Safe And Sound
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Safe and Sound
O amor te mantém seguro
Carolina Ribeiro
Safe and Sound, por Carolina Ribeiro
Dedico este livro para todas as
leitoras qe me acompanharam quando
ele não passava de uma projeto de história
[ 3 ]
Safe and Sound, por Carolina Ribeiro
Dates
6
Party and broken car!
10
Shut up Steve!
15
Cmon with us!
21
Friends
27
Mexican food
32
Love apple
39
Tree house
45
What the fuck is going on
58
Car and Airplane
63
Why?
68
Asshole
73
Surprise
79
Flowers and kisses
88
Do you want marry me?
95
Boys
100
Fitz
105
Blood
110
Not Again...
115
I'm so Scared
121
Two Months
127
[ 4 ]
Safe and Sound, por Carolina Ribeiro
The strange woman
133
10 years ago
139
Happy Family
150
Married
156
Horses
163
Vegas Baby
176
Remember
183
Kids
190
Bath
195
It's my fault again
201
I will miss you
207
She Knew
212
Epílogo
218
[ 5 ]
Safe and Sound, por Carolina Ribeiro
Dates
Cassie
Peguei a pilha de processos para serem transportados e
coloquei no banco do carro. Percorri o trajeto relativamente
rápido, mas como nao tinha lugar pra estacionar na frente do
fórum, tive que ficar numa pracinha que tinha uma pista de
skate. Peguei os papéis e foi aí que tomei a pior decisão
possível: atravessar pela pista. Os papéis tapavam minha visão quase por completo. Senti algo bater em mim, o que me fez
perder o equilíbrio e derrubar todos os papéis no chão. Se não bastasse isso, um cara de cabelo comprido e roupa preta caiu
por cima de mim. Ainda deitada no chão a única coisa que
pensei foi lá se vai meu emprego
.
Levantei e juntei tudo rapidamente. Subi as escadas do
fórum correndo e meu chefe me olhava com expressão severa.
Como era de se esperar, fui demitida. Voltei pro escritório e coloquei minhas coisas em uma caixa, entrei no carro e rumei
[ 6 ]
Safe and Sound, por Carolina Ribeiro
para casa. Já era de noite, então resolvi ir à uma boate que
tinha no centro pra desabafar com vodca.
(...)
Acordei em uma cama diferente da minha. Puxei o
lençol e vi que tava com uma camiseta aparentemente
comprida demais pra mim. Levantei e me espreguicei, indo
procurar saber onde estava e onde estavam minhas roupas.
Parei na escada e acabei tropeçando no degrau, o que
resultou em: Cassie rolando escada abaixo. Como se já não
bastasse a ressaca, ainda iria ter de lidar com um galo
enorme.
-O que aconteceu? - uma voz masculina e sonolenta
perguntou.
-É só um jeito mais simples e rápido de descer escadas
- ironizei.
Ele levantou do sofá, só de cueca e com os cabelos
totalmente desgrenhados e me ajudou a me recompor. Depois
de colocar gelo na minha cabeça, ele subiu pra por uma roupa.
Só fui perceber que ele era o cara que me fez perder o
emprego quando ele desceu de cabelo penteado e roupa preta.
-O que aconteceu essa noite? - perguntei me escorando
na bancada.
-Bem, ontem eu e meu pessoal fomos pra uma boate no
centro da cidade. Eu cheguei no bar e você estava bêbada,
perguntei se você estava bem e você começou a falar tudo
meio enrolado, mas consegui entender que tinha perdido o
emprego. Daí você olhou pra mim e ao perceber que eu que
tinha te atropelado na praça, começou a me bater e daí você
começou a chorar e eu te trouxe pra cá.
-Ai meu deus - olhei pra baixo e suspirei. - E cadê minha
roupa?
-Quando a gente chegou você vomitou em si mesma -
ele dá de ombros.
-Pode me deixar em casa, por favor?
[ 7 ]
Safe and Sound, por Carolina Ribeiro
Ele assentiu e eu fui como estava mesmo. Parou o carro
e ficou me olhando com expressão estranha.
-Que foi? - perguntei.
-Você vai sair na rua assim?
-E tem outro jeito?
Ele ficou em silêncio por um tempo e se pronunciou:
-Já sei.
Saiu do carro e abriu a porta depois voltou me buscar,
pegou minha mão e saímos correndo feito crianças. Fechamos
a porta e começamos a rir.
-Super adulta essa sua técnica de andar na rua sem
calça - falei ainda rindo.
-Tinha ideia melhor? - neguei com a cabeça. - Então
admita que sou foda.
-Não.
-Bom, acho que já vou indo.
-Espera aí que eu já devolvo sua blusa.
Ele assentiu e eu fui pro meu quarto. Tirei a blusa que
tinha um cheiro maravilhoso. Pressionei a mesma conta o nariz e coloquei um vestido qualquer que eu achei.
-Toma - atirei camiseta nele.
-Ei, por que não vai numa festinha que vai ter hoje à
noite.
-Não sei se devo. To com uma ressaca pesada.
-Vamos - ele insistiu. - Você pode ficar bebendo água
mineral se preferir.
-Ta bom.
-Meu amigo vai passar aqui lá pelas dez pra te pegar.
Esteja pronta.
-Estarei - dei de ombros e ele saiu. Meu gato começou a
se esfregar nas minhas pernas pedindo por comida. - Olá
Marujinho.
Marujo é um gato alaranjado e tem esse nome, porque
um dia enquanto eu caminhava pelo píer o encontrei em uma
[ 8 ]
Safe and Sound, por Carolina Ribeiro
caixinha. Peguei ele no colo e fui pra cozinha. Quando entrei meu coração disparou ao vê-lo ali.
-Olá Cass.
[ 9 ]
Safe and Sound, por Carolina Ribeiro
Party and broken car!
Cassie
-O que você quer Damon?
-Não precisa ser tão rude, amorzinho.
-Tudo bem. O que você quer coisa linda – fingi um
sorriso.
-Eu sei que sou lindo, mas enfim, precisamos que você
volte.
-To muito bem assim.
-Fiquei sabendo que está desempregada.
Revirei os olhos.
-Precisam de mim pra que?
-Proteger um cara.
-Que tipo de cara.
-Um famoso. Bem, ele é DJ, acho que vai gostar dele.
-Tudo bem. Contanto que você cuide do marujo.
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Safe and Sound, por Carolina Ribeiro
-Ta bom.
-Ele gosta de sachê de whiskas e de carinho atrás da
orelha, nunca na barriga. Ah, e antes que me esqueça, você
vai ter que dividir o travesseiro com ele. – Damon grunhiu e
revirou os olhos. – Então, quem é o cara?
Ele pegou uma foto no bolso da camisa xadrez.
-Ele. Você terá que se aproximar dele.
-Fácil.
-Não faça pouco caso do cara, dizem que é difícil uma
aproximação rápida.
-Vou a uma festa com ele hoje de noite.
-Meu deus, você lê mentes? Prevê o futuro? – neguei
com a cabeça até ele perceber algo. – Não me diga que é
aquele carinha que chegou com você – ele falou
pausadamente.
-E se eu disser que sim?
Ele pulou da cadeira e me abraçou levantando-me do
chão.
-Não to acreditando. Você vai se aproximar desse cara
nem que tenha que dar pra ele.
Lancei um olhar incrédulo para Damon que riu.
-Tá, pode me soltar agora.
-Sabe, é muita emoção – ele fingiu estar secando
lágrimas – pupilos crescem rápido.
Dei um tapa no braço dele.
Depois que ele saiu, tomei um belo banho e deitei pra
dormir. Dormi feito pedra. Quando acordei, tomei uns
analgésicos por que minha cabeça ainda doía. Olhei no relógio e já eram 9h35m e eu percebi que tinha que me apressar.
Tomei um banho e fiquei com uma toalha enrolada no corpo e
outra na cabeça enquanto me maquiava. Coloquei um vestido
coral de alças que era soltinho da cintura pra baixo e mostrava boa parte das minhas tatuagens. Sequei o cabelo e coloquei
um sapato. Estava comendo uma maçã quando a campainha
tocou.
[ 11 ]
Safe and Sound, por Carolina Ribeiro
Larguei a fruta na mesa e fui atender. Na minha frente
tinha um cara de cabelo e barba compridos com traços
asiáticos e uma roupa estranha.
-Você deve ser o amigo do baixinho – falei me referindo
a ele por não lembrar o seu nome.
-Sim, Scott me mandou pra pegar você. A princesa
estava se arrumando e não pode vir.
Rimos do comentário dele.
-Vamos?
Ele assentiu e eu tranquei a porta. Chegamos e a festa
já estava rolando. Era tipo, um monte de gente, em um cômodo
reservado de uma boate e todo mundo se esfregando um no
outro. O carinha que depois descobri que se chamava Steve
me levou até um bar. Sentei no banco e perguntei se eles
tinham algo que não continha álcool. O barman olhou pra mim
e riu da minha cara.
Depois daquela cena ele me alcançou uma garrafa de
água mineral e um copo e se virou para atender outra pessoa.
Não entendi nada.
Umas Luzes coloridas piscavam como se tivessem
milhões de vagalumes coloridos doidões dentro daquele lugar.
Bebi minha água e fiquei olhando em volta pra ver se achava
alguém conhecido. Bem, aquela festa não era o melhor jeito de curar uma ressaca, mas ela parecia estar implorando para eu
começar uma nova. Suspirei e voltei a chamar o barman.
-Tem Coldcock? – ele assentiu. – Me traz uma dose
então.
-Duas.
Olhei pro lado e Scott sorriu pra mim.
-Ué, não estava de ressaca?
-Existe algo melhor pra curar uma do que começar
outra?
Ele riu. Pegamos nossas bebidas e ele me levou pra um
sofá onde tinham duas pessoas se agarrando. Scott deu um
chute no pé do carinha que nos olhou com cara feia e os dois
[ 12 ]
Safe and Sound, por Carolina Ribeiro
se retiraram. Sentamos no sofá e ficamos conversando sobre
coisas aleatórias até Steve vir e se atirar em cima do nosso
colo.
-Asiáticos podem ter pinto pequeno, mas não são leves
– Scott falou e empurramos ele pro chão.
-Porra, você podiam ao menos ser legais né.
-Eaí gente – um cara loiro chegou e cumprimento a
gente. – O que o Steve ta fazendo no chão?
-Ele caiu. – Scott falou e rimos.
Steve nos olhou incrédulo. Ele levantou e saiu.
-Ele ficou bravo?
-Impossível. Vou pegar bebida – ele se levantou e foi
distanciando.
Ele voltou com uma garrafa de Coldcock. Ergui meu
copo pra ele servir e ele riu.
-Por que ta rindo?
-Você vai tomar uísque no copo?
-Algo contra quem toma?
-Nada – ele continuou rindo.
(...)
Já eram umas quatro horas da manhã quando eles
resolveram ir embora. Só que as pessoas inteligentes
resolveram enfiar sete pessoas em um carro que só tem
espaço para cinco. Steve foi dirigindo, eu fui na frente junto com um outro homem mais ou menos do meu tamanho e os
outros quatro foram atrás. Eles estacionaram na frente da
minha casa e eu desci, então resolveram fazer troca de lugares e algum gênio inventou de pular pro banco da frente e acabou
se batendo em algum lugar, o que fez o carro começar a andar
sozinho e bater na lixeira da vizinha.
-Gente, corram antes que o velho rabugento venha pra
fora - gritei e no mesmo momento todo mundo entrou na minha
casa rindo. Sentamos uns no sofá e o resto no tapete e
ficamos assistindo TV. Comemos pipoca olhamos seriado. Os
seis marmanjos acabaram dormindo no chão mesmo. Levantei
[ 13 ]
Safe and Sound, por Carolina Ribeiro
e juntei os restos do chão e levei pra cozinha. Enchi um copo d’água e subi pro meu quarto.
(...)
Acordei eram praticamente três da tarde. Todos ainda
dormiam na sala menos o baixinho. Olhei pra cozinha e o vi
parado no batente da porta sorrindo.
-Vocês sempre batem o carro nas Lixeiras e dormem na
sala das pessoas que convidam pras festas?
-Normalmente elas nos oferecem camas – ele deu de
ombros e eu ri.
[ 14 ]
Safe and Sound, por Carolina Ribeiro
Shut up Steve!
Cassie
Eu olhei de relance pra cima da mesa e percebi que
Damon tinha deixado aquela foto ali. Arregalei os olhos e torci pra que ele não seguisse meu olhar, mas foi em vão.
-Ei – ele disse sorrindo. - Por que você tem uma foto
minha na sua cozinha? – Ele continuava com aquele sorriso
grande no rosto enquanto eu estava com o rosto totalmente
vermelho.
-É... Bem, é que minha amiga é meio aficionada por
você, daí quando eu contei pra ela que iria numa festa contigo e ela enlouqueceu e pediu pra que eu pedisse um autógrafo
pra você e tal.
-Tá, e porque você corou?
-Eu não corei.
-Corou sim.
[ 15 ]
Safe and Sound, por Carolina Ribeiro
Scott
Percebi que ela corou com meu comentário e começou
a se enrolar.
-Eu não corei ta bom? – ela disse meio irritada o que me
fez rir. – Quer comer alguma coisa?
-Que...
-Não, não quer – ela me interrompeu. – Não tem nada
pra comer. Vem, vamos ao mercado. – Dei de ombros e
quando estávamos passando pela sala ela completou – e na
farmácia também.
Ela praticamente me arrastou. Caminhamos um pouco e
chegamos a um supermercado. Ela começou a pegar coisas
para comermos. Chegamos ao caixa e ela pegou o cartão.
-Deixa que eu pago.
-Não, eu pago – ela sorriu.
-Eu pago. Eu que causei todo esse transtorno. Eu pago.
-Ok, então eu pago a farmácia – ela cedeu.
Paguei, pegamos as comprar e saímos.
-Você é marrenta hein.
-Só cedi porque a mulher do caixa tava olhando de cara
feia.
-Eu discutiria até você aceitar.
-E eu pagaria tudo e deixaria você falando sozinho.
-Ah, mas você não seria tão audaciosa.
-Não duvide de mim – ela falou entrando na farmácia.
-Não tenho medo de você garotinha.
Ela comprou um monte de analgésicos e duas barrinhas
de cereal.
-Deveria.
Ela abriu uma das barrinha e começou a comer. Fiquei
olhando pra ela com cara de cachorro pidão até ela revirar os olhos e me dar um pedaço. Comi e aquilo era maravilhoso. Dei
um beijo na sua bochecha e ela me olhou confusa.
[ 16 ]
Safe and Sound, por Carolina Ribeiro
Chegamos a casa dela e os caras ainda estavam
dormindo.
-Vamos acordar seu bando de desocupado – cheguei
gritando.
-Me deixa em paz mãe, só mais cinco minutinhos –
Steve gemeu.
-Não sou sua mãe, agora acordem porra.
Peguei a almofada em cima do sofá e comecei a bater
neles. Ouvi um riso abafado. Olhei pra trás e Cassie começou
a ter um ataque de riso.
-Que foi? – perguntei confuso.
-Sabe – ela disse se recuperando do riso. – Você
deveria usar cinto. Ou suspensório. – Me endireitei e puxei a calça pra cima. – Por que corou?
-Não corei ué.
-Corou sim. Você parece um camarão.
-Ta bem, eu corei, porque não gosto que fiquem
olhando pra minha bunda na maior cara de pau. Sinto-me
violado.
-Você dá a bunda e não se sente violado.
-Cala a boca Steve.
Todo mundo riu do comentário.
-Vocês querem comer alguma coisa? – Cassie
perguntou ainda rindo.
-É bom que queiram porque eu tive que discutir com
essa praga na frente da caixa do supermercado.
-Discutiu porque quis.
-Discuti porque você – apontei pra ela – é cabeça dura.
-Eu? – ela fez cara de ofendida.
-Sim, você.
-Eu ia dividir a outra barrinha contigo, mas como sou
cabeça dura não vou.
-Pois saiba que eu posso comprar quantas eu quiser.
-Ô casal, vamos parar de brigar aí.
[ 17 ]
Safe and Sound, por Carolina Ribeiro
-Cala a boca Steve – dessa vez foi ela quem disse. –
Bom, tem comida na mesa e analgésicos também. Se virem.
Ela começou a subir a escada.
-Ei, onde você pensa que vai?
-Tomar banho.
-Vai me abandonar com esses caras que estão tendo
uma ressaca? Eu corro risco de vida sabia?
-Se você prometer não abusar sexualmente de mim
pode ficar esperando lá no meu quarto.
Sorri malicioso.
Cassie
Subi e Scott subiu atrás de mim. Peguei uma roupa,
minha toalha e fui pro banheiro, deixando-o sentado na minha
cama mexendo no celular. Tirei minha roupa e fiquei só com
uma lingerie de renda preta. Terminei de tirar a roupa e entrei no box. Aquela água caindo sobre meu corpo foi algo
reconfortante. Me lavei e saí, colocando uma lingerie de