AURELIO MONTES
Nesta conversa exclusiva com Prazeres da Mesa, Aurelio Montes prova que é uma das vozes a ser ouvidas no mundo quando se fala de vinho, pois ele conhece o passado, entende o presente e traça cenários futuros possíveis para seus projetos e para a indústria como um todo. Aurelio pai, como é chamado por ter um filho homônimo (Aurelio filho), repassa os momentos mais importantes de sua carreira iniciada em 1972, depois de se graduar em enologia e assumir uma posição na Viña Undurraga, na qual ficou por 12 anos. Dali, seguiu para a Viña San Pedro, onde assumiu como enólogo-chefe e gerente de Operações. Em 1987, reuniu três amigos e deu os primeiros passos em seu projeto autoral, Discover Wine, nome que foi substituído por Montes. Assim, nascia uma das marcas de maior sucesso entre as vinícolas chilenas, especialmente quando se observa o segmento de vinhos premium e com olhos na exportação.
Quando começou com Montes, você já enxergava esse potencial como marca?
Aurelio Montes – O projeto com meus três amigos era humilde. Era algo pensado para curtir a aposentadoria. No planejamento, estimamos fazer 10.000 caixas de vinho no primeiro ano, 15.000 no segundo e 30.000 seria nosso máximo. Na prática, no primeiro ficamos na marca prevista, no segundo chegamos a 30.000 caixas e no terceiro a 50.000 caixas. Isso foi como música para nós.
O segredo foi focar na exportação?
Dentro do Chile já havia uma fidelidade sólida a marcas tradicionais, como Santa Rita, Santa Carolina e Concha y Toro. O Chile ainda não tinha grande projeção no exterior e, como marca nova de pessoas não tão conhecidas, tínhamos condições de igualdade para disputar nesse campo. Fomos premiados por isso e os mercados entenderam o estilo de nossos vinhos, os rótulos e o preço.
Mas em Undurraga, você já costumava
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