Ele É Tudo, Menos Cristão.

De Juliana Pires

Débora é uma adolescente como qualquer outra da sua idade, passando por inseguranças advindas de mudanças físicas e existenciais, o que a diferencia é o fato de que pertence a uma família com valores cristãos, e ela com toda curiosidade e ansiedade em conhecer o cara certo, conhece alguns caras errados durante sua busca ou missão como ela mesma designa, causando uma revolução de ideias e até um processo judicial. Concomitante a isto ainda tem que lidar com uma paixonite de infância não correspondida, a decisão da profissão em que prestará o vestibular, e a pressão da sua mãe para que ela escolha cursar direito assim como ela.  

• Idioma: Português
• Editora: Clube de Autores
• Data de lançamento: 9 de mai. de 2019

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Sobre a autora:

Meu nome é Juliana Soares Pires, e tenho vinte e dois anos, descobri minha vocação para escrever muito cedo fazendo redações e resenhas nas aulas de literatura, porém isso não me impediu de iniciar três cursos completamente diferentes entre si, e não concluir nenhum obviamente, e se não fosse assim, talvez eu não estivesse aqui, por isso agradeço a Deus por vir ao meu encontro quando eu mais precisei, ao meu amor, Marcus o maior incentivador da minha escrita, também por suas dicas inspiradoras, pai do meu filho Jordan, minha maior motivação. Agradeço a minha mãe por todo apoio, mãe você é o cais da minha embarcação e sabe disso, ao meu pai, irmãos e toda minha família, a verdade é que todos os personagens desta história contêm um pouquinho de mim e de todos vocês.

Obrigada a você leitor sem vocês adquirindo este livro nada disso seria possível, e assim também levam consigo minha história, minhas raízes, minha identidade.

Sobre o livro:

Débora é uma adolescente como qualquer outra da sua idade, passando por inseguranças advindas de mudanças físicas e existenciais, o que a diferencia é o fato de que pertence a uma família com valores cristãos, e ela com toda curiosidade e ansiedade em conhecer o cara certo, conhece alguns caras errados durante sua busca ou missão como ela mesma designa, causando uma revolução de ideias e até um processo judicial. Concomitante a isto ainda tem que lidar com uma paixonite de infância não correspondida, a decisão da profissão em que prestará o vestibular, e a pressão da sua mãe para que ela escolha cursar direito assim como ela.

Em busca da felicidade ou do amor, para mim é a mesma coisa...

Apenas uma coisa me deixaria mais feliz do que a ideia de mudar do fim de mundo em que eu nasci, seria encontrar o grande amor da minha vida, alguém que topasse encarar o mundo comigo, para mim, encontrar o cara certo era mais que apenas um desejo, tornou se uma missão.

Eu, meu pai e minha mãe frequentamos um pequena igreja, minúscula mesmo, que fica na cidade vizinha a nossa, dá cerca de duas horas de carro daqui até lá, e por isso vamos apenas aos cultos de sábado, o que fez com que a minha mãe tivesse a brilhantíssima ideia de fazer um culto de agradecimento em casa todas as quartas as sete e meia da noite com a vizinhança, que se resume à Dona Clotilde da casa da esquina, uma senhora ranzinza metida a beata, que vive com um raminho de arruda atrás da orelha, e ama cuidar da vida alheia, por alheia entenda a vida da outra vizinha, a Karini, ela sem grandes responsabilidades leva uma vida que muitas de nós gostaríamos de ter, exceto pelo fato de que está sempre mudando de namorado, ela mora sozinha, acorda quase na hora do almoço e o seu único compromisso é com a academia. Além delas duas, tem também o seu Amador, o senhorzinho anda se arrastando acompanhado de um terço e uma bengala tadinho, ele até que é bonzinho, mas tem um arsenal de piadinhas pra lá de sem

graças, todo santo dia ele vem me cumprimentar e pergunta:

— Eai Débora Debouua? E cai na risada.

Como se não pudesse piorar tem a Amelie que é filha da amiga da filha da dona Clotilde, a folgada da filha sai por ai com a amiga e larga a menina com a senhorinha, que por sua vez, enfia logo ela aqui em casa como se eu fosse a baba, Amelie danada que é, entra no meu quarto e fuça em tudo que é meu, outro dia a peguei passando toda a minha maquiagem na cara, ficou parecendo o Chuck, mas eu disse que estava linda, só para ela ir pra casa daquele jeito e receber a maior bronca, mas claramente nada acontece, ninguém dá um jeito na menina.

Você deve estar se perguntando porque eu aguentaria tudo isso. E eu te digo, pelo Felipe!

Desde que o conheci no jardim de infância sou apaixonada por ele, nos tornamos amigos e os meus pais amigos dos pais dele, eles têm vindo toda quarta feira, e as vezes eles ainda nos acompanham aos sábados, não são da nossa religião, mas ele é um gato, ri das minhas gracinhas, e têm um gosto musical admirável, passamos horas marcando um ao outro em postagens de viagens e ouvindo hilsong.

Eu sei, eu