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Encorajamento que Vem do Alto: A vida nova que só Deus pode dar
Encorajamento que Vem do Alto: A vida nova que só Deus pode dar
Encorajamento que Vem do Alto: A vida nova que só Deus pode dar
E-book195 páginas2 horas

Encorajamento que Vem do Alto: A vida nova que só Deus pode dar

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A VIDA NOVA QUE SÓ DEUS PODE DAR

"Encorajamento que Vem do Alto — A vida nova que só Deus pode dar" reúne a leitura bíblica devocional com as implicações e a prática da vida cristã diária.

A partir da leitura e meditação na Carta aos Efésios, o autor guia o leitor em direção à comunhão com Deus e maturidade na vida cristã.

Como fazer morrer a velha vida e começar outra, aquela que somente Deus pode dar? O que Deus quer de mim e qual é o seu plano para a minha vida? São estas algumas das perguntas respondidas no livro.


* * * *

Fácil de ler e prático, "Encorajamento que Vem do Alto" resgata o melhor da tradição evangélica, muitas vezes esquecida: "Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção e para a instrução na justiça" (2Tm 3.16).
– Serguem Jessui Silva, Igreja Cristã de Brasília

Neste livro, as meditações devocionais sobre a carta aos Efésios soam como uma caminhada: lenta e paulatina, na qual desfrutamos de cada detalhe da paisagem, apreciando vagarosamente cada trecho, que nos exorta a um andar diário mais próximo de Deus.
– André C. Chou, pastor da Igreja Evangélica dos Cristãos de São Paulo

Na Carta aos Efésios, Paulo revela ensinamentos importantes aos cristãos, enfatizando as bênçãos espirituais resultantes da obra da redenção e as implicações de ser a Igreja de Cristo. Com suas reflexões, Robert esclarece as palavras de Paulo de forma prática e objetiva.
– Paulo Cappelletti, pastor e fundador da missão SAL – Salvação, Amor e Libertação
IdiomaPortuguês
Data de lançamento15 de jan. de 2024
ISBN9788577793051
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    Encorajamento que Vem do Alto - Robert Liang Koo

    1.

    TUDO FOI PLANEJADO ANTES DA CRIAÇÃO DO MUNDO

    Eu, Paulo, apóstolo de Cristo Jesus pela vontade de Deus, escrevo esta carta ao povo santo em Éfeso, seguidores fiéis de Cristo Jesus.

    Que Deus, nosso Pai, e o Senhor Jesus Cristo lhes deem graça e paz.

    – Efésios 1.1-2

    PODEMOS IMAGINAR o apóstolo Paulo meditando nos mistérios de Deus. Ele estava tão cheio de conhecimento e revelação, que seu coração transbordava de amor a todos seus irmãos. Ele não se contém. Precisa compartilhar com os seus irmãos essas boas novas.

    Então ele pega uma pena, um pergaminho e escreve: 'Eu, Paulo, apóstolo de Cristo Jesus pela vontade de Deus, escrevo esta carta ao povo santo'. Mas quem era esse povo? Ele pensa, deixa um espaço em branco e prossegue: 'A todos os seguidores fiéis de Cristo Jesus'. Isso inclui você e eu se, de fato, somos seguidores fiéis de Cristo Jesus.

    Um pensamento me intriga: por que algumas pessoas têm prazer em ler a Palavra de Deus e outras não? Uma das razões é que a Bíblia foi escrita para aqueles que a buscam, aqueles que são seguidores fiéis de Cristo Jesus. Para aqueles que não têm nenhum interesse em Deus ou não são seguidores fiéis de Jesus, a Palavra de Deus é sem graça, sem sentido. Para aqueles que a buscam, é como uma pérola de grande valor, pela qual vale a pena vender tudo o que tem para comprá-la.

    Há algo mais que podemos aprender. Só falamos daquilo que transborda o nosso coração. Paulo não pode deixar de falar daquilo que ele recebeu pela revelação. Os discípulos não puderam se calar, testemunhando Jesus mesmo diante das ameaças, porque seu coração estava cheio de Jesus, e este ressurreto. Não adianta exortar aos irmãos a pregarem o evangelho, se seu coração não estiver sentindo que Jesus é a sua vida, a sua paixão, a sua esperança.

    Para você e eu, que somos seguidores fiéis de Cristo Jesus, Paulo deseja que Deus, nosso Pai, e o Senhor Jesus Cristo nos deem graça e paz. Amém e amém.

    A ELEIÇÃO E O PROPÓSITO

    Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nas regiões celestiais em Cristo.

    Porque Deus nos escolheu nele antes da criação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis em sua presença.

    – Efésios 1.3-4, NVI

    Depois de Paulo saudar a cada um de nós com graça e paz dadas por Deus, o Pai, e pelo Senhor Jesus Cristo, passamos a uma longa sentença de proclamação, que resume o propósito eterno de Deus na redenção e restauração da humanidade.

    A obra de restauração é planejada e executada por um Deus trino. Cremos num único Deus, mas que subsiste em três pessoas: Pai, Filho e Espírito Santo – unidade perfeita e indivisível, que coexiste desde a eternidade. Não pode haver Pai sem Filho e não pode haver Filho sem o Espírito Santo.

    Embora seja uma unidade perfeita, as suas atuações são claramente identificáveis. Não foi o Pai que morreu na cruz por nós, redimindo-nos do pecado, mas Jesus, o Filho. Não foi o Espírito Santo que enviou Jesus ao mundo, mas o Pai.

    No início da Carta aos Efésios, Paulo, transbordante da revelação de Deus, descreve a obra da Trindade na redenção dos homens desde a eternidade.

    A proclamação dessa revelação começa com: 'Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo'. O que significa a palavra 'bendito'? Bendito significa abençoado, louvado, glorificado. A quem bendizemos? A Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo.

    Por que devemos bendizer a Deus, o Pai? Porque ele nos 'abençoou com todas as bênçãos espirituais nas regiões celestiais em Cristo'. Será que ele não nos abençoou também com bênçãos terrenas e materiais? Claro que sim, mas as bênçãos materiais e terrenas têm origem nas bênçãos espirituais. Sem ligações com bênçãos espirituais e eternas, as bênçãos materiais são efêmeras, transitórias, ilusórias e sem nenhum sentido. As bênçãos espirituais que resultam em bênçãos visíveis são provenientes das regiões celestiais em Cristo.

    As bênçãos do Antigo Testamento de que os israelitas falavam eram geralmente materiais, visíveis e terrenas, porque eles ainda não conheciam a Cristo, o Messias. Não entendiam a preciosidade das bênçãos espirituais nas regiões celestiais onde Cristo está.

    Da mesma forma, quem não conhece a Cristo, todas as bênçãos que ele consegue enxergar são tão somente materiais e terrenas. Só conseguimos perceber toda a extensão das bênçãos, se conhecermos Jesus Cristo, a fonte de todas bênçãos.

    Outro fato muito interessante é que a bênção é um processo circular: Deus nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nas regiões celestiais em Cristo e, por isso, nós o louvamos, glorificamos e bendizemos de volta. Na noite em que Jesus nasceu, na presença dos pastores, os anjos proclamaram: 'Glória a Deus nos mais altos céus, e paz na terra àqueles de que Deus se agrada!' (Lc 2.14). À medida que damos glória a Deus nas alturas, a paz reina naqueles de quem Deus se agrada. Se está faltando bênçãos na sua vida, é hora de começar a bendizer e glorificar o nome do Senhor.

    Outra razão por que devemos bendizer o nosso Deus é porque ele nos escolheu nele antes da criação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis em sua presença.

    Ele nos escolheu antes da criação do mundo, ou seja, muito antes de existirmos. Isso mostra que a sua escolha não é baseada em nossos méritos, em nossas qualidades, mas é baseada somente na graça, na sua soberana vontade.

    Se a escolha fosse feita no momento do nosso nascimento, já seria parcialmente baseada nas nossas qualidades: uns nascem mais bonzinhos, outros mais irritadiços, geniosos; uns são mais saudáveis, outros mais doentios, fraquinhos. Se a escolha fosse feita na nossa fase adulta, conteria uma parcela grande de mérito: alguns são mais esforçados, outros, mais preguiçosos. Se a escolha fosse feita no fim da vida, seria totalmente pelo mérito, não só pela dedicação, mas também pelo resultado obtido.

    Mas ele nos escolheu antes da criação do mundo, de modo que a eleição de Deus não é baseada em mérito, mas na sua soberania, na sua graça.

    A escolha de Deus é soberana. Já o propósito dessa escolha é bem específico: para sermos santos e irrepreensíveis em sua presença.

    Esse é o propósito da nossa vida: sermos santos e irrepreensíveis. O termo santo não tem conotação de perfeição, mas carrega a ideia de ser diferente e separado. Um templo é santo porque é separado para Deus, diferente dos outros edifícios. Deus é santo por excelência porque é diferente dos homens e de toda a criação. O sábado é santificado porque é dia de descanso, diferente dos outros dias. Assim, Deus nos escolheu para sermos diferente de outros homens do mundo. Na Igreja primitiva, os cristãos sabiam que eles eram diferentes do mundo; por isso o mundo os perseguia e os matava. Os discípulos de Antioquia foram chamados pela primeira vez de cristãos porque eram facilmente identificáveis, eram diferentes. Hoje, infelizmente, essa diferença quase não existe mais.

    Fomos escolhidos para sermos não apenas santos, mas também irrepreensíveis – não segundo os padrões deste mundo, mas 'na sua presença'. Os padrões do mundo são de bom comportamento, cordial, solidário, cumpridor da lei, como ocorria com os fariseus. Mas a exigência de Deus é ser irrepreensível em sua presença. Por quê? Porque este é o propósito que ele estabeleceu antes da criação. Estar sempre na sua presença é permanecer nele, é estar em relacionamento constante com ele. Devemos viver segundo o propósito de quem nos criou e, para isso, ele nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nas regiões celestiais em Cristo.

    Por acaso podemos nos rebelar e dizer para quem nos criou que não concordamos com o seu propósito? Isso seria a revolta da criatura contra seu criador. Podemos, ao contrário, cooperar com ele para que seu propósito se cumpra em nós.

    Você tem louvado a Deus? Temos a impressão de que bendizer o nome do Senhor é para o bem dele. Estamos totalmente enganados. Deus não precisa do nosso louvor. Quem verdadeiramente é abençoado ao louvar somos nós. Além de ganhar um coração grato, livre de toda amargura, somos abençoados 'com todas as bênçãos espirituais nas regiões celestiais em Cristo'. A ele, toda a glória!

    PARA O LOUVOR DA SUA GLORIOSA GRAÇA

    Ele nos predestinou para si, para nos adotar como filhos por meio de Jesus Cristo, conforme o bom propósito de sua vontade.

    Deus assim o fez para o louvor de sua graça gloriosa, que ele derramou sobre nós em seu Filho amado.

    – Efésios 1.5-6

    Muitas vezes ficamos pensando: nascemos, envelhecemos e morremos não por nossa opção, mas somos empurrados pela vida. Qual é, então, o propósito da vida?

    A vida não é por acaso, ela tem um propósito. Como vimos, Deus nos escolheu antes da criação do mundo para sermos santos e irrepreensíveis em sua presença.

    Mas como vamos conseguir permanecer santos e irrepreensíveis em sua presença? Pelos nossos próprios esforços? Observando a lei e obedecendo aos mandamentos?

    Não. Já falamos que santo e irrepreensível tem a ver com a natureza de Deus. Só podemos ser santos e irrepreensíveis se tivermos a natureza de Deus e nos mantivermos na sua presença, em relacionamento constante com ele.

    Os versículos 5 e 6 nos falam que Deus, o Pai, quis nos adotar como filhos por meio de Jesus Cristo, conforme o bom propósito de sua vontade. 'E Deus assim o fez para o louvor de sua graça gloriosa, que ele derramou sobre nós em seu Filho amado'.

    A única maneira de fazer-nos santos e irrepreensíveis é nos tornarmos parte da família de Deus. Assim, Deus nos adotou como filhos por meio de Jesus Cristo. A adoção era uma lei bastante conhecida no Império Romano. A pessoa adotada por um pai, chefe de uma família, cortava o vínculo que tinha com a família anterior, incluindo obrigações, dívidas e parentescos, e passava a gozar todos os direitos de filho na nova família: status social, privilégios, direitos e herança, assim como novos relacionamentos e obrigações. A única coisa que o filho adotado não possuía era o DNA, as características genéticas da nova família.

    Esta é a grande diferença entre a adoção na lei romana e a adoção feita por nosso Deus. Ele nos adotou como filhos por meio de Jesus Cristo e inseriu em nós o Espírito Santo – o DNA de Deus. A obra de adoção, portanto, não é só do Pai, mas envolve toda a Trindade.

    Como nos explica o próprio apóstolo Paulo em outra de suas cartas: 'Pois vocês não receberam um espírito que os torne, de novo, escravos medrosos, mas sim o Espírito de Deus, que os adotou como seus próprios filhos. Agora nós o chamamos 'Aba, Pai', pois o seu Espírito confirma a nosso espírito que somos filhos de Deus, Se somos seus filhos, então somos seus herdeiros e, portanto, co-herdeiros com Cristo. Se de fato participamos de seu sofrimento, participaremos também de sua glória' (Rm 8.15-17).

    Uma vez adotados por Deus, por meio de Jesus Cristo, e tendo em nós o seu Espírito, participamos da sua natureza divina e podemos ser santos e irrepreensíveis.

    Retornando ao nosso texto em Efésios, vemos que o propósito de Deus ao nos escolher foi para o louvor de sua graça gloriosa, que ele derramou sobre nós em seu Filho amado.

    Mas, como sendo seus filhos, podemos ser o louvor da sua gloriosa graça?

    Nas culturas tradicionais, ter muitos filhos sempre foi motivo de orgulho: 'Seus filhos serão como brotos de oliveiras ao redor de sua mesa' (Sl 128.3). E não bastava a quantidade! Os filhos deveriam ser 'como flechas na mão do guerreiro', que não envergonhavam o pai diante dos inimigos (Sl 127.4-5).

    Em resumo, Deus quer nos adotar como filhos por meio de Jesus Cristo, colocando em nós o seu Espírito Santo, conforme o bom propósito de sua vontade, para que possamos viver em santidade e sermos irrepreensíveis. Esta é a carreira que Deus propôs para nós: ele nos incluiu em sua família para sermos louvor da sua graça gloriosa, e não envergonharmos o seu nome diante dos inimigos.

    O que podemos dizer? 'Maravilhoso é estar em tua presença. Maravilhoso é poder te adorar. Maravilhoso é tocar nas tuas vestes. Maravilhoso é te contemplar, Senhor!'¹

    LIBERDADE COMPRADA

    Ele é tão rico em graça que comprou nossa liberdade com o sangue de seu Filho e perdoou nossos pecados.

    Generosamente, derramou sua graça sobre nós e, com ela, toda sabedoria e todo entendimento.

    – Efésios 1.7-8

    Depois de Deus revelar o seu propósito eterno, de nos escolher antes da criação do mundo para sermos adotados como seus filhos, por meio de Jesus Cristo, para louvor da sua graça gloriosa diante de todo o universo, Paulo passa a mostrar que essa graça não é como muitos imaginam: serena, tranquila, estática como uma fonte de água, disponível para quem tiver sede. Não, a graça de Deus é sempre ativa, percorre toda a terra, procurando a quem possa ajudar, encorajando, fortalecendo e salvando.

    Como diz o famoso hino 'Amazing Grace':²

    Maravilhosa graça! (quão doce é o som)

    Que salvou um miserável como eu!

    Eu estive perdido, mas agora fui encontrado,

    Era cego, mas agora eu vejo

    Não fomos nós que encontramos a graça. Foi ela quem nos encontrou.

    E Paulo continua: Deus, tão rico em graça, comprou nossa liberdade com o sangue de seu Filho e perdoou nossos pecados.

    Deus comprou a nossa liberdade porque estávamos presos com algemas invisíveis. O objetivo da salvação não é nos livrar do castigo do inferno, mas nos libertar da escravidão de Satanás, o inimigo de Deus.

    Isso é fundamental. Se não tivermos um entendimento de que éramos escravos de Satanás, não conseguiremos saborear a nossa libertação. Do mesmo modo, quem é dependente de drogas, álcool e cigarro, mas não tem consciência do seu vício, não irá procurar a libertação da sua dependência.

    Sendo tão poderoso, por que Deus não nos libertou, arrancando-nos da mão do diabo? Por que ele precisou comprar a nossa libertação?

    O problema é que Adão, ao seguir a sugestão da serpente, desobedecendo a Deus, entregou de livre e espontânea vontade a sua liberdade ao diabo, tornando Satanás não somente seu senhor, mas também de todos os seus descendentes: 'Sabemos que somos filhos de Deus e que o mundo inteiro está sob o controle do maligno' (1Jo 5.19).

    Com seu grande poder, Deus poderia blindar-nos de

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