MAPA DA AVIAÇÃO DE NEGÓCIOS
A aviação de negócios responde por uma parcela estratégica dos passageiros do transporte aéreo brasileiro, responsável pela geração de boa parte do PIB nacional. A falta de uma malha de linhas aéreas regulares robusta, as dimensões continentais do país, os problemas de violência em solo e a necessidade tanto de privacidade como de flexibilidade e agilidade durante seus deslocamentos levam empresários, executivos, técnicos de diferentes áreas, profissionais liberais, artistas, esportistas e comitivas governamentais a optar por aeronaves de uso privativo, incluindo táxis-aéreos de carga e passageiros, aviões e helicópteros corporativos e pequenos monomotores ou bimotores pessoais. Trata-se de uma frota diversificada, a segunda maior do mundo, composta por jatos grandes, médios e pequenos, turbo-hélices com diferentes configurações de asa, fuselagem e motorização, aviões leves com um ou dois motores a pistão e helicópteros de tamanhos variados, com destaque para modelos monoturbina e biturbina.
Historicamente, por razões diversas, a aviação de negócios não recebe de autoridades políticas e aeronáuticas um tratamento equiparável ao dispensado ao transporte aéreo regular, quase sempre, dependendo de infraestrutura ociosa oferecida às empresas aéreas para operar, seja no céu ou na terra. Os próprios administradores de aeroportos, sobretudo aqueles situados em grandes centros, como São Paulo e Rio de Janeiro, inibem o acesso de pequenas aeronaves e as afugentam. Fazem isso aumentando tarifas de permanência em solo, elevando os preços de aluguéis de hangares (que, fatalmente, acabam sendo repassado aos operadores), dificultando o acesso de tripulantes e passageiros às aeronaves, proibindo a entrada de alimentos (“comissarias”) que não estejam autorizados previamente pelo operador do aeroporto ou que já não se encontrem dentro do sítio aeroportuário, determinando tempo máximo de permanência das aeronaves em solo (sempre bastante curto), criando slots de pouso e decolagem, enfim, impondo um pacote de medidas que, muitas vezes, obriga os operadores a desistir de utilizar um determinado aeródromo, mesmo que seja o mais adequado para seu compromisso, simplesmente porque a operação é “inviável”.
INFRAESTRUTURA
Apesar das dificuldades, operadores de helicópteros e aviões de menor porte pousam e decolam diariamente de diferentes pistas espalhadas pelo país. As restrições impostas pela pandemia obrigaram o empresariado brasileiro a se reinventar, viajar para locais nunca antes visitados (mesmo com a tendência em torno das reuniões por videoconferência), assim como escancarou a extrema utilidade das ambulâncias aéreas, que voam quase 24 horas por
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