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Uma Introdução Ao Tradicionalismo Gaucho
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Uma Introdução Ao Tradicionalismo Gaucho
E-book100 páginas1 hora

Uma Introdução Ao Tradicionalismo Gaucho

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Sobre este e-book

A obra reune informações que esclarecem as origens e características do Movimento Tradicionalista Gaucho, abordando, além da sua história, o rico folclore do povo gaucho. Serve também de complemento aos estudos de interessados em concursos para prendas e peões no ambito dos milhares Centros de Tradições Gauchas existentes no Brasil e exterior
IdiomaPortuguês
Data de lançamento30 de mai. de 2018
Uma Introdução Ao Tradicionalismo Gaucho

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    Uma Introdução Ao Tradicionalismo Gaucho - Amado Da Costa E Silva

    Uma introdução aoTradicionalismo Gaúcho

    O objetivo deste trabalho é auxiliar integrantes de Centro de Tradições Gauchas e outros interessados a compreender o movimento tradicionalista gaúcho.

    Foi elaborado a partir do resumo de algumas obras publicadas e de artigos existentes na internet.

    São José dos Campos - 2016

    Sumário

    1.      Introdução

    2.      O Rio Grande do Sul

    2.1

          

    Síntese cronológica

    2.2

          

    Bandeira

    2.3

          

    Hino Sul Rio-grandense

    3.      O índio

    4.      O Gaúcho

    5.      Tradição e tradicionalismo gaúcho

    6.      Movimento Tradicionalista Gaúcho – MTG

    7.      Centros de Tradições Gaúchas – CTG´s

    8.      Carta de Princípios do Movimento Tradicionalista

    9.      Expoentes do MTG

    10.      O antitradicionalismo

    11.      Características do folclore gaúcho

    11.1

          

    Querência

    11.2

          

    Fogo de chão e chama crioula

    11.3

          

    Regionalismo

    11.4

          

    Nativismo

    11.5

          

    Crioulismo

    11.6

          

    Telurismo

    11.7

          

    Machismo gaúcho

    11.8

          

    Missa Crioula

    11.9

          

    Rito da Missa Crioula

    12.      Símbolos da cultura gaúcha

    12.1

          

    Quero-quero

    12.2

          

    Estrela Boieira

    12.3

          

    Erva-mate e chimarrão

    12.4

          

    Churrasco, arroz de carreteiro e mocotó

    13.      A indumentária gaúcha

    13.1

          

    Chiripá

    13.2

          

    Bombacha

    13.3

          

    Lenço gaúcho

    13.4

          

    Chapéu

    13.5

          

    Pala e poncho

    13.6

          

    Vestido de Prenda

    14.      Danças gaúchas

    14.1

          

    A estilização das danças gaúchas

    15.      Diversões galponeiras

    15.1

          

    Trova

    15.2

          

    Truco

    15.3

          

    Escopa

    15.4

          

    Bocha

    15.5

          

    Cancha reta

    16.      O cavalo

    17.      As tropeadas e o rodeio

    18.      A Revolução Farroupilha

    18.1

          

    As origens

    18.2

          

    Farrapo ou Farroupilha

    18.3

          

    A Revolução

    18.4

          

    Principais pontos assinados no tratado de paz

    19.      A arte declamatória

    20.      Expressões gauchescas

    Introdução

    "Em 1949, integrando uma representação de nove gaúchos brasileiros que participaram dos festejos comemorativos do Dia da Tradição em Montevidéu, surpreendemo-nos e encantamo-nos com o tesouro de danças tradicionais que os platinos naquela ocasião nos desvendaram.

    Nós os sul-rio-grandenses, porém, não tivemos uma dança sequer que pudéssemos apresentar, por mais modesta que fosse e que servisse para traduzir nossa alma popular!

    Quando voltamos ao Brasil, trazíamos o coração oprimido pelo conhecimento de pertencermos a um povo que esquecera as suas tradições..." - trecho extraído do livro do Manual de Danças Gaúchas, escrito por Paixão Côrtes e Barbossa Lessa.

    A palavra tradição, em seu significado latino, que se desdobra em outros com certa analogia, refere-se ao ato de transmitir ou entregar. Entretanto, tais elucubrações etimológicas não fundiram a cuca de Paixão Cortes, Barbosa Lessa e Glaucus Saraiva, três ginasianos que em 1947 criaram o Departamento de Tradições Gaúchas do Grêmio Estudantil do Colégio Júlio de Castilhos de Porto Alegre. Com profundo senso prático eles realizaram o levantamento dos usos e costumes, músicas, lazeres, crenças, poesias, etc...que lhe estavam sendo entregues por seus antecessores. Nascia assim uma consciência regional contrária ao american way life que se apresentava como modelo e firmou-se com os Centros de Tradições Gaúchas. Posteriormente criou-se o Movimento Tradicionalista Gaúcho (MTG), que fortaleceu-se na década de 70 com as Califórnia da Canção Nativa, onde a musica gaúcha adquiriu melhor qualidade e novos adeptos e com a multiplicação de CTG´s e seus festivais nativistas de musicas crioulas difundindo assim a cultura, o folclore e a tradição gaúcha além da divisa e fronteira do Rio Grande do Sul.

    O grande desafio dos jovens que iniciaram o MTG era não deixar que as raízes históricas fossem podadas e fazer com que os hábitos e costumes do Rio Grande do Sul continuassem sendo cultivados espontaneamente. Com este intuito, passaram a mostrar às pessoas a importância dos hábitos do gaúcho, buscando traços apagados da sua cultura, como danças e expressões que já não estavam mais vigentes naquela época.

    O Rio Grande do Sul

    Estado mais meridional do Brasil localizado entre o trópico de Capricórnio e o circulo polar Ártico apresentando um clima subtropical, atualmente o Rio Grande do Sul confronta-se ao norte com o estado de Santa Catarina, ao leste com o oceano Atlantico, ao sul com o Uruguai e ao oeste com a Argentina. Ocupando apenas 3% da área do Brasil é um dos maiores produtores de grãos e um importante polo industrial e comercial do país. Sua bacia hidrográfica é composta por vários rios que desembocam na lagoa dos Patos que se interliga à lagoa Mirim através do canal de São Gonçalo. O rio Uruguai é o mais extenso rio do estado, separando-o de Santa Catarina e Argentina.

    Atualmente o estado possui 497 municipios que impulsionam uma das maiores economia agropecuária do país, destacando-se arroz, soja, fumo, milho, uva, trigo, ovinos, suínos e bovinos, entre outras, além do seu parque industrial também ter grande influencia nos setores de bens de consumo como alimentos, vestuário, couro e calçados.

    Figura 1: Limites geográficos

    do estado do Rio Grande do Sul

    A sua historia é marcada por muitas lutas e batalhas de disputa da soberania, conforme a breve síntese abaixo:

    1494

    É assinado o tratado de Tordesilhas entre Portugal e Espanha. Por esse tratado a terra do atual estada do Rio Grande do Sul pertencia à coroa espanhola.

    1626

    O padre jesuíta Roque Gonzalez de Santa Cruz, nascido no Paraguai, atravessa o rio Uruguai e funda o povo de São Nicolau, assinalando oficialmente a chegada do homem branco ao território gaúcho.

    1634

    O padre jesuíta Cristobal de Mendonza Orellana (Cristóvão de Mendonza) introduz o gado nas Missões Orientais, o que vai justificar mais tarde o surgimento do gaúcho.

    1641

    Os jesuítas são expulsos do Rio Grande do Sul pelos bandeirantes, depois de fundarem 18 reduções ou povos. Essas aldeias foram todas arrasadas e o gado, um pouco foi escondido na Vacaria dos Pinhais, outro pouco levaram para a Argentina e a maior parte se esparramou, virando chimarrão, que quer dizer selvagem. Graças ao padre Cristóvão Mendonza, esse gado, que não tinha marca nem sinal, ficou também chamado de orelhano.

    1687

    Os jesuítas voltam a penetrar no território riograndense, seja atraídos pelos enormes rebanhos de gado que procriavam livremente nos campos sulinos, seja como instrumento da Coroa espanhola para conter os avanços portugueses na região, a razão desta volta não é clara. Seja como for, é nesse ano que

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