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Dicionário de inovação: 50 conceitos da nova economia que você precisa compreender hoje
Dicionário de inovação: 50 conceitos da nova economia que você precisa compreender hoje
Dicionário de inovação: 50 conceitos da nova economia que você precisa compreender hoje
E-book215 páginas2 horas

Dicionário de inovação: 50 conceitos da nova economia que você precisa compreender hoje

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Sobre este e-book

Se tem algo inequívoco que a história nos ensinou sobre revoluções tecnológicas é que elas sempre trazem consigo, simultaneamente, bênçãos e maldições. Como consequência, esses períodos geram um aumento de complexidade que tende a nos cegar e paralisar, causando um fenômeno social de desorientação. O deslocamento cognitivo decorrente do redemoinho de transformações que se apresentam, ora como ameaças, ora como oportunidades, dificulta que se consiga extrair sentido e direcionamento para dar o próximo passo rumo ao futuro.   
A dissonância cognitiva que experimentamos entre aquilo que se sabe e o que é preciso saber, entre o conhecido e o estranho, entre a clareza e a confusão provoca uma sensação de despreparo, impotência e, consequentemente, paralisação.
Esse cenário torna-se extremamente favorável para quem, apesar das dificuldades, não se perde. Pelo contrário, busca compreender o novo paradigma, aproveitando as oportunidades e se defendendo das ameaças. Emergem assim os verdadeiros vencedores das revoluções tecnológicas – aqueles que as entendem e conseguem tanto enxergar como extrair as riquezas que oferecem. Não são necessariamente aqueles que as criam ou fomentam, mas os que evoluem com elas.
Nesse processo de grandes revoluções, além de vencedores, existem também os heróis, que ajudam e resgatam o máximo de pessoas para vencerem também. Nesse sentido, é um privilégio apresentar essa obra que se configura como um dos valiosos heróis da nossa luta cotidiana para traduzir essa complexidade. Esse primeiro volume, de uma série de livros a serem publicados pelo selo Draft Books, traz 50 verbetes ligados à inovação para celebrar os 8 anos do Projeto Draft. Assim, nesse aniversário, os presenteados somos todos nós.   
Desejo a você uma ótima leitura e aventura ao longo dos recursos que os capítulos oferecem. Cada um representa um passinho que conduz a um estágio mais próximo da vitória na revolução tecnológica da nossa era.   
 
Martha Gabriel
Futurista e autora do best-seller Você, Eu e os Robôs: como se transformar no profissional digital do futuro.
IdiomaPortuguês
EditoraDraft
Data de lançamento7 de nov. de 2022
ISBN9788584743018
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    Pré-visualização do livro

    Dicionário de inovação - Dani Rosolen

    INTRODUÇÃO

    O vocabulário da Revolução – tudo que você precisa saber para começar a inovar hoje

    TEORIAS DA INOVAÇÃO

    Cauda Longa

    Exponencialidade

    Futurismo

    Futures Literacy

    Mundo VUCA

    Mundo BANI

    Neuroarquitetura

    Pensamento Sistêmico

    Teoria U

    Wisdom of the Crowd

    INOVAÇÃO NA PRÁTICA

    Destruição Criativa

    Disrupção

    Indústria 4.0

    Inovação Aberta

    Inovação Incremental

    Inovação Radical

    Makerspace

    Sandbox Regulatório

    INOVAÇÃO CIENTÍFICA

    Biomimética

    Biotecnologia

    CRISPR

    Singularidade

    Transumanismo

    INOVAÇÃO SOCIAL: GERAÇÕES

    Geração X

    Xennials

    Geração Y (os Millennials)

    Geração Z

    Geração Alpha

    Perennials

    INOVAÇÃO SOCIAL: DIVERSIDADE E INCLUSÃO

    Bropriating

    Manterrupting

    Feminismo Interseccional

    Sororidade

    Carga Mental

    Economia do Cuidado

    INOVAÇÃO COMPORTAMENTAL

    Dopamine Fasting

    Síndrome de Burnout

    Tunnelling

    Neurodiversidade

    Nomadismo Digital

    The Great Resignation (A Grande Renúncia)

    Sharenting

    Veganuary

    INOVAÇÃO POLÍTICA

    Afrofuturismo

    Capitalismo de Vigilância

    Democracia Líquida

    Smart City

    Sociedade 5.0

    Tecnopolítica

    Woke Capitalism

    INTRODUÇÃO

    O vocabulário da Revolução – tudo que você precisa saber para começar a inovar hoje

    Todo dia surgem novos conceitos no mundo da inovação.

    Alguns têm sua raiz na Antiguidade – seus princípios já eram usados por Aristóteles, por exemplo. Mas são ressignifcados no ambiente da Nova Economia, e assim renovam sua importância. Outros são neologismos criados para expressar novos sentidos, conceitos originais que surgem para capturar aquilo que não existia anteriormente.

    É difícil se manter atualizado com o glossário da inovação, que se transforma todo dia. Da mesma forma, não é fácil separar aquilo que é só espuma das novidades que realmente representam um conhecimento indispensável, de uso prático na sua carreira e na sua vida.

    Foi pensando nisso que, desde 2014, quando lançamos o Projeto Draft, a mais influente plataforma de conteúdo brasileira dedicada à inovação e ao empreendedorismo, decidimos publicar a seção Verbete Draft, uma mini-enciclopédia que disseca os principais termos que compõem o vocabulário de inovadores, empreendedores, investidores, mentores e demais protagonistas dos negócios pós-industriais.

    Nossa missão com Verbete Draft sempre foi realizar essa curadoria para você: separar o que importa do que é só espuma; e, então, traduzir os conceitos mais relevantes (e muitas vezes herméticos) numa leitura rápida, elucidativa – e, por que não? –, divertida.

    É nosso objetivo no Projeto Draft, em todos os conteúdos que publicamos, compartilhar conhecimento. Nossa razão de existir, desde a nossa estreia, é contar as melhores histórias, produzidas pelos melhores empreendedores brasileiros, para inspirar a produção de novas grandes histórias por novos empreendedores.

    Em Verbete Draft, garimpar e dissecar as buzzwords de inovação, que estão em constante movimento, tem sido um desafio. Um exercício jornalístico que requer horas de pesquisa e de consulta com especialistas. Nosso trabalho é simplificar, sem jamais incorrer em simplismo.

    O Dicionário de Inovação é o melhor do Verbete Draft. E também é a forma que encontramos de comemorar o aniversário de 8 anos do Projeto Draft. Ao longo desse tempo, apresentamos quase 300 termos em Verbete Draft. Você encontrará nesse livro 50 verbetes, selecionados entre o melhor que já publicamos. Esperamos que esse material possa continuar servindo como uma ferramenta útil para inovadores e empreendedores reinventarem o mundo ao redor.

    Em quase dois anos à frente da seção Verbete Draft, posso dizer que meu trabalho valeu como um mestrado em Inovação. (Agora, relendo e editando os verbetes para este Dicionário de Inovação, tenho certeza de que já comecei um doutorado!)

    Gostaria de agradecer a Gisela Blanco, primeira editora de Verbete Draft, e a Isabela Mena, a jornalista que cuidou da seção por mais tempo – e com muito carinho. Sem elas, este livro não existiria.

    O Dicionário de Inovação é o primeiro de uma série de livros que lançaremos pelo selo Draft Books, enfocando também outros grandes territórios de conhecimento do universo do Projeto Draft: Empreendedorismo, Tecnologia e Transformação Digital. Você não perde por esperar!

    Desejo que as próximas páginas lhe permitam descobrir mais sobre o universo de inovação. Que esse livro funcione como um documento vivo, dinâmico e, sobretudo, útil em sua jornada profissional. Por fim, espero que, além de informação relevante, você encontre aqui uma leitura agradável.

    Dani Rosolen

    Editora do Projeto Draft

    TEORIAS DA INOVAÇÃO

    Cauda Longa

    O QUE É

    Do original The Long Tail, em inglês, é uma teoria que acredita que nossa cultura e economia estão se distanciando do foco em um número relativamente pequeno de hits (produtos conhecidos, que fazem sucesso) no topo da curva de demanda, para um grande número de nichos na cauda dessa mesma curva.

    Isso porque, na era digital, os custos de produção e distribuição são mais baixos e há menos necessidade de massificar produtos em um único formato e tamanho. Como no mercado online não há questões de espaço físico (para o armazenamento da produção) e de gargalos de distribuição, produtos e serviços segmentados podem ser economicamente tão rentáveis quanto produtos de massa.

    Para que a teoria da Cauda Longa funcione é preciso existir alguns hits e muitos nichos na cauda, de modo que os consumidores — que precisam ter contato com o que lhes é familiar para então se mover para o desconhecido — sejam levados de um a outro por ferramentas de recomendações e filtros.

    ORIGEM

    Originariamente, a Cauda Longa é um conceito da Estatística para identificar distribuições de dados. O termo se popularizou quando Chris Anderson, então editor-chefe da revista Wired, escreveu um texto na edição de outubro de 2004, baseado em pesquisas e artigos acadêmicos, em que explicava a transformação do mercado de massa para um de inúmeros nichos em função das consequências da abundância causada pela tecnologia. E citava exemplos como Amazon, Apple e Yahoo.

    Dois anos depois, Anderson elaborou o conceito no livro The Long Tail – Why the Future of Business is Selling Less of More, publicado no Brasil como A Cauda Longa – Do Mercado de Massa para o Mercado de Nicho.

    PARA QUE SERVE

    Segundo Pyr Marcondes, consultor, jornalista, publicitário e autor de livros, a Cauda Longa serve para amplificar de forma escalável a rentabilidade de quem interage com a teoria no âmbito dos negócios. Serve ainda para expandir ao microcosmo das áreas mais periféricas da economia, a penetração e distribuição de serviços e produtos, diz.

    Ele explica que, além de uma teoria, a Cauda Longa é também uma ferramenta que pode ser aplicada para o desenvolvimento de softwares de gestão, de comunicação e de replicação em qualquer situação em que a escala é uma variável importante.

    QUEM USA

    Produtos culturais como música, vídeo e livros estão em categorias cuja evidência estatística mais se destacam na Cauda Longa. Por isso Amazon, Apple (iTunes) e Netflix são exemplos clássicos da teoria, já que demonstram o efeito prateleira infinita nas vendas em relação a empresas offline do mesmo setor.

    O eBay é outro exemplo, assim como o Google. No Brasil, empresas de telefonia, os servidores de hosting e banda larga e marketplaces de pequenos negócios como o Buscapé usam a Cauda Longa, afirma Marcondes.

    EFEITOS COLATERAIS

    O maior efeito colateral que identifico, se é que podemos chamar assim, é que a Cauda Longa é de muito difícil acesso, por sua extensão e pulverização, diz Marcondes. Não é uma estrutura de negócios organizada, ao contrário, é caótica e dispersa. Multidiversificada e, na maior parte das vezes, desconexa.

    Exponencialidade

    O QUE É

    Exponencialidade (em inglês, é mais comum o uso da expressão Exponential Growth), em um contexto tecnológico, é o termo utilizado para definir a velocidade ultra acelerada com que as tecnologias têm evoluído nas últimas décadas e o efeito que causam na sociedade. Para tanto, utiliza o conceito matemático de função exponencial — que, exposta em um gráfico, permite o estudo de situações que se enquadram em uma curva de crescimento ou decrescimento. No caso da Exponencialidade tecnológica, a curva (exponencial) sobe cada vez mais rápido e de forma impactante.

    Para se ter ideia, basta pegar um ponto nessa curva não muito distante, como o começo dos anos 2000. Naquela época, a internet já tinha dez anos, mas a conexão ainda era discada e usava-se disquete para salvar arquivos do computador. Hoje, já existem conexões de internet em TBPS (Terabytes — trilhão de bytes— por segundo) e é possível salvar arquivos na nuvem — o que era improvável há pouco tempo, agora é até impalpável.

    Igor Oliveira, engenheiro e sócio da Aerolito (empresa de futurismo e experimentação de tecnologias exponencias que faz parte da rede Perestroika), diz que a razão pela qual a tecnologia da informação cresce de forma exponencial é usarmos as tecnologias mais recentes para construir as próximas. Não estamos mais usando um computador do tamanho de uma sala para projetar os próximos computadores. Cada avanço tecnológico é um degrau para o próximo.

    Um ponto importante sobre Exponencialidade é justamente seu oposto, a linearidade. No gráfico, enquanto a curva exponencial se projeta para cima e muito rapidamente, a linear é reta e estável — assim como o funcionamento do cérebro humano. Há ainda um outro conceito sempre citado quando se fala em Exponencialidade, a Lei de Moore. Também voltada ao crescimento exponencial, mas de hardware, foi formulada em 1965 por Gordon Moore, um dos fundadores da Intel. Ele percebeu que o número de transistores que podem ser colocados em um chip dobra a cada 18 meses (e ficam cada vez mais baratos e velozes).

    ORIGEM

    Não há um inventor. Oliveira conta que quem popularizou a expressão Exponential Growth foi o cientista da computação e futurista norte americano Ray Kurzweil, autor do livro The Singularity Is Near When Humans Transcend Biology, lançado em 2005, e cofundador da Singularity University.

    PARA QUE SERVE

    Para a compreensão, a consciência e até mesmo transformação dos efeitos que as novas tecnologias provocam na sociedade. Segundo Alfredo Colenci Neto, professor da Faculdade de Tecnologia do Estado (Fatec) São Carlos (SP), há um impacto positivo no mundo a partir das tecnologias exponenciais. Podemos listar o aumento da expectativa de vida, a redução drástica da mortalidade infantil, o surgimento de energias renováveis, a redução no preço de alimentos e da energia elétrica e a redução do analfabetismo, entre outros.

    Para Oliveira, esta época de intensos avanços e descobertas tecnológicas influencia tanto a cultura quanto o pensamento. "As perspectivas, previsões, planejamentos devem levar em conta o pensamento exponencial em contrapartida ao mindset linear. Mas, como diz Bob Wollheim, temos tanto que ter cuidado com o hype quanto com o Cost of Ignoring [risco de ignorar tudo o que está acontecendo à sua volta e não repensar nada]. Isso faz muito sentido."

    QUEM USA

    Todos os que utilizam tecnologia, sejam pessoas com seus smartphones, sejam empresas e seus maquinários. Colenci Neto dá o exemplo do uso da Exponencialidade em universidades. Como capacitar um universitário de graduação que tenha grade curricular definida anos atrás e não se adequa às mudanças? As maneiras como iremos estudar e trabalhar serão diferentes no futuro.

    EFEITOS COLATERAIS

    A Exponencialidade pode levar a uma mudança na estrutura das empresas (chamadas de Organizações Exponenciais), com a diminuição das vagas de empregos. Em vez de milhares de funcionários e grandes instalações físicas, essas empresas estão executando suas atividades por meio de pequenas organizações focadas em tecnologias da informação. Há quem diga que o avanço tecnológico tem como consequência o desemprego, mas mudanças na forma do trabalho acabam por gerar outras formas de trabalho. Tem sido assim por séculos, diz Colenci Neto.

    Futurismo

    O QUE É

    Futurismo é a disciplina que investiga, explora, traduz e acelera as possibilidades de um futuro pós-emergente, ou seja, de cinco a dez anos. Sua proposta é observar como as evidências (passadas e presentes) encontradas na ciência, na tecnologia e no empreendedorismo podem afetar a cultura, os novos comportamentos e as novas estruturas da sociedade. Seu objetivo é aumentar a consciência da sociedade ajudando-a a tomar decisões que gerem impacto positivo tanto hoje quanto amanhã.

    A definição acima é uma (leve) adaptação do conceito adotado pela Aerolito, laboratório de futurismo e tecnologias exponenciais da Perestroika, cofundada pelo futurista Tiago Mattos. Segundo Mattos, como o Futurismo é algo novo enquanto disciplina, seus conceitos ainda estão em formação. E, aqui, a palavra conceito não está no plural por caso. Quando você dá um Google, não encontra com clareza uma definição porque mesmo entre os profissionais não há consenso, diz.

    Ele prossegue: "Tenho procurado ajudar na criação de uma definição universal porque percebo uma mistura do Futurismo com áreas como

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