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O Direito E O Dever De Curar-se
O Direito E O Dever De Curar-se
O Direito E O Dever De Curar-se
E-book188 páginas1 hora

O Direito E O Dever De Curar-se

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Sobre este e-book

É uma leitura que promove um encontro especial com o próprio eu, contribuindo para uma vida melhor, para a qualidade das emoções e resoluções de conflitos. Estimula comportamentos afirmativos, pensamentos e sentimentos positivos. Toca o coração dos leitores ao destacar o cuidado com o ser humano e a riqueza de cada um. O autor com a experiência de mais de duas décadas na área da saúde e psicologia clínica, aborda o processo da cura pessoal, a importância de nos ajudar, bem como, de ajudar aos outros a nos ajudarem, quer seja emocional ou fisicamente. Encoraja os indivíduos a não desistirem da luta e a se protegerem de um meio hostil, por vezes, cruel. De uma forma leve, descontraída e sensível, mas consistente, torna acessível conteúdos psicológicos. Nesse sentido, é destacado o amor a si mesmo, sem o qual a jornada mais essencial da vida estaria irremediavelmente comprometida, a busca e aceitação de quem realmente nós somos, sobretudo numa sociedade cada vez mais conturbada. Apresenta temas relevantes na atualidade como o medo, a ansiedade e a depressão. Noções que fortalecem as relações humanas, a necessidade do amadurecimento, a força fascinante da vida e os caminhos da superação, exercício comum e necessário a toda humanidade. Além disso, ressalta que quando nos comprometemos a servir um modelo de equilíbrio e a lição do amor nos tornamos mais aptos a saúde integral. Que o hábito da reflexão consciente e corajosa em cada escolha prepara o indivíduo para decisões mais acertadas, podendo o libertar de crenças impróprias ou destrutivas, tanto de cunho pessoal, cultural ou social. O autor traz como fio condutor mitos de todos os tempos e culturas. Sabedoria coletiva e universal que desde sempre ajuda a humanidade a enfrentar os mistérios e os desafios deste mundo. Alerta a exercer uma atitude viva, onde nos impliquemos no presente, a essa imensa responsabilidade de sermos co-criadores de tudo que nos rodeia.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento24 de jan. de 2017
O Direito E O Dever De Curar-se

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    O Direito E O Dever De Curar-se - Carlos França

    INTRODUÇÃO

    O mundo está cheio de coisas interessantes, atrativas e

    mesmo providenciais como os avanços biomédicos que tem

    aumentado a nossa expectativa de vida. E isso é algo valioso, pois

    são passos na direção de uma melhor qualidade de vida. Hoje

    vivenciamos uma tecnologia que de casa mesmo alcançamos os

    quatro cantos da Terra e os mais variados conhecimentos,

    produtos, culturas, nações e indivíduos. Tudo isso como em

    nenhuma outra época da história humana.

    Os entusiastas nos dizem o quanto essa conquista é

    transformadora e surpreendente, pois finalmente formamos uma

    aldeia global com tudo interligado. De fato, não podemos

    desconsiderar essa realidade, ao menos, não completamente.

    Mas ainda assim, em meio a tanto desenvolvimento

    tecnológico não temos nos qualificado o suficiente para o encontro

    mais importante da vida. Na verdade, o mais promissor de todos.

    Que nada mais é do que o encontro com nós mesmos. Esse

    princípio único, essencial e enriquecedor que é nossa

    singularidade nesta condição humana. De longe, é esta condição

    humana o acontecimento mais extraordinário no universo.

    Por outro lado, as notícias do mundo são as mais variadas

    e arrasadoras nas diferentes mídias, como bem sabemos e

    acompanhamos. Em função disso, para milhares de pessoas, o

    mundo se apresenta cinzento e sem esperanças, complicado e

    desumano. E dessa forma alimentam a crença de que certos valores

    estão quase desaparecidos ou deturpados completamente. No

    mínimo, difíceis de serem alcançados numa sociedade cada vez

    mais conturbada.

    E não para por aí, já que o caso parece ser mais sério. É

    uma realidade, grande parte das pessoas se volta apenas para as

    externalidades, ou seja, para o aspecto material e para o palpável.

    Enquanto a busca interior, a busca do conhecimento de si, esta

    relegada a um segundo plano ou a plano algum.

    Será que fracassamos neste aspecto? É o tipo de

    questionamento que poderíamos fazer neste instante frente a essas

    considerações.

    Penso que não.

    Até porque não podemos ignorar uma verdade: sempre

    fora uma tarefa árdua a jornada do autoconhecimento em

    qualquer época e em qualquer contexto. Um verdadeiro desafio e

    uma respeitável aventura que deve ser trilhada até nosso âmago

    para desvendar quem somos, o que verdadeiramente desejamos e

    realizar nossa vocação e destino, por assim dizer.

    Tal percurso traz em sua essência um componente mítico

    e sagrado. É uma jornada arquetípica em termos psicológicos. Em

    outras palavras, existem padrões de vivência humana, sem tempo

    nem espaço e assemelhadas nas diversas culturas humanas que

    deveríamos observar, tirando lições daquilo, para realizar

    determinado fim ou simplesmente vencer as provas do processo

    humano. Esse conhecimento se encontra nos mitos, lendas e

    sonhos; na sabedoria dos povos de todos os tempos; nas tradições

    e etc.

    E hoje com tantos atrativos externos, isso pode nos distrair

    ainda mais do caráter singular dessa jornada, afastando-nos do que

    é realmente importante para as nossas vidas, ou seja, os bens do

    espírito, a riqueza interior e o desenvolvimento do ser. Por vezes,

    as sociedades primitivas estavam mais próximas de aspectos

    importantes da psique porque justamente tinham um contato

    maior com a simplicidade, a sabedoria natural e o sagrado. Isso não

    significa que o primitivo era melhor e o atual um horror sem

    conserto, sem esperança.

    E como tudo tem dois lados, este tempo pós-moderno

    também nos coloca diante de tantos conhecimentos preciosos e

    práticas inestimáveis, inclusive as de nossos ancestrais, que

    podemos nos considerar privilegiados por vivermos nesta Era da

    Informação. No mínimo, a isso deveríamos agradecer com boa

    vontade e esperanças renovadas.

    De toda forma é uma atitude de maior consciência e

    sobretudo saudável o aproveitamento das qualidades desta época,

    pois tudo está posto aí como um grande manancial de interação e

    de possibilidades. Assim, com algum cuidado, estudo e pesquisa

    interna, filtraremos o que há de melhor para nossas vidas. Nesse

    sentido, uma boa recomendação é seguir sempre na direção que

    leva ao crescimento pessoal.

    Sim, mas como faríamos isso?

    A fórmula é bastante simples, embora poucos coloquem

    em prática e muitos a desconheçam. De maneira responsável e com

    esforço procurar aquilo que nos faz bem de um lado, e, melhores

    como pessoas, de outro. E o que nos faz bem aqui é realizar nossos

    desejos, objetivos, o que nos é prazeroso e confortável. Mas isso só

    não basta, temos de ser melhores como pessoas, o que implica

    necessariamente em uma maior responsabilidade pessoal, social e

    mesmo planetária, para ser exato.

    E em primeiro plano, trabalhar nossas habilidades e

    qualidades pessoais, que devem ser convocadas para agir e nos

    ajudar com todas as exigências do mundo. Afinal, somos uma

    mistura de lutas, adversidades e experiências durante a vida toda e

    isso evidentemente tem um valor, tem uma força, é um poder.

    O que nos leva a uma questão importante, como

    deveríamos encarar a vida?

    Não há uma única reposta evidentemente, mas se poderia

    afirmar que para qualquer um ter uma atitude ativa e positiva

    garantiria melhores soluções e crescimento diante dos desafios da

    vida.

    E se perguntássemos o modo de encarar a vida as pessoas

    mais experientes ainda poderíamos ouvir este alerta: "Claro, tudo

    também vai depende das escolhas que façamos, o que trará bons

    ou maus frutos".

    Muito bem, isso é uma verdade. E desde já nos chama a

    atenção para o livre-arbítrio, as vocações de cada pessoa e seus

    interesses. E mais, para a responsabilidade individual e o respeito

    à liberdade do outro.

    Por outro lado, a vida nos convoca desde o nascimento,

    não importando como a olhamos, a sentimos ou ainda como

    nossa cultura a traduz, para os desafios da realidade.

    Não é uma novidade isso ou uma descoberta particular de

    um lugar ou de um tempo. De fato, a vida é uma luta! É um fluxo

    incessante de provas que chama a todos. C. G. Yung, dizia, "O

    mundo no qual nós penetramos pelo nascimento é brutal, cruel e,

    ao mesmo tempo, de uma beleza divina."

    E para isso não importa quem você é, a posição alcançada

    na sociedade, suas relações e influências, e mesmo quanto dinheiro

    você tenha. É um fato existencial, estamos numa teia infinita de

    desafios. E mais, simplesmente não podemos rejeitá-los ou fugir,

    pois é isso o que faz a vida acontecer e se renovar o tempo todo.

    Na verdade, precisamos estar dispostos a ver os

    acontecimentos e as crises como uma oportunidade, como uma

    abertura na vida. É um pensamento mais promissor, embora possa

    parecer um tanto forçado para alguns. Não é o caso, pois na prática

    funciona bem.

    Uma outra imagem possível é encararmos a vida como

    lutadores ou guerreiros numa arena, deixando de sermos de uma

    vez a pobre vítima ou os coitadinhos. Costume dos mais feios, que

    poucos reconhecem como seu, por sinal.

    Se olharmos bem para nossas vidas, iremos constatar de

    imediato que foram os ditos desafios os maiores responsáveis pela

    superação, o crescimento, o amadurecimento e a realização.

    Não podemos culpar a existência de ser ineficiente quanto

    a isso, embora seus métodos nos custem um tanto de suor e dor.

    Aqui, caberia a cada um se perguntar: quantas vezes já não

    fui herói?

    E então, o que me vocês me dizem?

    Do meu ponto de vista não há dúvida. Sim, claro que sim,

    muitas vezes!

    Mesmo diante do fato de que algumas lutas tenham

    declinado em dúvidas, temores, ignorância, convicções ruins,

    sensação de derrota e mortificações do ser, puderam ser resgatadas

    depois como aprendizado e experiências. Afinal é para isso que elas

    servem mesmo. De todo jeito, tantas outras vivências nos

    blindaram com vitórias, com o despertar da consciência, a

    descoberta do sentido da existência ou simplesmente um sabor

    maior da vida.

    Assim, nada mais justo do que estabelecer alguns

    referenciais de conhecimento e práticas que tragam mais luz a esse

    processo de descoberta e avanço na vida. E me atrevo a dizer,

    alguma beleza a paisagem por onde atravessamos. Porque há

    momentos que estamos perdidos, confusos, complicados,

    amedrontados e deprimidos. E tudo que o vasto mundo parece

    oferecer são paisagens estéreis, lugares sombrios e crenças

    mutiladoras. Somos jogados de um lado para outro sem muitas

    esperanças e penetramos uma confusão maior ainda.

    Em meio a tais reflexões, e, não menos importante, por

    alguns incentivos recebidos com certa constância de pacientes,

    decidi finalmente escrever um livro com essa proposta de ajudar as

    pessoas em suas questões, em suas relações com outros, com o

    mundo e consigo mesmas. Talvez acender uma espécie de lanterna

    de ideias, conhecimentos e reflexões para os momentos de

    conflitos ou dúvidas. Ou simplesmente para lançar uma luz em

    certos caminhos, em certos modos de vida ou de comportamento.

    De forma mais pessoal, algo em mim se rendeu a música

    das batidas dos corações, do meu próprio e de muitos outros, para

    trazer uma mensagem viva e atual.

    De cara, imaginei que seria um desafio diferente dos

    escritos literários, embora algo já pulsasse, cheio de sentido e de

    vida, tomando seu próprio rumo criativo. E isto revelava o quanto

    seria satisfatório o envolvimento em tal projeto. O que fez crescer

    a vontade de que a história do cuidado com o outro formasse uma

    trilha mais larga em atenção ao ser humano, e particularmente, a

    um dispositivo de cura que pudesse ser colocado em ação na forma

    de texto e palavras. Um simples e afetivo chamado ao todo que

    presenciamos, tanto dentro como fora. E se nada poder ser

    escutado, que ao menos seja sentido ou visto, mesmo que um

    pequeno ponto no horizonte, um porto seguro dos buscadores de

    seus sonhos, de seus aprendizados e de suas superações.

    Assim, este livro, O Direito e o Dever de Cura-se, nasce do

    estudo, da experiência, da minha vivência e do amor ao cuidar de

    pessoas no campo da saúde. E aqui não posso deixar de mencionar

    e esclarecer, com merecida justiça e simpatia, o incentivo de

    pacientes que há muito desejavam ver tal experiência na forma

    escrita; de pessoas

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