Mobiliário Da Antiga Grécia

De Fátima Sans Martini

O reconhecimento dos estilos de mobiliário ao longo do tempo é primordial para o profissional e a história mostra que independentemente da industrialização, produção em massa e mudanças do gosto estético, poucas são as mudanças relativas à funcionalidade dos móveis encontrados na Antiguidade. Em espécie é inviável a observação do Mobiliário da Antiga Grécia, contudo, felizmente, a literatura, a pintura em cerâmicas, Estelas e os Altos e Baixos-relevos contam a história e revelam os modelos e tipos de móveis consumidos no período. Assim, com origem nesses exemplos, permite-se concluir e esquadrinhar as semelhanças do formato, funções e técnicas praticadas pelos antigos egípcios em seu mobiliário. Esse sim, encontrado materialmente nos acervos museológicos, exemplificando bancos, caixas, cadeiras, mesas e leitos. Entretanto, essa convergência se distancia com a evolução cultural, artística e tecnológica, e o que se nota, a partir de novas formas, proporções, detalhes e finalidades, é a conquista de refinamento, personalidade e estilo do Mobiliário da Antiga Grécia.

• Idioma: Português
• Editora: Clube de Autores
• Data de lançamento: 31 de ago. de 2023

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CBL - DA-2023-032100

CBL - ISBN - 978-65-00-79354-3

Design da capa: Fátima R. Sans Martini

Fig.15 – Detalhe: Hídria em terracota, ca. 360-350 a.C. Art Institute Chicago, Illinois, EUA.

Fig.42 – Detalhe: Exterior do Kylix em terracota, ca. 460-450 a.C. Musée du Louvre, Paris, França.

MOBILIÁRIO DA ANTIGA GRÉCIA

Design e História

Capa Mobiliário da Antiga Grécia

SUMÁRIO

AGRADECIMENTOS

INTRODUÇÃO

1 GRÉCIA

1.1 Cerâmica e Pintura

1.2 Baixos e Altos-relevos

2 MOBILIÁRIO DA ANTIGA GRÉCIA

3 CAIXAS E ARCAS

4 BANCOS

5 TRONOS E CADEIRAS

6 MESAS

7 LEITOS

8 MOBILIÁRIO GRECO-ROMANO

CONCLUSÃO

BIBLIOGRAFIA

SOBRE O AUTOR

AGRADECIMENTOS

Agradeço aos profissionais e artesãos da área do design de interiores por compartilharem a prática e o amor pelo assunto.

Obrigada aos mestres e queridos alunos que me acompanharam na jornada acadêmica.

Sou grata aos acervos disponíveis que tanto me ajudaram nas pesquisas.

Gratidão ao meu pai e ao meu irmão que sempre me apoiaram na leitura e na escrita.

INTRODUÇÃO

O livro explora o Mobiliário da Antiga Grécia, segundo as estruturas, os materiais e as técnicas utilizadas em sua execução.

Lamentavelmente é impraticável a observação em termos materiais, no entanto, felizmente, a literatura, a pintura em cerâmica, as Estelas funerárias e os Altos e Baixos-relevos contam a história e revelam os modelos e tipos de móveis consumidos no período.

Assim, com origem nesses exemplos, permite-se concluir e esquadrinhar as semelhanças do formato, funções e técnicas praticadas pelos antigos egípcios em seu mobiliário. Esse sim, encontrado materialmente nos acervos museológicos, exemplificando bancos, caixas, cadeiras, mesas e leitos.

Entretanto, essa convergência se distancia com a evolução cultural, artística e tecnológica, e o que se nota, a partir de novas formas, proporções, detalhes e funções, é a conquista de refinamento, personalidade e estilo do Mobiliário da Antiga Grécia. 

Como se sabe, o desenvolvimento dos móveis tem profunda relação com o progresso da Arquitetura e perpassa a história sociopolítica e cultural dos povos que habitam o espaço interior, nos diversos períodos e regiões; por isso a importância de uma perspectiva cronológica para se entender os fatos e as referências, inseridos nas mesmas questões.

Para a apreciação do leigo é desnecessário conhecer o período ou o caráter da mobília, aplicada nos espaços interiores. Basta que estejam dispostas de forma equilibrada no ambiente e com tonalidades bem dosadas.

Contudo, para o profissional em design de interiores, a importância no reconhecimento dos estilos de mobiliário ao longo do tempo é primordial, seja na prática ou no conhecimento da história para o seu devido aprimoramento no que se considera como gosto e significado artístico.

Pode-se dizer que é duvidoso compreender os novos conceitos, relacionados ao mobiliário contemporâneo, sem conhecer a produção, o processo criativo e o seu progresso tecnológico na passagem da história.

Percebe-se na história do mobiliário que o caráter estético se desenvolve segundo o aprimoramento e descobertas de novas técnicas de produção e emprego de novos materiais, surgindo, portanto, novos estilos, os quais acompanham o aperfeiçoamento artístico de cada civilização, com suas necessidades pessoais e habitacionais, nos mais diferentes territórios e climas regionais.

Dessa forma, o design se ajusta e se integra aos movimentos artísticos e à modernidade. Uma evolução que permite o surgimento do que se determina de tendências.

Assim, o móvel se adapta aos padrões e necessidades da sociedade durante os diferentes períodos históricos e artísticos em busca do bem-estar e do belo para seu prazer, refina-se com a tecnologia e se transforma, segundo novos conceitos, adaptando-se à modernidade.

A valorização do profissional na área de design de interiores passa pelo conhecimento teórico, segundo os mais diferentes estilos históricos e artísticos, ou seja, partindo da Antiguidade, ele necessita passar pelo auge da descoberta do amplo conforto a partir dos séculos XVII e XVIII, alcançar a modernidade e pensar no que vai ser lançado.

A prática ou a execução dos mais diferentes móveis, de variados estilos e materiais,