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Uma Introdução À Engenharia Ferroviária
Uma Introdução À Engenharia Ferroviária
Uma Introdução À Engenharia Ferroviária
E-book356 páginas2 horas

Uma Introdução À Engenharia Ferroviária

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Sobre este e-book

A obra reúne conceitos fundamentais de três áreas da engenharia, a civil, a mecânica e a elétrica, sendo essa última nas opções de telecomunicações, automação e controle, que suportam a engenharia ferroviária, esclarecendo diversos assuntos técnicos e teóricos ligados ao transporte ferroviário para que os profissionais de diversas áreas tenham a visão de integração entre os diversos subsistemas ferroviários. Para tanto, são abordados,de forma clara e simples, assuntos relativos à via permanente, material rodante, fundamentos de sinalização ferroviária e controle de tráfego, ferramentas e metodologias para gestão operacional do transporte ferroviário e manutenção em sistema eletroeletronicos, infraestrutura necessária em energia elétrica para os sistemas eletroeletronicos e telecomunicações aplicadas à ferrovias.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento5 de mar. de 2012
Uma Introdução À Engenharia Ferroviária

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    Uma Introdução À Engenharia Ferroviária - Amado Da Costa E Silva

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    Amado da Costa e Silva

    Uma introdução à

    engenharia ferroviária

    Image 3

    Uma introdução à engenharia ferroviária

    1

    Introdução ........................................................................................ 6

    2

    Breve história das ferrovias ................................................................ 7

    2.1 O NASCIMENTO DAS FERROVIAS ......................................................................................... 7

    2.2 AS FERROVIAS NO NOVO MUNDO ........................................................................................ 9

    2.3 AS FERROVIAS NO BRASIL REPUBLICA .............................................................................. 10

    2.4 O TRANSPORTE FERROVIÁRIO ........................................................................................... 13

    2.4.1 Trem movido à levitação magnética ................................................................................ 15

    3

    Noções de via permanente ................................................................17

    3.1 A GEOMETRIA FERROVIÁRIA ............................................................................................. 17

    3.2 CARACTERÍSTICAS BÁSICAS DA LINHA FÉRREA ................................................................. 18

    3.2.1 Tangente .......................................................................................................................... 19

    3.2.2 Bitola ............................................................................................................................... 19

    3.2.3 Flecha............................................................................................................................... 20

    3.2.4 Superelevação .................................................................................................................. 20

    3.2.5 Superlargura ..................................................................................................................... 21

    3.3 A INFRAESTRUTURA ......................................................................................................... 22

    3.4 A SUPERESTRUTURA ......................................................................................................... 22

    3.4.1 Lastro ............................................................................................................................... 23

    3.4.2 Ombro .............................................................................................................................. 23

    3.4.3 Dormentes ........................................................................................................................ 23

    3.4.4 Trilho ............................................................................................................................... 26

    3.4.5 Aparelho de mudança de via (AMV) e travador elétrico ................................................ 28

    3.5 EQUIPAMENTOS UTILIZADOS PARA A CONSERVAÇÃO DA VIA ............................................ 30

    4

    Material rodante ...............................................................................32

    4.1 CONTATO RODA-TRILHO ................................................................................................... 32

    4.2 RODAS .............................................................................................................................. 35

    4.2.1 Processos de fabricação ................................................................................................... 35

    4.2.2 Vida útil da roda .............................................................................................................. 36

    4.3 ENGATES .......................................................................................................................... 37

    4.4 LOCOMOTIVAS .................................................................................................................. 38

    4.4.1 Truque .............................................................................................................................. 39

    4.4.2 Plataforma ........................................................................................................................ 41

    4.4.3 Cabines ............................................................................................................................ 42

    4.5 CARROS AUTOMOTORES ................................................................................................... 43

    4.6 VAGÃO ............................................................................................................................. 44

    4.6.1 Vagão fechado ................................................................................................................. 44

    4.6.2 Vagão gôndola ................................................................................................................. 44

    4.6.3 Vagão tanque ................................................................................................................... 44

    4.6.4 Vagão hopper ................................................................................................................... 45

    4.6.5 Vagão plataforma ............................................................................................................ 45

    4.6.6 Vagão gaiola .................................................................................................................... 45

    4.6.7 Carro de passageiros ........................................................................................................ 46

    5

    Operação ferroviária .........................................................................47

    5.1 CLASSIFICAÇÃO DE TRENS ................................................................................................ 47

    Uma introdução à engenharia ferroviária

    5.2 DIMENSIONAMENTO DE RECURSOS PARA A CIRCULAÇÃO DE TRENS .................................. 48

    5.3 CENTRO DE CONTROLE OPERACIONAL ............................................................................. 48

    5.4 GRÁFICO DE TRENS ........................................................................................................... 50

    5.5 INDICADORES DE PRODUÇÃO ............................................................................................ 52

    5.6 OPERAÇÃO DE PÁTIOS E TERMINAIS .................................................................................. 52

    6

    Fundamentos de sinalização ferroviária .............................................55

    6.1 O INICIO DA SINALIZAÇÃO FERROVIÁRIA .......................................................................... 55

    6.2 CONCEITOS DE BLOQUEIO E LICENÇA ................................................................................ 57

    6.2.1 Staff elétrico ..................................................................................................................... 58

    6.3 TIPOS DE SISTEMAS DE SINALIZAÇÃO ................................................................................ 59

    6.4 PRINCÍPIO DA FALHA SEGURA (F AIL SAFE) ......................................................................... 61

    6.5 CENTRO DE CONTROLE OU CENTRO SELETIVO................................................................... 61

    6.5.1 Controle ........................................................................................................................... 63

    6.5.2 Indicação .......................................................................................................................... 63

    6.5.3 Rastreamento ................................................................................................................... 64

    6.5.4 Licenciamento ................................................................................................................. 64

    6.6 SINALIZAÇÃO DE CAMPO .................................................................................................. 65

    6.6.1 Aparelho de mudança de via ........................................................................................... 66

    6.6.2 Sinal ................................................................................................................................. 67

    6.6.3 ATC Automatic Train Control ........................................................................................ 71

    6.6.4 O circuito de via .............................................................................................................. 74

    6.6.5 Intertravamento ................................................................................................................ 77

    6.7 PLANO DE VIAS SINALIZADA ............................................................................................. 77

    6.8 SISTEMAS COMPLEMENTARES À SINALIZAÇÃO .................................................................. 78

    6.8.1 Detector de caixa de rolamentos e roda quente ............................................................... 79

    6.8.2 Detector acústico ............................................................................................................. 79

    6.8.3 Medidor de perfil de roda ................................................................................................ 80

    6.8.4 Detector de impacto de roda ............................................................................................ 80

    6.8.5 Detector de descarrilamento ............................................................................................ 80

    7

    Infra-estrutura de sistemas de energia ..............................................82

    7.1 SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS ATMOSFÉRICAS (PÁRA-RAIOS) .................... 82

    7.2 ATERRAMENTO ................................................................................................................. 82

    7.2.1 Finalidades do aterramento .............................................................................................. 83

    7.2.2 Fatores que influenciam no aterramento ......................................................................... 84

    7.2.3 Tratamento do solo .......................................................................................................... 85

    7.3 SISTEMA DE FORÇA ........................................................................................................... 85

    7.3.1 Sistema de Energia em corrente alternada (CA) ............................................................. 86

    7.3.2 Fonte ininterrupta de energia ( no-break) ......................................................................... 87

    7.3.3 Sistema de energia CC ..................................................................................................... 87

    7.3.4 Baterias ............................................................................................................................ 88

    7.3.5 Sistema fotovoltaico ........................................................................................................ 89

    8

    Telecomunicações aplicada às ferrovias .............................................92

    8.1 ONDA ............................................................................................................................... 92

    8.2 ESPECTRO ELETROMAGNÉTICO ......................................................................................... 93

    8.2.1 Efeitos biológicos ............................................................................................................ 95

    8.2.2 Agencias reguladoras do espectro ................................................................................... 96

    8.3 MEIOS DE TRANSMISSÃO .................................................................................................. 97

    8.3.1 Meio confinado ................................................................................................................ 97

    8.3.2 Meio não confinado ......................................................................................................... 98

    Uma introdução à engenharia ferroviária

    8.4 ELEMENTOS DE UM SISTEMA DE COMUNICAÇÕES ............................................................. 98

    8.4.1 Ruído ............................................................................................................................. 100

    8.5 MULTIPLEXAÇÃO ............................................................................................................ 101

    8.6 NOÇÕES DE MODULAÇÃO................................................................................................ 101

    8.6.1 Modulação analógica ..................................................................................................... 102

    8.6.2 Modulação digital .......................................................................................................... 104

    8.6.3 Global Position System (GPS) ...................................................................................... 106

    8.6.4 Duplicidade de meios .................................................................................................... 109

    8.7 COMUNICAÇÃO TERRA-TREM ......................................................................................... 110

    8.7.1 Sistema convencional .................................................................................................... 112

    8.7.2 Sistema troncalizado ...................................................................................................... 113

    8.8 COMUNICAÇÕES EM TÚNEIS ............................................................................................ 114

    8.9 FAIXAS DE FREQÜÊNCIAS ................................................................................................ 116

    8.10 COMUNICAÇÃO COM A LOCOMOTIVA.............................................................................. 116

    8.10.1Licenciamento do trem .................................................................................................. 117

    8.10.2Computador de bordo.................................................................................................... 117

    8.11 SISTEMAS CBTC ............................................................................................................ 118

    8.11.1ATCS - Advanced Train Control System ...................................................................... 119

    PTS – Positive Train Separation ............................................................................................. 120

    8.11.2PTC – Positive Train Control........................................................................................ 120

    8.11.3Licenciamento via satélite ............................................................................................. 122

    8.11.4Cerca eletrônica ............................................................................................................. 123

    8.11.5GSM ferroviário ............................................................................................................ 125

    8.12 TENDÊNCIAS TECNOLÓGICAS .......................................................................................... 128

    9

    Considerações sobre a manutenção eletroeletrônica em ferrovias ...... 131

    9.1 TIPOS DE MANUTENÇÃO .................................................................................................. 132

    9.1.1 Manutenção corretiva .................................................................................................... 132

    9.1.2 Manutenção preventiva .................................................................................................. 133

    9.1.3 Manutenção preditiva .................................................................................................... 133

    9.1.4 Desafios do mantenedor ................................................................................................ 134

    9.2 CONFIABILIDADE E DISPONIBILIDADE ............................................................................. 135

    9.2.1 Outros parametros de desempenho ................................................................................ 136

    9.2.2 Centro de controle da manutenção (COP) ..................................................................... 137

    Uma introdução à engenharia ferroviária

    Dedicatória

    À minha família, em especial ao meu

    irmão Roberto, que me incentivou a

    realizar a obra.

    A mente que se abre a uma nova idéia jamais voltará ao seu tamanho original.

    Albert Einsten

    1 Introdução

    Atualmente uma das áreas mais promissoras para os profissionais de engenharia é a ferroviária que, no Brasil, está em plena expansão e necessitando cada vez mais de mão de obra capacitada e preparada. Entretanto, a formação de um engenheiro ferroviário necessita conhecimentos de várias modalidades de engenharia, tais como, civil, mecânica e elétrica, sendo essa nas opções de telecomunicações e automação e controle, além de um conhecimento gerencial apurado.

    Na realidade, a maioria dos candidatos, principalmente os recém formados, que participam de processos seletivos, não possuem o conhecimento necessário que essa atividade de engenharia exige e assim, algumas empresas estão patrocinando, junto a instituições acadêmicas de renome, cursos de pós graduação em engenharia ferroviária com o objetivo de formarem profissionais bem preparados, que demonstrem possuir valores que a companhia aprecia e que tenham conhecimento das novas tecnologias, idéias e estratégias.

    Somando-se a esse fato a escassa literatura em português, sobre a engenharia ferroviária, que de uma idéia sistêmica de todos os processos envolvidos, foram os motivos da confecção deste livro destinado a estudantes, engenheiros e trabalhadores de empresas ferroviárias que tenham interesse em aprofundar seus conhecimentos.

    Além deste primeiro capítulo contendo a introdução e o esclarecimento do objetivo do livro, a obra foi dividida em sete outros capítulos que abordam:

    • no segundo capítulo, um breve resumo da história das ferrovias, destacando seu surgimento nas Américas e o cenário nacional;

    • no terceiro capítulo a via permanente ferroviária com a descrição dos principais componentes e características construtivas da linha férrea;

    • no quarto capítulo o material rodante de locomotivas e vagões, com breve descrição da dinâmica ferroviária e as principais características do trem;

    • no quinto capítulo uma noção do gerenciamento operacional de uma ferrovia com a descrição de ferramentas, metodologias e indicadores de desempenho do tráfego;

    • no sexto capítulo uma síntese sobre os princípios da sinalização ferroviária;

    • no sétimo capitulo uma abordagem sobre os principais sistemas de controle de tráfego ferroviário baseados em radiocomunicação;

    • no ultimo capítulo, uma breve descrição sobre a infraestrutura necessária em energia elétrica para os sistemas de sinalização e telecomunicações.

    6

    Image 4

    2 Breve história das ferrovias

    2.1

    O nascimento das ferrovias

    Em três sítios arqueológicos existentes na ilha de Malta no mar Mediterraneo, há centenas de sulcos em rochas e outros em calçamentos de estradas feitas pelo império romano. Esses sulcos serviam de guias para as rodas das bigas propiciando uma maior estabilidade, menor atrito de rolamento e maior velocidade de deslocamento de mercadorias e das tropas romanas para a defesa da ilha. Devido a esses caminhos guiantes para as rodas das bigas, alguns especialistas consideram esses sulcos como o marco do surgimento da ferrovia.

    Figura2.1:Caminhos guiantes nas pedras em Malta

    Alguns discordam e apontam o inicio do século XVI devido a comprovação da existência de vagonetes, tracionados por homens ou cavalos, sobre trilhos de madeira que faziam o transporte de minerais como carvão e ferro em minas subterrâneas na Alemanha e Inglaterra, outros ainda consideram seu surgimento como decorrente do progresso ocorrido na Europa e principalmente na Inglaterra, após a invenção da máquina a vapor por James Watt em 1705 e a invenção do tear mecânico por Edmund Cartwright, em 1785, que revolucionou a fabricação de tecidos. É fato que o emprego desses e outros inventos na produção de mercadorias, que surgiram durante o século XVIII, causaram um aumento significativo do volume da produção e a necessidade de um transporte com maior rapidez para os mercados consumidores, do que as carroças e navios faziam na época.

    Neste cenário, em 1801, o engenheiro inglês Richard Trevithick (1771-1833) colocou rodas em uma de suas invenções que, apesar de ter sido projetada inicialmente para rodovia, alguns consideram como a primeira locomotiva a vapor, outros como o predecessor do primeiro automóvel e passeou pelas ruas de Camborne na Inglaterra.

    O invento foi chamado de Puffing Devil( Diabo Soprando), pois basicamente o veículo era uma carruagem com uma caldeira acoplada fazendo a função de motor. Como era

    7

    Image 5

    de se esperar, a máquina atraiu bastante a atenção do público e da imprensa mas não teve sucesso, devido a baixa autonomia que a pressão do vapor proporcionava, além de seu custo ser muito superior ao das tradicionais carruagens puxadas por cavalos.

    Figura 2.2: A Puffing Devil

    No ano seguinte, Trevithick construiu a primeira locomotiva para estrada de ferro.

    Esta máquina que não tinha nome, foi usada nas minas de ferro em Pen-Y-Darren no

    País de Gales puxando 10 vagões atrelados, à velocidade de 8 Km/h. Entretanto, por apresentar muitos problemas o invento não teve sucesso.

    Em 1814, o também engenheiro inglês George Stephenson (1781-1848), tendo como base os experimentos de Trevithick, constrói a locomotiva a vapor Blutcher, que consegue transportar 30 toneladas a uma velocidade de 6,5 km/h. Durante os anos seguintes, seu invento é aperfeiçoado e em 1823, em parceria com seu filho, funda a primeira fábrica de locomotivas do mundo, produzindo com sucesso a Locomotion Number1. Em 1825, com o financiamento de empresários ingleses, George Stephenson construiu e inaugurou a primeira ferrovia pública do mundo destinada a conduzir trens de carga que, tracionados por locomotivas Locomotion Number1 em horários regulares, cobriam a distancia de aproximadmente 16 km entre as cidades de Stockton a Darlington na Inglaterra.

    Apesar de muitos considerarem George Stephenson como o inventor da locomotiva a vapor e percursor da engenharia ferroviária, não se deve esquecer que a idéia de máquina propulsionada a vapor partiu da mente de Trevithick e assim não cometer-se injustiça semelhante como a que houve com o telefone, onde somente em 11 de

    junho de 2002 o Congresso dos Estados Unidos aprovou resolução na qual reconheceu

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