Lembranças que não se apagam
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Lembranças que não se apagam - d-fbuser-654683002
Capítulo 1
Sheila preparava-se para encerrar o expediente de mais um dia de trabalho. Estava feliz porque tinha sido promovida, e para comemorar, ligou para o marido, que ainda estava no trabalho, convidando-o para um jantar especial naquela noite.
Deixou sua mesa arrumada e saiu para a rua, encaminhando-se para o metrô, onde seguiria para casa.
A violência na cidade grande era enorme e demorou para ela se acostumar à selva de pedra, depois de vir do interior, onde deixou seus pais já idosos após aceitar uma irrecusável oferta de trabalho e decidir vir para São Paulo.
Sua vida sempre foi calma e tranquila e mudar para a cidade grande foi um enorme e decisivo passo. Dois anos depois de se mudar, conheceu o marido e após um ano de namoro, já estavam casados. Amava
Fernando e a gravidez veio para consolidar este amor. Sua gestação de seis meses não impediu os patrões de promovê-la, isso só comprovava sua competência no trabalho num mundo onde as mulheres ainda eram marginalizadas.
Seguiu apressadamente para o metrô e na pressa nem olhou dos lados como estava acostumada.
Desceu apressadamente a escadaria e correu para a porta do trem que já estava se fechando.
Aquele horário era lotado e ela teve que ficar de pé até chegar a seu destino.
Sheila, tão precavida, naquele dia, pela alegria do reconhecimento de seu trabalho, distraiu-se pela primeira vez.
São Paulo, uma metrópole, cheia de vida e alegria do corre-corre das pessoas, era um grande desafio. Era preciso conhecer os lugares certos para andar com segurança, apesar de ser uma linda cidade.
Meia hora foi o tempo que ficou dentro do trem e, ao perceber que estava chegando ao seu destino, posicionou-se próxima a porta.
Saiu apressada e não percebeu que estava sendo seguida. Subiu novamente as escadarias e apressou-se para chegar rapidamente em casa.
Na esquina do seu prédio, teve um susto enorme quando, ao procurar a chave do portão da entrada do prédio na bolsa, alguém se encostou nela, agarrando-lhe o braço.
— Não grite, senão você já era. Sorria e faça de conta que sou um amigo de longa data.
Sheila ainda tentou se mexer, mas as garras em seu braço e o que parecia ser um revólver pressionando suas costas a assustou, fazendo-a silenciar e
obedecer a voz que sussurrava próximo a seu ouvido.
Subiram pelo elevador até o terceiro andar e justamente naquele dia, Juliana, sua vizinha e amiga, não estava descendo com seu cão para a habitual caminhada.
O corredor de seu apartamento estava vazio e Sheila, desesperada e amedrontada, só conseguiu obedecer.
Trêmula, ela abriu a porta e aquele estranho que ainda não mostrara o rosto empurrou com toda a violência para dentro do apartamento, fazendo Sheila cair, batendo a cabeça na quina do toucador do corredor, vindo a desmaiar.
Capítulo 2
fernando entrou apressado no corredor do hospital, seguiu até a recepção e disse para a atendente:
— Eu recebi uma ligação do hospital informando que minha esposa estava aqui. O que houve? Eu quero vê-la. — perguntou Fernando, aflito.
— Fique calmo, senhor, vou chamar o médico de plantão para vir conversar com o senhor. — disse a atendente
Nervoso, Fernando andava de um lado para o outro sem saber o que pensar. Faziam pouco mais de duas horas que sua esposa havia ligado para ele, toda feliz, marcando um jantar a dois para comemorar sua promoção no emprego.
O rapaz nem pensou em ligar para mais ninguém depois de receber a ligação do hospital e saiu do emprego direto para lá.
Sentou-se numa poltrona e colocou o rosto entre as mãos, quando uma voz suave chamou seu nome. Olhou para cima e viu Juliana, a amiga vizinha de apartamento deles.
Levantou-se rapidamente e postando-se na frente da moça, perguntou:
— Juliana, a Sheila está aqui. — a moça era amiga do casal, principalmente de Sheila.
— Fernando... — começou a dizer a moça, colocando a mão no braço do rapaz, quando um médico se aproximou deles se identificando.
— Sr. Fernando, sou o Dr. Renato, que atendeu sua esposa no momento em que ela deu entrada no hospital.
— Dr. Renato, não entendo. O que aconteceu com minha esposa? A última vez que falei com ela, pouco mais de duas horas atrás, estava indo para casa.
— Sua esposa chegou inconsciente em decorrência de uma forte batida na cabeça.
— Mas o que houve? — perguntou o rapaz.
— Fernando, fui eu que chamei a ambulância para trazer Sheila para o hospital. Vamos escutar o que o médico tem a dizer que em seguida lhe explico o que aconteceu. — disse Juliana, com voz serena.
— Bem, como eu dizia, sua esposa chegou ao hospital inconsciente e assim permanece. Precisaremos aguardar as próximas horas para ver como vai evoluir seu quadro.
— O bebê está bem? — perguntou Fernando, preocupado.
— O bebê está bem e estamos lhe dando toda a assistência necessária. — disse o médico.
Em choque, Fernando não sabia o que dizer e uma lágrima caiu de seus olhos. Juliana apertou a mão do rapaz, transmitindo-lhe força.
O médico se despediu, deixando os amigos a sós. Fernando segurou Juliana pelas mãos e levou-a até a cadeira mais próxima.
— O que houve, Juliana? — perguntou Fernando, aflito.
— Eu estava chegando do trabalho, quando passei na frente de seu apartamento e vi a porta aberta, chamei por Sheila, mas ninguém respondeu. Liguei para a recepção e o síndico subiu para ver o que
tinha acontecido. — disse a moça — Encontramos Sheila caída no corredor do apartamento. Sua bolsa estava revirada, mas me parece que nada foi roubado. Aparentemente, a não ser pela forte batida na cabeça, ela não sofreu nenhum outro ferimento. O síndico está fazendo o levantamento das câmeras de segurança para entregar para a polícia. Ele diz ter visto alguém entrar com Sheila no prédio, mas como ela estava sorrindo, ele acreditou ser algum conhecido.
Enquanto conversavam, chegou um policial para falar com Fernando.
— Sr. Fernando, poderia me acompanhar até a delegacia para responder algumas perguntas?
— Agora não posso sair daqui policial, tenho que esperar minha esposa acordar. — disse Fernando, meio perdido.
— Pode ir, Fernando, eu fico por aqui até você voltar. Mesmo porque o médico disse que vão esperar o quadro dela estabilizar e nada poderemos fazer além de esperar.
Fernando balançou a cabeça ainda sem acreditar no que estava acontecendo. Despediu-se de Juliana e acompanhou o policial até a delegacia.
Capítulo 3
Sheila acordou com uma forte dor na cabeça e colocou a mão sobre a testa para ver se aplacava a sensação. Olhou em volta, tentando reconhecer onde estava. Parecia um quarto de hospital e a última
coisa que se lembrava era de ter levado Marita para a escola. Tinha o costume de ir a pé já que o trajeto era tranquilo e a garotinha gostava de andar observando a natureza. Lembrava-se de ouvir o barulho dos cascos dos cavalos e a carruagem se aproximando delas desgovernada e, de repente, a escuridão.
Chamou por Marita preocupada, mas não vinha ninguém para atendê-la. Tentou se levantar da cama, mas viu que estava com soro no braço, contudo, isso não a impediu de se levantar, arrastando o suporte junto. No momento que seguia até a porta, uma enfermeira entrou.
— Dona Sheila, que bom que acordou. — disse a enfermeira, sorrindo — Mas a senhora precisa voltar para a cama porque passou muito tempo desacordada e pode ter uma vertigem.
Sheila olhou em volta para ver se lhe tinha passado despercebido a presença de outra pessoa no quarto, mas não viu ninguém.
— Enfermeira, você deve ter entrado no quarto errado, meu nome não é Sheila, eu me chamo Maria Ramalho, esposa de Antonio Ramalho e mãe de Marita Ramalho. Gostaria que você chamasse meu marido para vir até aqui, não estou entendendo o que está acontecendo.