Docência, tecnologia e o desafio da institucionalização do saber
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Sobre este e-book
Organizado em nove capítulos, o livro apresenta relatos de experiências vivenciadas por estudiosos da área, os quais versam sobre o processo de ensino e aprendizagem baseado no uso das tecnologias, bem como sobre os limites e desafios enfrentados pelos docentes, na tentativa de inserir essas ferramentas no âmbito educacional.
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Docência, tecnologia e o desafio da institucionalização do saber - Carina Maria Alves Cecchi
APRESENTAÇÃO
Esta coletânea de artigos, escritos por profissionais de referência em suas áreas de atuação, traz para reflexão a educação contemporânea e suas vertentes tecnológicas, metodológicas e relatos de experiências no processo de ensino e aprendizagem. É uma análise minuciosa de um amplo e contínuo universo de evoluções diárias, que envolvem plataformas, startups e Edtechs que fazem da educação um complexo de inovações e possibilidades.
São artigos baseados em uma requintada pesquisa bibliográfica sobre a inovação e a sua aplicação fundamental nas instituições de ensino; contextualização do ciberespaço; articulação dos processos interacionais da gamificação e dos simuladores para aprendizagem colaborativa; tendências da Educação 4.0 e as vantagens de implementá-las, demonstrando que esse modelo de educação não é o futuro, mas o presente.
A coletânea evidencia, ainda, a tríade sociedade da informação, tecnologia e conhecimento, enfocando suas dimensões teóricas e práticas em benefício da construção da cognição no contexto contemporâneo.
CAPÍTULO 1
INOVAÇÃO ABERTA E EDUCAÇÃO: A IMPORTÂNCIA DO DIÁLOGO ENTRE EDTECHS E AS INSTITUIÇÕES DE ENSINO
Marcio Araujo Oliverio
Introdução
Ao analisar a bibliografia sobre inovação, é possível perceber que Schumpeter (1942) foi o pioneiro a estabelecer a relação entre inovação e o desenvolvimento econômico com dinâmica e força própria para impulsionar estruturas econômicas. O autor acredita que a implementação de respostas criativas constitui uma decisão econômica fundamental
(Schumpeter, 1942).
Partindo desse princípio, qualquer instituição de ensino, empresa ou pessoa que adote novas práticas, modelos, atitudes, produtos ou métodos, acaba obtendo um conhecimento, mesmo que temporário, que a diferencia dos concorrentes. Isso compensa o lucro e o investimento em pesquisa até que os concorrentes consigam copiar essa inovação. As ondas de inovação vão reestruturando o mercado, favorecendo as empresas que conseguem reagir de forma mais rápida e eficaz a essas mudanças, Schumpeter (1942) chama isso de destruição inovadora
.
Essas ondas vão reestruturando o mercado, favorecendo as instituições que conseguem reagir de forma mais rápida e eficaz a essas mudanças. Segundo Schumpeter (1942, p. 84, tradução nossa), em outras palavras, o problema usualmente estudado é o da maneira como o capitalismo administra a estrutura existente, ao passo que o problema crucial é saber como ele as cria e destrói
. O autor sugere que a economia passa por ciclos econômicos e que cada ciclo tem duração máxima de cinquenta anos. No atual momento, pode-se afirmar que nós vivemos uma onda baseada na ordem tecnológica com base na microeletrônica.
Ao analisar o cenário brasileiro, mesmo com as políticas desenvolvimentistas, a instabilidade econômica nos últimos anos impactou o crescimento do país a ponto de perder investimento em inovação. Diante disso, a questão principal analisada neste capítulo é: quais os caminhos que podem levar instituições de ensino e startups do ramo educacional a terem uma visão mais inovadora em um cenário econômico desafiador como é historicamente o do Brasil?
Conceituando startups e Edtechs
O primeiro registro do uso da palavra startup como uma empresa em desenvolvimento foi no artigo publicado na revista Forbes, em 1976, no qual se encontra a seguinte referência: "O negócio fora de moda de investir em startups na área de processamento de dados eletrônicos¹" (Lebret, 2019).
Um ano mais tarde, em 1977, a revista Business Week publicou um artigo no qual fazia a seguinte citação de startup: "Uma incubadora de empresas iniciantes, especialmente no rápido crescimento, campos de alta tecnologia²" (Lebret, 2019, online).
No fim dos anos 1990 e com o estouro da bolha das empresas ponto com, o termo startup começa a ser utilizado para definir empresas inovadoras com forte base tecnológica. Durante as últimas décadas, estudiosos e profissionais apresentaram diversas definições para startup. Steve Blank (2010, online) define startup como uma organização formada para buscar um modelo de negócios escalonável e repetível
³. A escalabilidade, a repetibilidade e o crescimento rápido são características que costumam aparecer em diversas definições sobre startup.
o modelo de negócio de uma startup precisa ser escalável, isto é, poder atingir rapidamente um grande número de usuários a custos relativamente baixos e também o modelo de negócios de uma startup deve ser repetível, ou seja, deve ser possível replicar ou reproduzir a experiência de consumo de seu produto ou serviço de forma relativamente simples, sem exigir o crescimento na mesma proporção de recursos humanos ou financeiros. (Abstartups, 2017, online)
Dessa maneira, o foco de uma startup está no modelo de negócio com escalabilidade e repetibilidade, características importantes para conceituar de maneira assertiva uma empresa. Porém é esperado que essas empresas também tenham um crescimento rápido. Esse foco no crescimento é o que diferencia as startups das pequenas empresas.
Visto isso, é importante esclarecer que nem toda empresa iniciante é uma startup. Fica claro também que o conceito de startup
não é um modismo do mercado, mas nasce para diferenciar as empresas tradicionais de outras com características bem específicas. Caso contrário, poderíamos simplesmente diferenciar, por exemplo, as novas empresas entre as bem-sucedidas, aquelas que cresceram rapidamente e as que não cresceram tão rápido.
Diante disso, este estudo adotará como definição que startups são empresas de inovação, com forte base tecnológica, que buscam um crescimento rápido e modelo de negócio escalável, repetível e flexível. Entre as características supracitadas, trazemos uma definição de cada uma delas:
• Inovação - empresa que apresenta um produto, serviço ou um modelo de negócio com elementos de diferenciação ao que já é oferecido ao mercado.
• Escalabilidade - possibilidade de o produto ou serviço escalar rapidamente, conseguindo um bom número de usuários, porém mantendo os custos relativamente baixos.
• Repetibilidade - modelo de negócio que possa ser repetível, ou seja, que a experiência do usuário com o que é oferecido pela startup possa ser repetida de forma simples, sem a necessidade de grandes investimentos em infraestrutura ou recursos humanos.
• Flexibilidade - possibilita que as startups trabalhem com uma equipe enxuta, visando atender às demandas de um mercado extremamente dinâmico e competitivo.
Para crescer rapidamente, o proprietário da startup precisa oferecer um produto inovador e que tenha uma grande demanda. Uma barbearia tradicional, por exemplo, não é algo inovador. Ao analisá-la, verifica-se que esse tipo de empresa não tem as características definidas para uma startup. Essa empresa não consegue escalar o seu serviço, pois há um limite de atendimento de clientes por dia. Também não terá um crescimento rápido, já que existem diversas outras empresas oferecendo o mesmo tipo de serviço.
Porém, imagine que essa barbearia se transforme em um sucesso e cresça de forma rápida. Para ampliar o atendimento, esse estabelecimento terá que contratar mais funcionários. Nesse caso, a empresa perderá em flexibilidade e autonomia, pois necessitará de uma equipe maior, conforme o aumento da demanda. Resumindo, uma barbearia não é startup. Uma barbearia não é concebida para crescer rapidamente, exceto em alguns casos bem específicos. Por outro lado, um aplicativo educacional, por exemplo, é concebido para crescer rapidamente em base de usuários e downloads quando é disponibilizado na internet.
Já o termo EdTech surgiu para conceituar as startups que utilizam as Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) na educação e que possuem como objetivo aprimorar a aprendizagem dos alunos. O uso da tecnologia na sala de aula permite que os alunos desenvolvam habilidades necessárias para empregos em uma economia da informação. A EdTech pode conectar o modelo de educação tradicional com a experiência do mundo real para preparar melhor os estudantes com vistas a uma economia que valorize a inovação e a liderança.
Inovação, tecnologia e educação
Com a profusão de novos suportes digitais, muda-se também a forma como se produz conteúdo e, em específico, a forma como são elaborados os conteúdos educacionais, que passam a ser cada vez mais segmentados e diversificados, permitindo ao aluno, a partir do que foi transmitido, também reenviar e reelaborar conteúdos. Assim, no mundo inter e intraconectado, as pessoas passam a ser os produtores e disponibilizadores de informação, num vai e vem de conteúdos ainda não experimentado
(Squirra, 1999, p. 6). Segundo Vygotsky (1988), a construção do conhecimento humano ocorre por meio da interação, e o processo de ensino e aprendizagem envolve aquele que ensina e o que aprende.
Os suportes tecnológicos, portanto, podem ser vistos como meios para se construir o conhecimento educacional por possibilitar acesso às informações em que a linguagem e os conteúdos interativos auxiliam na aquisição do saber. A educação, antes um ato solitário, passa a ocorrer de forma interativa e colaborativa. Essa experiência colaborativa é algo que aparece com mais intensidade na cultura digital por meio das diversas ferramentas disponíveis e utilizadas pelos nativos digitais (Prensky, 2001).
As novas gerações emergem em outra visão de mundo e, muitas vezes, deparam-se com um conceito educacional analógico
, fruto da experiência da geração conhecida como imigrantes digitais. Segundo Prensky (2001), introduzir novas tecnologias na sala de aula não melhora o aprendizado automaticamente, porque a tecnologia dá apoio à pedagogia, e não o contrário. Infelizmente, a tecnologia não serve de apoio à velha aula expositiva, a não ser da forma mais trivial, como passar fotos e filmes. Para que ela tenha efeito positivo no aprendizado, os professores precisam primeiramente mudar o jeito de dar aula. A expressão Pedagogia de Parceria
(Prensky, 2001) é utilizada para definir esse novo método, no qual a responsabilidade pelo uso da tecnologia é do aluno – e não do professor.
A chegada das TICs trouxe uma gama de possibilidades para a área educacional, e os desenvolvedores de tecnologia da educação são importantes para o avanço da indústria e a aprendizagem dos estudantes atuais. À medida que professores e alunos procuram abordagens mais personalizadas e práticas para a educação, a demanda por abordagens e produtos inovadores impulsionará o setor de EdTech.
Pode-se, por exemplo, olhar para o segmento da primeira infância e os diversos produtos e serviços de Edtechs oferecidos por esse segmento, como também olhar para o ensino superior, passando também pela educação corporativa. A riqueza desse segmento está no fato de que o processo formativo do ser humano é constante, iniciando nos seus primeiros dias de vida. Ao analisar os dados da CBinsights (2017) sobre startups com produtos ou serviços para a primeira infância, percebe-se que houve um crescimento de forma constante no financiamento desse segmento de 54%, em 2014, para 61%, em 2017. Esse mesmo período coincidiu com a fase de operações de meganegócios, como a rodada de financiamento de U$ 200 milhões para a VIPKID, uma plataforma que ensina inglês para crianças chinesas de 4 a 12 anos de idade. Dentro desse segmento das Edtechs, há produtos e serviços que vão desde sites de comércio eletrônico até plataformas educacionais para brinquedos de realidade aumentada.
Esse crescimento no setor também acompanha as mudanças nas instituições de ensino. Em 2014, a Fundação Catar perguntou a 645 especialistas de todos os continentes como eles imaginariam as escolas até 2030. Para 93% deles, a inovação – tecnológica, social e pedagógica – será a chave para o sucesso do avanço educacional nos próximos anos.
De acordo com a pesquisa, 83% apontaram uma mudança no papel do professor para uma ação mais individualizada com relação ao aluno. O professor deixa de ser um profissional especializado e passa a ser um facilitador do conhecimento para o aluno.
Ele vai trabalhar como uma biblioteca: um bibliotecário não é necessariamente um especialista em livros, mas ele conhece o conteúdo de cada livro, e como você pode encontrá-lo e se ele estiver disponível. O mesmo acontecerá com os professores: ouvindo as necessidades, interesses e objetivos, e ajudá-lo a cumpri-las. (Wise, 2014, p. 32, tradução nossa)
A pesquisa também mostrou que a grande maioria dos entrevistados acredita que a escola terá uma aprendizagem mais interativa ou guiada e se tornará mais colaborativa. A colaboração deverá ser reforçada por recursos on-line e inovadores que suportam networking, diálogo e intercâmbio, bem como estruturas de redes sociais tradicionais. O sistema de educação do futuro será um híbrido entre o conteúdo on-line e redes de aprendizagem globais. Os encontros presenciais continuam a existir.
Já 43% dos especialistas consultados acreditam que o conteúdo será fornecido predominantemente por plataformas on-line. No entanto, isso não torna a modalidade presencial obsoleta. A escola se tornará uma estrutura de rede em que a sala de aula física é o nó, a conexão. Dessa maneira, o que muitos especialistas acreditam é que a escola caminha para um modelo híbrido, no qual o aluno tem acesso a uma parte teórica e pode aprofundar em grupo, presencialmente, os conceitos aprendidos de forma on-line.
Com essa pandemia da covid-19, ficou mais evidente essa mudança do ensino presencial para o híbrido, o que deve avançar ainda mais nos próximos anos, mesmo com o surgimento de uma vacina. Isso acontecerá porque o setor educacional tem se ajustado para superar esse momento de pandemia, utilizando ferramentas e metodologias que provavelmente serão agregadas às ações das instituições de ensino em um período pós-pandemia.
Inovação fechada versus inovação aberta
O investimento em pesquisa e desenvolvimento nas empresas é um ponto importante quando se fala em inovação. Com o passar dos anos, algumas empresas entenderam que o modelo de inovação não precisava estar interiorizado e poderia ser compartilhado com parceiros. Por outro lado, ainda há empresas que preferem um modelo de desenvolvimento interno. Dentro dessa perspectiva é que nascem os conceitos de inovação aberta ou fechada.
A inovação aberta é uma das alternativas para o desenvolvimento global e regional na busca por soluções inovadoras que possam suprir as demandas que surgirão na reconfiguração do mercado de trabalho e impulsionadas pela pandemia do novo coronavírus. A economia em rede tem um papel importante nessa função e também impacta na maneira como os indivíduos e empresas produzem e comercializam inovações.
Já a inovação fechada é baseada em um princípio de que para uma empresa ter sucesso com a inovação, é necessário ter controle. Sendo assim, as companhias necessitam investir, desenvolver e gerar as suas próprias ideias. Da mesma maneira que é necessário que essas companhias distribuam as ideias quando elas estiverem suficientemente amadurecidas. A lógica que permeia essa estratégia é a de que a empresa tem todo o conhecimento tácito, uma lógica interna de que ela terá condições humana e financeira para sustentar o processo de inovação da companhia.
Durante muito tempo, o modelo de pesquisa e desenvolvimento de inovação utilizado na maioria das instituições foi o
