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A Assombração em Hogg Run: Lorestalker (Português), #4
A Assombração em Hogg Run: Lorestalker (Português), #4
A Assombração em Hogg Run: Lorestalker (Português), #4
E-book306 páginas4 horas

A Assombração em Hogg Run: Lorestalker (Português), #4

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Sobre este e-book

Gritos misteriosos e sombras aterrorizantes assombram os bosques do leste do Texas - horrores nascidos de segredos mortais.

> FINALISTA: Prêmio Feathered Quill Book Awards 2021: Mistério/Triller/Suspense/Horror
> FINALISTA DO TOP 5: The Kindle Book Review 2021: Horror/Suspense

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"...um excelente trabalho de ficção de terror com suspense... Adorei os diálogos e a atmosfera do leste do Texas... definitivamente recomendo The Haunt at Hogg Run para os fãs de terror que procuram uma experiência totalmente imersiva e arrepiante." ~ Readers' Favorite Book Reviews, K.C. Finn (5 ESTRELAS)

Não é nada estranho quando você é forçado a tirar férias em família com sua nova madrasta e a filha dela. Relutantemente, Macy Donner concorda com isso para agradar seu pai. Mas acampar? Pior ainda.

Assombrada por um clima ameaçador, quedas de energia e sombras enormes anunciadas por gritos aterrorizantes vindos da escuridão, Macy percebe que ela é a única esperança de sobrevivência - uma esperança tênue, na melhor das hipóteses. Embora tenha aprendido algumas coisas com seus amigos caçadores de monstros, ela não está preparada para os horrores da casa mal-assombrada abandonada nas proximidades ou para seus segredos há muito enterrados - segredos que querem matá-la.

"Temas de amor e união familiar, embora raros em histórias de terror, predominam no enredo. Com monstros fantásticos e da vida real, sequências de perseguição cheias de suspense e uma protagonista corajosa, The Haunt at Hogg Run é um verdadeiro deleite para os fãs do gênero de terror." ~ Readers' Favorite Book Reviews, Shrabastee Chakraborty (5 ESTRELAS)

A EVOLVED PUBLISHING APRESENTA o quarto livro da série de histórias de terror "Lorestalker", aclamada pela crítica e ganhadora de vários prêmios, que apresenta criaturas da tradição e da imaginação sombria.

IdiomaPortuguês
Data de lançamento7 de fev. de 2024
ISBN9781667469577
A Assombração em Hogg Run: Lorestalker (Português), #4

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    A Assombração em Hogg Run - J.P. Barnett

    Direitos autorais

    www.EvolvedPub.com

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    (VERSÃO ORIGINAL EM INGLÊS)

    THE HAUNT AT HOGG RUN

    Lorestalker—Book 4

    Copyright © 2020 J.P. Barnett

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    (Edição Brasileira)

    A ASSOMBRAÇÃO EM HOGG RUN

    Lorestalker (Português)—Livro 4

    Copyright © 2024 J.P. Barnett

    Traduzido por Juliana Franco

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    ISBN (versão EPUB): 1622536460

    ISBN-13 (EPUB Version): 978-1-62253-646-7

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    Editor: Mike Robinson

    Artista da capa: Richard Tran

    Designer do Texto: Lane Diamond

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    Nota de Licença do eBook:

    Você não pode usar, reproduzir ou transmitir de qualquer maneira, qualquer parte deste livro sem permissão escrita, exceto no caso de pequenas citações usadas em artigos críticos e resenhas, ou de acordo com as leis Federais de Uso. Todos os direitos reservados.

    Este eBook é licenciado para o seu divertimento pessoal e apenas isso; não pode ser revendido ou dado para outras pessoas. Se você quiser compartilhar este livro com outra pessoa, por favor compre uma cópia adicional para cada destinatário. Se você está lendo este livro e não o comprou, ou não foi comprado para o seu uso pessoal, por favor retorne-o para o seu vendedor de eBooks e compre a sua própria cópia. Obrigado por respeitar o trabalho deste autor.

    ~~~

    Aviso:

    Esta é uma obra de ficção. Nomes, personagens, lugares e incidentes são frutos da imaginação do autor ou o autor os utilizou de forma fictícia.

    Livros de J.P. Barnett

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    Série LORESTALKER (em Português)

    Livro 1: A Criatura de Rose Valley

    Livro 2: O Kraken de Cape Madre

    Livro 3: A Bruxa de Gray's Point

    Livro 4: A Assombração em Hogg Run

    Livro 5: O Demônio de Misty Lake (Em breve em português)

    Livro 6: O Legado de Rose Valley (Em breve em português)

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    JPBarnett.com

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    O que os outros estão dizendo sobre os livros de J.P. Barnett:

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    A Besta de Rose Valley:

    O enredo de Barnett é inteligente e irresistível, e seu livro é um puro prazer de ler. Fãs de horror, suspense e mistério vão encontrar muito de seu agrado nesta história intrigante sobre o desconhecido. ~ Jack Magnus, Readers ’Favorite Book Reviews

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    A Besta de Rose Valley:

    Se você está procurando uma obra com monstro divertida e de ritmo acelerado em uma cidade pequena, você realmente não pode errar com esta. ~ Steve Stred, Kendall Reviews

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    O Kraken De Cape Madre:

    Foi uma leitura emocionante, e como eu não sou fã de criaturas marinhas assustadoras, foi realmente um romance de terror adequado para mim. Romances como este me fazem sentir validado sobre a minha hesitação em entrar no mar! Você nunca sabe o que se esconde por lá. ~ Kim Anisi, Readers’ Favorite Book Reviews

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    O Kraken De Cape Madre:

    Barnett é habilidoso. Ele tem a capacidade de levar um leitor a qualquer lugar e para todo lugar e fazer você sentir todas as emoções que seus personagens estão sentindo. ~ Ash, Resenha do Fear Street Zombie

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    A Bruxa De Gray's Point:

    "Para os amantes dos mitos, folclore e do macabro, Barnett é o autor a seguir e, com três livros já publicados, há muito material para ler. Seu lançamento mais recente, A Bruxa de Gray's Point, acrescenta uma excelente parcela à série como um todo." ~ Alicia Smock, Resenhas Roll Out

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    A Bruxa De Gray's Point:

    "Um senso de realidade permeia todos os aspectos desta história de terror. Minha segunda grande impressão foi o talento do autor em criar uma expectativa, tensão e reviravoltas inesperadas no enredo. Em A Bruxa de Gray's Point, nada é o que parece, incluindo a personagem principal e heroína Miriam." ~ Lex Allen, Readers ’Favorite Book Reviews

    CONTEÚDO BÔNUS

    Temos o prazer de oferecer-lhe não uma, mas duas prévias especiais no final deste livro.

    ~~~

    Na primeira prévia, você desfrutará do Prólogo e do Capítulo 1 do próximo livro desta série de criaturas Lorestalker, thrillers de suspense de terror de J.P. Barnett, O Demônio de Misty Lake.

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    Índice

    Direitos autorais

    Livros de J.P. Barnett

    CONTEÚDO BÔNUS

    A ASSOMBRAÇÃO EM HOGG RUN

    Prólogo

    Capítulo 1

    Capítulo 2

    Capítulo 3

    Capítulo 4

    Capítulo 5

    Capítulo 6

    Capítulo 7

    Capítulo 8

    Capítulo 9

    Capítulo 10

    Capítulo 11

    Capítulo 12

    Capítulo 13

    Capítulo 14

    Capítulo 15

    Capítulo 16

    Capítulo 17

    Capítulo 18

    Capítulo 19

    Capítulo 20

    Capítulo 21

    Capítulo 22

    Capítulo 23

    Capítulo 24

    Capítulo 25

    Capítulo 26

    Capítulo 27

    Capítulo 28

    Capítulo 29

    Capítulo 30

    Uma nota do Autor

    Prévia Especial: O DEMÔNIO DE MISTY LAKE, de J.P. Barnett

    Agradecimentos

    Sobre o Autor

    O que vem a seguir?

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    Prólogo

    Dez Anos Atrás

    Manda estava esperando por esse dia há anos. Todo Halloween, ela via seus irmãos mais velhos embarcarem nessa incrível busca de terror. Você é muito jovem, eles sempre diziam a ela. Para eles, ela não seria capaz de lidar com as florestas profundas e assustadoras do leste do Texas. Quando chegavam em casa rindo, provocando e zombando um do outro por gritar, Manda tinha certeza de que não ficaria com medo como eles. Ela era durona. Um dia ela iria mostrar-lhes que ela poderia lidar com isso.

    E hoje... hoje esse dia chegou.

    Dez. O número mágico, arbitrariamente definido por seus pais, quando ela finalmente teria idade suficiente para aproveitar as festividades. O doce ou travessura acabou, agora ela passaria o resto da noite de Halloween com as crianças maiores.

    Ela se livrou da proteção de sua mãe e observou a pequena clareira. Um velho celeiro em ruínas repleto de todas as ‘vibrações‘ assustadoras que emanava. Animais de fazenda se agitavam em currais que se alinhavam nas bordas, mas os animais pareciam muito mais aterrorizantes do que os que ela estava acostumada. As gaiolas improvisadas ficavam tão juntas que bloqueavam o acesso às florestas imponentes além. A floresta escura parecia muito pior do que qualquer casa assombrada feita pelo homem. Ela acreditava que fantasmas e monstros poderiam se esconder por lá. Mas aqui? Aqui parecia seguro.

    Manda.

    Ela não ouviu; ou melhor, ela optou por não prestar atenção. Havia muito para ver. Muita coisa para fazer. Demasiado para provar.

    Amanda!

    Ela finalmente olhou para cima, focando seus olhos castanhos escuros nos de sua mãe.

    Tenha cuidado, ok? A mãe disse. E se você ficar com medo, eu estarei aqui.

    Tipo, bem aqui? Parecia bobo evitar toda a diversão sentando-se em um banco na entrada. Especialmente, já que Manda não ia ficar com medo de qualquer maneira. Era tudo faz-de-conta. Pessoas com máscaras de borracha. Animais de fazenda. E...

    Diretamente do outro lado do bosque, seus olhos pousaram em um dos seres humanos mais incríveis, impressionantes e mágicos que ela já tinha visto. Ele usava um casaco de cauda longa de outra época, e um chapéu que se estendia até os céus. Seu bigode girava para cima nas extremidades, quase agindo como um segundo sorriso que prometia respostas ao universo. Ele não parecia nada assustador. Ele parecia convidativo e excitante. Este homem certamente conhecia magia real - nada como os truques de cartas bestas de seu irmão mais velho.

    Aqui, sua mãe insistiu, preparando sua pulseira. Me dê sua mão.

    Manda ergueu a mão, nunca tirando os olhos do mágico. Cachecóis voavam de suas mangas. Bolas de espuma vermelha apareciam do nada. Se ela se apressasse, poderia ver um coelho aparecer do chapéu dele. Assim que sua mãe prendeu a pulseira com segurança, Manda saiu correndo pela multidão. Ela tinha que chegar lá antes de qualquer grande final. Ela queria ver o coelho.

    A multidão se moveu e fluiu, encurralando-a no lado de fora, onde ela se viu desconfortavelmente perto de um estábulo de porcos. Eles gritavam e grunhiam na lama, o cheiro deles impregnando o ar. E eles olharam para ela. Todos eles. Como se eles não achassem que ela tinha idade suficiente para estar ali. Ela cresceu em uma cidade pequena. Ela estava acostumada com porcos, e nenhum deles -nenhum deles- jamais a encarou dessa maneira.

    Quando ela finalmente conseguiu passar pela multidão na frente do pequeno palco do mágico, seu ombro bateu no de outra criança. Um garoto da idade dela.

    Ah não. Um garoto que ela conhecia. Trevor.

    Você está fedendo, Manda, disse Trevor com aquele brilho nos olhos. Ela não podia chamá-lo de amigo. Talvez ela devesse chamá-lo de valentão, na verdade, mas ela lhe dava mais crédito do que isso. Uma de suas amigas disse a ela que ele gostava dela. Era por isso que ele era tão mau com ela. Não fazia sentido para ela, mas, muito poucas coisas no mundo faziam sentido para ela até hoje.

    Que diabos!

    A capa do mago girou e ondulou. Quando a capa parou, ele segurou um buquê de maçãs pretas, um pequeno crânio segurando as hastes juntas. Sinistro. Manda bateu palmas de alegria enquanto ele arrancava uma maçã do buquê e se ajoelhava no chão. Aparentemente do nada, um porquinho bebe subiu um pequeno lance de escadas até a plataforma, depois correu para consumir avidamente a fruta.

    Existia uma maçã preta, ou eles a pintaram? Manda decidiu que perguntaria à mãe mais tarde.

    Enquanto observava o porco fofinho mastigar sua maçã, agitou a multidão. No início, ela só ouviu os gritos distantes da casa assombrada - aonde ela com certeza iria a seguir - mas depois ouviu gritos atrás dela.

    Ao redor dela.

    Apenas de algumas pessoas no início, mas depois freneticamente de todos ao seu redor. Alguém muito maior do que ela a derrubou no chão molhado. Uma pequena mão agarrou seu cotovelo e a ajudou a se levantar. Cara a cara com Trevor agora, seus olhos não estavam focados nela, mas em algo à distância. Algo atrás dela. Manda não viveu o suficiente para ver verdadeiro medo, mas um instinto dentro de seu coração lhe disse que se parecia com isso.

    Ela se virou e viu algo enorme. Algo inexplicável. Os sons que fazia pareciam de outro mundo e perigosos. Das sombras da linha das árvores, ela só conseguia distinguir a frente dela, mas seu enorme tamanho - muito mais alto do que ela - a assustou. Um corpo largo e vigoroso, com olhos brilhantes e vários chifres brotando de seu rosto. Ela gritou e tropeçou para trás no peito de Trevor. Ele agarrou os braços dela para manter o equilíbrio, depois pegou a mão dela.

    Corra! ele berrou.

    Ele puxou o braço dela, quase deslocando seu cotovelo, e eles correram. Os gritos da multidão ecoaram pela floresta. Uma onda de pânico. Ela podia ouvir o monstro atrás dela, trotando pelo chão macio. Chegando perto. Eles não seriam capazes de escapar. Monstros eram reais.

    Cadê a mamãe?

    Trevor virou para a esquerda e Manda perdeu o equilíbrio, escorregando e puxando-o para baixo com ela. O monstro estava alcançando-os. Ela podia ouvi-lo respirando. Seus olhos estavam brilhando? Ela não tinha certeza.

    Trevor se levantou e tentou puxá-la para cima. Ela não conseguiu fazer suas pernas cooperarem. Elas não firmavam. A coisa disparou para cima dela. Ela olhou para cima e encontrou seu olhar. Ela não achava que morreria. Ela não conseguia conceber isso, na verdade, mas seu coração ameaçava bater fora de seu peito e lágrimas jorravam de seus olhos. Ela sentiu a inevitabilidade da verdade, mesmo que não a entendesse.

    Mas então, Trevor ficou na frente dela, com os braços estendidos como se quisesse empurrar o monstro para trás. Ele não conseguiria parar o monstro, é claro, mas o atrasou o suficiente para que Manda pudesse se arrastar para trás.

    Trevor caiu, mas o monstro não parou. A multidão se aglomerou e ela perdeu de vista seu amigo. Ele estava bem? Para onde ele havia ido? Através de um pequeno espaço entre as pernas apressadas, Manda o viu no chão, imóvel, mas não teve tempo de entender o que significava.

    O monstro apareceu novamente. Tão perto. Sangue escorrendo dos chifres no rosto dele. Isso não pode ser real. Era só um truque de mágica, certo?

    Manda! A voz atravessou os gritos.

    A mãe dela estava bem ali.

    Mamãe! ela gritou. Ela quase nunca chamava sua mãe disso.

    Em um piscar de olhos, sua mãe estava lá, ajoelhada na frente dela e envolvendo Manda em seus braços. Ela adorava o cheiro de sua mãe: um pouco de flores e sabão em pó. Ela sempre cheirava assim, desde que Manda se lembrava.

    Ela realmente não entendeu o que estava acontecendo quando sua mãe desabou em cima dela. Não processou a enorme quantidade de peso que a pressionou na lama fria. Realmente não entendia a fonte da umidade quente que se infiltrou em sua camisa favorita. Não houve lágrimas. Gritos. Berros. Manda não conseguia absorver tudo. Algo dentro de seu cérebro a afastou da realidade da situação e tentou protegê-la. Do monstro. Do mágico. Do peso flácido de sua mãe.

    Manda mal conseguia ver através de uma pequena passagem no cabelo esvoaçante de sua mãe. Ela notou o mágico. Do angulo dela, ele parecia excessivamente alto e em uma posição tão estranha que ela teve dificuldade em entender o que estava olhando. Mas ele tinha uma arma. Ela percebeu.

    Bom. Ele poderia parar o monstro. Então ela e sua mãe poderiam ir para casa.

    Tudo parecia tão confuso. Os gritos continuaram. Os gritos profanos do monstro reverberaram pela noite. Mas o mágico não apontou a arma para o monstro. Ele apontou para... si mesmo?

    Um tiro soou pelo ar.

    O mágico caiu no chão.

    Manda gritou.

    Capítulo 1

    À medida que se moviam para o leste, os cedros esparsos davam lugar a pinheiros opressivos que abraçavam a estrada e bloqueavam o sol. Macy Donner sentava-se silenciosamente no banco do passageiro. Ela não ficava quieta com frequência, mas raramente se encontrava em uma situação tão estranha. Ela se concentrou no zumbido dos pneus contra a estrada, que havia ficado mais alto à medida que se moviam para mais longe de sua cidade natal, Rose Valley. Agora, o pavimento mudava a cada poucos quilômetros, uma colcha de retalhos de reparos malfeitos e asfalto desgastado. As mudanças de marcha sacudiam seus ossos a cada transição.

    A criança de sete anos no banco de trás não pareceu notar. Ela segurava um tablet a poucos centímetros do nariz. Quando criança, Macy teria sido repreendida por chegar tão perto de uma tela.

    E no banco do motorista estava sentada Kat Baker, embora ela preferisse ser chamada de Kathryn agora e seu sobrenome tivesse acabado de mudar - pela segunda vez. Como caloura no Colégio Rose Valley, Macy achava que Kat era uma deusa entre as mulheres. Agora, sete anos depois, era difícil ver o brilho outrora efêmero da líder de torcida chefe. Macy se sentia mal pelo que Kat passou. Grávida logo após o ensino médio. Casamento forçado. Deve ter sido muito sombrio nos primeiros dias.

    Um toque de telefone tirou a atenção de Macy para longe da estrada, fazendo com que ela instintivamente pegasse seu telefone. Mas o toque veio dos alto-falantes do carro. O telefone da Kat.

    Kat apertou um botão no volante. Ei, meu bem. Você está na estrada?

    Uma pequena pausa. Macy sabia o que aquilo significava. Ele fazia isso quando havia algo que ele não queria dizer.

    A voz do pai de Macy, Cam Donner, ecoou pelos alto-falantes como um contrabaixo. Ainda não. Dub precisa de alguma ajuda para resolver este caso.

    Kat suspirou, olhando no espelho retrovisor para a filha. Amor. Pare com isso. Você não é mais um policial. Você é o prefeito. Deixe isso para o Dub. Ele dá conta.

    É um assassinato, Kat. Não acontece todo dia em Rose Valley. Temos que fazer isso direito.

    Ela nem era de Rose Valley.

    Macy sabia tudo sobre esse caso particularmente estranho. Ela não passou muito tempo com Brynn Kerrison, mas ainda assim partiu seu coração o que aconteceu com a mãe de Brynn. Especialmente depois de tudo o que aconteceu em Gray's Point.

    Isso só piora as coisas, disse Cam. Mas ouça, eu prometo pegar a estrada hoje à noite. Estarei lá para fazer o café da manhã para você e Olivia amanhã.

    Macy pigarreou e se juntou à conversa. Devo fazer meu próprio café da manhã?

    Kat revirou os olhos e balançou a cabeça, uma demonstração de apoio e desculpas pela imprudência de Cam. Pelo menos ela estava tentando ser uma madrasta legal.

    E Macy, é claro. Panquecas especiais para minha garotinha. Uma tentativa de recuperação pífia, mas Macy sorriu mesmo assim. Ela gostava das suas panquecas especiais.

    Ela não estava chateada de verdade. Seu pai lidava com Kat e Olivia todos os dias, mas Macy estava na faculdade há anos e não se sentia tão próxima dele quanto antes. Ela não podia culpá-lo por cuidar delas primeiro. Era o trabalho dele agora. Embora ainda a deixasse desconfortável que sua esposa estivesse mais próxima de sua idade.

    Tudo bem, Kat finalmente cedeu. Eu vou cobrar isso de você. Precisamos de você para cortar a lenha.

    Cam riu. Macy pode fazer isso.

    Sem chance, Macy disse.

    Vejo você esta noite, disse Kat. Eu te amo.

    Também te amo.

    A tela mudou de volta para a estação de rádio, enquanto Macy tentava processar seu pai dizendo isso para alguém que não fosse sua mãe. Fazia uma década desde o divórcio, e sua mãe havia se casado novamente apenas alguns anos atrás, mas ela pensou tolamente que talvez pudesse manter seu pai para si mesma para sempre.

    Macy se virou para o próprio telefone, ansiosa para deixar o silêncio se instalar novamente. Sua bateria caiu abaixo de quinze por cento. Ela deveria ter carregado durante a noite, mas não carregou. Ela nunca se lembrava de carregar nada.

    Você tem um cabo USB-C? Macy perguntou.

    Kat torceu a boca em pensamento. Ela indicou para Macy olhar no porta-luvas. Sem cabos, exceto o que ia para o tablet da Olivia. O iPad da Olivia.

    Não, sinto muito. Temos principalmente dispositivos da Apple.

    Está tudo bem. Eu tenho um na minha mala. Vou recarregar quando chegarmos lá.

    Ok. Sinto muito.

    Muitos pedidos de desculpas. Kat parecia tão nervosa com esse arranjo estranho quanto Macy, e Macy sabia que era parcialmente culpa dela mesma. Ela não tinha exatamente dado um chilique com essa união, mas poderia ter ficado um pouco mais entusiasmada com a notícia. Ela acabaria por fazer as pazes com Kat e Olivia, mas ainda não. Não quando tudo aconteceu tão de repente. Papai nem a convidou para o casamento; se você pudesse chamar uma visita ao Juiz de Paz de casamento.

    Concordar em vir nessas férias familiares parecia uma concessão suficiente por enquanto.

    Macy enviou uma mensagem rápida para seu namorado, Tanner, antes de guardar o telefone para economizar a bateria. Ele estava perseguindo monstros, não responderia por um tempo.

    Você ficou sabendo de Starla Batson? Kat perguntou de repente.

    Macy mentalmente percorreu nomes e rostos antes de lembrar. Starla. Sim. Mais ou menos da idade dos seus pais. Tinha uma boutique no centro. Famosa por perder as estribeiras em sua festa de piscina da oitava série. Histórias como essa eram imortais em uma pequena cidade como Rose Valley.

    Não, respondeu Macy. O que ela fez desta vez?

    Kat riu. Aquela risada - vibrante e viva. Uma dica de quem ela poderia ter sido uma vez.

    Um cara tentou roubar algo na loja dela. Starla o perseguiu até a praça, eventualmente o alcançou e desceu o cacete nele.

    Mamãe - olha o palavreado! Olivia disse em um sussurro.

    Kat a ignorou. Dizem que quando Dub chegou lá, ela estava segurando ele deitado na calçada, implorando por misericórdia.

    Macy riu. Acho que é a última vez que alguém rouba dela.

    Nossa, disse Kat.

    À frente, carros bloqueavam a rodovia. Luzes vermelhas e azuis pulsavam. Kat parou a van lentamente.

    Um jovem policial, pouco mais velho que Macy, estava organizando o tráfego. Atrás dele, duas viaturas bloqueavam ambos os lados da estrada. E além disso, uma pick-up parada. Fragmentos de vidro cobriam a rodovia. Manchas vermelhas. Em toda parte. A dezenas de metros do caminhão esmagado, os paramédicos cercavam alguém que ela mal conseguia classificar como humano.

    Certamente morto.

    O pulso dela acelerou. Macy tentou desviar os olhos, mas achou difícil. Sua vida a levou a aventuras loucas, caçando krakens e desbancando cultos assustadores, mas ela nunca tinha visto uma pessoa morta como essa.

    Querida, disse Kat para Olivia, apenas brinque em seu tablet, ok?

    Macy se virou para o banco de trás e viu Olivia olhando para frente. O quanto ela podia ver? Sem pensar, Macy soltou o cinto de segurança e se empurrou para o banco de trás, quase chutando Olivia

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