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Dossiê Bíblico: A verdade revelada
Dossiê Bíblico: A verdade revelada
Dossiê Bíblico: A verdade revelada
E-book475 páginas6 horas

Dossiê Bíblico: A verdade revelada

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Sobre este e-book

Em Dossiê Bíblico: A verdade revelada o autor analisa fatos bíblicos com o objetivo de mostrar ao leitor os acontecimentos do passado, do presente e do futuro, ou seja, esclarecer o fundamento da palavra de Deus através da Bíblia Sagrada.
IdiomaPortuguês
EditoraViseu
Data de lançamento9 de jan. de 2023
ISBN9786525437347
Dossiê Bíblico: A verdade revelada

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    Dossiê Bíblico - Piedade

    Apresentação

    Na perspectiva bíblica, os acontecimentos do passado, presente e futuro parecem se juntar a textos proféticos da Palavra de Deus. Para os céticos, parece tratar-se apenas da base da evolução humana e não de uma confirmação divina. Embora a Bíblia não seja um livro científico, é precisa quando se trata de temas de ciência. Alguns exemplos mostram que a ciência e a Bíblia são consistentes. A própria Bíblia contém fatos científicos muito diferentes das crenças de muitas pessoas que viveram na época em que foi escrita.

    A presente obra tem por objetivo orientar e esclarecer o fundamento da Palavra de Deus através da Bíblia Sagrada. Ela foi escrita pelo homem e, conforme registra, foi inspirada pelo poder do Espírito Santo.

    Sabe-se que a busca da verdade sobre a origem do universo tem sido um grande desafio para os cientistas. É nesse sentido que buscamos nos aprofundar no entendimento da verdade sobre o passado, o presente e o futuro, a fim de conhecer investigações reais sobre o destino da humanidade.

    Que o leitor possa tirar as dúvidas e se enriquecer deste Dossiê Bíblico – verdade ou mito, a busca da verdade. Se formos os únicos no universo, certamente é um desperdício ter um espaço tão infinito. Para um Deus Supremo, porém, cabe a Ele designar toda esta plenitude.

    Castanhal, setembro de 2014.

    EDEVALDO BATISTA DA PIEDADE

    edevaldopiedade@yahoo.com.br

    Capítulo 1

    1. Deus

    O fato da existência de Deus é tão visível, tanto através da criação quanto através da consciência do homem, que a Bíblia chama o ateu de tolo (Salmo 14:1). Assim, a Bíblia nunca tenta provar a existência de Deus, antes, ela supõe a Sua existência desde o início (Gênesis 1:1). O que a Bíblia faz é revelar a natureza, o caráter e a obra de Deus.

    A existência de Deus não pode ser provada ou refutada. A Bíblia diz que devemos aceitar, pela fé, o fato de que Deus existe: Sem fé é impossível agradar a Deus, pois quem dele se aproxima precisa crer que ele existe e que recompensa aqueles que o buscam (Hebreus 11:6). Se Deus assim desejasse, Ele poderia simplesmente aparecer e provar para o mundo inteiro que Ele existe. Mas se fizesse isso, não haveria necessidade de fé. Então Jesus lhe disse: ‘Porque me viu, você creu? Felizes os que não viram e creram’ (João 20:29).

    Isso não significa, porém, que não há provas da existência de Deus. A Bíblia diz: Os céus declaram a glória de Deus; o firmamento proclama a obra das suas mãos. Um dia fala disso a outro dia; uma noite o revela a outra noite. Sem discurso nem palavras, não se ouve a sua voz. Mas a sua voz ressoa por toda a terra, e as suas palavras, até os confins do mundo (Salmo 19:1-4). Observar as estrelas, compreender a vastidão do universo, admirar as maravilhas da natureza, enxergar a beleza do pôr do sol – todas essas coisas apontam para um Deus Criador.

    Se tudo isso ainda não fosse suficiente, também há evidência de Deus em nosso próprio coração. Eclesiastes 3:11 nos diz: ... Também pôs no coração do homem o anseio pela eternidade. Temos o reconhecimento dentro de nós de que há algo além desta vida e alguém além deste mundo. Podemos até negar este conhecimento intelectualmente, mas a presença de Deus em nós e ao nosso redor ainda é óbvia. Apesar disso, a Bíblia nos adverte de que alguns ainda vão negar a existência de Deus: Diz o tolo em seu coração: ‘Deus não existe’ (Salmo 14:1). Uma vez que a grande maioria das pessoas ao longo da história, em todas as culturas, em todas as civilizações e em todos os continentes acreditam na existência de algum tipo de Deus, deve haver algo (ou alguém) causando esta crença.

    Além dos argumentos bíblicos para a existência de Deus, existem argumentos lógicos. Em primeiro lugar, existe o argumento ontológico. A forma mais popular do argumento ontológico usa o conceito de Deus para provar a existência de Deus. Ele começa com a definição de Deus como um ser do qual nada maior pode ser concebido. Em seguida, é argumentado que existir é maior do que não existir e, portanto, o maior ser concebível deve existir. Se Deus não existisse, então Deus não seria o maior ser concebível, o que estaria em contradição com a própria definição de Deus.

    Um segundo argumento é o argumento teleológico. O argumento teleológico afirma que já que o universo apresenta um projeto tão incrível, deve ter havido um designer divino. Por exemplo, se a Terra fosse significativamente mais perto ou mais longe do sol, não seria capaz de suportar a maior parte da vida que atualmente sustenta. Se os elementos na nossa atmosfera fossem apenas alguns pontos percentuais diferentes, quase todos os seres vivos na Terra morreriam. As chances de uma única molécula de proteína se formar ao acaso é de 1 em 10.243 (ou seja, 1 seguido de 243 zeros). Uma única célula é constituída por milhares de moléculas de proteína.

    Um terceiro argumento lógico para a existência de Deus é chamado de argumento cosmológico. Todo efeito deve ter uma causa. Este universo e tudo nele é um efeito. Deve haver algo que causou tudo que existe. Em última análise, deve haver alguma coisa não causada a fim de fazer com que todo o resto passasse a existir. Essa causa sem causa é Deus.

    O físico Michael Heller ganhou um dos prêmios mais cobiçados da ciência depois de formular uma teoria que provou a existência de Deus.

    Segundo ele, durante a sua adolescência, sua mente estava bastante dividida, pois não sabia qual rumo tomaria na vida: viver os prazeres da carne ou uma vida de devoção a Deus. Uma das suas piores sensações era não conseguir desvendar a origem do universo, o que fazia com que se sentisse bastante culpado. Mesmo em sua adolescência, Keller já era considerado um conceituado cosmólogo. Ele decidiu, então, usar seu talento para responder à sua maior dúvida: Como provar que Deus existe?

    Ele conseguiu colocar a ciência a serviço de Deus. O resultado desse estudo foi que ele se tornou pioneiro no ramo e recebeu um dos prêmios mais renomados da área, oferecido pela Fundação Template – instituto que reúne os maiores pesquisadores do mundo. Keller também recebeu um prêmio no valor de US$ 1,6 milhão.

    Como sua teoria explica a existência de Deus?

    Resumidamente, a teoria diz: a ciência conseguiu encontrar Deus. Ele chegou a esta conclusão fazendo uma comparação com a medicina, usando o chamado diagnóstico por exclusão: se uma doença não preenche todos os requisitos para ser classificada como uma enfermidade, isso não significa que ela não é uma doença. Seu estudo repercutiu em todo o mundo e seu estudo vem encorajando várias pessoas.

    Baseando-se no chamado Deus dos cientistas, o Big Bang, a enorme explosão do átomo primordial que teria dado origem a tudo que compõe o nosso universo, ele deixou uma pergunta bem intrigante no ar: Todo processo físico necessita de uma sequência de estados. Um estado é a causa para outro estado que é o seu efeito. Então, o que havia antes do átomo primordial?. Keller muitas vezes foi perseguido por soviéticos devido aos seus estudos contrários à ideia de alguns ateus.

    Realmente, essa teoria possui muitas questões não respondidas, mas nem mesmo a própria ciência consegue explicar coisas que estão além de nossa compreensão.

    Pensar corretamente sobre Deus é de extrema importância porque uma falsa ideia sobre Deus é idolatria. Em Salmo 50:21, Deus reprova o ímpio com esta acusação: Você pensa que eu sou como você? Para começar, uma boa e resumida definição de Deus é: o Ser Supremo, o Criador e Regente de tudo o que existe; o Ser autoexistente que é perfeito em poder, bondade e sabedoria.

    Aqui estão algumas das características de Deus conforme a Bíblia: Deus é justo (Atos 17:31), amoroso (Efésios 2:4-5), verdadeiro (João 14:6) e santo (1 João 1:5). Deus mostra compaixão (2 Coríntios 1:3), misericórdia (Romanos 9:15) e graça (Romanos 5:17). Deus julga o pecado (Salmos 5:5), mas também oferece o perdão (Salmos 130:4).

    Não podemos compreender Deus longe de suas obras, porque o que Deus faz flui de quem Ele é. Aqui está uma lista resumida das obras de Deus, passadas, presentes e futuras: Deus criou o mundo (Gênesis 1:1, Isaías 42:5); Ele ativamente sustenta o mundo (Colossenses 1:17); Ele está executando o Seu plano eterno (Efésios 1:11), que envolve a redenção do homem da maldição do pecado e da morte (Gálatas 3:13-14); Ele atrai as pessoas para Cristo (João 6:44); Ele disciplina os Seus filhos (Hebreus 12:6) e Ele julgará o mundo (Apocalipse 20:11-15).

    Na pessoa do Filho, Deus se encarnou (João 1:14). O Filho de Deus se tornou o Filho do homem e é, portanto, a ponte entre Deus e o homem (João 14:6, 1 Timóteo 2:5). É somente através do Filho que podemos ter o perdão dos pecados (Efésios 1:7), a reconciliação com Deus (João 15:15, Romanos 5:10) e a salvação eterna (2 Timóteo 2:10). Em Jesus Cristo, habita corporalmente toda a plenitude da divindade (Colossenses 2:9). Conforme os teólogos e religiosos, para saber realmente quem é Deus, tudo que temos que fazer é olhar para Cristo.

    E finalmente, segundo a Bíblia, Deus é soberano, grandioso e poderoso, não há nada que possa se esconder Dele. Seu monte tem pedras preciosas, nada é impossível para Ele. Tudo lhe pertence. E, para aqueles que são céticos, não precisa lhes provar nada de sua existência. Vejamos o que diz mais a Bíblia:

    Ó profundidade da riqueza da sabedoria e do conhecimento de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e inescrutáveis os seus caminhos! Pois dele, por ele e para ele são todas as coisas. A ele seja a glória para sempre! Amém (Romanos 11:33, 36).

    Pois desde a criação do mundo os atributos invisíveis de Deus, seu eterno poder e sua natureza divina, têm sido vistos claramente, sendo compreendidos por meio das coisas criadas, de forma que tais homens são indesculpáveis; porque, tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe renderam graças, mas os seus pensamentos tornaram-se fúteis e os seus corações insensatos se obscureceram. Dizendo-se sábios, tornaram-se loucos (Romanos 1:20-22).

    Nada, em toda a criação, está oculto aos olhos de Deus. Tudo está descoberto e exposto diante dos olhos daquele a quem havemos de prestar contas (Hebreus 4:13).

    Por meio do seu amplo comércio, você encheu-se de violência e pecou. Por isso eu o lancei em desgraça para longe do monte de Deus, e eu o expulsei, ó querubim guardião, do meio das pedras fulgurantes (Ezequiel 28:16).

    Existe alguma coisa impossível para o Senhor? Na primavera voltarei a você, e Sara terá um filho"(Gênesis 18:14).

    Agora, nosso Deus, damos-te graças, e louvamos o teu glorioso nome. "Mas quem sou eu, e quem é o meu povo para que pudéssemos contribuir tão generosamente como fizemos? Tudo vem de ti, e nós apenas te demos o que vem das tuas mãos. Diante de ti somos estrangeiros e forasteiros, como os nossos antepassados. Os nossos dias na terra são como uma sombra, sem esperança. O Senhor, nosso Deus, toda essa riqueza que ofertamos para construir um templo em honra do teu santo nome vem das tuas mãos, e toda ela pertence a ti (1 Crônicas 29:13-16).

    1.1. O Sentimento de Deus

    Será que a nossa conduta afeta os sentimentos de Deus? Ou seja, será que nossas ações podem alegrar ou magoar a Deus? Alguns filósofos da antiguidade diziam que não. Eles argumentavam que ninguém pode influenciar a Deus e que, sendo assim, Ele não tem sentimentos. Mas a Bíblia diz algo bem diferente. Ela diz que Jeová tem ternos sentimentos e que se importa muito com o que fazemos. O Salmo 78:40-41 diz: Quantas vezes o provocaram no deserto, e o entristeceram na solidão! Voltaram atrás, e tentaram a Deus, e limitaram o Santo de Israel.

    O Salmo 78 fala sobre a relação de Deus com o Israel antigo. Depois de libertar a nação da escravidão no Egito, Jeová lhes ofereceu a oportunidade de entrar numa relação especial com ele. Prometeu que, se fossem obedientes às suas leis, eles se tornariam sua propriedade especial e seriam usados de uma forma extraordinária no cumprimento de Seu propósito. O povo aceitou e passou a estar sob o pacto da Lei. Será que cumpriram sua parte no acordo? – Vejamos em Êxodo 19:3-8 que diz: E subiu Moisés a Deus, e o Senhor o chamou do monte, dizendo: Assim falarás à casa de Jacó, e anunciarás aos filhos de Israel: Vós tendes visto o que fiz aos egípcios, como vos levei sobre asas de águias, e vos trouxe a mim. Agora, pois, se diligentemente ouvirdes a minha voz e guardardes a minha aliança, então sereis a minha propriedade peculiar dentre todos os povos, porque toda a terra é minha. E vós me sereis um reino sacerdotal e o povo santo. Estas são as palavras que falarás aos filhos de Israel. E veio Moisés, e chamou os anciãos do povo, e expôs diante deles todas estas palavras, que o Senhor lhe tinha ordenado. Então todo o povo respondeu a uma voz, e disse: Tudo o que o Senhor tem falado faremos. E relatou Moisés ao Senhor as palavras do povo.

    O salmista diz: Quantas vezes rebelavam-se contra ele no ermo! (Salmo 78:40) O versículo seguinte acrescenta: Vez após vez punham Deus à prova (Salmo 78:41). Note que o escritor descreve um ciclo de rebelião. E não demorou muito para essa atitude ruim surgir. Ela começou no deserto, logo depois que eles foram libertos do Egito. O povo começou a resmungar, questionando se Deus era capaz de cuidar deles e se estava disposto a fazer isso (Números 14:1-4). Uma obra de referência para tradutores da Bíblia diz que as palavras rebelavam-se contra ele podem ser traduzidas como endureceram seu coração contra Deus ou disseram ‘não’ a Deus. Mesmo assim, por misericórdia, Jeová perdoava seu povo quando demonstravam arrependimento. Mas depois, eles voltavam a fazer as mesmas coisas e se rebelavam de novo, e esse ciclo continuava (Salmo 78:10-19, 38).

    Como Jeová se sentia cada vez que esse povo inconstante se rebelava? Faziam-no sentir-se magoado, diz o versículo 40 do Salmo 78. Outra tradução diz que eles o entristeciam. Uma obra de referência bíblica explica: O significado aqui é que a conduta dos hebreus parecia ser de propósito para causar dor, assim como faz um filho desobediente e rebelde. Da mesma forma que um filho indisciplinado causa muito sofrimento a seus pais, os israelitas rebeldes penavam ao próprio Santo de Israel (Salmo 78:41).

    O que aprendemos desse salmo? É consolador saber que Jeová tem um forte apego a seus adoradores e não desiste facilmente deles. Ao mesmo tempo, podemos ver que Jeová tem sentimentos e que nossa conduta pode afetá-lo. Em vez de escolher um proceder pecaminoso e magoar o coração de Jeová, podemos escolher seguir um proceder correto e alegrar o Seu coração. E é exatamente isso que Ele pede a seus adoradores: Sê sábio, filho meu, e alegra meu coração (Provérbios 27:11). A melhor coisa que podemos fazer por Jeová é viver de uma forma que alegra o Seu coração.

    A Bíblia narra a história de Jacó, que vestiu as roupas de seu irmão Esaú e pôs peles de cabrito em seu pescoço e em suas mãos. Assim, ele enganou seu pai, Isaque, para que lhe desse a bênção que ele guardava para Esaú. Isaque acreditou que Jacó fosse Esaú. Mais tarde, Jacó foi enganado de um modo semelhante. Seus filhos venderam José, o irmão deles, e molharam sua túnica em sangue de bode. Seu pai concluiu que ele tinha sido morto por animais selvagens. Jacó acreditou que José estivesse morto, mas não estava. Cada um de nós já teve experiências semelhantes, quando nossos sentimentos se mostraram errados. Os sentimentos não são guias confiáveis em nossa relação com Deus. A Bíblia adverte-nos a não confiar em nosso coração, porque o coração é a mais enganosa de todas as coisas (Jeremias 17:9; Provérbios 28:26).

    Jesus advertiu seus discípulos contra muitos que, como Saulo de Tarso, pensariam estar servindo a Deus ao perseguirem os cristãos (João 16:2). Muitos pensam que estão seguindo uma estrada correta, porém, mais tarde, descobrirão que estão sendo conduzidos ao destino errado. Espiritualmente, o caminho que sentimos ser certo pode não nos conduzir aonde queremos ir (Provérbios 14:12; 16:25). Conforme diz a Bíblia, a palavra de Deus é verdade objetiva (João 17:17). Ela não é mudada por nossos sentimentos. Muitas pessoas religiosas seguem sua intuição e não consultam a palavra de Deus para saber o que agrada a Deus de fato. Quando alguém as desafia pelas Escrituras, elas ficam indignadas, insistindo em seus sentimentos. Mas a questão é: como elas sabem que foi Deus quem as fez sentir desse modo? A única fonte confiável para saber a vontade de Deus é a palavra dele. Se não podemos saber o que outros homens estão pensando, a menos que eles nos falem, quanto menos ainda podemos saber o que Deus pensa, fora de sua revelação (1Coríntios 2:10-13).

    O motivo de tanta violência no mundo é: pensamentos perversos, arrogâncias, crueldades e todas as abominações. Por isso não entendemos certos fenômenos ou grandes desastres da natureza. Vejamos o que diz a Bíblia:

    E vistes as suas abominações e os seus ídolos, o pau e a pedra, a prata e o ouro que havia entre eles, para que entre vós não haja homem, nem mulher, nem família, nem tribo cujo coração hoje se desvie do Senhor nosso Deus, para que vá servir aos deuses destas nações; para que entre vós não haja raiz que dê veneno e fel [...] E o Senhor o separará para mal, de todas as tribos de Israel, conforme a todas as maldições da aliança escrita no livro desta lei. Então dirá à geração vindoura, os vossos filhos, que se levantarem depois de vós, e o estrangeiro que virá de terras remotas, vendo as pragas desta terra, e as suas doenças, com que o Senhor a terá afligido [...] e todas as nações dirão: Por que fez o Senhor assim com esta terra? Qual foi a causa do furor desta tão grande ira? Então se dirá: Porquanto deixaram a aliança do Senhor Deus de seus pais, que com eles tinha feito, quando os tirou do Egito; e foram, e serviram a outros deuses, e se inclinaram diante deles; deuses que eles não conheceram, e nenhum dos quais lhes tinha sido dado. Por isso a ira do Senhor se acendeu contra esta terra, para trazer sobre ela toda a maldição que está escrita neste livro [...] As coisas encobertas pertencem ao Senhor nosso Deus, porém as reveladas nos pertencem a nós e a nossos filhos para sempre, para que cumpramos todas as palavras desta lei (Deuteronômio 29:17-18, 21-22, 24-27 e 29).

    E, como eles não se importaram de ter conhecimento de Deus, assim Deus os entregou a um sentimento perverso, para fazerem coisas que não convêm; estando cheios de toda a iniquidade, fornicação, malícia, avareza, maldade; cheios de inveja, homicídio, contenda, engano, malignidade; sendo murmuradores, detratores, aborrecedores de Deus, injuriadores, soberbos, presunçosos, inventores de males, desobedientes aos pais e às mães; néscios, infiéis nos contratos, sem afeição natural, irreconciliáveis, sem misericórdia (Romanos 1:28-31).

    E entrei, e olhei, e eis que toda a forma de répteis, e animais abomináveis, e de todos os ídolos da casa de Israel, estavam pintados na parede em todo o redor [...]. Então me disse: Viste, filho do homem, o que os anciãos da casa de Israel fazem nas trevas, cada um nas suas câmaras pintadas de imagens? Pois dizem: O Senhor não nos ver; o Senhor abandonou a terra. E disse-me: Ainda tornarás a ver maiores abominações que estes fazem [...] E levou-me à entrada da porta da casa do Senhor, que está do lado norte, e eis que estavam ali mulheres assentadas chorando a Tamuz. E levou-me para o átrio interior da casa do Senhor, e eis que estavam à entrada do templo do Senhor, entre o pórtico e o altar, cerca de vinte e cinco homens, de costas para o templo do Senhor, e com os rostos para o oriente; e eles, virados para o oriente adoravam o sol. Então me disse: Vês isto, filho do homem? Há porventura coisa mais leviana para a casa de Judá do que tais abominações que fazem aqui? Havendo enchido a terra de violência, tornam a irritar-me; e ei-los a chegar o ramo ao seu nariz. (Ezequiel 8:10, 12-14, 16-17).

    Não é preciso ir mais além de nossa imaginação sobre o sentimento de Deus, pois a sua manifestação é plena nos grandes fenômenos em todo o universo, e a Bíblia é a demonstração de sua riqueza para com a humanidade, é a confirmação do seu poder supremo em todo o hemisfério celeste. Vejamos mais o que diz a Bíblia sobre a magnitude do Seu poder e misericórdia:

    Com a sua voz troveja Deus maravilhosamente; faz grandes coisas, que nós não podemos compreender. Porque à neve diz: Cai sobre a terra; como também à garoa e à sua forte chuva. Ele sela as mãos de todo o homem, para que conheçam todos os homens a sua obra. Seja que por vara, ou para a sua terra, ou por misericórdia as faz vir (Jó 37:5-7 e 13).

    Ou quem encerrou o mar com portas, quando este rompeu e saiu da madre; quando eu pus as nuvens por sua vestidura, e a escuridão por faixa? Quando eu lhe tracei limites, e lhe pus portas e ferrolhos, e disse: Até aqui virás, e não mais adiante, e aqui se parará o orgulho das tuas ondas? (Jó 38:8-11).

    Segundo a Bíblia, o Seu sentimento se ofende com toda revolta contra Ele, pois é uma ação muito grave, é considerada uma feitiçaria. O orgulho e a soberba são como a idolatria. São atos gravíssimos perante Deus. Vejamos o que diz a Bíblia a respeito dessa situação de ofensa:

    Porque a rebelião é como o pecado de feitiçaria, e o porfiar é como iniquidade e idolatria. Porquanto tu rejeitaste a palavra do Senhor, ele também te rejeitou a ti, para que não sejas rei (1 Samuel 15:23).

    E num dia designado, vestindo Herodes as vestes reais, estava assentado no tribunal e lhes fez uma prática. E o povo exclamava: Voz de Deus, e não de homem. E no mesmo instante feriu-o o anjo do Senhor, porque não deu glória a Deus e, comido de bichos, expirou (Atos 12:21-23).

    Porque, quem te faz diferente? E que tens tu que não tenhas recebido? E, se o recebeste, por que te glorias, como se não o houveras recebido? (1 Coríntios 4:7).

    Mas não correspondeu Ezequias ao benefício que lhe fora feito; porque o seu coração se exaltou; por isso veio grande ira sobre ele, e sobre Judá e Jerusalém (2 Crônicas 32:25).

    Há uma geração cujos olhos são altivos, e as suas pálpebras são sempre levantadas (Provérbio 30:13).

    Eu, Nabucodonosor, estava sossegado em minha casa, e próspero no meu palácio [...]. E por causa da grandeza que lhe deu, todos os povos, nações e línguas tremiam e temiam diante dele; a quem queria matava, e a quem queria conservava em vida; e a quem queria engrandecia, e a quem queria abatia. Mas quando o seu coração se exaltou, e o seu espírito se endureceu em soberba, foi derrubado do seu trono real, e passou dele a sua glória. E foi tirado dentre os filhos dos homens, e o seu coração foi feito semelhante ao dos animais, e a sua morada foi com os jumentos monteses; fizeram-no comer a erva como os bois, e do orvalho do céu foi molhado o seu corpo, até que conheceu que Deus, o Altíssimo, tem domínio sobre o reino dos homens, e a quem quer constituir sobre ele. E tu, Belsazar, que és seu filho, não humilhaste o teu coração, ainda que tenhas sabido tudo isto. E te levantaste contra o Senhor do céu, pois foram trazidos à tua presença os vasos da casa dele, e tu, os teus senhores, as tuas mulheres e as tuas concubinas, bebestes vinho neles; além disso, deste louvores aos deuses de prata, de ouro, de bronze, de ferro, de madeira e de pedra, que não veem, não ouvem, nem sabem; mas a Deus, em cuja mão está a tua vida, e de quem são todos os teus caminhos, a ele não glorificaste (Daniel 4:37; 5:19-23).

    O coração do homem se exalta antes de ser abatido e diante da honra vai a humildade (Provérbios 18:12).

    Por causa desse sentimento de ofensa, Deus permitiu a expulsão e a matança de certos povos naquela época. Vejamos em Deuteronômio 9:3-5; 20:18:

    Esteja, hoje, certo de que o Senhor, o seu Deus, ele mesmo, vai adiante de você como fogo consumidor. Ele os exterminará e os subjugará diante de você. E você os expulsará e os destruirá, como o Senhor lhe prometeu. Depois que o Senhor, o seu Deus, os tiver expulsado da presença de você, não diga a si mesmo: ‘O Senhor nos trouxe aqui para tomarmos posse desta terra por causa da nossa justiça’. Não! É devido à impiedade destas nações que o Senhor vai expulsá-las da presença de você. Não é por causa de sua justiça ou de sua retidão que você conquistará a terra deles. Mas é por causa da maldade destas nações que o Senhor, o seu Deus, as expulsará de diante de você, para cumprir a palavra que o Senhor prometeu, sob juramento, aos seus antepassados, Abraão, Isaque e Jacó. Para que não vos ensinem a fazer conforme a todas as suas abominações, que fizeram a seus deuses, e pequeis contra o Senhor, vosso Deus.

    Segundo a Bíblia, Deus se agrada daqueles que se alegram e choram uns com os outros, que não ambicionam coisas altas, mas que se acomodam nas coisas humildes (Romanos 12:15-16). Já aqueles que servem a Deus com grandes dificuldades, porque fazem fofocas e discórdias, têm sua recompensa aqui na terra, como: doenças, crises financeiras constantes e outros. Mesmo assim, serão salvos, porque são salvos em Jesus, devido à fé que têm no Salvador. Vejamos na Bíblia a respeito dessas pessoas:

    Quem vos recebe, a mim me recebe; e quem me recebe a mim, recebe aquele que me enviou. Quem recebe um profeta em qualidade de profeta, receberá galardão de profeta; e quem recebe um justo na qualidade de justo, receberá galardão de justo. E qualquer que tiver dado só que seja um copo de água fria a um destes pequenos, em nome de discípulo, em verdade vos digo que de modo algum perderá o seu galardão (Mateus 10:40-42).

    Isto é, a justiça de Deus pela fé em Jesus Cristo para todos e sobre todos os que creem; porque não há diferença. Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus; sendo justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há em Cristo Jesus, ao qual Deus propôs para propiciação pela fé no seu sangue, para demonstrar a sua justiça pela remissão dos pecados dantes cometidos, sob a paciência de Deus; para demonstração da sua justiça neste tempo presente, para que ele seja justo e justificador daquele que tem fé em Jesus (Romanos 3:22-26).

    Conforme em Romanos 11:5-6, o Senhor Deus abençoa aqueles que são Seus não porque é correto, mais porque ele os escolheu para o seu rebanho. E para aqueles que pensam que Deus não os ouve, que está sendo implacável em castigá-los, que está de braços cruzados, o salmista foi bastante explícito na sua súplica em Salmos 74:11-17, 21 e em Lamentações 3:22, 24-26, 33,38-43, 47,51,55, 57, que dizem:

    Por que reténs a tua mão, a tua mão direita? Não fiques de braços cruzados! Destrói-os! Mas tu, ó Deus, és o meu rei desde a antiguidade; trazes salvação sobre a terra. Tu dividiste o mar pelo teu poder; quebraste as cabeças das serpentes das águas. Esmagaste as cabeças do Leviatã e o deste por comida às criaturas do deserto. Tu abriste fontes e regatos; secaste rios perenes. O dia é teu, e tua também é a noite; estabeleceste o sol e a lua. Determinaste todas as fronteiras da terra; fizeste o verão e o inverno. Não deixes que o oprimido se retire humilhado! Faze que o pobre e o necessitado louvem o teu nome.

    Graças ao grande amor do Senhor é que não somos consumidos, pois as suas misericórdias são inesgotáveis. Digo a mim mesmo: A minha porção é o Senhor; portanto, nele porei a minha esperança. O Senhor é bom para com aqueles cuja esperança está nele, para com aqueles que o buscam; é bom esperar tranquilo pela salvação do Senhor. Porque não é do seu agrado trazer aflição e tristeza aos filhos dos homens. Não é da boca do Altíssimo que vêm tanto as desgraças como as bênçãos? Como pode um homem reclamar quando é punido por seus pecados? Examinemos e submetamos à prova os nossos caminhos, e depois voltemos ao Senhor. Levantemos o coração e as mãos para Deus, que está nos céus, e digamos: ‘Pecamos e nos rebelamos, e tu não nos perdoaste. Tu te cobriste de ira e nos perseguiste, massacraste-nos sem piedade. Sofremos terror e ciladas, ruína e destruição’. O que eu enxergo enche-me a alma de tristeza, de pena de todas as mulheres da minha cidade. Clamei pelo teu nome, Senhor, das profundezas da cova. Tu te aproximaste quando a ti clamei, e disseste: ‘Não tenha medo’.

    Conclusão

    Com base nas Escrituras, o maior sentimento de Deus foi quando ele permitiu que seu Filho Unigênito fosse para o matadouro para a remissão de nossos pecados, para que todo aquele que nele crê (Jesus) não pereça, mas tenha a vida eterna (João 3:16). Existe amor maior que esse? Claro que não. O amor de Deus é insondável. Quem de nós seria capaz de entregar o seu filho único à morte para salvar alguém? Só mesmo quem tivesse muito amor por alguém que estivesse perecendo. Deus foi capaz disso, porque Ele é puro amor. Não há como sonegar em dizer que o poder misericordioso de Deus é incomparável. Sua soberania é insondável, Ele é fiel e justo para todo aquele que busca Sua face.

    Deus não mente. Deus não volta atrás em suas promessas. Deus não é homem para que minta, nem filho de homem para que se arrependa. Acaso Ele fala e deixa de agir? Acaso promete e deixa de cumprir? (Números 23:19). Concluindo, não há justificativa para Sua bondade e fidelidade. Ele é único.

    Capítulo 2

    2. Criação

    O universo teve um começo, conforme em Gênesis 1:1. Em contrapartida, muitos mitos antigos dizem que o universo foi criado, mas que foi organizado em um caos existente. Os babilônios acreditavam que o universo nasceu dos deuses que vieram de dois oceanos. Outras lendas dizem que o universo surgiu de um ovo gigante. Segundo a Bíblia, o universo é governado por leis naturais consistentes e não pelos caprichos dos deuses (Jó 38:33; Jeremias 33:25). Os mitos de todo o mundo ensinam que os seres humanos são apenas vítimas de ações imprevisíveis de deuses, por vezes cruéis.

    O homem até hoje busca a sua origem, a sua fé, o seu futuro, o porquê de tudo, de como surgiu. Segundo a Bíblia, a Terra foi criada por um Deus supremo. Ele criou todas as coisas. Vejamos o que dizem Gênesis 1:1-2 e Isaías 45:19:

    No começo Deus criou os céus e a terra. A terra era um vazio, sem nenhum ser vivente, e estava coberta por um mar profundo. A escuridão cobria o mar, e o Espírito de Deus se movia por cima da água (Gênesis 1:1-2).

    O Senhor, que criou os céus, é o único Deus. Ele fez a terra, e lhe deu forma, e a colocou no seu lugar. Ele não a criou para que ficasse vazia, mas para que houvesse moradores nela. O Senhor Deus diz: ‘Eu sou o Senhor, e não há outro deus’ (Isaías 45:19).

    A Terra já foi habitada antes da criação do homem. Ela foi arrasada por meteoros. No início, era habitada por dinossauros, na era dos grandes répteis, isso foi há 65 milhões. Segundo os paleontólogos, a extinção dos dinossauros ocorreu com a queda de um asteroide na região do México no período cretáceo. Esse asteroide teria aproximadamente 14 km de diâmetro e, no momento do impacto, levantou uma nuvem de poeira que cobriu a Terra por meses, impedindo a penetração de raios solares. Isso ocasionou a falta de alimento abundante para os dinossauros, provocando, assim, a morte de todos os seres vivos. Conforme as citações bíblicas acima, a terra era um vazio, sem nenhum ser vivente.

    Tudo leva crer que esse episódio, segundo a Bíblia, foi uma consequência da expulsão de Satanás e seus anjos no hemisfério celestial, devido à rebelião contra Deus. Naquela época, a Terra era uma espécie de zoológico para Deus. Os anjos foram lançados como se fossem cometas. Alguns caíram na terra e outros, no espaço. Alguns estão acorrentados, conforme a decisão de Deus (Apocalipse 9:14-15, Isaías 14:15).

    Seguindo a linha criacionista, o Prof. Adauto Lourenço apresenta provas científicas que contestam teorias como a do Big Bang, o evolucionismo e a datação da idade da Terra. A Terra possui um número muito grande de variáveis, perfeitamente balanceadas para que vida exista. Todos esses valores são apenas meras coincidências ou sinais de planejamento? Foi propondo questionamentos como este, a respeito das perfeitas condições para que haja vida na Terra, que o cientista Adauto Lourenço ministrou uma palestra sobre criacionismo, no auditório da Universidade Presbiteriana Mackenzie. Na ocasião, foram colocadas em debate duas conhecidas teorias a respeito da criação do

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