Denominación
A Espanha é o país onde há mais área plantada com vinhas, o quarto maior produtor de uvas e o terceiro maior produtor de vinhos do planeta. Além disso, é o maior exportador do mundo, segundo dados de 2019 da Organização Internacional da Vinha e do Vinho. Por ano, os espanhóis produzem cerca de 44 milhões de hectolitros de vinho e boa parte disso vem de aproximadamente 70 denominações de origem reconhecidas no país.
Lá se produz vinho de norte a sul, de leste a oeste, e inclusive nas ilhas, como Baleares e Canárias. O sistema de Denominación de Origen (DO) espanhol foi criado em 1932, mas posteriormente revisado em 1970 e atualizado em 2016 para se chamar Denominación de Origen Protegida. Atualmente há mais de 130 áreas consideradas DOP e IGP (Indicação de Origem Protegida) na Espanha. Dentro da categoria DOP, há o status de Denominación de Origen Calificada (DOCa ou DOQ em catalão) com duas regiões consideradas Rioja e Priorat. Mas ainda há os ditos Vinos de Pago e Vino de la Tierra, por exemplo. Para entender melhor, veja o quadro explicativo com essas divisões.
Além das inúmeras denominações de origem, a Espanha tem ainda uma curiosa legislação em relação aos termos ligados ao envelhecimento do vinho. São considerados quatro níveis, que podem levar o nome de Jóven, Crianza, Reserva e Gran Reserva de acordo com o tempo de estágio das bebidas em barricas e em garrafa antes de serem lançadas no mercado. Confira o quadro com os detalhes.
Sim, a vitivinicultura espanhola é riquíssima e vale a pena entender as pequenas nuances para poder aproveitar o melhor de cada rótulo. Por isso, ADEGA selecionou algumas das mais representativas denominações de origem da Espanha e trouxe um resumo aqui.
ENVELHECIMENTO
Jóven: Vinhos engarrafados e colocados no mercado um ano após a sua safra, podendo ou não ter passado por madeira.
Genérico: nomenclatura usada em Rioja geralmente para vinhos em seu primeiro ou segundo ano, que mantêm suas características primárias de frescor e fruta. Esta categoria também pode incluir outros vinhos que não se enquadram nas categorias de Crianza, Reserva ou Gran Reserva, embora tenham sido sujeitos a processos de envelhecimento.
Crianza: Para tintos, o vinho deve ter envelhecido por, pelo menos, 24 meses, sendo que deve passar seis em carvalho. Para brancos e rosados, o período mínimo de envelhecimento é de 18 meses e não há disposições quanto ao uso de madeira.
Reserva: No caso dos tintos, o período mínimo de envelhecimento é de 36 meses, sendo 12 deles em barris e o restante em garrafa. Para brancos e rosados, o vinho deve envelhecer por 18 meses, sendo seis deles em madeira e os demais em garrafa.
Gran Reserva: Os tintos Gran Reserva envelhecem por, no mínimo, 60 meses, sendo 18 deles em madeira e o restante em garrafa. Para brancos e rosados, os períodos são de 48 meses de envelhecimento, sendo seis deles em carvalho.
O ESQUEMA DE DENOMINAÇÕES ESPANHOL
DOP - Denominación de Origen Protegida é a base do sistema de controle de qualidade do vinho espanhol. Cada região é governada por um conselho regulador. São atualmente mais de 90 DOPs subdivididas em DOCa, DO, VP e VC.
- Denominación de Origen Calificada é semelhante à denominação italiana Denominazione di Origine Controllata e Garantita (DOCG), para regiões com
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