A Terrena Tragédia

De Robério Dias

Podemos dizer (sem medo de que se prove o contrário) que os problemas da humanidade sempre se originaram em seu distanciamento de Deus. Hoje não é diferente. O avanço do ateísmo e do agnosticismo causa danos que se avolumam em nossa sociedade. Mas atualmente há no mundo, corroborada por descobertas científicas, uma reação filosófica capaz de mudar o jogo, mostrando que a verdadeira Fé tem mais respaldo na razão do que sonham nossos detratores. Segundo alguns teóricos da comunicação, no tempo em que o papel era caro, métrica e rima foram introduzidas na literatura, para que os trovadores – os jornalistas da Idade Média – pudessem guardar na memória as notícias que iriam divulgar de cidade em cidade. Numa discussão também é preciso lembrar, isto é, ter os argumentos à mão (na ponta da língua). Este é meu pretexto para os versos deste livro e espero que sejam úteis no bom combate pelo convencimento de nossos irmãos ateus e agnósticos.

• Idioma: Português
• Editora: Clube de Autores
• Data de lançamento: 27 de ago. de 2022

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A TERRENA

TRAGÉDIA

A CREDULIDADE DO ATEU

RIO DE JANEIRO

ROBERIO DIAS

2022

Número de ISBN 978-85-912420-1-6

© do texto, 2013 by Roberio Dias.

É terminantemente proibida a reprodução do texto desta obra, em parte ou no todo, para qualquer fim, sem autorização expressa e por escrito do autor.

Texto e capa por Roberio Dias.

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Este decreto, meu irmão, está vedado a todos que não têm o olhar da mente

pela flama do amor iluminado.1

Dante Alighieri

1 A Divina Comedia, Paradiso, Canto VII/58-60

Tradução, baseada na de Cristiano Martins, da estrofe: Questo decreto, frate, sta sepulto a li occhi di ciascuno il cui ingegno ne la fiamma d'amor non è adulto.

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ÍNDICE

Introdução 3

Pergunta tola 55

Início 7

Negacionismo 57

Evidência 8

Jesus 59

Infinito 9

Missão Divina 60

Criação 11

Bem-aventurados 62

Sintonia 13

Ressurreição 63

Infinitos universos 16

Base Histórica 66

A Biblioteca de Babel 18

Teoria 68

Sentido 20

Alçapão 70

Despropósito 22

Propaganda 71

Pascal 23

Cruz 72

Inferno 25

O Mal 73

Moral 26

Ainda o Mal 77

Dostoievski 28

Pai Nosso 80

Lei moral 29

Objeções 83

Relativismo 30

Discussão 85

Kepler 32

Aristóteles 87

Formato 34

Igreja 88

Ressalva 35

Moeda 93

Objetivo 36

Galileu 95

Descartes 37

Inquisição 99

Fé 39

Nova Ordem Mundial 103

Argumento ontológico 41

Barro e Manteiga 108

A Santíssima Trindade 44

Tendências 110

Abrangência 46

Sistemas 112

Contradição 49

Explicação 114

Metonímias 52 Profissão de Credulidade 118

Big-bang 54

Conclusão 121

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1. INTRODUÇÃO

Sei que este livro vai custar-me xingamentos, porque, em geral, se contestado, o ateu não é capaz de opor a um argumento outro argumento.

Eu me refiro ao que anuncia não ter fé e insinua que, assim, é mais sensato,

sem se dar conta de que crê bem mais até!

E ainda diz que "o cristão é caricato, porque não usa a cabeça pra pensar;

não tem respeito por ciência, nem por fatos que nos demonstram que esta vida é só o que há; que acreditar em Deus se deve à covardia que ateu não tem, por isso permanecerá firme diante da fatalidade um dia

– se cedo ou tarde, pouco importa –, pois é forte"

(o ateu não poupa quando se autoelogia, ele se acha corajoso) e diz que a morte é o fim de tudo e vai chegar seguramente, indiferente a qualquer crença que conforte.

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Este é o ateu2 que, sem enxergar um palmo à frente, aponta o cisco que há na vista do cristão, mas o tijolo no olho próprio ele não sente.

Estou aqui pra demonstrar quem tem razão, sem lançar mão nem das lições próprias da Fé, nem apelar àquilo que é Revelação.

E, no final, mesmo aquele que não é

um bom cristão, desde que seja imparcial, verá que um cai e que o outro fica em pé.

Só vou usar o pensamento racional

– aquele mesmo de que o ateu se julga o dono –

e a boa lógica, em que pensa que é o tal.

Vou sacudi-lo pra tirá-lo de seu sono.

– Inconsciente? – Talvez, porém eivado de interesses, entre os quais relaciono o de achar que não responde pelo encargo de procurar pautar a vida por virtude; o de buscar, quando quiser, o que é evitado 2 Ao utilizar a palavra ateu, estarei sempre me referindo a este tipo de ateu.

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pelas pessoas mais corretas na atitude perante a vida, a sociedade e o semelhante; o de cair nalgum pecado amiúde;

o de, adulto, ser tratado como infante e autorizado a (no sentido figurado)

deixar de honrar, inda que seja o contratante, o compromisso de pagar barco alugado,

pois desta margem é melhor, para quem deve, não existir um cobrador do outro lado; e, finalmente, igual a terrorista em breve viagem que adquiriu com um cartão,

o de pensar que este débito prescreve

junto com tudo que se perde na explosão.

E se eu me acabo – raciocina – "que se exploda o resto, pois, se o mundo inteiro é o avião, a viagem curta simboliza a vida toda,

em que só vale mesmo acumular prazeres."

Mas o cartão é o que ele deve – o que incomoda –

e corresponde