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O Viajante Em Busca Do Novo Mundo
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O Viajante Em Busca Do Novo Mundo
E-book163 páginas2 horas

O Viajante Em Busca Do Novo Mundo

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Sobre este e-book

O material literário é um clamor profético à margem do caminho da vida onde transita, sem destino certo, uma humanidade enferma, despercebida, indiferente, desinformada. Estamos encaminhando o homem cego e surdo ao Hospital de Deus. Restauradas sua visão e audição espirituais ele descobrirá o que originalmente foi, em que se tornou e o que poderá ser. Desta forma o autor, apresenta o homem e sua trajetória no tempo e espaço, seu status original de Rei da Terra - sua queda e a luta para reconquista do Paraíso Perdido.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento10 de jan. de 2017
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    Pré-visualização do livro

    O Viajante Em Busca Do Novo Mundo - Eli Dias De Melo

    P R E F Á C I O

    Conheço o pastor Eli Dias de Melo há mais de 40 anos. Ele tem sido um amigo, um companheiro. Foi ele o orador da minha turma em 1970, quando me formei no Seminário Teológico Evangélico Bíblico, o STEB. Desde então temos experimentado a graça de, em muitos momentos, estar juntos e comungarmos das verdades da Palavra de Deus, de sonhos, experiências; mas acima de tudo, de uma paixão de poder servir ao Senhor, de honrá-lo e trazer alegria a Seu coração. Deus dotou o Pastor Eli de um maravilhoso dom: escrever, como poucos, de modo convincente e elegante. Ele consegue, de maneira prática, expressar aqueles sentimentos tão profundos de sua alma, resultado de suas experiências, comunhão com Deus e revelações que ele tem recebido. Eli Dias de Melo tem uma bagagem intelectual, um tesouro tão grande, fruto não apenas de leitura, mas de muito esforço, de uma caminhada marcada por uma vontade mui grande de trazer, realmente, honra e glória ao Senhor.

    Eu reconheço que o livro O VIAJANTE EM BUSCA DO NOVO MUNDO pode ser comparado, em certo sentido, com O Peregrino, de John Bunyan, considerado a obra mais lida depois da Bíblia. O VIAJANTE EM BUSCA DO NOVO MUNDO, mais que uma alegoria, traz princípios e verdades. Algumas delas inquietantes e até mesmo revolucionárias.

    Creio que aqueles que, como você, tiverem a oportunidade de ler esse livro, serão não apenas desafiados a questionamentos e avaliações; mas acima de tudo, a uma tomada de posição, a considerarem e provarem a própria fé. Quantas vezes nós nos perdemos em princípios aparentemente simples demais, quando podemos aprofundar-nos, de um modo tão glorioso, nessas verdades basilares da nossa fé. Reconhecemos que a cada dia Deus sempre tem algo glorioso para nós. Pode parecer uma revelação nova. Mas não existe nada novo. Todos os princípios já estão na Sagrada Palavra de Deus. Mas há um momento quando aquilo se transforma em realidade para a nossa vida. Todos nós vamos fazer essa caminhada agora com o pastor Eli, como viajantes em busca do novo mundo, que nada mais é que um relacionamento mais glorioso, mais profundo com o próprio Senhor Jesus. Nessa caminhada, o mapa pode estar, algumas vezes, apontando para uma direção, mas com esse GPS, por assim dizer, o nosso coração poderá experimentar mais e mais daquilo que Deus tem para todos nós. Esse livro traz fundamentos históricos basilares e sei que ele será um referencial. Alguns podem alimentar algum tipo de questionamento. Mas a sinceridade e a disposição do coração do pastor Eli buscam apenas fazer o melhor para trazer à tona verdades que podem incomodar. E muitas vezes a verdade dói, machuca, faz-nos tomar novas posições e questionar, talvez, algumas doutrinas tão abraçadas por todos, mas fragilizadas na prática.

    A verdade traz uma inquietação muito grande. Por isso, aquelas palavras do Senhor Jesus, em João 8.32, continuam tão vivas para nós: E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará. Essa é a verdade que você vai experimentar nesse livro: uma liberdade que vai trazer luz e compreensão de que o que vale na vida é seguir o Senhor. Então prepare-se para a aventura mais fascinante que você vai experimentar. Dê a mão a esse viajante e vá, de uma forma tão bonita, em busca do Novo Mundo.

    Pastor Márcio Roberto Vieira Valadão

    Pastor-Presidente da Igreja Batista da Lagoinha, em Belo Horizonte, Minas Gerais.

    ANTES DO EMBARQUE,

    UM MINUTO DE SUA ATENÇÃO!

    Autocrítica é, para quem é avesso ao narcisismo, sempre cruel. A Palavra Revelada é nossa inspiração, imunização e proteção.

    Ademais, não abro mão de meu Equipamento de Sobre

    Apesar de concordarmos 100% naquilo que é fundamental à Fé Cristã, durante a leitura destas páginas, pode parecer-lhe que eu esteja dinamitando alguns de seus paradigmas. Polêmica não é meu objetivo e nem minha intenção.

    Empenhei-me em produzir um texto misto.

    Primeiro - Uma abordagem comum à maioria dos fiéis, numa hermenêutica comprovadamente canônica. Falei do Pai, do Filho, do Espírito, do Reino, do Império do Mal...

    Segundo – Alguns temas que pudessem estimular a controvérsia, preferi focá-los através de metáforas. Ficção. Literatura.

    Ministrando aulas de comunicação a estudantes de teologia, constatei que a imensa maioria não conhecia os clássicos da literatura. Comunicadores evangélicos! Frustrante! Sem ler, como formar pensamento crítico? Muitos tentam superar a pobreza intelectual com plágios de frases de efeito e clichês. Para os tais, a literatura evangélica tem que ser bitolada. Os pretensos apologistas da fé dispensam a argumentação bem fundamentada, a piedade, a ética. Afinal, para uma clientela desinformada, basta o grito da mídia. Repetições de versículos especiais para clientela e ambiente especiais. Não seria a versão protestante do catecismo ou rosário?

    Um tema bíblico, abordado em forma de ficção, cheira, para alguns, a heresia e irreverência. Mas a ficção foi usada por renomados cristãos, ao longo da História da Igreja, para transmitir, com eficácia, as verdades de Deus. Entre tantos, citamos apenas três exemplos: John Bunyan e sua obra-prima, O Peregrino; C.S. Lewis e As Crônicas de Nárnia. E, dentro de nossas fronteiras luso-afro-tupiniquim, um contemporâneo, Augusto Cury, com o best-seller O Vendedor de Sonhos. Um discurso atual, relevante. Uma contestação pacífica de um sistema humanístico desidratado do sobrenatural de Deus. Uma bomba arremessada contra uma sociedade injusta e cruel.

    Sou um idealista. Um sonhador. Um romântico. Acredito no poder transformador da palavra inspirada pelo céu. Que diz O Livro? "Pois a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais cortante do

    que qualquer espada de dois gumes, e penetra até ao ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração" (Hb 4.12).

    Se, após a leitura deste livro, você sentir-se mais sedento e faminto das realidades de Deus, eu me darei por recompensado. Mas, se sua reação for do tipo: Ele disse tão pouco de temas tão importantes! Eu posso fazer melhor!... Valeu a pena!

    Espero encontrar você aqui, nalgum lugar. Ou, do outro lado, na Casa do Nosso Pai.

    Boa viagem!

    O Autor

    PREÂMBULO

    S.O.S! Se alguém estiver nos ouvindo, em algum lugar do universo, por favor, responda! Precisamos de socorro! Ondas gigantescas ameaçam varrer a face do nosso planeta! As sirenes estão soando nervosas, irritantes, amedrontadoras, ininterruptamente, em todas as partes do mundo!

    À primeira vista isso nos parece discurso de algum profeta messiânico. Um discípulo tardio de Antônio Conselheiro. Também pode ser a proclamação inflamada de um arauto da ira divina das primeiras décadas do Século XX. Ou isso não passa de um alarme falso, de extremo mau gosto, engendrado por algum sádico irresponsável?

    Não! Não! Dessa vez o alarme não foi acionado:

    Por um louco messiânico.

    Nem por um arauto da ira divina do século passado. Tampouco por um sádico irresponsável.

    O pedido de socorro é real. Foi acionado por homens das ciências: filósofos, sociólogos, antropólogos e até experta das ciências exatas.

    A ameaça destruidora a que nos referimos, não trata direta e imediatamente de problemas ecológicos oriundos de atitudes destrutivas e predadoras do homo sapiens. A devastação não é ecológica. É ideológica.

    É a Era da Pós-Modernidade. Nossa civilização contemporânea não está preparada para sobreviver a essa Tsunami. O mais provável é que nossa cultura humanística sucumbirá a ela. O retorno à velha metáfora. A criatura devora seu criador.

    A Pós-Modernidade é definida como a época das incertezas, fragmentações, desconstruções, efemeridades, hedonismo, narcisismo, inversão de valores. As substituições dos valores ocorrem – devido à celeridade das comunicações – sem reflexão. Profanaram nossos santuários: família, escola, ética, moral, caráter, religião (ou fé), casamentos... Tudo isso está sendo substituído pelas leis do Mercado, Consumo e Espetáculo.

    É...Parece que estamos dentro do Sistema Babilônico, onde se vende e se permuta tudo: até almas humanas (Ap 18.13).

    O programa desconstrutivista da Pós-Modernidade, ao dinamitar valores absolutos, está abalando a civilização ocidental e provocando o caos. O velho Lúcifer novamente em cena liderando mais uma rebelião. Novo frasco, e o mesmo veneno. A ordem do dia é atacar e relativizar temas como Deus, Ser, Sentido, Verdade, Ciência, Consciência, Pecado, Culpa, Produção, Estado, Revolução, Família...

    A contrapartida é a supervalorização de temas menores como desejo, loucura, sexualidade, linguagem, lazer, estética….

    Krishan Kumar Sintetizou muito bem nossa contemporaneidade.

    Um mundo de presente eterno, sem origem ou destino, passado ou futuro; um mundo no qual é impossível achar um centro ou qualquer ponto ou perspectiva do qual seja possível olhá-lo firmemente e considerá-lo como um todo; um mundo em que tudo que se apresenta é temporário, mutável ou tem o caráter de formas locais de conhecimento e experiência. Aqui não há estruturas profundas, nenhuma causa secreta ou final; tudo é (ou não é) o que parece na superfície. É um fim à modernidade e a tudo que ela prometeu e propôs Com esses novos fundamentos. O que a Pós-Modernidade deixa para as futuras gerações? Que tipo de construção se sustentará nesses novos alicerces?

    Pensadores, políticos, homens de ciência estão pessimistas. O humanismo contemporâneo não possui nem uma Grande Utopia e sequer uma Grande Esperança. Ele nasceu doente e falido. Nossos sentidos espirituais confirmam que é mais uma pretensão humana julgada e condenada por Deus.

    Depois destas coisas, vi descer do céu outro anjo, que tinha grande autoridade, e a terra se iluminou com a sua glória. Então, exclamou com potente voz, dizendo: Caiu! Caiu a grande Babilônia e se tornou morada de demônios, covil de toda espécie de espírito imundo e esconderijo de todo gênero de ave imunda e detestável (Ap 18.1,2).

    Qual a atitude da Cristandade em relação a esse caminhar de nossa Civilização em direção ao despenhadeiro?

    Protestantismo Euro-americano Histórico. Parece dormir irresponsavelmente num imobilismo de morte. Não vê. Não age. Não opina.

    Igrejas Antigas ou Ortodoxas. Nem sequer acenam uma bandeira para as caravanas que cruzam seus desertos dizendo: Estamos aqui!

    Igreja Católica Romana. Os dois últimos papas, João Paulo II e Bento XVI, vieram da Idade Média e para lá levaram a Igreja. Estão preocupados em canonizar novos santos e separar cada vez mais a Igreja dos Irmãos Separados. Não representam uma voz profética. Neopentecostais. Sem dúvida, há muitas igrejas sem vínculo com o Protestantismo Histórico mas que conservam a pureza doutrinária e relacionamento fraterno com outros irmãos. O perigo está nas seitas. Para essas, as principais ênfases da Pós-Modernidade parecem ter sido feitas sob medida. Desconstruíram nossa herança de fé. Vulgarizaram o ministério. Banalizaram nossas ordenanças (ou sacramentos). Neófitos batizam, celebram a Ceia, casamento. A ordem litúrgica deu lugar à vulgaridade de gestos, palavras e até na indumentária. Nossos cânticos, que celebravam verdadeiro culto a Deus, foram substituídos por toadas inconsequentes. Devido à flexibilidade de nossas leis, novas igrejas brotam como cogumelos, em floresta úmida. O comércio da fé prolifera em rigorosa prática das leis do marketing. Essas novas igrejas e novos obreiros são os principais beneficiários da Pós-Modernidade.

    O Povo do Caminho. Em todos os tempos, nas circunstâncias mais adversas, nos mais cruéis ataques do Império do Mal, um Povo Escolhido continuou sua trajetória. Conservou sua identidade. A caminhada desse Povo pela terra, começou com Adão, no Paraíso e terminará com a entrada na Nova Jerusalém. Para nós, as crises contemporâneas são turbulências de percurso. Devem ser confrontadas. Ao dar adeus a Deus, o homem tornou-se seu próprio deus. Criou seu próprio mundo. Estabeleceu suas leis e valores. Esqueceu-se, entretanto, destes detalhes: ele, homem, é mortal. Suas realizações, sem o aval de Deus, são temporárias, precárias, efêmeras. Daí o desespero diante da crise. O Povo do Reino não se afoga no dilúvio e nem se queima em Sodoma e Gomorra. Quem criou o universo é o mesmo que nos comanda. Graças, porém, a Deus, que, em Cristo, sempre nos conduz em triunfo (II Co 2.14). O Admirável Mundo Novo é um presente de Deus. Mas é, também, uma conquista nossa. Onde o natural une-se ao sobrenatural. As impossibilidades humanas são socorridas pelas possibilidades de Deus.

    O Senhor, que nos comanda nessa Cruzada em demanda da Cidade Eterna, esteve com nossos pais no passado, no presente está conosco e no futuro, conduzirá os vencedores para

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