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Comando Superior
Comando Superior
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E-book302 páginas3 horas

Comando Superior

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Sobre este e-book

O desaparecimento de agentes da Abin no ano de 2070 levanta suspeitas e conspirações envolvendo segredos guardados pelo governo brasileiro. Um líder da inteligência internacional começa a investigar, enquanto todo o mundo se vê diante de uma ameaça global representada por Drak Nazar, que possui um hospedeiro humano. Diante dessa ameaça, Lino, um estudante do Rio de Janeiro, é convocado com a proposta de se unir à Ordem Mundial. A antiga chefe da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), acredita que Lino pode ser a peça essencial que decidirá o futuro das vidas na Terra. A aliança de Lino com a Abin pode representar uma grande oportunidade para enfrentar a ameaça do invasor galáctico, tendo em vista que nenhuma organização possui qualquer recurso ou tecnologia para lidar com esse nível de ameaça. Assim, espera-se que, conseguindo a união, garantam a proteção da Terra e de seus habitantes. Geann Áleaix Bitencourt publicou o COMANDO SUPERIOR, primeiro volume da série de título homônimo, em 2021. O livro A Próxima Era das Grandes Navegações é um ensaio narrado pelo agente Bernardo Théslert, que divaga sobre quais seriam os limites do controle mental feito pelo Estado. Bernardo faz um presságio com base em seus conhecimentos internos, que adquiriu na Abin, para um futuro próximo de 2071. A Ascensão de Drak Nazar é o livro que sucede à cronologia do primeiro volume: COMANDO SUPERIOR
IdiomaPortuguês
Data de lançamento15 de mar. de 2023
Comando Superior

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    Pré-visualização do livro

    Comando Superior - Geann Áleaix Bitencourt

    Contents

    Capítulo Um

    — I —

    — II —

    — III —

    — IV —

    — V —

    — VI —

    — VII —

    — VIII —

    — IX —

    Capítulo Dois

    — I —

    — II —

    — III —

    — IV —

    — V —

    — VI —

    — VII —

    Capítulo três

    — I —

    — II —

    — III —

    — IV —

    Capítulo Quatro

    — I —

    — II —

    — III —

    — IV —

    — V —

    Prólogo

    — VI —

    Capítulo Cinco

    — I —

    — II —

    — III —

    — IV —

    Capítulo Seis

    — I —

    — II —

    — III —

    — IV —

    — V —

    Capítulo Sete

    — I —

    — II —

    — III —

    — IV —

    — V —

    Capítulo Oito

    — I —

    — II —

    — III —

    Capítulo Nove

    — I —

    — II —

    — III —

    3º Ato:

    — I —

    — II —

    Capítulo Dez

    — I —

    — II —

    — III —

    — IV —

    — V —

    — VI —

    — VII —

    ☢ Epílogo ☢

    About The Author

    Books In This Series

    Books By This Author

    Créditos

    Ficha Catalográfica

    Capítulo Um

    — I —

    UTOPIA DO MAL

    Ainda nas redondezas da Via Láctea, o Líder da galáxia, Jonas Forth, interceptou uma anomalia nas barreiras e sensores de natureza misticamente magnéticos que protegiam a galáxia de invasores. Algo muito incomum de ocorrer, já que os comandantes galácticos evitavam qualquer tipo de movimentação que pudesse gerar incômodos aos líderes vizinhos.

    Ele habitava o plano superior. Uma região do espaço distinta do ambiente onde a Terra, o Sol, e a maioria dos planetas com vida do universo estavam localizados. Apesar de não interagir com o plano habitado pelos humanos encarnados, a manutenção de todas as formas de vida e não vida era garantida pelos conselhos superiores de cada planeta.

    Ao perceber que o corpo adentrava os limites da sua galáxia, Jonas, que não era composto de matéria bruta, pôde locomover-se acima da velocidade da luz para o local em que ocorria a anomalia. Quis verificar se era uma desarmonia causada por algum buraco negro em estágio terminal, suspeitava ser essa a causa da ativação dos seus sentidos de Líder.

    Quando chegou a poucos anos-luz de distância da anomalia, percebeu que ela se movia com enorme rapidez, então usou um dos modelos antigos do cosmos para privar o acesso à área ao redor do ponto que se movia.

    Tal modelo supunha a Terra no centro do universo, rodeada pelos corpos celestes, pelas estrelas, e cercada por uma barreira intransponível, de onde,além dela, Deus tudo observava. Jonas era um deus da sua galáxia.

    Deste modo, isolou a região de maneira que somente ele pudesse acessá-la. O corpo estranho foi ejetado instantaneamente, de forma brutal, daquela zona que formava uma circunferência ao redor do local onde se encontrava o ponto invasor. Jonas adentrou sua bolha que abrangia um espaço enorme, onde só ele poderia estar. O ponto parou de mover-se e permaneceu circundando lentamente a área impenetrável.

    Jonas Forth percebia que, definitivamente, não era um buraco negro, muito pelo contrário: O corpo, assim como ele, não interagia com o campo de Higgs¹ ao se mover, portanto, não possuía massa. Aproximouse cautelosamente do que descobriu se tratar de um ser do Comando Superior.

    Campo de Higgs¹ - O campo de Higgs permeia todo o universo e é responsável por transmitir energia, na forma de massa, para as partículas elementares através da interação com a partícula de Higgs, que é uma excitação do campo. A intensidade da interação determina a quantidade de massa de cada partícula elementar.

    — Guerra ou paz? — Jonas Forth perguntou.

    Do lado de fora da bolha, habitando o vazio negro, estava o estranho.

    Do lado de dentro, cercado pela enorme bolha branca purificada, estava Jonas Forth. Eles flutuavam um em frente ao outro. Jonas aproximou-se do limite da bolha, ele queria chegar bem perto. À medida que ele levitava adiante, seus pés ficavam para trás e seu corpo prosseguia levemente inclinado. Sabia que o estranho não conseguiria penetrá-la.

    — Aliança. — O estranho respondeu de fora da bolha, completamente vulnerável. — Não revele o acordo com Drak Nazar. Sabemos que isso causará um impacto irreversível na Terra. Discordo dele.

    — Acordo? — Jonas falou, ponderando negar. Mas logo mudou de ideia, adotando outra postura. — O acordo é a solução.

    — O acordo é uma promessa aos humanos, não é a solução. A solução deve vir dos próprios habitantes da Terra, e de qualquer outro planeta, após eles estarem fidedignamente em harmonia.

    — O acordo é uma escolha. — afirmou Jonas.

    — O acordo é um risco a nós que habitamos aqui. — disse a figura invasora.

    — Não podemos restringir o acesso ao que temos. — Jonas disse, determinado.

    — Como selecionar os dignos? — a figura perguntou com o pesar de quem não desejava condenar todos a uma inexistência precoce.

    Jonas Forth ficou sem palavras. Sabia que essa era uma questão importante. A pergunta do invasor o fez questionar as consequências das decisões que ele havia tomado durante os anos em que esteve no governo da galáxia.

    — Identifique-se — ordenou ele.

    — Rolderklás. Andrômeda. Planeta Evíluto.

    — Utopia do mal. Foi um nome dado por Lacteanos como forma de crítica. Me surpreende que vocês o utilizem. — Jonas Forth falou sentindo-se lisonjeado.

    — Se você quer uma resposta para a sua pergunta, eu digo: desejo a paz, mas não garanto que a paz não tenha lados.

    — Imagino que lutará pela supremacia da sua galáxia. — Jonas supôs.

    — Lutarei pela unificação e pelo convívio em harmonia — disse o invasor. — Mas aviso que trago comigo planos de pacificação. Não garanto que caso você escolha usar sua vantagem territorial e sua posição de líder contra mim, e travemos aqui uma batalha, porque, sim, eu irei resistir, não garanto que serei aniquilado sem causar danos.

    — E você busca a paz? — indagou de forma irônica.

    — Eu sou o melhor que você poderia ter. Firmaremos aqui um acordo de paz, para que eu me instale e caso suas negociações com o Líder a quem sirvo não seja bem-sucedida, eu possa intermediar a unificação inevitável da qual a lei cósmica da gravidade nos destinou de forma impiedosa. — Rolderklás propôs, apaziguadamente.

    — Retorne a Drak Nazar e se certifique de que não haverá uma batalha.

    — Não retornarei para Andrômeda até que minha missão esteja concluída, e a paz entre as galáxias esteja garantida. — afirmou o invasor.

    Ficando sem opções, Jonas acreditava que aquela seria a melhor saída para evitar um combate cósmico entre os seres do Comando Superior quando chegasse o dia em que Andrômeda e a Via Láctea começassem sua dança mortal.

    — Eu, Jonas Forth, Líder da Via Láctea, em aliança com Rolderklás, de Evíluto, concedo que aja de forma a propiciar uma convivência frutífera às formas de vida e não vida das duas galáxias. Declaro que caso sua promessa de paz seja cumprida dignamente, possamos conciliar os interesses da galáxia Andrômeda e os desejos da Via Láctea contra o inimigo maior que ameaça as duas galáxias. O acordo deverá ser mantido em absoluto, completo, e inviolável sigilo. — mentiu.

    Rolderklás balançou afirmativamente sua cabeça apenas uma vez de forma assertiva. Começou a voar na direção da Terra e tornou-se invisível ao se aproximar do planeta, quando Jonas deixou de vê-lo.

    Momentos depois.

    O Líder entrou imediatamente na mente de apenas um membro da Ordem.Rolderklás descia do céu em direção a maternidade.

    Márcio, chefe da Abin, subiu de elevador até o último andar do edifício e seguiu por duas seções de escada até a cobertura. Ele sabia que não conseguiria enxergar o invasor assim que ele chegasse, então concentrou-se em conjurar o cetro Dimfloat, como fora orientado por Jonas Forth.

    O cetro apareceu em sua mão direita. Ele usava um reator próximo para escutar o que se passava em cada uma das salas, monitorando quando um nascimento estava prestes a ocorrer. Ele sabia que o invasor não conseguiria possuir um feto que não estivesse próximo de nascer, pois ficaria aprisionado e acabaria morrendo e matando a gestante após fazê-la definhar estando em sua barriga.

    — Ela está entrando em trabalho de parto. — disse a médica da sala nove. Márcio escutava via reator.

    Ele ficou vinte minutos com a mão estendida esperando ver o impacto de Rolderklás contra a barreira que o cetro formava sobre a maternidade.

    — Muito bem, continue fazendo força. — a médica dizia. — Isso, ele está nas minhas mãos. — Márcio ouvia em sua mente o que ocorria na sala nove.

    — Pode segurar ele, querida. — uma das enfermeiras falou.

    Márcio conseguia ouvir o choro da criança.

    Agente Márcio, execute o invasor. Ele ouviu a voz de Jonas Forth falar em sua mente.

    — Mas, meu Líder, ele não pode ter passado por mim. — Márcio disse a Jonas, em tom de súplica.

    Ele desarmou a barreira e começou a correr em direção à sala nove.

    Márcio? Onde está indo? disse o Líder Jonas Forth, da sala dos mensageiros do Comando Superior terráqueo.

    Líder, estou indo executar o bebê. Márcio explicou, entrando em pânico.

    Não há nenhum recém-nascido. Torne a ativar a barreira. O verdadeiro Jonas Forth disse em sua mente, mas era tarde demais.

    Rolderklás estava atrás de Márcio, segurava a clava negra com espinhos de diamante com a mão direita. Ergueu a mão esquerda e enviou um feixe que golpeou o chefe da Abin pelas costas.

    Márcio caiu no chão, a barreira se desfez e o cetro Dimfloat rolou até parar a alguns metros de distância do agente.

    Aproximou-se do homem desacordado. Levou a mão a têmpora dele, apagando sua memória. Ergueu o braço e potencializou o campo do reator para criar uma interferência acima do hospital e fazer com que Jonas não percebesse que o agente se encontrava desacordado.

    Ele viu Rosa descer do carro sendo ajudada por Roger, marido dela. Ela entrou pela porta da frente do hospital. O agente começava a despertar.

    Rolderklás escorregou através do pavimento sólido e possuiu o corpo de Diego assim que ele nasceu, então o bebê começou a chorar.

    O cetro Dimfloat anuviou-se e desapareceu. O agente levantouse, completamente confuso, sem saber onde estava, até que recobrou a consciência e tentou lembrar o que havia o levado até o topo de uma maternidade.

    Jonas Forth percebeu que a possessão havia se consumado. Não poderia executar um humano na Terra. Ele realizou a escolha de não contactar o conselho superior terráqueo, então teria que lutar sozinho contra o mal que se estabelecia em sua galáxia.

    Planeta Terra — Vinte e sete anos após o acidente.

    A comunicação entre o Comando Superior e os terráqueos esteve cessada naqueles anos que sucederam à queda do líder da Via Láctea.

    Para os que contactavam os amistosos mensageiros superiores, foram anos de tédio e desesperança. Haviam membros da Abin, inclusive alguns muito experientes, que se questionavam se os relatos de seus colegas sobre aqueles contatos não se passavam de um delírio coletivo.

    Os mais racionais diziam que se tratava de algum país passando um baita trote de nível internacional, após descobrirem os mecanismos de comunicação do governo brasileiro, que se comunicava há décadas através das ondas cerebrais captadas pelos diversos reatores enterrados sob cada cidade do país.

    Talvez, fosse mais fácil acreditar que a tecnologia pioneira no Brasil fora roubada por espiões de outros países, que se convencerem de que um ser cósmico assumiu o poder de toda a galáxia. Isso ia contra a intuição de qualquer teórico ou dos que se achavam muito sabidos perguntando — ‘Onde estão todos eles?’ ao se depararem com a imensidão do nosso universo em expansão, e a possibilidade de existir vida inteligente em algum lugar por aí.

    A pergunta irrespondível, a explicação para a vida e a origem do universo, o dilema e o peso de sermos os únicos humanos e não conseguirmos sequer sair do nosso próprio sistema solar. Toda essa falta de respostas se tornava muito pior quando os agentes olhavam os relatórios de contatos e se davam conta que provavelmente existe um pessoal por aí um pouquinho mais avançado que a gente. Essas perguntas perturbavam mesmo quem nem poderia cogitar a existência de um plano superior que não fosse o das tradições religiosas.

    Sedado dessa realidade dos agentes, porém refém de suas dúvidas filosóficas e descrente de qualquer metafísica, transcorria uma noite turbulenta para Lino.

    — II —

    LINO

    O lençol quente e úmido ficava cada vez mais ensopado à medida que a febre ardia e ele se revirava sobre a cama.

    Ao seu lado, Lúcia estava em um sono profundo.

    Em um movimento repentino, ele dobrou o joelho como quem se prepara para dar um salto, empurrando a perna de Lúcia para o lado. Esticou suas duas pernas. Ela percebeu uma agitação, abrindo os olhos por alguns instantes. Sonolenta e em meio ao quarto escuro, virou para o lado e voltou a dormir.

    A muitos quilômetros dali, dentro de um lugar reservado, sem janelas ou qualquer brecha que permitisse saber se era dia ou noite, os movimentos do debate que ocorreria, por estarem intrincados e predefinidos, faziam com que Drak Nazar se preparasse para uma investida insana que, mal sabiam eles, era estruturada ao longo de tantas décadas.

    — III —

    Thompson pressiona Vinícius

    O chefe da Abin caminhava pelo corredor da sede em Brasília. Ao seu lado, um agente lhe passava orientações para o encontro em que os líderes das demais agências pertencentes à Ordem se reuniriam.

    — Os representantes da CIA estão movendo esforços e gradualmente tentando tornar válido o discurso do Japão, que não deveríamos mais impedir novas tecnologias. — disse o agente Sílvio.

    — Não seria surpresa pra mim que essa fosse a vontade de Thompson, e que ele esteja pressionando seus agentes a validarem esse argumento. — disse Vinícius, chefe da Abin.

    — Então, seria interessante não rebater esses argumentos e tentar de alguma forma adiar essas discussões. Os que ainda não se aliaram a nós também demonstrariam interesse por novas tecnologias, então poderiam se aliar acreditando que tirariam proveito dos nossos benefícios. Essa ilusão não seria de todo ruim. — articulou o agente Sílvio.

    — Não podemos ter mais aliados que, na verdade, são nossos opositores. Não quero mais gente do lado de lá do debate, se for assim prefiro que continuem excluídos da Ordem. — retrucou Vinícius.

    — Ouça Thompson. Essa é minha orientação. — o agente Franco sugeriu.

    — Isso é o que faço com vocês me cercando, eu ouço o Thompson, e se ele discordar, eu mudo o meu discurso. — Vinícius resmungou.

    — Acreditamos que manter essa relação de respeito é melhor para todos. — aconselhou Sílvio.

    — Isso não é questão de respeito, isso é se sujeitar a ele. Mas não se preocupe, eu vou representar vocês, e atender a vontade da maioria, se é isso que vocês querem. — disse Vinícius.

    Representantes de grupos de países diversos estavam reunidos.

    — Nós buscamos a união entre as agências de inteligência, — Começou Thompson —, não digo que somos desunidos, mas precisamos de fato chegar a um meio-termo entre o que os diferentes países querem. Sabemos haver uma divisão de pensamentos e acreditamos que a decisão sobre fazer ou não avanços tecnológicos deve partir de uma medida conjunta, para que, inclusive, os novos possíveis aliados possam participar dela e desfrutar, mesmo que em segredo, do que hoje não possuem permissão.

    Thompson direcionou seu olhar para Vinícius, que estava a algumas cadeiras de distância na grande mesa circular.

    — O Brasil acredita que todos os povos necessitam de órgãos de inteligência pertencentes à Ordem. Para que assim a mensagem do Comando Superior seja disseminada deles para suas populações. — disse brevemente Vinícius, percebendo que alguns se incomodaram com o teor daquela fala.

    — Além dessas declarações que ouvimos até agora, antes de finalizarmos, a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) se inscreveu para uma fala. — Começou o chefe da Diretoria de Sinais Australiana (ASD). — Então, eu gostaria de pedir que todos sejam compreensivos e percebam esse comunicado como o início de um diálogo, para que, a partir de agora, possamos avaliar os sinais que recebemos juntamente aos indícios que já possuíamos. Mas, talvez por uma tentativa de desviar o foco, acabamos não considerando.

    — Obrigado. — Vinícius iniciou. — Há cerca de trinta anos sofremos uma mudança de diretriz, após o fim dos nossos contatos com o Comando Superior. Suspeitamos que nossos gestores anteriores tenham adulterado, ou, pelo menos, omitido dos registros, uma relação íntima do acidente envolvendo a cúpula com a última carta enviada pelo Líder Jonas Forth. — disse Vinícius.

    Um murmurinho cresceu entre os representantes dos países aliados.

    Ele continuou:

    — O fim dos contatos se deu após a carta em que Jonas solicitava que praticássemos o desapego do poder, o que pode ser interpretado de algumas formas. Uma delas, a nossa interpretação, é que deveríamos abrir a Ordem para a entrada de mais países. E para que convencêssemos os países que demonstram oposição aos nossos ideais de que o pouco que sabemos sobre o Comando Superior é a nossa melhor chance de conseguirmos avançar em conjunto. — Vinícius disse.

    — Foi para isso que cedemos a palavra!? — O russo Viktor, representante do Departamento Central de Inteligência (GRU), falou inconformado. — Quando foi que abrir a Ordem para novos países e cometer o mesmo erro que Jonas Forth ao expor o Comando Superior se tornou passível de debate?

    — Vocês concordam com isso? Acham que vamos nos submeter a entidades que supostamente contactavam vocês, e não fazem mais há trinta anos? O papel que vocês estão desempenhando é no mínimo ridículo. — falou Youssef, um representante do Sultanato de Omã, que era contrário à abertura da Ordem a novos membros.

    — Querer que nós nos sujeitemos a uma coisa que vocês, ao que tudo indica, inventaram visando escurecer caminhos que não são os que lhes beneficiam, parece realmente uma posição muito confortável. Por que não nos mostram provas de que vocês estão sendo realmente guiados? Não há! — disse Kim Seung, representante da Coreia do Norte.

    — Nós não sabemos tudo sobre os planos do Comando Superior, mas tendemos a acreditar que o governo extremista de alguns países faz com que os mensageiros superiores escolham não interferir

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