Encontre milhões de e-books, audiobooks e muito mais com um período de teste gratuito

Apenas $11.99/mês após o término do seu período de teste gratuito. Cancele a qualquer momento.

O coração da cruz
O coração da cruz
O coração da cruz
E-book190 páginas2 horas

O coração da cruz

Nota: 0 de 5 estrelas

()

Ler a amostra

Sobre este e-book

Outros também tiveram suas últimas palavras tornadas famosas, mas nenhuma delas têm tanto significado quanto as dele.

Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem.
Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?
Não temais!
Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra.
Eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século.

As palavras e as obras de Jesus na cruz trazem uma mensagem para cada um de nós. Uma mensagem de vida eterna oferecida gratuitamente. De um perfeito amor sem fim. De uma gloriosa esperança obtida por um alto preço. E de um poder divino que existe além das limitações da carne.

Essas leituras devocionais sondam as últimas palavras terrenas de Cristo e as palavras dos escritores bíblicos sobre a cruz para revelar não somente o significado do Calvário, mas o coração de Deus. Elas também darão a você uma rica compreensão do maravilhoso amor que conduziu Jesus até a cruz, conquistando os poderes do inferno de uma vez por todas.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento17 de abr. de 2023
ISBN9786559892372
O coração da cruz

Relacionado a O coração da cruz

Ebooks relacionados

Cristianismo para você

Visualizar mais

Avaliações de O coração da cruz

Nota: 0 de 5 estrelas
0 notas

0 avaliação0 avaliação

O que você achou?

Toque para dar uma nota

A avaliação deve ter pelo menos 10 palavras

    Pré-visualização do livro

    O coração da cruz - Montgomery

    O coração da cruz. James Boyce e Philip Ryken. Cultura Cristã.O coração da cruz. James Boyce e Philip Ryken. Cultura Cristã.

    O coração da cruz

    James Boyce e Philip Ryken

    O coração da cruz © 2008 Editora Cultura Cristã. Traduzido de The heart of the Cross © 1999 by James Montgomery Boice e Philip Graham Ryken, publicado por Crossway Books, uma divisão de Good News Publishers. Wheaton, Illinois 60187, USA. Edição em português autorizada por Good News Publishers. Todos os direitos são reservados.

    1ª edição, 2008

    Montgomery, James

    M7871c

    O coração da cruz / James Montgomery; Philip Graham Rykem. São Paulo: Cultura Crista, 2008

    Recurso eletrônico (ePub)

    Tradução de: The heart of the cross

    ISBN 978-65-5989-237-2

    1. Bíblia 2. Evangelhos I. Titulo

    CDD 220

    Editora Cultura Cristã

    Rua Miguel Teles Júnior, 394 – Cambuci

    01540-040 – São Paulo – SP – Brasil

    Fones 0800-0141963 / (11) 3207-7099

    www.editoraculturacrista.com.br – cep@cep.org.br

    Superintendente: Clodoaldo Waldemar Furlan

    Editor: Cláudio Antônio Batista Marra

    Jesus também não queria morrer.

    Ele sabia o que estava por vir.

    E ele sabia que não seria divertido.

    Então, por que ele foi até o fim?

    Porque, para vencer a morte, alguém tinha de conquistá-la de uma vez por todas.

    Sumário

    Prefácio

    Parte um – Palavras da Cruz

    O coração de Deus (Lc 23.34)

    James Montgomery Boice

    O homem mais afortunado do mundo (Lc 23.43)

    Philip Graham Ryken

    Laços familiares (Jo 19.26,27)

    Philip Graham Ryken

    Humano, afinal de contas (Jo 19.28)

    Philip Graham Ryken

    Abandonado, contudo não abandonado (Mt 27.46)

    Philip Graham Ryken

    Missão cumprida (Jo 19.30)

    Philip Graham Ryken

    Rumo à pátria (Lc 23.46)

    James Montgomery Boice

    Parte dois – As verdadeiras últimas palavras de Cristo

    Uma palavra para aquele que procura (Jo 20.15)

    Philip Graham Ryken

    Uma palavra para o medroso (Mt 28.10)

    Philip Graham Ryken

    Uma palavra para o inquieto (Jo 20.19-21)

    Philip Graham Ryken

    Uma palavra para o perturbado (Lc 24.27)

    James Montgomery Boice

    Uma palavra para o cético (Lc 24.39)

    Philip Graham Ryken

    Uma palavra para o caído (Jo 21.17)

    Philip Graham Ryken

    Uma palavra para todos (Mt 28.18-20)

    James Montgomery Boice

    Parte três – A mensagem da Cruz

    A necessidade da cruz (At 2.23)

    Philip Graham Ryken

    A ofensa da cruz (Hb 12.2)

    Philip Graham Ryken

    A paz da cruz (Cl 1.20)

    Philip Graham Ryken

    O poder da cruz (1Co 1.18)

    Philip Graham Ryken

    O triunfo da cruz (Cl 2.15)

    Philip Graham Ryken

    O orgulho da cruz (Gl 6.14)

    Philip Graham Ryken

    O caminho da cruz (Lc 9.23)

    James Montgomery Boice

    Notas

    Prefácio

    É impossível superestimar a importância da cruz de Jesus Cristo. Pois, quer estejamos pensando nas palavras que Cristo proferiu quando estava na cruz, nas palavras dele a respeito da cruz, ou nas doutrinas bíblicas da cruz, em todos os casos a cruz é central ao Cristianismo. Na verdade, nós estamos dizendo mais. Estamos dizendo que, sem a cruz, não há Cristianismo. Por si só, a Encarnação não nos fornece o Cristianismo genuíno. Ela nos oferece somente histórias sentimentais para o Natal. Só o exemplo de Cristo não é Cristianismo, considerando que ninguém é salvo por imitar Jesus. Nem mesmo a Ressurreição em si é a essência de religião bíblica.

    Portanto, eu repito: é impossível superestimar a importância do que Jesus realizou para o seu povo na cruz.

    Disso resultam duas verdades. Por um lado, se a cruz de Cristo for o próprio coração e essência do Cristianismo, nós devemos esperar que o seu significado seja a própria simplicidade. E é. Por exemplo, Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras (1Co 15.3). O que poderia ser mais claro que isso? Ou nós lemos, Crê no Senhor Jesus e serás salvo (At 16.31). A Bíblia apresenta freqüentemente o caminho da cruz – de modo simples e com a exigência mais direta e urgente pela fé.

    Por outro lado, se a cruz é a própria essência do Cristianismo, nós também podemos esperar que ela amplie a nossa mente ao extremo na medida em que nós tentamos sondar as suas profundezas. E nós encontramos isso também. Na verdade, nós achamos que, até certo ponto, o significado total da cruz está sempre muito além do nosso alcance. Nesse sentido duplo, as doutrinas da cruz poderiam ser descritas pelas palavras que certo escritor usou para descrever a teologia do quarto Evangelho, o Evangelho de João. Ele o chamou de uma lagoa que uma criança pode atravessar a vau, como também um oceano no qual um elefante pode nadar.

    Como uma pessoa lida com um assunto tão central, simples e, no entanto, tão completamente rico e inesgotável quanto a cruz? O que o meu colega Philip Ryken e eu decidimos fazer foi expor os ensinamentos da Bíblia sobre a cruz em três séries de mensagens quaresmais na Décima Igreja Presbiteriana na Filadélfia, na qual nós servimos juntos como pastores. Ele fez a maior parte dessa pregação quaresmal, tendo escrito dezesseis dos 21 estudos seguintes. Mas tive o privilégio de compartilhar com ele ao escrever os outros. Eu fui abençoado pela sua pregação, como acredito que ele foi pela minha. Juntos, nós dois oramos para que você seja abençoado à medida que reflete conosco sobre o significado e a aplicação dessas importantes passagens da Bíblia.

    À parte da cruz, a religião cristã se torna apenas um tipo de autodeificação humana que conduz à arrogância e à presunção, uma religião que supõe injustamente que nós podemos de alguma maneira salvar a nós mesmos. Com a cruz ao centro, o Cristianismo oferece a base exclusiva para nos posicionarmos diante de Deus como homens e mulheres justificados e a única motivação adequada para uma vida de descanso em Deus e abnegação genuína em favor dos outros. Somos levados a dar tudo o que temos porque, na cruz, Jesus deu tudo o que ele possuía por nós.

    Se todo o reino da natureza fosse meu,

    Isso seria um presente muito pequeno;

    Um amor tão surpreendente, tão divino,

    Exige a minha alma, a minha vida, tudo o que é meu.

    Isaac Watts escreveu essas palavras em 1701, e ele estava certo. Eu estou certo de que você descobrirá essa verdade de novas maneiras à medida que ler essas importantes passagens da Bíblia, pensar sobre elas e orar por elas conosco.

    James Montgomery Boice

    Filadélfia, Pensilvânia

    Parte um

    Palavras da cruz

    1

    O coração de Deus

    James Montgomery Boice

    Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem.

    Lucas

    23.34

    Há algo significativo sobre as últimas palavras dos homens e mulheres, porque quando uma pessoa se encontra cara a cara com a morte, o que ele ou ela é muitas vezes vem à tona. Napoleão Bonaparte (1769-1821), o general e imperador francês, disse: Eu morro antes do tempo, e o meu corpo será devolvido à terra. Esse é o destino daquele que foi chamado o grande Napoleão. Que abismo entre a minha profunda miséria e o reino eterno de Cristo!

    É relatado que Voltaire (1694-1778), o famoso descrente francês, disse ao seu médico: Fui abandonado por Deus e pelos homens! Eu lhes darei metade do que sou se o senhor me der seis meses de vida.

    Thomas Hobbes (1588-1679), o cético brilhante que corrompeu a fé de alguns dos grandes homens da Inglaterra, exclamou: Se eu tivesse o mundo inteiro, eu o daria para viver um dia. Eu serei feliz por achar um buraco pelo qual me arrastar para fora do mundo. Estou para dar um salto na escuridão.

    As famosas últimas palavras

    Eu sempre achei lamentável que as sete declarações de Jesus na cruz sejam chamadas de suas últimas palavras, porque a implicação talvez um pouco involuntária é que Jesus não ressuscitou e, portanto, nunca disse mais nada. Jesus de fato ressuscitou, é claro. A existência do Cristianismo é uma das melhores provas desse fato surpreendente. E Jesus tinha mais para dizer, até mesmo antes que ele voltasse para o céu quarenta dias depois que ele voltou à vida. Essas palavras são as verdadeiras últimas palavras, se é que podemos chamá-las assim.

    Por outro lado, as declarações da cruz, embora injustamente chamadas de últimas palavras de Jesus, são significativas por várias razões. (1) Elas mostram que Jesus estava em pleno domínio das suas faculdades até o último momento, quando ele entregou o seu espírito a Deus. (2) Elas mostram que ele compreendia a sua morte como sendo uma compensação para o pecado do mundo. E (3) elas mostram que ele sabia que a sua morte seria efetiva para fazer isso. Ele estava satisfeito com o que estava fazendo, e não morreu em desespero. Além disso, as palavras também exibem a sua bem conhecida preocupação e o seu amor pelas outras pessoas, até mesmo no momento do seu sofrimento mais atroz.

    As palavras que Jesus disse na cruz são as seguintes:

    1. Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem (Lc 23.34). Essas palavras são uma oração para Deus perdoar aqueles que o estavam crucificando. Elas mostram o coração misericordioso do Salvador.

    2. Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso (Lc 23.43). Essas palavras foram ditas ao ladrão que creu, e elas eram uma promessa confiante de salvação. Elas mostram que, enquanto houver vida, nunca é tarde demais para crer em Jesus e ser salvo.

    3. Mulher, eis aí teu filho e Eis aí tua mãe (Jo 19.26,27). Aqui Jesus confiou sua mãe, Maria, aos cuidados de João, um dos seus discípulos. Essas palavras mostram a preocupação de Jesus pelos laços familiares.

    4. Tenho sede! (Jo 19.28). Esse pedido mostra a verdadeira humanidade de Jesus, mas também mostra a sua preocupação que todos os aspectos da sua morte estivessem de acordo com as profecias da Bíblia sobre ele.

    5. Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste? (Mc 15.34; Mt 27.46). Essa declaração é a mais perturbadora de todas. Ela revela mais do que qualquer outra o que realmente estava acontecendo na cruz. Ela ensina a natureza da expiação e o que a nossa salvação custou a Deus.

    6. Está consumado! (Jo 19.30). Essas são as palavras mais importantes, porque elas não se referem à vida de Jesus, como se ele estivesse dizendo: terminou, mas à sua expiação pelo pecado. É porque Jesus fez uma compensação completa e derradeira pelo pecado que nós podemos estar seguros da nossa salvação.

    7. Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito! (Lc 23.46).

    Essas palavras mostram que Jesus estava no controle da sua vida até o final de tudo. Elas também mostram que a relação entre ele e o Pai, que antes havia sido de algum modo quebrada, estava então restabelecida.

    Essas declarações têm fascinado pastores e leigos há dois mil anos. Elas foram interpretadas como ensinando sete deveres: 1) perdoar os nossos inimigos, 2) ter fé em Cristo, 3) honrar os nossos pais, 4) atribuir o mais alto valor possível ao cumprimento da Palavra de Deus, 5) apegar-se a Deus até mesmo nos momentos mais sombrios da vida, 6) perseverar até o fim em qualquer tarefa que Deus tenha nos dado, e 7) entregar todas as coisas, até mesmo a própria vida, a Deus, caso ele assim requeira.

    Contudo, bem mais importante que examinar essas palavras com a finalidade de conhecer os nossos deveres é olhar para elas de maneira que nos ensinem sobre a natureza e a obra do próprio Cristo, que é como nós as estamos contemplando neste livro. Elas ensinam que Jesus morreu para nos salvar do nosso pecado; esse foi o motivo de ele ter vindo para a terra. Elas ensinam que enquanto estivermos vivos, nunca é tarde demais para nos desviar do nosso pecado e confiar em Jesus como nosso Salvador. O ladrão agonizante fez isso, e ouviu de Jesus, hoje estarás comigo no paraíso (Lc 23.43). É o nosso mais importante desejo que, como resultado da leitura deste livro, algumas pessoas possam passar da morte espiritual para a vida espiritual, como fez aquele homem.

    Um grande perdão

    Nós começamos com a primeira dessas últimas declarações: Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem (Lc 23.34). Essas palavras foram ditas nos primeiros momentos da crucificação quando Jesus, junto com os dois criminosos que foram executados com ele, fora colocado sobre a madeira escabrosa e sentiu dores excruciantes quando os grossos pregos de ferro foram enfiados através dos ossos dos pulsos e dos pés e a cruz desajeitada foi erguida e caiu de repente no buraco preparado para ela. A morte por meio da crucificação é provavelmente o modo mais cruel e prolongado de execução já inventado pelos seres humanos.

    Mas a crucificação de Jesus não foi apenas cruel. No caso dele, era também injusta, porque ele não era culpado de nenhum crime. Naquela mesma

    Está gostando da amostra?
    Página 1 de 1