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Sobre este e-book
Seu primeiro poema foi escrito aos sete anos, e ela o intitulou de A vida e a morte. Florbela sempre teve uma necessidade de colocar para fora seus sentimentos, o que torna sua obra tão pessoal e biográfica. Com toda essa história de vida, Florbela nunca precisou levantar bandeiras, porque ela em si já era a personificação da emancipação feminina em sua época. É impossível passar incólume à sua obra, que cozinha amor, erotismo e devoção – devoção esta muitas vezes submetidas ao amor por um homem, sim, mas sempre consciente em ser uma escolha, não uma imposição.
Com o intuito de disseminar a história e obra de Florbela, criamos na Primavera Editorial o projeto Bela Flor, como uma homenagem à poetisa. Encontrará nas próximas páginas poemas que te façam refletir sobre amor, devoção e erotismo, de uma forma muitas vezes deslocada de seu tempo. A ideia da coleção é divulgar o poder dos escritos de Florbela, sim, mas também mostrar como existiram em todas as épocas mulheres que revolucionaram os padrões impostos pela sociedade, tornando-se o que sempre deveriam ser: elas mesmas.
Florbela Espanca
Nascida Flor Bela Lobo, em Vila Viçosa (Portugal) em 8 de dezembro de 1894, Florbela Espanca cometeria suicídio com remédios exatamente no dia de seu aniversário em 1930, em Matosinhos. Rejeitada pelo pai e órfã de mãe em 1908, sofreria ainda a perda do irmão em 1927. O amor almejado em seus poemas ela iria buscar nos braços de três maridos, tendo tido dois abortos e nunca tendo filhos. Sua obra romântica, mas amarga, sobrevive até hoje e é um dos marcos da poesia em língua portuguesa.
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Poemas selecionados - Florbela Espanca
Larissa Caldin,
Publisher da Primavera Editorial
Florbela Espanca é uma poetisa que já tem poema no seu próprio nome… Embora ofuscada muitas vezes pela figura de poetas como Fernando Pessoa, foi um dos grandes nomes da poesia portuguesa. Nasceu em 8 de dezembro de 1894, na região do Alentejo, fruto de uma relação extraconjugal entre João Espanca e sua colaboradora doméstica, sendo registrada pela sua mãe, Antônia, como filha de um pai incógnito
.
Com 18 anos, Florbela inicia o ensino secundário, sendo uma das primeiras mulheres a estudar, o que era já era um escândalo para a sociedade da época. Após se casar, Florbela decide voltar a estudar e ingressa na Faculdade de Direito de Lisboa – ela era uma das 14 mulheres entre 347 estudantes homens.
Não foram apenas os estudos que tornaram Florbela uma mulher à frente do seu tempo. Em 1921, Florbela se apaixona por outro rapaz, António Guimarães e decide, então, pedir o divórcio a Alberto, seu primeiro marido (ela se divorciaria depois de Antônio também). Ato completamente condenado pela sociedade, Florbela não se importou, queria não seguir os mesmos passos da mãe e buscar a sua felicidade.
Seu primeiro poema foi escrito aos sete anos, e ela o intitulou de A vida e a morte. Florbela sempre teve uma necessidade de colocar para fora seus sentimentos, o que torna sua obra tão pessoal e biográfica.
Com toda essa história de vida, Florbela nunca precisou levantar bandeiras, porque ela em si já era a personificação da emancipação feminina em sua época. É impossível passar incólume à sua obra, que cozinha amor, erotismo e devoção – devoção esta muitas vezes submetidas ao amor por um homem, sim, mas sempre consciente em ser uma escolha, não uma imposição.
Com o intuito de disseminar a história e obra de Florbela, criamos na Primavera o projeto Bela Flor, como uma homenagem à poetisa. Sei que encontrará nas próximas páginas poemas que te façam refletir sobre amor, devoção e erotismo, de uma forma muitas vezes deslocada de seu tempo. A ideia da coleção é divulgar o poder dos escritos de Florbela, sim, mas também mostrar como existiram em todas as épocas mulheres que revolucionaram os padrões impostos pela sociedade, tornando-se o que sempre deveriam ser: elas mesmas.
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