Resgate no Tempo: um pouco do melhor de si
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Resgate no Tempo - Humberto Carretta
Sumário
A NECESSIDADE DOS DESAFIOS
Krretta
Às vezes, o homem, por uma vontade indomável de aventurar-se no desconhecido, cria em sua volta momentos intermináveis de angústia e solidão.
A aflição da conquista leva-o ao furor dos pensamentos, tornando-o absorto, silencioso e sozinho.
São momentos de necessidade incontrolável, que surgem de dentro para fora, e aí, neste instante, os desafios são dados a tomar as suas formas.
O próximo passo, posterior a idealização, é a adoção da ideia com sentimentos paternalistas, como a geração de um mundo totalmente novo.
Todos nós sabemos que existe.
São instintos do homem animal, na preservação de épocas remotas, como o surgimento das grandes criações: a lâmpada, o telefone, o avião, as teorias inatacáveis dos grandes pensadores, chegando aos dias de hoje com os computadores e suas variações.
Inegável os momentos de necessidade destes grandes criadores, os quais foram indiferentes aos mais absurdos e invejosos comentários, levando em frente os seus projetos, e nos quais, acreditavam piamente.
Foram momentos de enfrentar os desafios, com a cara e a coragem que lhes é peculiar.
Persistentes, criativos, inventores.
Hoje, nada mudou.
Apenas existem os que ignoram a vontade dentro de si, e outros cultivam-na com grande intensidade.
Por isso que hoje estamos aqui, surgindo de ideias, vontades, curiosidades e da necessidade de um grande desafio, ou seja, de levar a todos os leitores palavras que foram geradas em um momento de inspiração, e consequentemente colocadas em grifo, para serem degustadas, sem qualquer medo ou preconceito.
Surgimos na imensa vontade de permanecer para eternidade, mas somente uma certeza nos coloca em evidência: a certeza de que já valeu a pena pertencer a este grupo, que aceitou este novo e intenso desafio.
O começo é a metade do todo
(Pitágoras – século IV a.C)
(Coluna escrita na primeira edição do Jornal 19 de Julho – 22/05/1991)
-:-
A MINHA VEZ
Krretta
Bagé, 22 de maio de 1977.
Naquela que seria a minha última casa a morar na Rainha da Fronteira, estavam Dona Iolanda, minha irmã Maria Cecília e eu.
Os preparativos davam conta da minha posse no Banco do Brasil na desconhecida cidade de Encruzilhada do Sul-RS.
As conversas giravam sobre onde seria Encruzilhada do Sul, se tinha alguém conhecido lá, havia mala por fazer, roupas para guardar, e uma profunda interrogação nos dias que viriam.
A passagem já estava comprada, de Bagé até Porto Alegre, porém a viagem se daria até Pantano Grande, e depois, obter informações de como chegar ao destino.
Minha mãe e minha irmã participavam comigo das certezas e incertezas, de que enfim, chegara o momento da vida profissional, e da grande interrogação sobre o que o futuro reservaria para mim.
O tempo.
Sempre o tempo, impiedoso, implacável, e ao mesmo instante sereno e conciso em sua tarefa, ou seja, a de contar o tempo sem deixar parar a vida.
Com as horas indo embora, pairava a cada minuto ou segundo um sentimento de tristeza.
A tristeza da separação.
Aquele momento que hoje sei tanto quanto a Dona Iolanda e tanto quanto outros pais, o que significa, o quanto é dolorido, o que reflete em nossas vidas...a partida dos filhos em busca dos seus espaços, em buscas das suas vidas...
Na verdade, mal sabíamos o quanto iria doer, e também nada se falava sobre isso.
A casa se movimentava em torno dos preparativos da partida, sem nunca mencionarmos que aquele dia que passou, e agora se resumia em poucas horas da noite, seria o último de nossas vidas juntos, minha mãe, minha irmã e eu.
Eu não tinha dimensão do fato.
Meu irmão já havia rompido o cordão umbilical, e cursava engenharia civil em Rio Grande- RS.
Portanto, o momento exigia de mim coragem, fé e determinação para enfrentar o meu futuro.
Era o começo de uma caminhada sozinho.
Ainda bem que a juventude tem a propriedade de não registrar certos sentimentos, não perceber certas situações, e com certeza, isso é muito bom para que as decisões tomadas tenham o seu impulso natural, sem remorsos.
Sabe-se que num determinado tempo é preciso voar.
Dizem que a vida é para quem sabe viver, mas ninguém nasce pronto. A vida é para quem é corajoso o suficiente para se arriscar e humilde o bastante para aprender. (Clarice Lispector).
Assim, no curso natural dos acontecimentos, eu também não percebi nos olhos de Dona Iolanda, a amargura, a tristeza e o brilho das lágrimas escondidas, tempestivamente, dentro de sua alma.
A madrugada fria e silenciosa, registrou um abraço forte, apertado demorado, confrangido contra o peito e um beijo com gosto amargo, molhado pelas lágrimas que corriam do rosto de uma viúva que via partir seu outro filho.
Se Deus permitisse e a alma pudesse ser revelada naquele momento, se aquele sentimento tivesse tradução, como seria?
Era o tempo que fazia a sua hora.
Na memória ficou a noite escura, silenciosa, doída e de triste lembrança, ficou o semblante de Dona Iolanda num último aceno, e a bênção na minha partida.
Ficaram as lágrimas escondidas atrás de uma porta entreaberta...
No apelo natural da vida, agora entendo o seu pranto e a sua tristeza depois de nosso adeus naquela madrugada fria e silenciosa, quando "encostou" aquela porta.
Hoje, foi a minha vez.
-:-
OBRIGADO SENHOR!
Krretta
Tenho saudades da minha poesia.
Era um tempo em que as palavras fluíam para que pudéssemos falar de outras coisas, como o amor, a felicidade, a alegria, entre tantas outras que o cotidiano nos reservava, quando este tempo passava despercebido.
Caminhei com elas uma etapa, e com certeza tudo era mais fácil para traduzir ali nas palavras, sentimentos tantos, próprios ou outros, mas que compunham o repertório de quem quer falar com a alma.
De rimas retas, improvisadas, com ou sem sentido na frase, outras na estrofe, assim caminhava-se no mundo das letras, que eram palavras, que formavam frases abertas aos que quisessem desvendar a razão dada ao composto.
Folhas brancas e límpidas eram tingidas de tinta, no desejo da expressão mais profunda que pudessem os olhos enxergar e, o coração sentir.
Nada era impossível quando nos deixávamos embalar pelos devaneios juvenis, mas que eram verdadeiros a medida da compreensão dos fatos e que seriam transformados em encontros de palavras.
Simples assim, sem o entorno de dificuldades que estamos acostumados a criar por da cá aquela palha.
Por tudo isso é que tenho saudades de minhas poesias.
Ainda outro dia, absorto em meus pensamentos, agradecia ao Nosso Senhor. . .
Falava com Ele de um sentimento difícil de escrever, por ser próprio, independente, íntimo, que está arraigado dentro da alma, e, por toda a vida permanecerá vibrante, uma linda euforia, de sorrisos intensos, contagiante, mas que não encontrava as palavras certas que a tudo isso traduzisse.
Naquele momento, queria eu exaltar a Criação Divina.
Que pretensão. . .
Moldei um conto, percorri ideias, organizei maneiras para que todas elas viessem de encontro aos meus anseios, e consegui apenas um esboço.
Onde estão as palavras de que tanto eu preciso?
Para onde fogem as palavras quando eu aquieto a alma e o coração?
Era mais do que preciso descrever esta felicidade, revelar este estado de espírito, pois sentia a brisa leve da saudade roçar o rosto úmido pela lágrima caída.
Tomei fôlego, e novamente caminhei por entre sonetos, quadras, letras, roteiros. . .
Foi então que, ao olhar para as minhas mãos, que estavam postas sobre a mesa, entre folhas escritas, riscadas, amassadas, que as entrelacei e me pus a rezar e agradecer ao meu Deus.
Pois que, justamente com estas mãos que tenho, que agora tentam rabiscar riscos de letras, sim, foi com elas que pude segurar, acariciar e embalar minhas duas grandes felicidades.
Com os olhos que tenho, eu pude ver, admirar, imaginar e adorar minhas duas intensas alegrias.
Ah, estas palavras que insistem em brincar de fugir, para que eu não possa contar, cantar, espalhar minha euforia. . .
Onde se escondeu minha poesia?
Eu queria juntar as estrelas, pintar o céu, trazer a lua. . .
Passou o tempo, hoje são duas lindas princesas, que perfumam minha alma e aquietam o meu coração.
Ah, são fadas que existem a encantar nossos caminhos.
Não sei onde ficaram meus versos. . .
Talvez repousam na inocência de perceber que ao homem, foi dado a felicidade de viver alegrias e a satisfação imensa de participar de uma vida.
Um afago do Criador.
Por assim saber e sentir, com os olhos marejados a conduzir as minhas mãos por entre estas linhas e, por estas duas grandes felicidades que tenho e que atendem pelo nome de Thaís e Mariana, é preciso agradecer:
Obrigado Senhor!!
-:-
A COMPANHEIRA
Krretta
Estava previsto que um dia esta separação iria acontecer.
Como tenho certeza absoluta de que uma grande saudade vai ficar.
Contudo, precisamos ter consciência de que é impossível ficar-se a