UM VOO A BORDO DO TANGÃO
Pirassununga, interior de São Paulo. Academia da Força Aérea. Tempo bom, dia claro. Estamos a postos para um voo de formatura, com quatro aviões. Tudo devidamente planejado, com atenção especial à sincronia, privilegiando sinais por gestos, para evitar o excesso de comunicação via fonia. Durante o check antes da decolagem, uma aeronave de instrução em pane realiza um pouso com prioridade. Felizmente, a manobra do cadete transcorre sem maiores problemas e agora é a nossa vez.
Aceleramos juntos e deixamos o solo exatamente às 14h15, os quatro aviões lado a lado, em uma razão de subida média. À esquerda, avisto a aeronave número 1911 recolhendo seu trem de pouso. O belo céu azul toma a parte superior da cabine e algumas poucas nuvens cúmulo no horizonte traduzem os 30 graus de temperatura de uma tarde ensolarada. Precisamos de apenas alguns minutos para subir a sete mil pés. Do alto, vejo os aglomerados urbanos das pequenas cidades que fazem parte da área de instrução. Sem margem para erros, o comandante do voo controla o manete de potência e o manche simultaneamente. É um trabalho de pura precisão durante o qual as referências visuais se mostram fundamentais para manter
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