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Paleosuperfícies De Erosão Na Serra Do Mar Do Paraná
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Paleosuperfícies De Erosão Na Serra Do Mar Do Paraná
E-book69 páginas38 minutos

Paleosuperfícies De Erosão Na Serra Do Mar Do Paraná

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Sobre este e-book

Em Paleosuperfícies de Erosão na Serra do Mar do Paraná, o geógrafo e montanhista Pedro Hauck faz uma revisão de literatura a respeito da evolução de superfícies de erosão. Apesar de ser uma topografia totalmente oposta à das montanhas, na Serra do Mar, a maior cadeia montanhosa do Brasil, que se extende de Santa Catarina até o Rio de Janeiro, há no meio do relevo montanhoso superfícies planas conformando “ombreiras” e cumes com coincidências topográficas. Estas formas de relevo são remanescentes de um paleo relevo que dominou as paisagens no passado, numa fase anterior à origem do relevo montanhoso. No entanto, apesar de haver estas topografia antigas na Serra do Mar, as montanhas brasileiras não são antigas, sendo esta uma das contribuições de Hauck ao conhecimento geomorfológico das montanhas brasileiras.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento14 de out. de 2017
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    Paleosuperfícies De Erosão Na Serra Do Mar Do Paraná - Pedro Hauck

    INTRODUÇÃO

    Na curta história das geociências, o estudo de superfícies assumiu um papel de destaque. Há um pouco mais que 150 anos, quando da ascensão da Geomorfologia moderna como disciplina que estuda as formas terrestres, o relevo das superfícies deixou de ser apenas objeto a ser descrito e passou a ser visto como resultado de diversas dinâmicas de natureza que elaboraram ao longo do tempo as paisagens terrestres. O estudo deste objeto apresentou diversos desafios que resultaram em uma grande evolução paradigmática e epistemológica na história do pensamento das Geociências (BAKER & TWIDALE 1991).

    Para compreender esta afirmação, é necessário buscar o conceito de superfície de erosão, quais fenômenos resultam na elaboração de uma superfície, entender quais topografias ela representa e a história dos estudos deste objeto, bem como o significado destes estudos para a evolução paradigmática das Ciências da Terra.

    O estudo das superfícies e em especial das paleosuperfícies no Brasil foi o objeto de muitas pesquisas científicas e atribui-se a elas um papel de grande importância na macro compartimentação do relevo brasileiro (KING 1956).

    No Estado do Paraná, não foi diferente com estudos que se remetem dos anos 1960 levados a cabo principalmente por Bigarella, Ab’Sáber e Salamuni, foi dado à estas formas de relevo um papel importante na história da evolução do relevo regional.

    Mais recentemente, em pesquisas levadas a cabo principalmente por alunos dos programas de Pós de Graduação em Geologia e Geografia da UFPR, o estudo destas formas de relevo foi retomado, sendo notada a importância de eventos recentes de tectonismo do Cenozóico, tanto na elaboração do relevo, quanto na movimentação das superfícies mais antigas (NASCIMENTO 2013).

    Neste trabalho tenho como objetivo resgatar conhecimentos sobre este importante objeto de estudos das geociências, bem como observar o estado da arte deste assunto que é considerado por muitos como o capítulo final da história geológica, tendo como enfoque um dos mais importantes compartimentos da paisagem do Estado do Paraná, a Serra do Mar.

    SUPERFÍCIE DE EROSÃO: CONCEITOS E FORMAS DE RELEVO

    A palavra superfície é cheia de significados na língua portuguesa, sendo utilizadas para definir, de acordo com o dicionário Michaelis (Weiszflog 2007):

    1. Extensão expressa em duas dimensões: comprimento e largura. 2. A parte exterior ou face dos corpos. 3. Geometria O que circunscreve os corpos; os limites de um corpo; o comprimento e a largura considerados sem profundidade; extensão da face ou do conjunto das faces que limitam um corpo; extensão de uma área limitada.

    Na Geomorfologia, a palavra superfície usada isoladamente tem a mesma conotação da utilizada pelo senso comum, com a substituição do objeto corpo por terra, sendo utilizada sem nenhuma conotação para uma forma de relevo e muito menos a processos naturais que elaboram paisagem, ou seja, sem uma conotação genética.

    Já superfície de erosão é uma categoria importante na Geomorfologia, tendo atrelada à ela diversos processos e uma história evolutiva, ou seja, uma superfície de erosão não é uma simples forma topográfica. Para Guerra & Guerra (2008 p. 591), o conceito de superfície de erosão é o mesmo de superfície de aplainamento. De acordo com os autores, uma superfície de erosão é uma área do relevo com estruturas diversas, aplainada ou cortada de modo indiferente pela erosão, dando uma forma topográfica

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