O Poder da Determinação: transforme sua vida atingindo objetivos e superando desafios

De Jhones S. Clementino

"O Poder da Determinação: Transforme sua Vida Atingindo Objetivos e Superando Desafios" é um livro que visa ajudar o leitor a alcançar seus objetivos, sejam eles pessoais ou profissionais, por meio da determinação, da força de vontade e da perseverança. O autor apresenta diversas estratégias e técnicas para desenvolver a determinação e a autoconfiança, mostrando que é possível superar os obstáculos e alcançar grandes conquistas.

Com uma abordagem clara e objetiva, "O Poder da Determinação" ensina como estabelecer metas claras e alcançáveis, traçar um plano de ação eficiente e lidar com os obstáculos que surgem ao longo do caminho. O autor também aborda temas como autoconhecimento, autoestima e resiliência, que são fundamentais para quem busca alcançar seus objetivos.

O livro é um guia prático para quem deseja transformar sua vida e alcançar seus sonhos. Com dicas simples e eficazes, o autor mostra que a determinação é uma habilidade que pode ser desenvolvida por qualquer pessoa, basta ter disciplina e persistência. Com "O Poder da Determinação: Transforme sua Vida Atingindo Objetivos e Superando Desafios", o leitor irá descobrir que é capaz de superar qualquer desafio e alcançar grandes conquistas.

• Idioma: Português
• Editora: Editora Dialética
• Data de lançamento: 29 de jun. de 2023
• ISBN: 9786553556386

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CAPÍTULO 1 O caminho da superação: minha jornada pessoal

Para começarmos, eu vou resumir a minha história para alguns pontos que fazem mais sentido e que se enquadram com a ideia deste livro.

Eu sempre tive meus pais muito presentes em minha vida, minha mãe era dona de casa e meu pai, um excelente eletricista, e posso afirmar com 100% de certeza que tenho muito orgulho de ambos, pois são pessoas maravilhosas em quem pude me espelhar. Por ser filho único, posso dizer que tive muitos momentos felizes e maravilhosos, bem como tive muitos momentos tempestuosos e ruins, pois a falta de um irmão ou irmã em alguns momentos da minha vida poderiam ter feito toda a diferença. Por ser filho único, meus pais se esforçaram ao máximo para me dar uma boa educação e me mostrar o caminho certo, me mostrando o que era certo e o que era errado. Posso dizer que ainda hoje isso acontece, porém de uma maneira diferente.

Infelizmente, como nem tudo são flores, em 31 de dezembro de 2009 às 22h30min um fato ocorreu que fez com que parte do meu mundo desmoronasse. Uma das pessoas que eu tinha como herói tentou o suicídio. Essa pessoa foi o meu pai. Não vou entrar tanto nos detalhes, mas a partir daquele momento a minha vida teve uma reviravolta extremamente brusca, virando totalmente o meu mundo de cabeça para baixo, e sinceramente nem minha mãe e nem eu estávamos preparados para enfrentar aquela situação.

Quando esse fato ocorreu, eu fiquei vários dias tentando entender o porquê daquilo ter ocorrido, mas sinceramente não consegui encontrar uma resposta plausível. Como eu sou filho único e eu sempre via meu pai como um irmão, era como se eu me sentisse traído ou algo do tipo. Eu não consegui dormir direito, não consegui me alimentar direito, eu não conseguia nem sequer me concentrar em nada, pois foi algo que nos atingiu em cheio. Minha mãe ainda conseguiu aceitar muito melhor do que eu, porém eu não conseguia aceitar e tive muita dificuldade dali pra frente, e infelizmente começamos a passar por uma gigantesca turbulência emocional, pois ambos estávamos com os nervos à flor da pele.

Depois de um tempo, já em 2010, minha mãe e eu começamos a passar muita necessidade. Chegamos a ter alguns dias em que não tínhamos nada pra comer, e a geladeira totalmente vazia, só com uma garrafa de água. Depois de 1 ou 2 meses vivendo nessa situação, minha mãe, muito guerreira, conseguiu trabalhar como diarista. Ela levantava cedo para trabalhar e só voltava à noite com alguma comida para nós. E, quando falo comida, não me refiro a carne, frango, peixe, mas sim arroz, ovo, um suco e no máximo 2 caixas de leite.

Naqueles momentos eu já não me sentia muito bem, pois eu era atormentado dia e noite por algo dentro de mim que me drenava as forças, fazia com que eu me sentisse um lixo, pois eu havia me tornado o homem da casa. Meus pais haviam acabado de passar por um processo de divórcio depois que meu pai recebeu alta do hospital, até porque minha mãe já não confiava mais nele e os próprios médicos alertaram para que tomasse cuidado. Continuando, eu como filho homem não conseguia exercer o meu papel de homem da casa, e isso me fazia cada vez pior. Esse sentimento foi me consumindo e aumentando cada vez mais, lentamente foi me devorando por dentro até que eu começasse a definhar. E foi quando, no final de 2011, a grande bomba emocional explodiu de vez, e fui diagnosticado com depressão severa.

Se já estava difícil lidar com tudo, a partir daquele momento tudo ficou ainda pior. Foi quando eu tive os mais diversos tipos de sintomas, como síndrome do pânico, vontade de se autodestruir, vontade de fazer mal aos outros, entre outros. Nesses momentos, infelizmente eu já não sabia mais quem eu era, eu já não sabia mais qual era a minha personalidade, eu já não sabia de absolutamente nada, só sabia que eu queria ficar sozinho, isolado, e sinceramente não queria conversar com ninguém. O sorriso em meu rosto desapareceu, o meu olhar que antes era cheio de vida se tornou um olhar frio.

Minha mãe tinha medo de sair para trabalhar e quando chegasse me encontrar sem vida. Meu pai, por mais que estivesse distante, também se preocupava comigo e tentava falar comigo constantemente pelo telefone, mas infelizmente eu não queria saber de muita conversa, falava só o necessário e me calava. Eu costumava passar noites e noites em claro lutando contra um ser maligno que me induzia a querer fazer o pior, e que queria que eu colocasse um fim naquilo tudo. E confesso que, algumas vezes, cheguei a cogitar, pois eu já não aguentava mais viver em um looping infernal em que todo dia era a mesma coisa, as mesmas lutas, porém, por alguma razão bem lá no fundo, eu nunca quis desistir de lutar. Talvez fosse pelo fato de eu ser filho único e pensar que meus pais não queriam o pior pra mim, mas sempre quiseram o meu bem e o melhor pra mim. Aquilo de alguma forma me confortava, porque pra mim era muito difícil aceitar que eu estava com depressão, o que no começo fez com que eu negasse tratamentos psicoterápicos, mas depois de algum tempo eu reconheci e decidi aceitar a ajuda que meus pais e minha família quiseram me dar. Foi quando comecei o tratamento contra a depressão.

No começo não foi nada fácil, pois tive inúmeras reações, tive inúmeras recaídas que me custaram muitas injeções de tranquilizante. Mas depois que comecei a aceitar o fato de que eu queria lutar contra essa força maligna, as coisas começaram a clarear a minha mente. Principalmente depois de longos momentos de reflexão e autoconhecimento, eu pude resgatar os sonhos que eu tinha, minhas metas e meus objetivos, e isso fez com que eu começasse a reunir ânimo para enfrentar a depressão com todas as minhas forças, mesmo que naquele momento não fosse muita, mas um pouco de força era melhor do que