Poética Revelada

De Lino Giavarotti Filho

A família, o amor, os amigos e as reflexões construídas por relações amorosas, escritas ao longo da vida do autor, são reveladas, neste livro, como um aceno poético forçosamente recluso por muito tempo ante a premência do trabalho médico, árduo e, comumente, extemporâneo.
A longevidade trouxe, ao olhar atento de Lino Giavarotti Filho, revelações como as aquarelas iluminadas, criadas e guardadas há tempos pelas mãos cuidadosas de sua irmã, Neyglecir Giudice, que ilustram belamente esta obra. Unidas aos textos, impõem significados que transcendem a racionalidade.
A você, leitor, fica o convite para recolher a poesia revelada a quatro mãos neste livro, mergulhar em suas páginas, permitir que a emoção aflore e perpetue a leveza dos sinceros sentimentos.

• Idioma: Português
• Editora: Editora Labrador
• Data de lançamento: 14 de dez. de 2022
• ISBN: 9786556252919

Pré-visualização do livro

Copyright © 2022 de Lino Giavarotti Filho

Todos os direitos desta edição reservados à Editora Labrador.

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

Angélica Ilacqua CRB-8/7057

Giavarotti Filho, Lino

Poética revelada / Lino Giavarotti Filho. -- São Paulo : Labrador, 2022.

il., color.

ISBN: 978-65-5625-291-9

1. Poesia brasileira I. Título

22-5902

CDD B869.1

Índice para catálogo sistemático:

1. Poesia brasileira

Editora Labrador

Aos inspiradores da minha viagem poética: meu amor Maria Angela, minha mãe-irmã Nei, meus familiares e amigos.

Para Guita Guerzoni Piva, poeta e amiga, pela cumplicidade e preciosa leitura crítica.

PARTE 1 - AMIGOS

Minha riqueza

Encontro

Reencontro

Inspiração

Cine Emotions

Celofane

Nossos caminhos

O motivo e a motivação

PARTE 2 - AMOR

Nosso templo

A guardiã

Pequena declaração

Quanto tempo ainda

Busca

Mar amor

Trem azul

Mergulho

Casamento

Minha flor

PARTE 3 - FAMÍLIA

À filha

A graça

Lola

A velha casa

As mãos e a terra

Meu irmão

Artista das cores

Minha mãe

Meu pai

Os gêmeos

Marca da infância

Irmã

O guardião

Sessenta anos

Chegança

Aniversário

A neta, os suspiros

Filha minha

PARTE 4 - REFLEXÕES

A caça

Marés

Sinos e buzinas

Na pauta

A casa do açude

Memória

O mar

Tempo para viver

O brilho do artista

A luz, a fresta, o interior

Mensagem aos médicos

Mesa fraterna

Barra do Una

ENCONTRO

Chegar, afagar, abraçar.

Dar calor, esquentar, reaquecer.

Pôr para fora o coração pulsante, esquecer.

Esquecer que o tempo passou, que houve distância.

Tudo está aqui e agora como sempre esteve.

A distância é só espaço mensurável.

Para a distância, a mente.

Para o infinito, o espírito.

No infinito, o que nos separa depende de nós.

A distância nada é quando se tem a imaginação acesa e a fé no reencontro.

Meus amigos, mantenham acesa a chama do infinito.

Sem título (2000)

Aquarela sobre papel

18 x 12 cm

REENCONTRO

E lá estavam eles, afáveis e carinhosos como namorados que só se veem aos sábados à noite e preparam o corpo e o espírito, por toda a semana, para aquele momento. Alguns se anteciparam, chegaram uns e mais outros, todos com o coração no sorriso. Vinham de diversas praças, longínquos quintais. E rápidos, para chegar logo, ficar mais, retardar a partida. Movimentavam as ruas do lugar e seguiam uma só direção, caminho caseiro com cheiro de família — tempero no ar, chamando para a mesa. Rios correndo para o mar, inundação de saudade. Assim aconteceu e sempre acontece.

O reencontro esperado é um grande momento. Mesmo repetido à exaustão, não enjoa. Poucas coisas são