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Lembranças que não se apagam
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Lembranças que não se apagam
E-book131 páginas1 hora

Lembranças que não se apagam

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Sobre este e-book

Após um assalto, onde fica hospitalizada, em coma, Sheila começa a ter visões de outras vidas e passa a viver entre o presente e o passado. Por não saber lidar com a situação, sua mente entra em conflito e, num momento de grande estresse, perde a memória fazendo com que se inicie para ela uma jornada de provações. Enquanto isso, Fernando enfrenta situações de desgastes emocionais, onde precisa escolher entre permanecer no passado ou seguir sua vida, enquanto trava uma batalha física e espiritual contra o crime organizado.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento23 de fev. de 2023
ISBN9786588535417
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    Lembranças que não se apagam - d-fbuser-654683002

    Capítulo 1

    Sheila preparava-se para encerrar o expediente de mais um dia de trabalho. Estava feliz porque tinha sido promovida, e para comemorar, ligou para o marido, que ainda estava no trabalho, convidando-o para um jantar especial naquela noite.

    Deixou sua mesa arrumada e saiu para a rua, encaminhando-se para o metrô, onde seguiria para casa.

    A violência na cidade grande era enorme e demorou para ela se acostumar à selva de pedra, depois de vir do interior, onde deixou seus pais já idosos após aceitar uma irrecusável oferta de trabalho e decidir vir para São Paulo.

    Sua vida sempre foi calma e tranquila e mudar para a cidade grande foi um enorme e decisivo passo. Dois anos depois de se mudar, conheceu o marido e após um ano de namoro, já estavam casados. Amava

    Fernando e a gravidez veio para consolidar este amor. Sua gestação de seis meses não impediu os patrões de promovê-la, isso só comprovava sua competência no trabalho num mundo onde as mulheres ainda eram marginalizadas.

    Seguiu apressadamente para o metrô e na pressa nem olhou dos lados como estava acostumada.

    Desceu apressadamente a escadaria e correu para a porta do trem que já estava se fechando.

    Aquele horário era lotado e ela teve que ficar de pé até chegar a seu destino.

    Sheila, tão precavida, naquele dia, pela alegria do reconhecimento de seu trabalho, distraiu-se pela primeira vez.

    São Paulo, uma metrópole, cheia de vida e alegria do corre-corre das pessoas, era um grande desafio. Era preciso conhecer os lugares certos para andar com segurança, apesar de ser uma linda cidade.

    Meia hora foi o tempo que ficou dentro do trem e, ao perceber que estava chegando ao seu destino, posicionou-se próxima a porta.

    Saiu apressada e não percebeu que estava sendo seguida. Subiu novamente as escadarias e apressou-se para chegar rapidamente em casa.

    Na esquina do seu prédio, teve um susto enorme quando, ao procurar a chave do portão da entrada do prédio na bolsa, alguém se encostou nela, agarrando-lhe o braço.

    — Não grite, senão você já era. Sorria e faça de conta que sou um amigo de longa data.

    Sheila ainda tentou se mexer, mas as garras em seu braço e o que parecia ser um revólver pressionando suas costas a assustou, fazendo-a silenciar e

    obedecer a voz que sussurrava próximo a seu ouvido.

    Subiram pelo elevador até o terceiro andar e justamente naquele dia, Juliana, sua vizinha e amiga, não estava descendo com seu cão para a habitual caminhada.

    O corredor de seu apartamento estava vazio e Sheila, desesperada e amedrontada, só conseguiu obedecer.

    Trêmula, ela abriu a porta e aquele estranho que ainda não mostrara o rosto empurrou com toda a violência para dentro do apartamento, fazendo Sheila cair, batendo a cabeça na quina do toucador do corredor, vindo a desmaiar.

    Capítulo 2

    fernando entrou apressado no corredor do hospital, seguiu até a recepção e disse para a atendente:

    — Eu recebi uma ligação do hospital informando que minha esposa estava aqui. O que houve? Eu quero vê-la. — perguntou Fernando, aflito.

    — Fique calmo, senhor, vou chamar o médico de plantão para vir conversar com o senhor. — disse a atendente

    Nervoso, Fernando andava de um lado para o outro sem saber o que pensar. Faziam pouco mais de duas horas que sua esposa havia ligado para ele, toda feliz, marcando um jantar a dois para comemorar sua promoção no emprego.

    O rapaz nem pensou em ligar para mais ninguém depois de receber a ligação do hospital e saiu do emprego direto para lá.

    Sentou-se numa poltrona e colocou o rosto entre as mãos, quando uma voz suave chamou seu nome. Olhou para cima e viu Juliana, a amiga vizinha de apartamento deles.

    Levantou-se rapidamente e postando-se na frente da moça, perguntou:

    — Juliana, a Sheila está aqui. — a moça era amiga do casal, principalmente de Sheila.

    — Fernando... — começou a dizer a moça, colocando a mão no braço do rapaz, quando um médico se aproximou deles se identificando.

    — Sr. Fernando, sou o Dr. Renato, que atendeu sua esposa no momento em que ela deu entrada no hospital.

    — Dr. Renato, não entendo. O que aconteceu com minha esposa? A última vez que falei com ela, pouco mais de duas horas atrás, estava indo para casa.

    — Sua esposa chegou inconsciente em decorrência de uma forte batida na cabeça.

    — Mas o que houve? — perguntou o rapaz.

    — Fernando, fui eu que chamei a ambulância para trazer Sheila para o hospital. Vamos escutar o que o médico tem a dizer que em seguida lhe explico o que aconteceu. — disse Juliana, com voz serena.

    — Bem, como eu dizia, sua esposa chegou ao hospital inconsciente e assim permanece. Precisaremos aguardar as próximas horas para ver como vai evoluir seu quadro.

    — O bebê está bem? — perguntou Fernando, preocupado.

    — O bebê está bem e estamos lhe dando toda a assistência necessária. — disse o médico.

    Em choque, Fernando não sabia o que dizer e uma lágrima caiu de seus olhos. Juliana apertou a mão do rapaz, transmitindo-lhe força.

    O médico se despediu, deixando os amigos a sós. Fernando segurou Juliana pelas mãos e levou-a até a cadeira mais próxima.

    — O que houve, Juliana? — perguntou Fernando, aflito.

    — Eu estava chegando do trabalho, quando passei na frente de seu apartamento e vi a porta aberta, chamei por Sheila, mas ninguém respondeu. Liguei para a recepção e o síndico subiu para ver o que

    tinha acontecido. — disse a moça — Encontramos Sheila caída no corredor do apartamento. Sua bolsa estava revirada, mas me parece que nada foi roubado. Aparentemente, a não ser pela forte batida na cabeça, ela não sofreu nenhum outro ferimento. O síndico está fazendo o levantamento das câmeras de segurança para entregar para a polícia. Ele diz ter visto alguém entrar com Sheila no prédio, mas como ela estava sorrindo, ele acreditou ser algum conhecido.

    Enquanto conversavam, chegou um policial para falar com Fernando.

    — Sr. Fernando, poderia me acompanhar até a delegacia para responder algumas perguntas?

    — Agora não posso sair daqui policial, tenho que esperar minha esposa acordar. — disse Fernando, meio perdido.

    — Pode ir, Fernando, eu fico por aqui até você voltar. Mesmo porque o médico disse que vão esperar o quadro dela estabilizar e nada poderemos fazer além de esperar.

    Fernando balançou a cabeça ainda sem acreditar no que estava acontecendo. Despediu-se de Juliana e acompanhou o policial até a delegacia.

    Capítulo 3

    Sheila acordou com uma forte dor na cabeça e colocou a mão sobre a testa para ver se aplacava a sensação. Olhou em volta, tentando reconhecer onde estava. Parecia um quarto de hospital e a última

    coisa que se lembrava era de ter levado Marita para a escola. Tinha o costume de ir a pé já que o trajeto era tranquilo e a garotinha gostava de andar observando a natureza. Lembrava-se de ouvir o barulho dos cascos dos cavalos e a carruagem se aproximando delas desgovernada e, de repente, a escuridão.

    Chamou por Marita preocupada, mas não vinha ninguém para atendê-la. Tentou se levantar da cama, mas viu que estava com soro no braço, contudo, isso não a impediu de se levantar, arrastando o suporte junto. No momento que seguia até a porta, uma enfermeira entrou.

    — Dona Sheila, que bom que acordou. — disse a enfermeira, sorrindo — Mas a senhora precisa voltar para a cama porque passou muito tempo desacordada e pode ter uma vertigem.

    Sheila olhou em volta para ver se lhe tinha passado despercebido a presença de outra pessoa no quarto, mas não viu ninguém.

    — Enfermeira, você deve ter entrado no quarto errado, meu nome não é Sheila, eu me chamo Maria Ramalho, esposa de Antonio Ramalho e mãe de Marita Ramalho. Gostaria que você chamasse meu marido para vir até aqui, não estou entendendo o que está acontecendo.

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