterno

    Viu que

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