B.a.d’s - Bournout, Ansiedade E Depressão
De Gamorim
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B.a.d’s - Bournout, Ansiedade E Depressão - Gamorim
Apresentação - Pagina 2
O Ponto de Partida - Pagina 4
Minha Melhor Amiga Manuela - Pagina 10
A Dança do Engano - Pagina 17
A Tempestade e o Arco-Íris - Pagina 29
A Jornada de um Supervisor - Pagina 38
A Decisão de Virada - Pagina 46
Burnout - Pagina 73
O Sentimento Difuso de Medo - Pagina 89
O Início da Batalha - Pagina 96
Um Sentimento Aterrorizante - Pagina 112
Batalha Mental - Pagina 137
A Busca Pela Justiça - Pagina 156
A Explicação - Pagina 166
Agradecimentos - Pagina 170
Nas páginas deste relato, convido você a adentrar ao meu mundo, sou um espírito capricorniano jovem e resiliente, cuja jornada se desdobra como um épico capaz de inspirar até os corações mais céticos. Nasci em meio às complexidades de uma família marcada pela separação, mas o vazio deixado pela ausência de meus pais foi preenchido pela incansável força de minha mãe, uma verdadeira guerreira que forjou em mim a determinação para encarar a vida de frente.
Aos 18 anos, iniciei minha odisseia no universo do trabalho, explorando os corredores de shoppings e desempenhando papéis tão diversos quanto a caixa, atendente, vendedor e até mesmo imergindo nas intrigantes nuances do cinema. A cada desafio, enxerguei uma oportunidade de crescimento, uma chance de aprimorar não apenas minhas habilidades profissionais, mas também minha compreensão do mundo.
Destaco com orgulho minha passagem por uma loja , um período entre 2012 e 2014 que transcendia os limites de um simples cargo de promotor de cartões. Num piscar de olhos, transitei por três posições distintas, culminando no posto de líder de atendimento. Essa trajetória revelou-se uma tapeçaria rica em experiências, desafios superados e aprendizados que moldaram minha visão profissional até então.
Uma nota importante permeia estas linhas, um toque de ética e respeito pela privacidade. Nomes e lugares foram alterados para proteger a identidade daqueles que cruzaram meu caminho. No entanto, confesso minha vontade latente de proclamar a verdade, revelar cada nome e local com a sinceridade que a narrativa merece.
Dedico estas palavras a todos que enfrentaram a escuridão da depressão, opressão e o esgotamento emocional, porque este livro é mais do que uma narrativa; é um farol de esperança.
Às vezes, escapar de um ambiente devastador é a decisão mais corajosa que podemos fazer. Afinal, em certos momentos, o ambiente parece vencer. Aqui, entretanto, somos convidados a testemunhar a vitória da resiliência sobre a adversidade. Permita-se mergulhar nesta história, e que ela acenda a luz que você busca.
Durante a escrita desse livro chorei pela última vez pelos motivos descritos neste livro.
O Ponto de Partida
O ano era 2018, uma época que se insinuava como um ponto de inflexão em minha trajetória. As vicissitudes da vida me levaram a um cruzamento onde a necessidade premente de trabalho ecoava como um eco persistente em minha mente. Quem já experimentou a angústia do desemprego compreenderá a dor inerente a vislumbrar um futuro nebuloso, uma estrada sem trilhas claras. Aos 24 anos, me vi imerso nessa busca incessante por oportunidades laborais.
Cada currículo enviado, cada entrevista realizada, era uma tentativa de romper as correntes da incerteza e vislumbrar horizontes mais promissores. Ansiava por mais do que um simples contracheque; ansiava por uma válvula para a realização pessoal, a possibilidade de saborear a vida em seus diversos matizes. O desespero, por vezes, parece ser o catalisador que impulsiona nossas ambições.
E assim, com a urgência marcando cada passo, desejava conquistar um salário que não fosse apenas um número em uma folha de pagamento, mas sim a chave para um novo capítulo. Sonhava com a capacidade de compartilhar risadas com amigos, explorar as páginas de livros que me esperavam, renovar o guarda-roupa com vestimentas que contassem histórias, e, acima de tudo, desejava ter a oportunidade de educar-me continuamente, expandindo os limites do meu conhecimento.
Neste ponto inicial, minha mente estava repleta de anseios e ambições, um quadro vivo de esperanças entrelaçadas com as dificuldades inerentes a qualquer busca por emprego. O frenesi da busca por emprego culminou em um chamado auspicioso em agosto de 2018.
A United Center
emergiu como um farol de oportunidade, e eu, imerso na miríade de candidatos ansiosos, vi-me convocado para uma entrevista que prometia não apenas uma vaga de atendente de telemarketing, mas possivelmente um caminho para a estabilidade tão desejada.
A sinceridade da minha aversão por essa área específica era um detalhe submerso sob as ondas da necessidade e da esperança. Mesmo diante da relutância interna, compareci à entrevista determinado a explorar todas as possibilidades que o destino oferecia naquele momento. A sala de espera pulsava com uma energia palpável, um mosaico de aspirações e nervosismo.
Os analistas de recursos humanos, guardiões do destino profissional, delinearam o processo à frente. Informaram sobre testes que avaliariam nossas habilidades, começando por uma avaliação de informática que se intercalaria com uma entrevista final, uma etapa crucial que decidiria os rumos de nossas vidas profissionais.
Os minutos anteriores ao teste transcorreram como uma sinfonia de expectativas. Diante do computador, enfrentei o desafio digital, uma prova que não apenas testava a destreza em lidar com a tecnologia, mas também a capacidade de assimilar informações em um ambiente de pressão. Cada clique era uma decisão, cada resposta, uma aposta no meu próprio potencial.
A parte técnica, nesse contexto, exigia mais do que a habilidade de fazer um simples gráfico ou realizar uma análise de dados básica no Excel. Representava um desafio que transcendia a simplicidade aparente, era uma oportunidade de explorar e aprimorar habilidades analíticas em um ambiente profissional.
A tarefa não se limitava apenas à criação visual ou manipulação de números; era a capacidade de extrair insights significativos, de decifrar padrões e tendências que poderiam guiar decisões críticas. A necessidade de criar um gráfico e conduzir uma análise de dados modesta no Excel tornava-se, assim, uma ponte para o domínio de competências fundamentais. Não era apenas uma tarefa técnica; era a chance de mergulhar nas profundezas do entendimento dos dados, transformando números em narrativas inteligíveis e estratégias informadas.
Ao enfrentar esse desafio, descobri não apenas a destreza técnica necessária, mas também a importância de interpretar dados como uma ferramenta vital no arsenal profissional. Essa etapa da minha jornada profissional tornou-se um catalisador para o desenvolvimento de habilidades analíticas que transcendiam o que inicialmente parecia ser uma simples tarefa técnica.
Cada gráfico desenhado e cada análise conduzida eram mais do que meros exercícios; eram alicerces para um entendimento mais profundo e perspicaz do mundo dos dados e suas implicações práticas no ambiente de trabalho.
Concluída a etapa tecnológica, o caminho rumo à entrevista final se abriu diante de mim como uma ponte para o desconhecido. Enquanto aguardava minha vez, observava os rostos ao meu redor, todos alinhados em uma dança de esperança e ansiedade.
A entrevista final pairava como um portal entre o conhecido e o desconhecido, entre a promessa do trabalho e a incerteza do inexplorado. Quando meu nome foi chamado, adentrei a sala com uma mistura de nervosismo e determinação. Os analistas de recursos humanos, observadores de destinos em potencial, conduziam o processo com serenidade, lançando perguntas que transcendiam o currículo impresso.
A discussão fluía entre as experiências profissionais passadas e as aspirações futuras. Cada resposta era uma oportunidade de revelar não apenas minhas habilidades técnicas, mas também a resiliência e a adaptabilidade que se tornariam fundamentais na trajetória à frente.
A atmosfera na sala oscilava entre a tensão e a esperança, enquanto as respostas moldavam a percepção que os analistas formavam sobre mim. Cada palavra proferida era um elo na corrente que decidiria se eu seria o próximo integrante da equipe da United Center
.
Ao final da entrevista, saí da sala com uma mescla de alívio e inquietação. As próximas horas se transformaram em um período de espera, uma encruzilhada onde as possibilidades eram vastas e, ao mesmo tempo, desconcertantemente incertas. Cada segundo era um compasso que ecoava a incerteza do que o destino reservava para minha trajetória.
O telefone, meu alarme de esperança ou desilusão, permanecia silencioso, prolongando a tensão que se estendia como uma sombra sobre meus pensamentos. E então, como um suspiro que quebra o silêncio, a chamada chegou.
Era a United Center
do outro lado da linha, portadora da notícia que definiria os próximos passos da minha jornada profissional. O anúncio da oferta de emprego reverberou como música aos meus ouvidos, dissipando as nuvens de incerteza que pairavam sobre meu horizonte. A decisão estava tomada, e eu, agora, era parte integrante da equipe.
Com o crachá em mãos, adentrei o universo