Mulher Virtuosa, Quem Achará? Você!
De Débora Mena
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Autoajuda para você
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Mulher Virtuosa, Quem Achará? Você! - Débora Mena
MULHER VIRTUOSA, QUEM A ACHARÁ?
VOCÊ!
De uma mulher para todas as outras Débora Mena
ISBN - 9786500384451
1° edição
São Paulo
20 22
MULHER VIRTUOSA, QUEM A ACHARÁ? VOCÊ!, por Débora Mena
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO.................................................................... 4
INDÍCIOS DA IMPORTÂNCIA DA IGUALDADE
DE GÊNERO NA BÍBLIA................................................ 9
RELACIONAMENTO ABUSIVO................................. 20
A DESCOBERTA DO PODER FEMININO E O
MACHISMO IMPREGNADO NA BÍBLIA ...............3 5
O PODER DO AUTOCONHECIMENTO................. 60
O VERDADEIRO AMOR: COMO
ENCONTRAR..................................................................... 75
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MULHER VIRTUOSA, QUEM A ACHARÁ? VOCÊ!, por Débora Mena
Escrevo este livro a todas as mulheres que me tornaram quem eu sou hoje e àquelas que virão depois de mim.
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MULHER VIRTUOSA, QUEM A ACHARÁ? VOCÊ!, por Débora Mena
INTRODUÇÃO
Inicialmente, quero trazer a você, leitora, questões de suma importância para que entenda a sua importância e o quanto os antigos paradigmas precisam ser quebrados.
Eu, Débora, preciso dizer a você que não fui sempre assim como sou hoje, consciente de minhas ações e da minha importância na luta feminista.
Nasci em um lar cristão, assim como muitas mulheres. Porém, apesar de eu ter sido criada num contexto machista, meu pai nunca seguiu alguns padrões impostos pela sociedade na qual estávamos integrados. Sim, acredite, seu maior desejo era ter filhas mulheres. Apesar de uma grande pressão familiar, por ele ser o primeiro filho, suas ideias divergiam da família. Quando nascemos, minha irmã e eu, meu pai foi taxado de fraco
por ter apenas duas meninas. E ainda bem que nascemos mulheres. Conforme crescíamos, muita coisa ia ficando-nos mais aparente. Jamais fomos forçadas a fazer serviços domésticos e o que meus pais ouviam era: E quando casarem? Como é que vão a rrumar marido?
Bem, isso nunca foi problema para mim, pois meus objetivos eram bem claros: estudar, ter um emprego, morar sozinha, fazer intercâmbio e lecionar em uma faculdade. Porém, o que me era dito era o seguinte: Nossa, mas você vai mudar. Logo vai querer ter filhos, um marido, uma família.
Como se tudo isso fosse a base da felicidade. Era nítida a interferência de pensamentos religiosos na maioria dos conhecidos e familiares. Bom, com meu pai sendo pastor e tudo mais, o que mais apareciam eram mulheres pedindo conselho a respeito de suas vidas amorosas. Tudo bem, muitas vezes o diálogo pode levar a acordos. Mas por que apenas a mulher estava ali? Em muitos casos, quando apareciam pessoas para conversar, o problema era o mesmo: traição. Como você deve imaginar, a culpa logo recaía
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MULHER VIRTUOSA, QUEM A ACHARÁ? VOCÊ!, por Débora Mena
sobre elas. Mas qual o motivo? Ela não comparecera
e o marido precisara ir atrás de outra. Porém, isso não seria um problema inteiramente dele? Quem é que não tinha caráter e era incapaz de controlar a insaciável vontade de ter tudo? Minha cabeça nunca suportou determinadas situações. O que eu sempre ouvia meu pai aconselhar era: Traga seu marido para podermos conversar todos.
O que meu pai talvez não soubesse era do medo que pudesse estar por trás de cada uma delas – medo de ser julgada, de ser agredida, de zombarem dela e de ser considerada culpada. Enfim, foi cedo que descobri que não seria fácil ser mulher. Essas situações geralmente me causavam muito mal- estar. Eu queria fazer algo por elas, mas nunca pude. Agora, talvez, seja este o momento de ajudar. Por isso, esteja atenta.
Como disse, minha família era diferente. Meus pais sempre tiveram um casamento com defeitos, mas com muito respeito. Meu pai sempre deu à minha mãe a liberdade que ela precisava, porém, é claro, ela havia sido criada aos moldes do machismo, sendo assim, toda essa liberdade era muito difícil de ser vivida. Mas meu pai sempre deixava tudo isso claro para ela.
Onde eu quero chegar com isso? Para mim, meu pai sempre foi perfeito pelo jeito que conduzia o relacionamento e a família – nunca me cobrava nada além de estudar e ser independente para não depender de alguém. Ele sempre se dedicava à nossa felicidade, fornecia seu tempo, deixava empregos bons e salários altos para cuidar de nós. Você deve estar pensando: Que vida perfeita.
Sim, e eu sempre quis encontrar no mundo alguém como meu pai. A questão é que ele era um ponto fora da curva. Eu não sabia disso.
Foi assim que eu comecei a pensar: Preciso encontrar alguém que seja como meu pai, que vai entender meus defeitos, me ajudar a construir meus sonhos e me dar o espaço e a liberdade que eu preciso.
Esse ainda seria o passaporte para eu ser bem quista pela comunidade em que estava inserida.
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Bom, não foi bem assim. Às duras penas descobri que o mundo foi construído à base do machismo e que, se quer ser feliz, ter carinho, cuidado e sua liberdade, você precisa ser seu próprio amor, cuidar de si e entender que já é completa. Sim, você já é completa. Não digo da boca para fora. Se você tem dúvidas sobre isso, pense numa situação em que você precisou estar sozinha e resolver algum problema. Você resolveu. Sim, só se descobre capaz quem precisa ser. Se dê a oportunidade de resolver problemas, de cuidar de si mesma, de trabalhar para conquist ar coisas e você vai ver o quanto é completa.
Isso não significa que você não precisa de ajuda, mas que você vai saber o momento certo para pedi-la e a pessoa para quem irá recorrer.
Continuando a falar mais um pouco sobre minha trajetória, na vida adulta foi o momento em que me deparei com as situações mais desesperadoras e edificantes pelas quais eu poderia passar. Começou quando fui para a faculdade. Meu pai sempre incentivou minha irmã e eu a termos boas notas e a nos dedicarmos a conseguir um emprego. Ele me disse certa vez: Vamos comigo no colégio em que estou. Precisam de professor eventual lá.
Meu pai nunca me pedira nada, apenas queria ver meu sucesso.
Lá, naquele colégio, eu descobri o que realmente queria fazer da vida. Porém, me deparei com questões de escolha a respeito da faculdade e decidi trocar a área de conhecimento. Depois de um ano, decidi cursar Letras, pois amava a linguagem e amava ensinar aos alunos interpretação de textos.
Comecei a estudar com minha irmã. Ela na Computação, eu em Letras. Logicamente, fazíamos companhia uma à outra e descobrimos amigos em comum. Naquele momento, me deparei com relações diferentes das que vivíamos no âmbito religioso. Nossos amigos, em sua maioria homens, nos ensinavam que nossa opinião era importante. Todos tinham traços de machismo, muito
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comuns, mas eram capazes de sentar, conversar e discutir sobre assuntos concernentes a nós.
Eu descobri, na faculdade, um mundo diferente do que havia vivido até então. Foi ali que percebi que não estamos destinadas a um único amor e que conhecer, se relacionar com pessoas, não nos faz menos prestigiadas. O que realmente importa é a forma como você se vê.
No mesmo período de tantas coisas acontecendo, eu me casei. Sim, fui contra todos os meus objetivos iniciais. Apesar de estar atendendo às expectativas das pessoas sobre mim, eu sabia que algo não estava certo, mas me deixei levar pela vontade de uma experiência nova e enriquecedora.
Acredite ou não, eu deixei de ser a Débora de antes. Eu imaginava que poderia ser diferente das mulheres que iam conversar com meu pai. Mas quando deixamos de lado nossos objetivos e nossos princípios, acabamos num quarto escuro, com medo, não nos reconhecendo e desistindo de coisas que nos faziam bem.
Eu deixei de lado a menina que queria tanto do mundo e que tinha tanta opinião sobre tudo. Agora, eu era apenas a esposa de alguém. Eu estava infeliz. Como mudar isso? Como deixar de aceitar comportamentos indesejados e incompatíveis com seus objetivos? Procurando ajuda.
Lembra-se do que eu falei? Você precisa saber o momento certo e a pessoa para quem irá recorrer. Foi aí que conheci minha psicóloga. Ela me fez entender quem eu era, que eu precisava estar consciente sobre minhas ações e comportamentos externos a mim e